Caspanatola
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Cientistas do Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia) desenvolveram um sistema chamado Fast TCP com a promessa de que ele terá uma conexão à internet tão rápida que o download de um filme inteiro poderá ser feito em poucos segundos e o usuário poderá acessar vídeos com alta qualidade de imagem ao vivo.
Segundo a edição desta semana da revista "New Scientist", uma característica fundamental do Fast TCP é que ele poderia funcionar na infra-estrutura de internet que já existe.
Protocolo
Atualmente, todo o tráfego de dados na rede mundial adota um sistema chamado TCP, ou Transmission Control Protocol, que foi criado nos anos 70 por engenheiros da Universidade Stanford e do Pentágono (centro militar dos EUA).
O TCP divide arquivos grandes em pequenos pacotes de 1.500 bytes cada um. Cada pacote traz os endereços do remetente e do destinatário. O remetente envia um pacote, aguarda um sinal do destinatário confirmando o recebimento e, então, envia o próximo pacote. Se não recebe uma confirmação, o remetente reenvia o mesmo pacote, mas com a metade da velocidade de transmissão anterior. O processo se repete, cada vez mais devagar, até que obtenha sucesso.
Isso significa que pequenas interferências nas linhas de transmissão fazem o TCP ficar muito lento. Como o Fast TCP mantém o tamanho dos pacotes (1.500 bytes), os controladores de rede atualmente empregados na internet continuarão a funcionar.
A diferença
De acordo com a publicação, a diferença está no computador que envia os dados: com o novo sistema, ele mede o tempo que os pacotes de dados e os sinais de confirmação demoram para alcançar seus respectivos destinos. Graças a isso, o Fast TCP consegue calcular a máxima velocidade possível sem perda de dados.
O primeiro teste prático do Fast TCP foi realizado em novembro, numa conferência sobre supercomputadores. Cientistas do Caltech, da Universidade Stanford e do Cern (laboratório suíço onde a internet gráfica foi inventada) trocaram dados entre a Califórnia e Genebra, a 10 mil km de distância, com uma velocidade de 925 Mbits (milhões de bits) por segundo. Com o TCP tradicional, a taxa atingida foi de apenas 266 Mbits por segundo.
Acoplando dez linhas com o Fast TCP, os pesquisadores transmitiram dados a 8,6 Gbits (bilhões de bits) por segundo -mais de 6.000 vezes a velocidade de uma conexão de banda larga comum.
A Internet 2, que é uma rede acadêmica que interliga 200 universidades em todo o mundo, usará o TCP tradicional e terá velocidade de 350 Mbits por segundo, mas poderá ser atualizada com o Fast TCP.
A indústria de entretenimento também está analisando a nova tecnologia. O Caltech já está negociando com a Microsoft e a Disney para a adoção do sistema na transmissão de vídeo.
Fonte: Folha de S. Paulo
Segundo a edição desta semana da revista "New Scientist", uma característica fundamental do Fast TCP é que ele poderia funcionar na infra-estrutura de internet que já existe.
Protocolo
Atualmente, todo o tráfego de dados na rede mundial adota um sistema chamado TCP, ou Transmission Control Protocol, que foi criado nos anos 70 por engenheiros da Universidade Stanford e do Pentágono (centro militar dos EUA).
O TCP divide arquivos grandes em pequenos pacotes de 1.500 bytes cada um. Cada pacote traz os endereços do remetente e do destinatário. O remetente envia um pacote, aguarda um sinal do destinatário confirmando o recebimento e, então, envia o próximo pacote. Se não recebe uma confirmação, o remetente reenvia o mesmo pacote, mas com a metade da velocidade de transmissão anterior. O processo se repete, cada vez mais devagar, até que obtenha sucesso.
Isso significa que pequenas interferências nas linhas de transmissão fazem o TCP ficar muito lento. Como o Fast TCP mantém o tamanho dos pacotes (1.500 bytes), os controladores de rede atualmente empregados na internet continuarão a funcionar.
A diferença
De acordo com a publicação, a diferença está no computador que envia os dados: com o novo sistema, ele mede o tempo que os pacotes de dados e os sinais de confirmação demoram para alcançar seus respectivos destinos. Graças a isso, o Fast TCP consegue calcular a máxima velocidade possível sem perda de dados.
O primeiro teste prático do Fast TCP foi realizado em novembro, numa conferência sobre supercomputadores. Cientistas do Caltech, da Universidade Stanford e do Cern (laboratório suíço onde a internet gráfica foi inventada) trocaram dados entre a Califórnia e Genebra, a 10 mil km de distância, com uma velocidade de 925 Mbits (milhões de bits) por segundo. Com o TCP tradicional, a taxa atingida foi de apenas 266 Mbits por segundo.
Acoplando dez linhas com o Fast TCP, os pesquisadores transmitiram dados a 8,6 Gbits (bilhões de bits) por segundo -mais de 6.000 vezes a velocidade de uma conexão de banda larga comum.
A Internet 2, que é uma rede acadêmica que interliga 200 universidades em todo o mundo, usará o TCP tradicional e terá velocidade de 350 Mbits por segundo, mas poderá ser atualizada com o Fast TCP.
A indústria de entretenimento também está analisando a nova tecnologia. O Caltech já está negociando com a Microsoft e a Disney para a adoção do sistema na transmissão de vídeo.
Fonte: Folha de S. Paulo