PlayStation The Last Guardian (Team ICO, SCE)

Bem, lá acabei o jogo, e realmente apesar de todos os bugs irritantes, de todos os slowdowns que encontrei (ps4 normal), para mim é uma obra de arte, com um final espectacular, banda sonora 5* !!!!
 
Acabei o jogo e posso dizer que esta fantástico, diferente de tudo que já tinha jogado... Eu não tenho nada a reclamar do jogo, graficamente e a nível sonoro estão perfeitos. Os cenários estão fantásticos e parece que quanto mais avançamos no jogo, melhores ficam. Daqueles jogos que temos pena de chegar ao final.

Na minha opinião e mais do que um jogo... E mesmo uma obra de arte.

Entra directo para meu top 3, sem qualquer sombra de duvidas.

Quando comecei o jogo ia com expectativas bastante altas e o jogo ainda superou tudo que estava a espera. também já estava preparado para ter os problemas das cameras e sinceramente nada que fosse muito significativos e eram sempre em sítios com pouco espaço para se mexer, logo e normal esse tipo de problemas nos jogos.
 
Comprei hoje o jogo finalmente já que está a 19.99£ na amazon, vai ser um sentimento diferente jogá-lo, depois de tantos anos e tendo em conta a enorme herança.
 
Comecei a jogar isto há uns dias, estou a adorar. Mais tarde vou deixar as minhas impressões finais quando o terminar mas entretanto gostaria de partilhar um momento que tive hoje.

Provavelmente muita gente não experienciou isto desta forma, mas para mim tudo fez "click" nesta sequência:

Há uma parte do jogo em que vamos dentro de água com o Trico e depois acordamos sozinhos, dá a entender que o Trico se possa ter afogado.

Entretanto acabo dentro de umas daquelas jaulas ovais e consigo perceber que tenho de empurrar a jaula até àquela espécie de interruptor no chão para que a porta se abra.

Tento isto várias vezes, durante vários minutos, e começo a desesperar por não conseguir avançar.

Começo a lembrar-me que se tivesse o Trico por perto ele me iria ajudar. E de repente...lembro-me...ainda não experimentei a chamar por ele (R1).

Quando pressiono R1 e o consigo ouvir ao longe foi um momento catártico: o jogo fez-me perceber, sem qualquer estímulo evidente, que estou dependente desta personagem de uma forma que raramente, se alguma vez antes, acontece.

Depois a forma como ele aparece, ao escavar a parede para chegar a mim, e a forma como aproxima a cabeça da jaula assim que chega ao meu lado é de uma sensibilidade impressionante.

Felizmente ainda há jogos que arriscam em fazer diferente e ter a própria personalidade.
 
E pronto, está terminado e arrumado. Devo ter concluído o jogo com 25 horas.

Gostei bastante da aventura. Estava com expectativas baixas, para ser honesto, e isso pode ter sido um ponto a meu favor, para não sair desiludido por um título que esteve praticamente 10 anos no forno.

Não é de todo a jornada mais difícil que me passou pelas mãos, nem tão pouco a mais empolgante, mas é um jogo que oferece muitas mecânicas que até agora nunca tinha visto, que fazem dele até ao momento simplesmente ímpar.

Bons gráficos, bom ambiente sonoro, bonita e simples narrativa. Gostei do foco nas duas personagens – a criança e o Trico, fazem uma dupla fantástica.

Tecnicamente não está perfeito. Há inúmeras falhas na mecânica de dar instruções ao Trico, a câmara nem sempre funcionou de forma correcto, ganhando até muitas vezes vida própria. Houve também vários problemas com a fluidez do jogo (PS4 normal), mas nada de verdadeiramente preocupante, pois geralmente quando ocorriam, era quando o Trico se movimentava de forma mais inquieta.

Para concluir, valeu a pena a espera e os esforços que fizeram para concluírem o seu desenvolvimento. É sem dúvida um bom jogo.
 
Jogo terminado com pouco menos de 15 horas. Depois de ter parado durante uns tempos perto do início decidi voltar a pegar nele e terminá-lo de vez. Não foi fácil, mas o final compensou.

Cresci a ler "histórias de terror" acerca do desenvolvimento deste jogo e por vários momentos pensei que o jogo nunca vinha a ver a luz do dia. Hoje posso dizer que fico contente que essas "histórias" não se tenham concretizado, mas claramente que se refletiram no produto final.

Começando pelos pontos negativos, e peço desculpa pela frontalidade, mas a meu ver este jogo está um desastre a nível técnico. Não vale a pena estar a enumerar aquilo que todos já disseram, desde a terrível câmara, à IA do Trico, às imensas quedas de fps (jogado na PS4 Pro), aos controlos manhosos... enfim, a lista nunca mais acaba. Defeitos habituais do tempo da PS2/PS3, não da PS4 normal/Pro.

Contudo, não deixei de sentir que foi uma fantástica aventura. Excelente banda sonora, narrativa muito bonita, visuais óptimos e, sobretudo, uma ligação única e maravilhosa entre duas personagens. Difícil de encontrar algo semelhante a esta relação.

Se consigo recomendá-lo a qualquer pessoa? Não, longe disso. Depende exclusivamente dos gostos da pessoa e do tipo experiência que procura. Não me interpretem mal, mas não o recomendaria a alguém que procura um jogo divertido, por exemplo.

Uma obra prima mas um jogo razoável, é a melhor forma que encontro para descrever The Last Guardian.
 
Última edição:
Medievil disse:
não o recomendaria a alguém que procura um jogo divertido, por exemplo.
Clicar para expandir...

Estás a confundir diversão com acção frenética. O jogo é sim, bastante divertido, agora depende de que forma quem joga procura se divertir. Não sei se me estou a fazer entender, mas há quem se divirta a ver filmes de terror, e quem odeie simplesmente

Concordo contigo na parte técnica, excepto na câmera, nunca tive muitos problemas com ela.

Eu apesar de todas as falhas adorei a aventura, é algo diferente, com algumas mecânicas interessantes. Ouve alguns momentos que fiquei encantado, enfim. penso que até cheguei a comentar aqui no zwame, e mantenho o que disse, consegue provocar aquele sentimento de '' é por isto que eu amo videojogos ''
 
ImOnADonkey disse:
Estás a confundir diversão com acção frenética. O jogo é sim, bastante divertido, agora depende de que forma quem joga procura se divertir. Não sei se me estou a fazer entender, mas há quem se divirta a ver filmes de terror, e quem odeie simplesmente

Concordo contigo na parte técnica, excepto na câmera, nunca tive muitos problemas com ela.

Eu apesar de todas as falhas adorei a aventura, é algo diferente, com algumas mecânicas interessantes. Ouve alguns momentos que fiquei encantado, enfim. penso que até cheguei a comentar aqui no zwame, e mantenho o que disse, consegue provocar aquele sentimento de '' é por isto que eu amo videojogos ''
Clicar para expandir...

Reconheço que o termo possa causar dúvidas, mas a experiência que tive com o The Last Guardian é semelhante àquela que eu tenho quando vou ver uma exposição de quadros de arte, e falar em diversão ai parece-me pouco preciso. E não digo que o jogo não possa divertir, claro que sim, oferece imensos desafios engraçados, mas se um amigo perguntar-me por um título apenas com a finalidade de se divertir, custa-me a sugerir logo este jogo em vez de um Uncharted, por exemplo.

Journey é uma obra prima, semelhante ao estilo de The Last Guardian, a experiência que eu retirei destes dois foi algo diferente ao que retiro de outros jogos mais comuns no mercado. Divertem? Sim, posso dizer que sim, mas foi sobretudo por isso que quis terminar ambos os jogos? Para isso encontraria melhores sugestões, na minha opinião.

Disseste que provocar este tipo de sentimentos é o que te leva a gostar tanto de videojogos. Concordo plenamente. Mas este sentimento é diversão ou algo muito mais? Eu poderia divertir-me de muitas formas, mas poucas transmitiriam aquilo que o The Last Guardian e outros do mesmo género transmitiram-me. Aliás, isto é a prova que os videojogos oferecem mais que simples diversão. Espero ter-me feito entender melhor, pois compreendi perfeitamente o querias dizer.

Eu gostei imenso da aventura, mas tenho quase a certeza que, se recomendares este jogo a imensos jogadores casuais, especialmente aqueles que não são muito adeptos de puzzles, tenho a certeza que colocarão de lado rapidamente. Já agora, aproveito para mencionar que a longevidade do jogo surpreendeu-me imenso pela positiva.
 
Quando as pessoas falam da IA do Trico...
Normalmente quando quando eu vou para o meio da selva e começo a chamar por animais selvagens eles respondem logo às minhas ordens!
 
Snake Link disse:
Quando as pessoas falam da IA do Trico...
Normalmente quando quando eu vou para o meio da selva e começo a chamar por animais selvagens eles respondem logo às minhas ordens!
Clicar para expandir...

Isto sem tirar nem por!

Aceito que dar ordens a um bicho num jogo e ele não responder logo pode ser chato, mas porra, temos uma besta à nossa frente e queriam que fosse pau mandado por um puto?! Se assim fosse, os que criticam a IA, iam criticar que não era realista. Agradar a gregos e troianos não é fácil...
 
Quando saiu o Alien Isolation a IGN fez a review e deu uma má nota, uma das críticas era que a IA do Alien não era previsível. As pessoas é que estão habituadas a que os jogos sejam fáceis e sempre lineares, mas há jogos em que nunca se sabe como

Já agora, deixo aqui a minha crítica a este jogo quando o terminei!
Snake Link disse:
The-Last-Guardian-High-Quality-Wallpaper-Picture.jpg

The Last Guardian
9.5/10
​
Existe perfeição? Não. Nada neste mundo é perfeito, e este jogo também não é perfeito. Mas é por isso que é mau? Não, não é. Ando nisto dos videojogos há mais de 25 anos, e joguei imensa coisa, imensas sagas, imensas histórias, imensas horas... E depois de jogar tanta coisa há sempre este ou aquele jogo que nos marca, Streets of Rage, Metal Gear Solid, Shadow of The Colossus, Uncharted, Red Dead Redemption, GTA, The Last of Us, Witcher 3... E uma pessoa joga esses jogos pela primeira vez e pensa, será que algum dia irei jogar algo melhor que isto ou algo tão bom quanto isto? Claro que sim. E este The Last Guardian está no mesmo patamar que estes jogos que referi, pelo menos para mim.

Este jogo agarrou-me do início ao fim, e não houve uma única parte que achasse ser uma seca. Nada disso! O jogo agarrou-me sempre, mesmo não tendo tantas falas como outros jogos. A relação do rapaz com o Trico é uma coisa que eu nem consigo explicar, porque a relação que existe não se explica, sente-se! E o que senti neste The Last Guardian foi uma relação de amor entre eles os dois, porque o rapaz quando acorda nem sabe onde está nem sabe que criatura é aquela, mas mesmo assim decide ajudá-lo, mas porquê? Porquê ajudar uma criatura enorme que está ali presa diante de nós? Porque somos humanos e preocupamos-nos com os animais? Mesmo os selvagens? Fui isso que senti, apesar de ser um videojogo.
Logo no início tive dificuldades em saber o que fazer, fiquei prai uns 15 minutos ali preso sem saber o que fazer e sem saber para onde ir, até que o Trico me dá indicações para onde tinha de ir, com um simples gesto de arranhar as patas numa parede destruída. E mesmo assim há pessoas que criticam a IA deste Trico neste jogo? À medida que fui passando o jogo fui gostando cada vez mais do Trico, e fui criando uma relação ainda maior com ele, dando-lhe de comer, dando-lhe carinho, cuidando dele. E não sei se foi disto tudo, mas quando lhe dava ordens ele obedecia, e cada vez mais obedecia melhor às ordens que lhe dava. Muito se falou sobre a IA do trico, eu simplesmente achei que estava muito bem feita. Acho que quem criticou isso eram pessoas que não sabiam jogar. Eu quando queria que o Trico fosse para uma zona, eu indicava e ele ia. Se que queria que ele se metesse de pé, dava a ordem e ele metia-se. Claro que não estou a lidar com um humano, estou a lidar com um animal e é óbvio que vai demorar um certo tempo para perceber o que eu lhe disse. É como ter um cão! Para ensinar um cão a deitar ou sentar não se ensina em minutos ou horas, demora dias ou meses. E mesmo assim nunca irá ser perfeito. Tudo em que isto é um videojogo, e torna-se mais simples e mais rápido ele aprender e entender as nossas ordens.

A história do jogo é muito linda, ao início não sabia porque estava ali e como tinha ido ali parar, mas mesmo assim fui andando até tentar entender o que se tinha passado. E é mais ou menos a meio do jogo que se percebe o que realmente aconteceu, e foi nessa altura que voltei a ficar de boca aberta com o jogo!
Sem querer falar muito de história, até porque nem quero meter spoilers, adorei mesmo a história, e acho que o jogo tem uma história muito boa. E depois o final do jogo é algo que como já disse, não se explica ou se joga, sente-se! O final do jogo é mesmo muito bom, acreditem em mim.

Quanto à jogabilidade, como já disse mais em cima, não acho que a IA do Trico seja péssima, acho muito boa. Subir para cima do Trico às vezes era complicado só quando o bicho não parava quieto, porque se ele estivesse calmo era na boa, e aqui vê-se imenso trabalho de Shadow of The Colossus mas bastante melhor.
Os puzzles, eu sou pessoa que não me dou bem com certos puzzles em outros jogas e acabo sempre por ir ver videos ao youtube, mas este foi o único jogo que tem vários puzzles, se assim se pode dizer, que terminei sem ter ido ver um único video ao youtube, Houveram partes em que me sentia preso e perdido sem saber o que fazer, mas depois ou o Trico dava indicações, ou o narrador da história dava dicas ou então simplesmente me dava um clique e sentia que era por ali.
O maior problema do jogo é sem dúvida a câmara, é simplesmente ruim em certas partes. Em sítios mais apertados nem se consegue ver nada, e por vezes dava por mim em cima do Trico e queria rodar a câmara e simplesmente não rodava porque a câmara em si ficava presa no cenário do jogo. Tive imensos problemas com isso.

Os gráficos do jogo são muito bons, e os efeitos de luz em sítios ao ar livre estão mesmo bem feitos. Dava por mim às vezes a admirar aquilo e o cenário do jogo. Até acho que este jogo foi onde mais screenshots tirei na PS4, acabei o jogo com 112 screenshots tirados. A qualidade gráfica do jogo foi a grande culpa de eu estar sempre a tirar screenshots.


Sem dúvida que recomendo a toda gente em jogar este jogo porque vale bem a pena. O jogo é lindo, o jogo é brutal, o jogo é fantástico. E acreditem que se jogarem vão adorar o Trico. Fiquei mesmo rendido. Eu tinha gostado do ICO quando joguei, depois joguei o Shadow of The Colossus e adorei esse jogo e considero melhor que o ICO. Depois de ter jogado este The Last Guardian fiquei na dúvida se é ou não melhor que Shadow of The Colossus. Será? Não sei. Só sei que vou voltar a jogar novamente este The Last Guardian.
Clicar para expandir...
 
Uma coisa é ser realista, outra coisa é haver falhas na IA do bicho. Por muito adorável que ele se vá tornando, especialmente para o final, o jogo tem falhas nesse departamento. Não falo do facto dele demorar a responder, apesar de me ter deparado com situações exageradas; refiro-me a circunstâncias como, por exemplo, ele ter acabado de saltar para cima de 3 torres e, logo a seguir, sabe-se lá porquê, ele volta-me a descer pelas mesmas 3 torres que subiu há 3 segundos atrás. Outra situação, a dos barris, por vezes tornava-se num verdadeiro desafio para ele comer um barril. E poderia enumerar muitas outras situações que me aconteceram que, simplesmente, o Trico parecia uma barata tonta.

Não sei se têm animais de estimação, mas pelo menos o meu cão não decide subir as escadas e logo a seguir descer só porque sim, ou pelo menos não fica atrofiado sem motivo aparente . Costumo ser bastante tolerável com a inteligência artificial, aliás, recordo-me sempre do caso do Donald do Kingdom Hearts, todos se queixam da IA dele, quando eu até a tolero bem. Mas o meu Trico demonstrou ser um animal excessivamente desorientado em certas ocasiões :-D

Mencionaram a questão da câmara e aproveito então para mencionar uma situação que se tornou um pouco frustrante. Enquanto tentava tirar uma lança espetada no Trico a meio de combate e, devido ao facto dele estar muito irrequieto, a câmara decide quase ter um ataque de epilepsia. Esta e muitas outras circunstâncias. E não pareço ser o único a queixar-me, basta ir à Internet.

Não consigo olhar para estes defeitos e ignorá-los, porque acabaram por comprometer a minha experiência no seu geral. Agora imaginem se todos os estúdios decidissem adotar a mesma postura e não reforçar nestes aspetos técnicos. Em vez de estarmos a evoluir, estaríamos a retroceder. À que valorizar os bons aspetos e criticar os maus, pelo menos é esta a minha opinião. Por isso é que não consigo atribuir uma nota elevadíssima a este jogo. Seria como se o primeiro Metal Gear Solid fosse lançado como o conhecemos hoje e atribuir-lhe, um 10, apesar do jogo ser verdadeiramente espetacular não deixa de ser muito arcaico para os dias de hoje.
 
Última edição:
Lembro-me de no início do jogo ter ficado ali parado a ver para onde ia alguns minutos, e quando digo alguns minutos não foram nem 5 nem 10. E ao fim de algum tempo o Trico começa a dizer para onde tinha de ir...
 
O Medievil acertou na muche. Eu não estou a questionar que a IA é realista ou não, aliás, eu nem sou grande crítico nesta área do jogo, até porque ela deixou-me mais surpreendido pelo positiva do que frustrado.

Agora, há maneiras de fazer uma inteligência minimamente realista sem que seja penoso interagir com ela algumas vezes, quem estuda design de videojogos deve saber isso muito melhor que eu. E digo-vos uma coisa, como o escape á realidade que é este jogo estupendo, onde estamos perante animais fantásticos ou armaduras que ganham vida quase que inexplicavelmente, qual a obsessão com representar algo da forma mais realista possível?

Volto a dizer, eu gosto e recomendo o the last guardian, mas não há que enganar que uma reforma na IA, em prol de uma melhor resposta aos inputs do jogador, só tornaria esta obra ainda melhor.
 
Inicie sessão ou registe-se para poder participar.
Back
Topo