Visto que aparentemente feri algumas susceptibilidades por utilizar o termo "informáticos", vou retirá-lo de imediato da thread original. Quando o usei não foi mais do que uma forma de me dirigir a quem (esteja em informática ou não) lida com este tipo de coisas...
Quanto a tirarem elações do meu primeiro post, sugerindo algum tipo de comparação, não o quero fazer, simplesmente quero como e em que utilizam o JAVA noutras áreas de estudo.
Quanto a fazerem projectos e trabalhos bem mais complexos, acredito perfeitamente que o façam e espero que assim continuem, pois é a vossa área de especialização, certo ? Mas relembro que essa cadeira é de 1º ano.
Estes trabalhos que aí estão publicados foram feitos cada um deles em 15 dias fora o projecto final que demorou um mês e o nível de complexidade deles não está na programação propriamente dita mas sim na resolução da matemática macabra de cada 1 dos projectos e na sua implementação em JAVA. O nosso JAVA é muito à la C, infelizmente pouco se faz por objectos, agora mais para o fim, já se fazia mais.
Quanto ao exemplo que deste como apoteose da complexidade (o FENIX), penso que deverias ter dado como exemplo, algo que já funcione em condições.
Mas talvez seja bom eu dar 1 exemplo de algo complexo aqui de LEFT - ora aí está - "Cinética de Fotões: Modelo teórico e numérico para a propagação de impulsos electromagnéticos intensos em meios fortemente não lineares"
de Luís Miguel de Oliveira e Silva (O meu professor de Física Computacional) (Prémio IBM 2003) -
http://www-5.ibm.com/pt/events/pc/sinopse.html
Em termos físicos, o trabalho consiste em acelerar electrões por meio de lasers de alta energia que na sua passagem criam uma espécie de perturbações electromagnéticas intensas (imaginem uma lancha a atravessar um lago calmo a alta velocidade, e imaginem as perturbações, isto é, os "ripples" que vão sendo provocados pela sua passagem), bom o objectivo é colocar os electrões a "surfar" nesses "ripples" acelerando-os. Sei que isto parece muito manhoso, mas foi assim que foi explicado na apresentação.
Ora para que serve isto, estão a ver os actuais aceleradores de partículas (LEP - CERN), se isto for bem sucedido, pode-se reduzir 8km de acelerador até 1 metro de acelerador. O LEP tem 27Km.
Ora isto pode permitir a "criação" de partículas elementares com muito mais facilidade e custos energéticos reduzidos, o que pode vir a ser muito útil na aplicação deste tipo de tecnologia em situações do dia. Desde aplicações na medicina a computação quântica. Tem imensas aplicações.
Relembro que eu percebo tanto destas coisas como vocês e isto resume mais ou menos o que me foi explicado.
Mudando de assunto que o OFFTOPIC vai longo, no futuro hei-de publicar excertos de código se assim o quiserem. De momento estou proibido de publicar seja o que for desses trabalhos (mesmo dos meus). Já que falaste na mecânica de fluídos, apesar de não ser o meu trabalho, sei que foi usada uma técnica chamada marker and cell para a criação do fluído. Dado que não estou muito por dentro disso, penso apenas que o marker and cell consiste em dividir o espaço num grelha e colocando markers dentro de cada uma delas, e ir iterando a posição das mesmas. É um método extremamente ineficiente, especialmente com as limitações de performance do JAVA, penso que existem soluções mais eficazes e simples, visto que a matemática do marker and cell é algo de horrível...