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Atualmente, é indiscutível que um criativos mais admirados e amados desta indústria é Hideo Kojima, famoso pelo brilhante desempenho na saga Metal Gear Solid, construindo um enredo fascinante, repleto de pormenores deliciosos, únicos na indústria (relembro a luta contra Psycho Mantis, em MGS1). Mas no curriculum de Kojima não pode constar apenas MGS. Em 1988, o então jovem Kojima lança Snatcher para a NEC PC-8801 e MSX2 no Japão, e embora o jogo seja considerado de nichos, quem o experimentou não conseguiu ficar indiferente. Foi relançado em 1992 para o PC Engine e em 1994 para a Mega CD, sendo esta a única versão lançada fora do Japão e, como tal, a que mais nos interessa. Por fim, foram lançadas versões para a PlayStation e Sega Saturn.
A versão de Sega / Mega CD é basicamente portada da versão de PC Engine, tendo sido lançada em Dezembro de 1994, sendo aclamada como um dos grande jogos da época natalícia. O enredo foi traduzido por Scott T. Hards, com Jeremy Blaustein (que mais tarde traduziria Metal Gear Solid) supervisando a produção.
Várias mudanças foram feitas para o jogo se adequar aos diferentes padrões de censura fora do Japão, principalmente devido ao conteúdo sexual. A idade de Katrina foi mudada de 14 da versão japonesa para 18 na versão em inglês (devido, essencialmente, a uma cena de nudez no chuveiro numa parte do jogo) e a exposição de um dos seios de uma Snatcher morta foi coberta. Outra cena censurada é a de um cão morto contorcendo-se com seus órgãos internos expostos, foi refeita, exibindo somente o cão inerte. A clientela do clube noturno Outer Heaven (nome interessante... os fãs de Metal Gear Solid são capazes de o reconhecer!), que originalmente parodiava personagens famosos de ficção científica, foram mudados para personagens da Konami para evitar qualquer potencial violação de direitos de autor.
A versão de Mega CD teve direito a um opening mais longo que o original, recorrendo ao manga presente no manual do jogo. O final também foi ampliado, com a adição da aparição de Katrina e Mika na cena final do jogo, assim como uma participação especial de Napoleon.
A paixão de Kojima pela sétima arte já é bem visível em Snatcher, sendo altamente influenciado por filmes de ficção científica dos anos 80, como Blade Runner e O Exterminador do Futuro. Estas caracteristicas permitiram ao jogo reunir um grupo de fãs fiel, em especial no público adulto, devido ao tema do jogo.
Cinqüenta anos depois, uma misteriosa forma de vida artificial (Bio-roids) é descoberta após ser encontrada entre as vítimas de um acidente aéreo. Parte humano, parte máquinas, eles podem suar e até sangrar, fatores esses que quase impossibilitam o seu reconhecimento entre humanos. Os Bio-roids aparecem durante o inverno, assassinando as suas vítimas e ocupando o seu lugar na sociedade. Por esse motivo eles são conhecidos como "Snatchers" (Raptores, em inglês), pois raptam as suas vítimas antes de tomar o seu lugar.
Para combater a nova ameaça, o Governo cria em 2047 uma força especialmente treinada chamada J.U.N.K.E.R. (uma abreviação para Judgement Uninfected Naked Kind & Execute Ranger na versão japonesa ou Japanese Undercover Neuro Kinetic Elimination Ranger na versão em inglês do jogo).
Sortudo quem conseguir por as patas num exemplar destes...
O personagem principal é Gillian Seed, um homem que foi encontrado junto de sua esposa, Jamie Seed, na Zona Neutra Siberiana em 2044, ambos em completo estado de amnésia, tendo sido levados em custódia protetora pela 17ª Força de Investigação Siberiana. Em 2045, perdido numa completa névoa mental e após tentar em vão reatar seu casamento, Gillian separa-se de Jamie. Após extensivo treinamento militar, Gillian é ordenado a se apresentar na Sede da J.U.N.K.E.R., com o objetivo de encontrar a fonte dos Snatchers e descobrir a ligação entre eles e o seu passado misterioso.
Jogamos na primeira pessoa, sendo usada uma interface baseada em menus que permitem ao protagonista (Gillian Seed) interagir com o ambiente. O jogador pode escolher entre as opções "Look", "Investigate", "Talk", "Ask" e "Move", além de outras opções, para adquirir itens-chave ou receber informações vitais de outros personagens. O jogador pode analisar itens pertencentes a Gillian ou mostrá-los a outros personagens. O jogador usa o Metal Gear (nome curioso dado por Kojima ao assistente robótico de Gillian) para comunicar-se com outros personagem ou gravar o jogo.
Durante os pontos-chave do jogo, o jogador precisa passar por sequências de tiro para defender Gillian dos seus inimigos. Esses segmentos de tiro usam uma grade de 3x3 na qual o jogador pode mirar para disparar contra os seus inimigos.
Infelizmente, a vida nem sempre é justa, e Hideo Kojima não conseguiu o reconhecimento merecido com esta obra. Felizmente esse reconhecimento chegou em 1998, com o lançamento de Metal Gear Solid para a primeira PlayStation. Mas este facto não belisca em nada a qualidade de Snatcher, titulo de culto do malogrado add on da Sega para a sua Mega Drive e que merece ser jogado e apreciado por todos aqueles que tiverem oportunidade. Um clássico.
A versão de Sega / Mega CD é basicamente portada da versão de PC Engine, tendo sido lançada em Dezembro de 1994, sendo aclamada como um dos grande jogos da época natalícia. O enredo foi traduzido por Scott T. Hards, com Jeremy Blaustein (que mais tarde traduziria Metal Gear Solid) supervisando a produção.
Várias mudanças foram feitas para o jogo se adequar aos diferentes padrões de censura fora do Japão, principalmente devido ao conteúdo sexual. A idade de Katrina foi mudada de 14 da versão japonesa para 18 na versão em inglês (devido, essencialmente, a uma cena de nudez no chuveiro numa parte do jogo) e a exposição de um dos seios de uma Snatcher morta foi coberta. Outra cena censurada é a de um cão morto contorcendo-se com seus órgãos internos expostos, foi refeita, exibindo somente o cão inerte. A clientela do clube noturno Outer Heaven (nome interessante... os fãs de Metal Gear Solid são capazes de o reconhecer!), que originalmente parodiava personagens famosos de ficção científica, foram mudados para personagens da Konami para evitar qualquer potencial violação de direitos de autor.
A versão de Mega CD teve direito a um opening mais longo que o original, recorrendo ao manga presente no manual do jogo. O final também foi ampliado, com a adição da aparição de Katrina e Mika na cena final do jogo, assim como uma participação especial de Napoleon.
No entanto, apesar da qualidade e inovação do jogo, Snatcher vendeu muito mal quer nos EUA, quer na Europa, com a Konami a queixar-se da fraca popularidade da Mega CD. Para muitos, o insucesso comercial da versão Mega CD foi a principal causa para as versão Saturn e PS1 não terem saído de solo nipónico.
A paixão de Kojima pela sétima arte já é bem visível em Snatcher, sendo altamente influenciado por filmes de ficção científica dos anos 80, como Blade Runner e O Exterminador do Futuro. Estas caracteristicas permitiram ao jogo reunir um grupo de fãs fiel, em especial no público adulto, devido ao tema do jogo.
Passando agora para o ponto forte do jogo, a estória, e sem querer entrar em grande detalhes, pode-se afirmar que, mesmo para os padrões de exigência atuais, a qualidade é imensa. A 6 de Junho de 1996, uma explosão no Centro de Pesquisas de Chernoton, próximo a Moscovo, libertou no ar uma arma biológica denominada como "Lucifer-Alpha", que estava a ser desenvolvida secretamente. Esta ameaça espalhou-se rapidamente pela Europa e pela Ásia, matando 80% da população. A área contaminada torna-se inabitável durante décadas. Este trágico incidente viria a ser conhecido como "A Catástrofe".
Cinqüenta anos depois, uma misteriosa forma de vida artificial (Bio-roids) é descoberta após ser encontrada entre as vítimas de um acidente aéreo. Parte humano, parte máquinas, eles podem suar e até sangrar, fatores esses que quase impossibilitam o seu reconhecimento entre humanos. Os Bio-roids aparecem durante o inverno, assassinando as suas vítimas e ocupando o seu lugar na sociedade. Por esse motivo eles são conhecidos como "Snatchers" (Raptores, em inglês), pois raptam as suas vítimas antes de tomar o seu lugar.
Para combater a nova ameaça, o Governo cria em 2047 uma força especialmente treinada chamada J.U.N.K.E.R. (uma abreviação para Judgement Uninfected Naked Kind & Execute Ranger na versão japonesa ou Japanese Undercover Neuro Kinetic Elimination Ranger na versão em inglês do jogo).
Sortudo quem conseguir por as patas num exemplar destes...
O personagem principal é Gillian Seed, um homem que foi encontrado junto de sua esposa, Jamie Seed, na Zona Neutra Siberiana em 2044, ambos em completo estado de amnésia, tendo sido levados em custódia protetora pela 17ª Força de Investigação Siberiana. Em 2045, perdido numa completa névoa mental e após tentar em vão reatar seu casamento, Gillian separa-se de Jamie. Após extensivo treinamento militar, Gillian é ordenado a se apresentar na Sede da J.U.N.K.E.R., com o objetivo de encontrar a fonte dos Snatchers e descobrir a ligação entre eles e o seu passado misterioso.
Jogamos na primeira pessoa, sendo usada uma interface baseada em menus que permitem ao protagonista (Gillian Seed) interagir com o ambiente. O jogador pode escolher entre as opções "Look", "Investigate", "Talk", "Ask" e "Move", além de outras opções, para adquirir itens-chave ou receber informações vitais de outros personagens. O jogador pode analisar itens pertencentes a Gillian ou mostrá-los a outros personagens. O jogador usa o Metal Gear (nome curioso dado por Kojima ao assistente robótico de Gillian) para comunicar-se com outros personagem ou gravar o jogo.
Durante os pontos-chave do jogo, o jogador precisa passar por sequências de tiro para defender Gillian dos seus inimigos. Esses segmentos de tiro usam uma grade de 3x3 na qual o jogador pode mirar para disparar contra os seus inimigos.
Infelizmente, a vida nem sempre é justa, e Hideo Kojima não conseguiu o reconhecimento merecido com esta obra. Felizmente esse reconhecimento chegou em 1998, com o lançamento de Metal Gear Solid para a primeira PlayStation. Mas este facto não belisca em nada a qualidade de Snatcher, titulo de culto do malogrado add on da Sega para a sua Mega Drive e que merece ser jogado e apreciado por todos aqueles que tiverem oportunidade. Um clássico.
Análise GameSénior nº2, Outubro 2009
