Terminei o terceiro capítulo da saga, o último desenvolvido pela Insomniac Games.
Antes de mais, dou uma palavra ao grafismo, que está muito bonito para uma PS1 e a banda sonora composta pelo Stewart Copeland, muito boa também.
Este é sem dúvida o jogo mais completo da trilogia. O Spyro em si não tem movimentos novos, mas podemos jogar com várias novas personagens, cada uma que se controla de modo diferente e que torna a aventura mais refrescante e nota-se que já estavam a experimentar umas coisas novas para a série que vinham a desenvolver a seguir, Ratchet & Clank. Este é o mais longo dos 3, com vários níveis para explorar e o jogo está construído para ser uma autêntica completathon, com vários ovos para apanhar em cada nível, assim como jóias e skill points, num total de 150 eggs, 20.000 gems e 20 skill points, havendo registo de tudo num manual que podemos ir consultando ao longo do jogo, indo a percentagem do jogo até aos 117% (um número um bocado random, mas pronto).
Além dos vários personagens com diferentes habilidades, temos secções do jogo em que a jogabilidade muda completamente, desde secções de shooter, skate, hockey ou boxe para dar alguns exemplos e todas foram desenvolvidas de forma competente. Os bosses também estão muito bons, de longe os melhores da trilogia.
Mas o jogo tem um grave problema, que é um bug que pode ocorrer numa das secções de corridas (a mim aconteceu-me na Harbor Speedway, mas pelo que li na internet pode ocorrer noutras secções) em que mesmo que vençamos a corrida, o jogo não nos dá o ovo. Isto previne assim de completar o jogo a 117% e o pior é que impede inclusive de jogar o nível bónus final porque precisamos de 149 eggs e 15.000 gems para acedermos a esse nível e ao True Ending depois de o completarmos. É um bug em que depois de ocorrer não dá para voltar atrás, portanto lixa a experiência mesmo, apenas terminei o jogo com 148 eggs e 15.000 gems, ficando-me pelos 100% e pelo Ending normal.
Eu joguei a versão americana na Vita que é a que está disponível na PS Store, não sei se na versão europeia existe este problema. E pelos vistos corrigiram o problema na versão "Greatest Hits" (equivalente à versão "Platinum" aqui na Europa), mas por alguma razão, os idiotas incluíram na PS Store a versão original na mesma, bah.
Apesar de tudo, gostei muito do jogo e da trilogia no geral, tenho pena de não conseguir completar este como tinha feito com o 1 e o 2, mas é uma trilogia que recomendo a 100% para os fãs de plataformas. 8/10
Já agora, deixo aqui as minhas opiniões na altura que terminei os dois primeiros em 2019:
Spyro the Dragon (1998)
Não há nada que grite mais infância do que jogos de plataformas em 3D com gráficos poligonais. Já não jogava isto há quase 20 anos. Nunca tive o jogo, ia para casa de um vizinho meu e em troca de lhe emprestar o Game Boy com o Pokémon Blue, ele lá me deixava dar uns toques na PS1. E na altura lembro-me que fiquei embasbacado com o jogo. Níveis enormes para explorar e jogávamos com um... dragão, podíamos voar e cuspir fogo, o sonho de qualquer miúdo.
Estou feliz por dizer hoje que o jogo envelheceu surpreendentemente bem. Claro, tem por vezes um ou outro problema de câmara como é normal para a época e os níveis em que temos que fazer super charge a torto e a direito são um bocado irritantes, mas tirando isso, diverti-me à brava a jogar isto. A jogabilidade é muito fluída e temos níveis grandes para explorar a la Super Mario 64 e não os "em corredor" de Crash Bandicoot, outra saga que quero revisitar. Completei os 120%, com todos os ovos, todos os dragões e todas as jóias, com direito ao nível bónus no final e foi um prazer rejogar isto em 2019. O 2 e o 3 ficam à espera e depois disso terei também de comprar os remakes para a Switch. 8/10
Spyro 2: Ripto's Rage! (1999)
Também conhecido como Spyro 2: Gateway to Glimmer aqui na Europa, mas eu joguei a versão americana. Antes de passar ao Dragon Quest XI, ainda tive tempo de o terminar e completar a 100%. Ainda melhor que o primeiro a meu ver. Não tem o mesmo impacto, mas diversificou bastante a jogabilidade, introduzindo novos movimentos como nadar e escalar, entre outros. É mais desafiante que o anterior, sem dúvida, principalmente pela quantidade de orbs que se tem de obter nos vários mini-jogos, alguns bem lixados, mas que impedem o jogo de se tornar enfadonho e repetitivo, gostei especialmente do hóquei. As lutas com os bosses estão top também. 8/10
Ainda me lembro na minha infância que havia discussões sobre qual era o melhor jogo de plataformas... Spyro ou Crash.
