TDT

Fala-se de um concurso público que envolve milhões de euros, como é que é possível que haja sequer um membro do juri com ligações directas ou indirectas a uma empresa concorrente. Independentemente se a pessoa é a mais competente no assunto, estas coisas deviam de ser proibidas para evitar o que realmente se está a passar agora.
Imaginem uma empresa X com mau perder cujo lema é "ganhar por qualquer meio", a competir contra outra Y cuja oferta pode ate ser superior mas que têm ligações com um elemento do Juri. O que é que a empresa X vai fazer se perder? Recorrer e armar barraca por todos os meios que conseguir.

Estás a falar da autoridade q regula as comunicações. E, na área das telecomunicações em Portugal, é muito rara a pessoa (pelo menos, de créditos reconhecidos) q não tenha qualquer ligação ao Grupo PT. Quer através de colaboração directa, quer através de consultoria, quer através de colaboração em algum projecto académico com o patrocínio/apoio do Grupo PT.

É a mesma coisa q na adjudicação de uma obra quereres retirar um membro de um suposto júri só porque um dia, eventualmente, até prestou serviços de consultoria a uma das entidades concorrentes. É um extremismo, um fundamentalismo e, provavelmente, mais uma prova q Portugal é um país de pseudo-puristas.
 
Caro paulojreis, para te responder ao teu último comentario de genese generalista, aqui te deixo o meu:
Infelizemente este país não é um país de pseudo-puristas. É um país de corruptos, e o que falta a este país é precisamente isso: purismo, transparencia, e principalmente, que se desenvolvam mecanismos que imponham esse purismo e essa transparencia principalmente quando se trata de negocios desta dimensão.

No caso em particular, ainda mais me ajudas. Para ti é normal que na autoridade que regula as comunicações estejam presentes pessoas com ligações a uma dada empresa, para mim é estúpido porque o que eu espero acima de tudo de uma autoridade regulador é precisamente o contrario. Mais grave ainda na minha opinião, achas normal que o presidente de um juri num concurso público possa ter ligações a uma das empresas.

Volto a repetir que não estou a favor nem contra nenhuma empresa neste caso, porque não tenho informação suficiente para poder ajuizar. Não me ouviste dizer que o presidente era corrupto e tinha exercido influencias no caso, etc. O que eu disse é que era perfeitamente evitavel esta situação, pelo menos, no que toca ao juri.
 
ou seja o que estás a defender é que em vez de termos os mais competentes a analisar um determinado assunto devemos ter os medíocres/maus a analisar esse mesmo assunto porque fruto da sua pouca capacidade nunca foram capazes de ter uma relação com as empresas do ramo?

portugal é um país pequeno e os melhores têm sempre algum tipo de relação com as grandes empresas dos ramos em que são peritos
 
ou seja o que estás a defender é que em vez de termos os mais competentes a analisar um determinado assunto devemos ter os medíocres/maus a analisar esse mesmo assunto porque fruto da sua pouca capacidade nunca foram capazes de ter uma relação com as empresas do ramo?

portugal é um país pequeno e os melhores têm sempre algum tipo de relação com as grandes empresas dos ramos em que são peritos


arranja-se um especialista internacional
 
ou seja o que estás a defender é que em vez de termos os mais competentes a analisar um determinado assunto devemos ter os medíocres/maus a analisar esse mesmo assunto porque fruto da sua pouca capacidade nunca foram capazes de ter uma relação com as empresas do ramo?

portugal é um país pequeno e os melhores têm sempre algum tipo de relação com as grandes empresas dos ramos em que são peritos

Não. O que ele está a dizer é que devemos ter pessoas competentes sem estarem ligadas a nenhuma das empresas. Se não há pessoas assim em Portugal então que se vá buscar um juri estrangeiro, nomeadamente da comissão europeia. É assim que as coisas se fazem "clear and clean".

Não há desculpas.
 
Última edição:
Ou seja, por Portugal ser pequeno e não ter gente competente livre de empresas (o que eu duvido seriamente, mas não vou especular mais do que já foi feito), seremos então eternamente remetidos para sistemas destes, onde sempre reinará, nas melhores das hipóteses, um clima de suspeição sob as decisões tomadas.

Ainda assim, admitindo que há falta de pessoas competentes e "livres" em Portugal, então porque não requerer os serviços de um júri constituído por membros internacionais (igualmente ou mais ainda competentes)?

Soluções não faltam, não há é interesse por parte de muitos tubarões.
 
arranja-se um especialista internacional

Concordo, pelo menos em parte. Fazia todo o sentido ter alguém de fora, isento, e com conhecimentos/experiência na implementação de TDT. Mas a verdade é q alguém assim nunca poderia constituir a maioria do júri, porque não conhece bem a realidade portuguesa. Concordo com a presença internacional no júri, sim, mas apenas como um dos 'elementos', como uma das vozes.
 
Ou seja, por Portugal ser pequeno e não ter gente competente livre de empresas (o que eu duvido seriamente, mas não vou especular mais do que já foi feito), seremos então eternamente remetidos para sistemas destes, onde sempre reinará, nas melhores das hipóteses, um clima de suspeição sob as decisões tomadas.

Ainda assim, admitindo que há falta de pessoas competentes e "livres" em Portugal, então porque não requerer os serviços de um júri constituído por membros internacionais (igualmente ou mais ainda competentes)?

Soluções não faltam, não há é interesse por parte de muitos tubarões.

Portugal, nas telecomunicações, não é pequeno. E não é uma questão de serem ou não "livres das empresas", o q eu quero dizer é q - das pessoas influentes nas telecomunicações em Portugal - raras serão as q não tem/tiveram qualquer ligação com o Grupo PT. O 'monstro' q vocês vêm no Grupo PT é dos maiores e melhores parceiros das universidades portuguesas, está presente e patrocina em inúmeros projectos com intuitos académicos. Qualquer 'académico' das telecomunicações provavelmente já terá colaborado num desses projectos... e uma boa parte das pessoas da indústria das telecomunicações também, ou por colaborar com a empresa, ou academicamente, ou em empregos anteriores, ou em prestação/aquisição de serviços ao grupo.

E a solução do júri internacional não resolve, pelo menos totalmente. Já respondi acima, acho q nunca poderiam ser a totalidade de um júri na implementação de um cenário nacional.
 
Concordo, pelo menos em parte. Fazia todo o sentido ter alguém de fora, isento, e com conhecimentos/experiência na implementação de TDT. Mas a verdade é q alguém assim nunca poderia constituir a maioria do júri, porque não conhece bem a realidade portuguesa. Concordo com a presença internacional no júri, sim, mas apenas como um dos 'elementos', como uma das vozes.

então mas isso já acontece... a pessoa que a airplus põe em causa é apenas um dos membros do júri... não foi ele sozinho a tomar a decisão
 
exacto contrata-se um estrangeiro cujo conhecimento do mercado português é nulo... atitude muito mais correcta
deves pensar que os juris sao uns politicos que vao para assembleia da republica sem estudar o que se passa....

preferes estar num mercado de corrupção???????? bom para ti
 
deves pensar que os juris sao uns politicos que vao para assembleia da republica sem estudar o que se passa....

preferes estar num mercado de corrupção???????? bom para ti

corrupção? mas tens algum extracto de uma transferência bancária que prove que a PT pagou alguma coisa a alguém?

medir as palavras e pensar antes de escrever nunca fez mal a ninguém
 
não é estrangeiro... mas não é um júri de uma pessoa só...

Sim, claro (se bem q, provavelmente, mais pessoas desse júri já devam ter trabalhado de alguma forma com a PT). O q eu quis dizer é q se calhar seria bom ter um elemento do júri q fosse mesmo 'estranho' à realidade nacional mas q conhecesse a área em questão. Não por questões de suspeição ou corrupção ou algo do género, simplesmente por ser uma voz de fora e q já tenha lidado com cenários semelhantes.
 
exacto contrata-se um estrangeiro cujo conhecimento do mercado português é nulo... atitude muito mais correcta

Então mas a decisão é para ser tomadas às 3 pancadas ou é para ser estudada a partir do zero? Parte-se já com princípios sejam eles quais forem acerca do que pode ser melhor para os portugueses ou estuda-se mesmo o que é melhor para os portugueses? O jurí é burro? Será uma analise do mercado português assim tão complexa para que um determinado elemento não se consiga por a par?

Custa muito substituir o único membro do jurí com ligações a das empresas envolvidas no concurso, por um membro internacional igualmente competente?

Não há desculpas.
 
Ainda alguém acredita nas tentativas de branqueamento destes comportamentos? :rolleyes:

São sempre os mesmos em tudo o que é thread que envolva as asneiras da Portugal Telecom. Porque será?

Duvido que ainda exista quem acredite na imparcialidade deste e de outros júris. A (pseudo) multa ao BCP é um claro exemplo disso.

Cá entre nós

Não há desculpas.
 
Então mas a decisão é para ser tomadas às 3 pancadas ou é para ser estudada a partir do zero? Parte-se já com princípios sejam eles quais forem acerca do que pode ser melhor para os portugueses ou estuda-se mesmo o que é melhor para os portugueses? O jurí é burro? Será uma analise do mercado português assim tão complexa para que um determinado elemento não se consiga por a par?

Custa muito substituir o único membro do jurí com ligações a das empresas envolvidas no concurso, por um membro internacional igualmente competente?

Não há desculpas.


já algum dia olhas-te sequer para a análise dos mercados feitas pela anacom? não deves ter olhado para achar que é uma coisa simples...
 
já algum dia olhas-te sequer para a análise dos mercados feitas pela anacom? não deves ter olhado para achar que é uma coisa simples...

Não disse que era simples, apenas disse que um membro do jurí qualificado para ajuizar sobre o assunto em questão, não teria grande dificuldade em o entender.

Não estou aqui para convencer ninguém, apenas estou a contestar factos que a meu ver não estão bem, e expliquei porquê. Se esse é o argumento que te resta para contestar os argumentos que apresentei, então já vi que não vale a pena porque então isto não passará de um loop infinito.
 
para um estrangeiro, vindo de mercados muito diferentes, sem qualquer conhecimento do caso português prévio?

sim é muito difícil que uma pessoa por mais competente que seja consiga ajuizar seja o que for
 
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