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Depois do retumbante sucesso que foi o primeiro Super Mario World, é perfeitamente plausível o estado de êxtase a que a comunidade gamer chegou quando soube, em 1995, que uma sequela estava no forno. E, do êxtase, rapidamente se passou ao choque, quando perceberam que o segundo jogo, que recebera o subtítulo Yoshi's Island era completamente diferente do Super Mario World original. Mas, e defecando com classe na indignação e na desconfiança dos fãs, a Nintendo lançou o jogo que quis. Resultado? Apesar da passagem dos anos, Yoshi’s Island não envelheceu nem um pouco e mantém-se uma referência no género dos jogos de plataformas. Este clássico da SNES é, apenas, um dos melhores jogos de todos os tempos.
A principal diferença é que agora em vez de controlarmos o canalizador pançudo e de farta bigodaça, controlamos Yoshi, o simpático dinossauro que nascera no jogo anterior da franquia e que leva às cavalitas um Mário bebé, que chora desalmadamente sempre que se separa no seu melhor amigo.
E controlar Yoshi é uma experiência maravilhosa. Bastante semelhante a outros jogos do género, tudo é muito simples e intuitivo, com Yoshi’s Island a juntar aos tradicionais saltos algumas mecânicas particulares que trazem uma bem-vinda complexidade. A primeira é o facto de Yoshi não perder vida quando é tocado por um inimigo. Quando esta calamidade acontece, Yohi perde o bebé Mário, que vai esvoaçando pelo ecrã, tendo um determinado cronometro para o recuperar. Caso não o consiga o jogador perde uma vida.
Outra mecânica que necessita de algum treino mas que é uma delícia de se usar é o arremesso de ovos. Utilizados primariamente para derrotar inimigos ou apanhar objetos, estes fazem ricochete nas superfícies um certo número de vezes, dependendo da cor, e são o único modo de ataque contra certos inimigos.
A grande maioria dos níveis são uma autentica aula de level design. O ritmo é um pouco mais lento que aquele encontrado nos títulos principais da série Mario e, talvez por isso, existe um maior incentivo à exploração de todos os recantos para encontrar todos os segredos subtilmente escondidos, sob a forma de estrelas, moedas vermelhas e flores sorridentes. Alguns dos melhores e mais divertidos níveis da História dos jogos de plataformas estão neste cartucho.
Visualmente, o jogo é simplesmente fantástico, sendo em 2020 ainda um jogo de referência do ponto de vista artístico. Todos os níveis parecem um desenho feito com lápis de cor, sendo possível encontrar todo o tipo de pormenores e detalhes que puxaram aio máximo as capacidades técnicas da velhinha SNES, tendo a Nintendo desenvolvido um chip especial para o cartucho da sua velha consola conseguir processar a besta técnica que é este jogo.
A componente sonora acaba por complementar de forma exímia o aspeto alegre do título tão bem quanto os (poucos) momentos de alguma tensão, naquela que é uma das OSTs mais inspiradas da saudosa era das 16 Bits.
Para além da versão original, Super Mario World 2: Yoshi’s Island está disponível em quase tudo o que é Virtual Console, tendo ainda sido lançada uma versão no Game Boy Advance, que tinha mais níveis, embora perdesse um pouco na componente sonora e gráfica.
Em conclusão, Super Mario World 2: Yoshi’s Island conseguiu resistir ao teste do tempo não apenas através do seu fantástico estilo gráfico como também pelos níveis incríveis e pelo facto de trazer aos jogadores aquele que e mais importante num videojogo: diversão.
É um dos grandes clássicos intemporais da Super Nintendo.
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