Boas,
Eu nao estou a pontuar uma tarifa social pela minha utilizacao pessoal.
Estás sim e logo a seguir a esta frase não falas de mais nada a não ser do teu consumo, do teu passado, do teu presente, das tuas condições.... Tu, tu, tu.
Ca em casa somos 2, eu e a minha esposa.
E aqui está uma das razões porque erras na avaliação da quantidade de dados necessária, não há crianças em idade escolar no vosso agregado.
Não fazes ideia da quantidade de dados que são necessários para conteúdos multimédia que uma criança precisa só para satisfazer as necessidades escolares.
Mesmo com ensino presencial as crianças tem muitos trabalhos para fazer que envolve pesquisa na internet, mais as sugestões de aprofundamento dadas pelos professores que remetem para Youtube, mais o envio de vídeos para professores, etc...
Realidade do resto (servico zona rural, beneficios operadpras) q falas nao sei, sei a realidade duma familia carenciada. Venho de uma familia de 5 filhos com pais ganhavam pouco mais que ordenado minimo maximo que conseguiamos era ajuda para estudar (sase).
Ainda bem que tiveste apoio, apenas lamento que não tenha sido melhor ou mais justo.
1o contacto que tive com pc e internet de forma mais caseira foi precisamente pelo e-escolas (onde meu toshiba l40 ainda resiste desde essa altura e uso diariamente) com plafond na eppca 1gb usado para aquilo que efectivamente necessitava, trabalhos da escola, pesquisas, so para fim do mes se tivesse "folga" no plafond que usava noutras coisas.
Mas actualmente a situação escolar é diferente, com a massificação da Internet os Professores utilizam-na muito mais e não se deve deixar crianças carenciadas serem prejudicadas.
O Elevador Social da Educação já é desigual quanto baste para as crianças carenciadas, não se deve penaliza-la ainda mais numa fonte de educação como a Internet.
Os teus Pais possivelmente também não teriam grandes necessidades de internet, coisa que actualmente há bastante necessidade.
E respondendo nesse sentido tbm as tarifas extra que falas operadoras obtiveram explorando familias carenciadas...nunca ultrapassei, nao paguei um centimo a mais e opiniao pessoal so gasta quem quer, tanto na altura como actualmente.
É o teu caso, já eu conheço dezenas de casos em que o trafego não bastava.
Muitas famílias viam-se obrigadas a ter que subscrever um pacote fixo, mas não se podiam livrar da despesa extra do acesso porque tinha um contrato de 3 anos.
Estamos a falar duma tarifa com objectivo permitir acesso a internet para coisas essenciais a quem nao tem possibilidade doutra forma.
Aqui entramos na subjectividade do que se acha ser essencial, segundo a tua perspectiva desactualizada do ensino actual e considerando apenas o estritamente necessário.
Discordo que seja fornecido um plafond apenas capaz de fazer frente às obrigações e que não permita a descoberta de coisas novas, em especial às crianças.
Quando se fala tanto do Potencial Educativo da Internet e de ser considerado Essencial, estar a limitar o acesso parece-me um contra-senso descriminatório aos carenciados.
Olhando ao contexto socio-económico dos agregados carenciados há que ter a noção que a esmagadora maioria não tem capacidade para pagar explicações, os Pais não terão qualificações para apoiar da melhor maneira os filhos e as Crianças acabam por depender da Internet para se "desenrascarem".
Isto tem um nome: Descriminação (negativa) quando deveria ser Positiva.
Nesse aspecto 12gb a 6€ a meu ver cumpre.
Não, não cumpre pelos aspectos que enumerei, mais a limitação de 1 acesso por habitação, o preço e tecnologias aplicadas perante alternativas comerciais existentes e os imprevistos.
Em situações normais que serão a maioria o agregado seria composto no minimo por 3 pessoas, Pais e uma Criança, e todos deveriam ter um acesso básico que lhes permitisse fazer frente ao necessário e algo mais.
Estar a limitar pessoas apenas ao obrigatório é injusto e descriminatório na minha opinião, e os 12GB são isso mesmo porque força o custo extra.
Nunca defendi ou defenderei que seja dado "tudo e mais alguma coisa", mas olhando a oferta comercial dos operadores em baixo, não entendo porque não é implementado algo baseado principalmente nestes pacotes que serviriam o agregado todo a um custo mais baixo. Apenas nos casos onde fosse realmente técnicamente impossível aplicar um serviço fixo se passaria para o 5G/Móvel.
"Na NOS há a 24,99€ só Internet com 30Mbps e sem Plafond com oferta de Router Wifi;
Na MEO há a 24,99€ a 100Mbps mas com limite de 500Gb;
Na Vodafone há a 25,90€ com Internet 30Mbps, Telefone e oferta de Router;"
As operadoras dizem que o desconto que fazem é de 70% no custo base do acesso que vão disponibilizar, se pegarmos nos 24,99 de um dos pacotes acima e aplicarmos os mesmos 70% daria um custo para o consumidor de 7,5€.
Se pegassemos na oferta da MEO a 7,5€ e lhe reduzissemos a velocidade para uns 50Mbps e o plafond para 50 GB não ficaria mais adequado e ainda mais barato?
Lembrem-se que todas as famílias com carência não vão pagar a Pen/Dongle 5G, é o Estado que vai pagar esse custo enquanto que a instalação destes pacotes é gratuita.
Estão em discussão pública os critérios para ser o Estado a custear esta medida e já está previsto na Lei esse mecanismo, achar que isto será a custo 0 para o contribuinte é ser ingénuo.
A minha aversão a esta medida não é apenas sobre o que é disponibilizado, é também na ótica do que é fornecido tendo em conta o custo global/final para o Estado.
E como Pessoa que nunca beneficiou desta medida, apesar de uma família numerosa de 7 também, mas sempre contribuiu para que os carenciados pudessem ter, sou totalmente contra que se limite o acesso à socialização, à música, ao filme e ao entertenimento das crianças e adultos carenciados. Também são "Filhos de Deus" e não de um "Deus menor".
Cumps.