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A quarta geração dos videojogos, considerados por muitos com a era dourada desta indústria, ficou indubitavelmente marcada pelo despique feroz entre a Sega e a Nintendo, numa rivalidade que quem a acompanhou de perto não esquece, pois o espirito de constante superação que afetou estas companhias só beneficiaram os jogadores, que viram as bibliotecas da Mega Drive e da Super Nintendo ficarem cada vez mais ricas. Foi neste sentido que nasceu Solei, pois a consola da Sega não tinha muitos RPGs de aventura, e a SNES tinha um certo A Link to The Past, que levava a que muitos jogadores optassem pela 16 Bits da Nintendo.
O título foi desenvolvido pela Nextech, tendo o apoio da própria Sega, tendo sido lançado em 1995, sensivelmente ao mesmo tempo que a nova consola da Sega, a Saturn, o que levou a que Soleil fosse um pouco ofuscado na época, embora a critica especializada se tenha rendido à qualidade do jogo, apelidando-o várias vezes como o Legend of Zelda da Mega Drive.
Soleil (também conhecido como Crusader of Centy na America) é um RPG de ação/aventura, claramente inspirado na série Zelda, mas que merece o seu lugar ao sol (que trocadilho fantástico com o titulo do jogo) por direito próprio, pois a sua qualidade é inegável. O jogo conta a história de Corona (estupendo nome para os tempos que correm), um rapaz que acaba de completar 14 anos de idade e por isso, segunda a tradição da sua aldeia, deve ser um guerreiro, herdando a espada do seu pai, que foi morto em batalha e que é considerado um herói. O jogo apresenta bastante ação e enigmas e puzzles por resolver, introduzindo na jogabilidade o facto de o resto da party ser formada por animais, tendo cada um a sua habilidade e que se juntam ao herói na sua demanda, quer nas batalhas, quer na resolução dos puzzles.
Ao longo do jogo há NPCs muito especiais
Quanto ao enredo, ao início parece extremamente básico e cliché, mas a verdade é que à medida que Corona vai explorando o fantástico mundo de Soleil, a história vai ganhando proporções cada vez maiores, colando o jogador ao ecrã e fazendo-nos querer jogar só mais um pouco para ver o que vem a seguir. O jogo conta a história de uma guerra entre os humanos e os monstros, sendo que Corona, com a ajuda dos seus animais, rapidamente vai descobrir que, se calhar, nem sempre os Humanos estão certos e que os monstros poderão não ser os maus da fita, levando a dúvidas, angústias e indecisões.
Por ser um jogo do mesmo género, as comparações com Zelda são inevitáveis e, embora a soma total das partes não tenha tanta qualidade como a série da Nintendo, a verdade é que este título da Mega Drive merece todo o reconhecimento que tem, pois é uma obra de grande qualidade, muitíssimo divertido e perfeitamente jogável em 2014 e que merece estar na prateleira de todos os detentores de uma Mega Drive. Um clássico oriundo de uma era fantástica deste meio de entretenimento.
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