TDT - Tópico Oficial

Mas esse é o cerne da questão. Ninguém relevante para esta questão neste país quer que tu não subscrevas um 3P. Ainda que se baixassem o preço e houvesse só internet eram capazes de subir as vendas. Como muita gente (inclusive tu aparentemente) eu gostava de ter boa cobertura de internet não-exclusiva ás cidades, e de tarifários só com net, como havia antigamente o Naked ADSL da Simplesnet e vários outros.

Em relação aos tarifários de só Internet, é facto que são pouco atractivos. É que também não chegam a todo o lado em qualidade e preço. Eu sei o que é estar refém do 4G, porque não queria aderir ao IPTV da MEO e só colocavam 4mbps. Mas para IPTV passava para 15mbps, é política à lá MEO.

Como não temos um país como a Finlândia, onde o acesso à Internet é um direito fundamental (como a TDT é cá), ao menos pedia-se que a TDT fosse gerida pelo Estado porque é o seu maior utilizador (4 canais actualmente, e deveria de ser 5 pois a Euronews sai do nosso bolso).

Para a discussão do tópico o importante é entender que:
1) A MEO têm de ser retirada da gestão da TDT por motivos óbvios;
2) Os canais premium devem estar disponíveis na TDT através do modelo pay per view de modo a desincentivar a subscrição de televisão por cabo por essa razão;
3) Disponibilização dos programas por ocupar para canais regionais - com licença televisiva - que tenham interesse em transmitir na TDT da sua região;

São passos importantes para mais e melhor TDT, doutra forma mais vale fazer o spin-off, porque ter TDT paga por todos, e só gatos pingados verem (temos das taxas mais baixas de consumo da TDT, eu acho que só a Holanda nos bate) não vale a pena. É que diga-se a bono da verdade, conforme a expansão de fibra aumentou, os utilizadores foram caindo, o que demonstra que só vê TDT por necessidade e não porque seja algo que sirva como uma alternativa mínima. Quem está na fronteira aponta para Espanha, porque será?
 
Há muito que defendo que o programa da ARTV seja híbrido com a Euronews (que sai do erário público...) e dessa forma se liberte a RTP2 dessa transmissão.

DEVERIA sair... mas não sai. O anterior governo decidiu acabar com a comparticipação do país na Euronews (preferiu dar antes o dinheiro aos bancos e grandes empresas) e quem está a pagar o serviço é uma entidade comunitária. Até quando vai durar a paciência de pagar aquilo que o governo de um estado soberano deveria pagar de livre vontade, não sei.

Esse pagamento implicava a contrapartida de um aumento de emissão diária em canal livre. Ora aconteceu precisamente o contrário, o Euronews praticamente desapareceu de antena a "horas normais".

Não concordo com a ideia do sinal na ARTV pois este tem uma dinâmica própria, sem horários fixos, o que inviabilizaria a prestação de um bom serviço. Eu sou apologista de que o sinal Euronews seja distribuído entre a RTP2 e RTP3. Por exemplo aquele simultâneo RTP1/RTP3 durante a manhã informativa não faz qualquer sentido, aí poderia entrar o Euronews sem quebrar a dinâmica (informativa) do canal.
 
1) A MEO têm de ser retirada da gestão da TDT por motivos óbvios;

Que motivos óbvios são esses?
Por muito que se possa apontar à PT durante todo este processo, eles apenas fazem a gestão técnica do Mux A, não determinam que canais podem lá meter. Caso a compra da TVI avance, a TVI24 vai a concurso em igualdade de oportunidades com os outros canais porque quem decide não é a PT.
Há quem diga que a PT tem culpa de haver poucos canais na TDT. É verdade na questão de desistência dos canais pagos mas não no resto. Não levantou cabelo quando foi metida a ARTV, apesar do canal não estar previsto no contrato de utilização do Mux A. E se vamos ter mais 4 novos canais à PT o devemos - recordo que foi a própria PT a alertar o Governo que há espaço para mais quatro canais, algo que o regulador Anacom dizia ser impossível.

Passar a gestão técnica da rede para as mãos do estado não resolve problema algum, pelo contrário até pode piorar a situação. Recordo que a cobertura TDT tem problemas em grande parte porque usa SFN, uma imposição do regulador Anacom e contra a vontade da PT que sempre disse que iria dar problemas, como o prova a correspondência que veio a público. É este tipo de incompetentes que querem a gerir a rede?
 
O anterior governo decidiu acabar com a comparticipação do país na Euronews e quem está a pagar o serviço é uma entidade comunitária

É verdade. Que se saiba, o dinheirinho para pagar o Euronews continuar a sair do bolso de todos os Europeus, não só dos tugas. A contrapartida para este pagamento extraordinária seria a inclusão o mais rápido possível do canal na TDT...
 
Que motivos óbvios são esses?
Por muito que se possa apontar à PT durante todo este processo, eles apenas fazem a gestão técnica do Mux A, não determinam que canais podem lá meter. Caso a compra da TVI avance, a TVI24 vai a concurso em igualdade de oportunidades com os outros canais porque quem decide não é a PT.
Há quem diga que a PT tem culpa de haver poucos canais na TDT. É verdade na questão de desistência dos canais pagos mas não no resto. Não levantou cabelo quando foi metida a ARTV, apesar do canal não estar previsto no contrato de utilização do Mux A. E se vamos ter mais 4 novos canais à PT o devemos - recordo que foi a própria PT a alertar o Governo que há espaço para mais quatro canais, algo que o regulador Anacom dizia ser impossível.

Passar a gestão técnica da rede para as mãos do estado não resolve problema algum, pelo contrário até pode piorar a situação. Recordo que a cobertura TDT tem problemas em grande parte porque usa SFN, uma imposição do regulador Anacom e contra a vontade da PT que sempre disse que iria dar problemas, como o prova a correspondência que veio a público. É este tipo de incompetentes que querem a gerir a rede?


jorge.antunes, estás a dizer coisas que me parecem erradas.

A ANACOM disse que apenas existia espaço para 3 canais nas mesmas condições em que se encontravam em funcionamentos os restantes canais, e essa informação estava totalmente correcta. A PT disse que existia espaço não para 3, mas para 4 novos canais, em condições diferentes, ou seja, basicamente a PT alterou as caraterísticas do MUX e retirou algumas funcionalidades obsoletas que estavam a ocupar espaço desnecessariamente e dessa forma conseguiu arranjar espaço para um canal adicional (4 em vez de 3). Portanto na prática, tanto a PT como o regulador estavam correctos nas afirmações que fizeram.

Relativamente à SFN, daquilo que eu já vi num debate sobre o tema, a utilização de uma SFN não foi uma opção do regulador, mas sim uma necessidade, visto que não existia outra opção pois o espectro na altura estava totalmente ocupado com a televisão analógica, daí que não tenha sido possivel arrancar logo com uma rede MFN desde o ínicio pois não existiam frequências livres. Portanto não foi uma imposição, foi a única opção possível em Portugal.

Relativamente ao concurso para os novos canais, estou curioso para ver o que acontece!
 
A ANACOM disse que apenas existia espaço para 3 canais nas mesmas condições em que se encontravam em funcionamentos os restantes canais, e essa informação estava totalmente correcta. A PT disse que existia espaço não para 3, mas para 4 novos canais, em condições diferentes, !

Certo, isso não está em questão. O meu ponto é que se tomarmos como acertada a tese que a PT não quer mais canais e está a fazer tudo para prejudicar a TDT em relação à oferta do Meo, então não teria dito que há espaço para mais um canal.

a utilização de uma SFN não foi uma opção do regulador, mas sim uma necessidade, visto que não existia outra opção pois o espectro na altura estava totalmente ocupado com a televisão analógica

Isso é a explicação dos incompetentes do reguladores que, espero!, nunca venham a ter a gestão técnica da TDT. Hoje há muito espetro livre, se não havia durante a fase de transição bastaria fazer a transição doutra forma começando por fases num extremo do país e acabando no outro para minorar a possibilidade de interferências. Nota que nem após começarem os relatos de problemas com a rede e com o falhanço na TV paga se lembraram que poderiam usar essas frequências libertadas para criar uma rede MFN - ou melhor, fizeram-no com meia dúzia de anos de atraso, algo que poderia e deveria ter sido feito antes do apagão de 2012, tempo não faltou.

E há mais decisões técnicas que podem e devem ser imputadas ao regulador. Por exemplo: com o fim da faixa dos 800Mhz foi pedido à PT uma lista de três frequências alternativas para a rede SFN que se encontrava nessa faixa. O regulador escolheu a pior possível em termos de propagação, possíveis interferências e de futuro. O documento da PT disse-o preto no branco e o regulador decidiu ignorar. Agora temos uma rede SFN que nunca vai funcionar em condições e numa faixa que vai ter de ser libertada dentro de pouco tempo para ser usada pelos telemóveis.
 
Quem autorizou a saida do canal HD (emissão a preto) da TDT, que me deixou tantas saudades após anos e anos de emissão e porquê?
Houve discussão publica, debates, pareceres, concurso, estudos detalhados e anos de espera sobre o assunto?
Que se saiba....não, foi de um dia para o outro!
Pois....é o que deveria ser feito para aparecerem novos canais na TDT.
 
1 ano para propor nomes para uma ERC, 2 anos para lançar 1 concurso, 4 anos para debater e contestar, 8 anos para avançar, uma eternidade para não ver nada...
 
Um Ano na TDT: Quantas pessoas passaram a ver a RTP3 e a RTP Memória?


A 1 de dezembro de 2016 cumpria-se uma antiga reivindicação, a do alargamento da Televisão Digital Terrestre. RTP3 e RTP Memória juntavam-se à lista de canais abertos. Um ano depois, fazemos as contas: Fez diferença para os espectadores esta mudança?

Os números dos primeiros 12 meses indicam que sim. De um share de 0,9% entre os espectadores com televisão por cabo, a RTP3 passou agora para uma média de 1,8 nos primeiros 11 meses de 2017. O número médio de espectadores por minuto passou de cerca de 17 mil para o dobro, 34 mil.

A diferença é ainda mais notória quando observados os valores da RTP Memória. O canal salta de 0,3% de share no último mês em que era apenas transmitida no Cabo para 1% de média em 2017. O número de espectadores quadriplicou: de cinco para 20 mil por minuto.

O mês de novembro, alicerçado nas séries Soldados da Fortuna e Os Três Duques foi mesmo o melhor de sempre para o ‘canal do arquivo’, com 1,3% de quota de mercado.


Fonte: GfK/CAEM

O que é que os espectadores da TDT mais vêem?
O universo dos lares que apenas têm acesso à TDT representa hoje uma população de menos de 400 mil espectadores. Neste nicho, a liderança é da TVI com 34%, seguida pela SIC com 28,1% e pela RTP1 com 22,3% de share. A RTP2 tem uma percentagem semelhante à dos novos canais: soma 4,6%, contra 3,6% da RTP3 e 3,3% da RTP Memória. A ARTV, também disponibilizada, soma no total do ano apenas 0,2% de quota de mercado.

A chegada das duas estações, que concentram quase 8% do público da TDT, motivou quedas nas restantes emissoras. A RTP1 perdeu 2,2 pontos percentuais, a RTP2 afundou 1,7 pontos, a SIC derrapou 1,9 pontos e a TVI desceu 1,1. O canal mais afetado é mesmo a Dois, que perde um terço do público que teve em 2016.

Apesar da fatia significativa de espectadores que atraem, nenhum dos dois canais conseguiu colocar nenhum programa no top50 dos mais vistos em 2017 pelos espectadores sem televisão paga.



# Programa Canal Rating (%) Share (%)
1 Liga dos Campeões: Benfica x Borussia RTP1 28,6 51,8
2 Jornal das 8 (29/01/2017) TVI 27,7 45,9
3 Mundial 2018: Qualificação – Portugal x Hungria RTP1 26,1 49,9
4 Ouro Verde II (28/08/2017) TVI 24,4 44,8
5 O Preço Certo RTP1 24,1 47,0​


Pedrógão Grande domina na RTP3
Entre os programas mais vistos da RTP3 estão três dos noticiários emitidos no dia seguinte à tragédia de Pedrógão Grande, dia em que o canal conquistou máximos de audiência, bem como um Especial Desporto dedicado ao Sporting x Benfica e o programa Trio d’Ataque de 5 de novembro. O formato de debate desportivo é um dos programas mais populares do canal de notícias da RTP.

1 RTP3 18/06/2017 NOTÍCIAS 3 ÀS 10 5,0 24,5
2 RTP3 18/06/2017 JORNAL DAS 12 5,0 16,0
3 RTP3 22/04/2017 ESPECIAL DESPORTO 4,1 12,8
4 RTP3 18/06/2017 JORNAL DA TARDE 3,7 10,5
5 RTP3 05/11/2017 TRIO D’ATAQUE 3,6 11,6​
Soldados são a Fortuna da RTP Memória

Fotografia: Divulgação

A repetição da série Soldados da Fortuna, já emitida nos primeiros meses do ano pelo canal público, está a ter um sucesso ainda superior na segunda transmissão. Os Três Duques, emitida no horário seguinte, é também um dos maiores sucessos da RTP Memória.

A ficção nacional também entra no top5, com as séries de comédia Os Compadres, Milionários à Força e Portugal Tal & Qual.

1 RTP Memória 24/10/2017 SOLDADOS DA FORTUNA 6,9 12,8
2 RTP Memória 10/11/2017 OS TRÊS DUQUES 6,7 14,6
3 RTP Memória 27/02/2017 OS COMPADRES 4,0 7,0
4 RTP Memória 17/04/2017 MILIONÁRIOS A FORÇA 3,9 8,4
5 RTP Memória 09/11/2017 PORTUGAL TAL & QUAL 3,9 7,6​
Em 2018, quando a ERC tiver indigitados novos membros para o seu Conselho Regulador, deverá ser lançado o concurso que permitirá a outros dois canais, desta vez privados, juntarem-se ao leque de televisões a transmitir em sinal aberto.

A Televisão Digital Terrestre portuguesa continua, um ano depois, a ser aquela que menos canais tem em todo o continente europeu.

Fonte:https://espalhafactos.com/2017/12/02/um-ano-tdt-rtp3-rtp-memoria/
 
Para quem tiver paciência para ler.

Estudo sobre alargamento adicional da oferta de serviços de programas na TDT

A ANACOM promoveu, no âmbito do disposto na Lei n.º 33/2016, de 24 de agosto da Assembleia da República, posteriormente alterada pela Lei n.º 2/2017, de 16 de janeiro, o “Estudo sobre alargamento adicional da oferta de serviços de programas na televisão digital terrestre (TDT)”, realizado, na sequência de concurso público para o efeito lançado, pela Leadership Business Consulting, em parceria com a LS Telcom e a DLA Pipper.

O estudo contempla uma análise global da situação da TDT em Portugal, projetando um conjunto de modelos futuros para o seu desenvolvimento, com base na análise e aprendizagem do contexto nacional, mas também através da identificação das lições aprendidas e melhores práticas que foram encontradas noutros países europeus.

Consulte:
Aprovação da publicação do estudo sobre o alargamento adicional da oferta de serviços de programas na televisão digital terrestre
 
Ainda nem sei como é que as operadoras ainda não se lembraram que podem usar DVB-T para transmitir a oferta por assinatura, dispensando assim os custos elevados do satélite. Era lixado para os nossos emigrantes, realmente, mas em termos de custo/benefício era melhor. E já víamos muxes a aparecer a torto e a direito e a infraestrutura da TDT a evoluir por tabela

Mas é algo que não vejo nem lá fora, e que me faz um bocado de comichão porque é uma tecnologia que bem executada chega a todos e podia muito bem ser um substituto do satélite dos operadores.
  • Evoluia a rede DVB-T, e por tabela a TDT (bastando assim que os 4 canais fossem APENAS da TDT e dependentes da mesma, mesmo quando assinante de TV por assinatura, e depois na box do cliente proceder á sintonização onde os 7 canais da TDT se iam juntar aos canais de assinatura. Básicamente, Multi-Mux.
  • Reduzia custos (aos operadores e possívelmente aos clientes):
    • No aluguer dos equipamentos (uma box DVB-T MPEG4 com leitor smartcard é mesmo assim mais barata que os equipamentos DVB-C e IPTV da actualidade. Podia também equacionar-se a hipótese de, tal como se faz hoje em dia com o DVB-C, dispensar o aluguer se o cliente se dispuser a fornecer o recetor (por exemplo, TV's com smartcard)
    • O custo de transmitir na TDT é (imagino) inferior ao custo de manter vários transponders de satélite
    • Com estas reduções podia-se equacionar baixas de preços, que atraíam mais clientes
  • Acabavam-se os problemas com os condomínios em matéria de antenas parabólicas nas fachadas dos prédios
  • Em matéria de parabólicas, acabava-se também com a autêntica poluição visual que é um mar de parabólicas em sítios onde o cabo não chega
  • Facilitava o uso móvel (carros, autocarros, tv's portáteis/tuners tdt para telemóveis/pc)...
Mas para isto era necessário que a rede TDT fosse propriedade ou do estado ou de um privado independente, e não de uma operadora de assinatura que só mantém o serviço porque é uma obrigação pública que o estado impõe.
 
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