Bem ,é certo que isto é positivo porque é a forma mais rápida de massificar e evoluir a fisica nos jogs (e não só). No entanto, não sei até que ponto há "espaço" nos GPU's para desempenhar esta tarefa sem implicar uma perda na parte visual. é tudo um bocado ambiguo.
Vejamos, numa placa single, quer os jogos mais recentes, como certamente os futuros, têm capacidade de por uma placa de joelhos com os settings "certos". Os motores fisicos terão que usar "partes" da GPU não utilizadas pelos gráficos, ao estilo HyperThreading da Intel, caso contrário seria impraticável. O problema é precisamente a alta probabilidade de não sobrar muito do GPU para isto dada a crescente complexidade dos jogos, a par com o nosso grau de exigência de qualidade (High Detail Settings, Resoluções altas, AA, AF, HDR, elevado nº de frames/sec, etc). Resultado, escassos ou imperceptiveis ganhos na performance da fisica só com um GPU. Talvez aqui os Dual Core possam contribuir um pouco.
Quanto à solução do SLI, é obviamente menos má. Ainda assim não sei até que ponto é que quem compra duas placas gráficas se vai contentar com a performance de apenas uma, deixando a outra para a fisica. A performance gráfica ainda ocupa um lugar de destaque nos nossos habitos/costumes e ter que abdicar da excelência nesta, não será uma escolha linear...
Ter a placa dedicada a esta efeito, como a da AGEIA, traria menos questões. Serve somente para aquilo, será certamente boa nisso e não implica compromissos. Só sabendo como é que um single GPU decente consegue desempenhar este papel e como é que um GPU a mais (tão ou mais caro que uma AGEIA, provavelmente) se comporta comparativamente ao PPU dedicado.
Isto levanta uma série de questões, quer a nivel técnico e desempenho, como a nivel de mercado e suporte dos títulos. Agora, onde ainda tenho mais incógnitas é no que se refere aos developers. Parece que poderá vir a haver vários patamares de performance para os quais se terá que pensar. Single GPU + Havok, SLI + Havok, PPU + Ageia API. Se já é complicado imaginar a necessidade de repensar a mecânica dos jogos, muito menos linearidade na história, cenários totalmente alteráveis, etc, como conjugar tudo isto de forma a ser jogável em plataformas potencialmente tão distintas a nivel de performance como as que me parecem vir a haver?
Não quero parecer pessimista, bem pelo contrário, é óptimo que tudo isto surja até porque nada está decidido em relação ao que será o Standard da Fisica e assim o mercado possa "escolher" o melhor caminho a seguir.