É possivelmente o remaster mais fiel de sempre, tudo é feito para se assemelhar à tua memória do jogo se o jogaste em 1998, não obstante de na realidade virtualmente tudo ter sido melhorado
Até a banda sonora, parece que não foi tocada mas foi completamente refeita com muito mais alta qualidade nos samples (o jogo não está limitado a um cartucho de 32 MB desta vez) com a preocupação de... soar ao mesmo.
Gráficos e texturas idem. Por causa disso, quando o jogo saiu tiveste muita gente a dizer que nada tinha mudado. Apesar de ter mudado, é que a memória embeleza as coisas. O jogo estará gráficamente ao nivel de algo PS2/Gamecube mas é a "visão definitiva" de um jogo de 1998, trata-se de um pulo geracional.
O resto, diga-se que estes jogos são incrivelmente modernos em estrutura para a época em que foram lançados, cutscenes ingame não scripted a reflectirem equipamento, motion capture usado em tudo, ciclo dia e noite completamente dinâmico, animações faciais avançado (muito pouco separa o sistema de animações faciais do Ocarina of Time do Wind Waker em 2003), animação de membros com cinemática inversa (é o que faz com que em rampas um pé fique mais levantado que o outro), sistema de particulas com recurso a sprites, NPC's olham para a personagem principal quando ela se aproxima é também totalmente texturado coisa que não era standard na altura... por aí fora.
Simplesmente nunca pareceu um jogo de 1998 numa consola de 32/64 bits.
Não é por acaso que mesmo sendo ports melhoradas, um Ocarina of Time e um Majora Mask 3D aparecem como um dos jogos com melhor aspecto da consola, é dificil fazer um jogo desta escala numa portátil com uma engine 3D por todos os recursos que exige. A Nintendo certamente nem tentou com o A Link Between Worlds (que é óptimo de qualquer forma)
Note-se que estes jogos na consola original corriam a algo como 20/24 fps, o pulo para 30 fps é muito agradecido, se os fosses jogar hoje na N64 ias demorar um pouco a habituar-te (nota: não é tão mau como soa porque os jogos foram desenhados para essa framerate)
Únicas criticas a fazer é que toda a gente sempre quis sombras dinâmicas no jogo todo e estas foram ligadas não obstante de estarem implementadas até no jogo original (usadas nas placas de madeira e no boss final) calculo que fazê-las por software e com poligonos fosse taxativo demais, mas podiam ter implementado shadow maps, o menu de items agora permite mudá-los e organiza-os por ordem de obtenção é pindérico face à organização original auto-imposta (que faz mais sentido porque estimula a memória visual de saber onde as coisas estão) e que a experiencia de tocar Ocarina não melhorou ao nivel de feel (mas esta parte tinha sido desenhada para o comando da N64).
O Ocarina of Time é um remaster e peras mas possivelmente fiel demais, gostei mais do que fizeram no Majora Mask onde claramente tiveram tempo suficiente para meter inumeros "re-imaginings" de espaços que de outra forma seriam um pouco bland no jogo. Por outro lado não gostei muito das alterações que fizeram no funcionamento das raças nem de algumas alterações em alguns bosses. Nem do novo sistema de saving, mas numa portátil tinha de ser.
Ambos são jogos que devias experienciar.