Um menino de 12 anos foi esquartejado na cidade de Blumenau, cidade localizada a 200 km de Florianópolis, no final da manhã desta segunda-feira. Segundo as primeiras informações, o corpo do menino teria sido cortado na altura do tronco com uma serra de serralheiro.
Os delegados da Polícia Civil de Blumenau estão ouvindo desde o início da tarde um adolescente de 16 anos, que seria um dos principais suspeitos do crime. Segundo a ocorrência policial registrada por policiais militares, o jovem disse ser amigo da vítima e alegou ter discutido com o garoto por causa de um jogo de computador.
A Polícia Militar também informou que o crime foi descoberto por um vizinho do principal suspeito, que encontrou sangue no chão e chamou os bombeiros.
A Polícia Civil afirmou que só dará detalhes do caso no final da tarde, após ouvir o adolescente.
BLUMENAU - Gabriel Kuhn, 12 anos, estava vivo quando começou a ter as duas pernas mutiladas pelo colega de 16 anos, suspeito de ter matado e esquartejado o garoto na segunda-feira de manhã. Conforme o laudo necroscópico, Gabriel estava desacordado, inconsciente, e morreu por hemorragia ao ter os membros inferiores decepados. A perícia também apontou que houve abuso sexual antes de a vítima ser assassinada.
Com as novas provas, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o desentendimento entre os dois adolescentes tenha sido motivado pelo abuso sexual e não pelos jogos de computador, conforme disse o suspeito durante depoimento à delegada Rosi Serafim, segunda-feira à tarde.
- Ele (o suspeito) negou o abuso durante o interrogatório. Acredita-se que ele tenha usado o álibi dos jogos para encobrir o crime que tinha cometido. Houve desentendimento, mas tudo leva a crer que originado em decorrência do abuso - explica a delegada, que solicitará o computador do suspeito para submeter o equipamento a uma análise.
Segundo a delegada, o adolescente de 16 anos ligou para a mãe, que estava em Nova Trento, por volta das 9h30min do dia do crime. Ele teria perguntado que horas ela chegaria em casa. A suspeita da polícia é que o abuso ocorreu na cama do quarto do computador. Havia manchas de sangue no colchão.
Polícia descarta participação de outras pessoas
Para descobrir de que forma ocorreu o abuso, conforme Rosi, foi coletado material da vítima e encaminhado ao Instituto Geral de Perícias (IGP), em Florianópolis. A previsão é que o resultado seja divulgado em 30 dias. Para a polícia, está descartada a possibilidade de mais uma pessoa envolvida no crime.
O suspeito está detido no CIP de Itajaí. A polícia tem 10 dias para concluir as investigações. Ontem à noite, o advogado do adolescente disse que não falaria sobre o caso. Alegou que o processo corre em segredo de Justiça.