Acho que estás a confundir quantidade com VARIEDADE...
Uma consola sem jogos óbviamente que não vende mas se tiver poucos jogos, mas estes forem excelentes e cobrirem os vários géneros (= VARIEDADE) então a consola está bem servida.
A meu ver, quantos MAIS jogos MAIOR é a probabilidade de uma pessoa mal informada comprar um jogo manhoso e julgar a consola por esse mesmo jogo.
A quantidade nem sempre é boa e o crash de 83/84 mostra-nos isso
Variedade sem quantidade não é suficiente. Um jogo dura, no máximo, umas 100 horas a completar (e estou a usar o exemplo do Oblivion, quando todos sabemos que a maioria dos jogos não dura nem um terço disso) e, a não ser que tenha multiplayer, fartam depressa. Um jogo pode ser muito bom, mas poucos jogos bons não justificam anos e anos da vida de uma consola. Sim, se um jogo for bom, dá gosto passá-lo outra vez, mas chega a um ponto que satura.
A biblioteca de jogos de uma consola deve ter qualidade (ou seja, grande percentagem de títulos bons ou excelentes), variedade (que tenha bons representantes de todos os géneros) e QUANTIDADE (para permitir experiências diferentes, histórias diferentes, abordagens diferentes do mesmo tipo de jogo, etc...). Era o mesmo que comprares um leitor de DVD e só poderes ver 10 filmes muito bons... durante 10 anos.
E não há um único exemplo de uma consola cujos jogos sejam todos excelentes e cubram todos os géneros. Mais uma vez, a PS2, na sua geração, apresenta uma biblioteca de jogos com muita porcaria, mas conta também com o maior número de jogos considerados excelentes (não pelas vendas, mas por reviews competentes), maior variedade (praticamente todos os géneros de jogos) e quantiade. E isso reflectiu-se nas vendas da consola.
Agora, é mais do que óbvio que não agrada a todos, e haverá quem goste mais de outras consolas da 6ª geração. Perfeitamente natural, cada um tem os seus gostos. Mas em termos imparciais e objectivos, a biblioteca de jogos da PS2 é a mais completa da 6ª geração.
Pink Cigarette, concordo com o que disseste, tudo é relativo, mas o que quero dizer é mais ou menos isto: pegando num jogador aleatoriamente de todos os jogadores do Mundo, é mais provável que ele encontre mais jogos de que goste na biblioteca da PS2 do que na das suas concorrentes da 6ª geração. É uma questão de estatística.
Agora cada um que cague na estatística e compre o que mais gostar, claro. O meu raciocínio era abstracto...
P.S. - Só uma nota sobre o crash de 1983... Este deveu-se mais ao grande número de consolas, não tanto de jogos, e ao sucesso dos home computers, como a Commodore. Claro que também houve uma avalanche de jogos foleiros e toda aquela história do E.T. e do Pac-Man da Atari, mas o grande catalizador foi o número exagerado de consolas.