GBC The Legend of Zelda: Oracle of Ages & Seasons

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Power Member
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Um dos pontos fortes do Game Boy foi o facto de a Nintendo não olhar para a sua portátil como uma extensão das suas consolas caseiras, apresentando apenas versões portáteis e minimalistas dos seus jogos, como fez, por exemplo, a Sega com a Game Gear.

Assim, as principais franquias da gigante de Kyoto tiveram direito a versões exclusivas e feitas a pensar nas características do velhinho Game Boy. E foi já depois da versão Advance estar no mercado, que a Nintendo lançou dois cartuchos absolutamente incríveis que espremiam ao máximo... o Game Boy Color.

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Oracle of Ages e Oracle of Seasons foram a despedida perfeita para a portátil de 8 Bits. Pela primeira vez, um jogo Zelda seria feito por uma equipa fora da Nintendo (se nos esquecermos das aberrações CD-I), e as mentes talentosas da Capcom não desiludiram com o resultado. Utilizando o estilo gráfico de Link’s Awakening, o único Zelda portátil até ao momento, a nova entrega de Zelda no Game Boy era suposto ser uma aventura dividida em três cartuchos, que seriam jogos completamente diferentes, mas interligada, com aventuras em mundos distintos, mas que seguiriam uma história continua, quando jogados de seguida. O objetivo seria criar uma “triforce” de jogos, cada um com os temas de “Coragem, Sabedoria, Poder” centrais em toda a série. Infelizmente, o terceiro jogo não chegou a ser concluído, e a equipa central decidiu seguir com um plano de dois.

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Uma edição especial de luxo

O duo Oracle esteve mais de três anos na "fábrica" da Nintendo, entrando em produção pouco depois de Ocarina of Time, que por esta altura era considerado por muitos o melhor jogo alguma vez criado, ter sido lançado. Por isso, os criadores queriam oferecer aos fãs de Zelda uma experiência totalmente diferenciada, em vez de sucumbirem à tentação de "apenas" criarem uma versão portátil do clássico da N64.

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Por isso, a equipa resolvem abandonar Hyrule. Assim, Oracle of Ages toma lugar em Labrynna, e Seasons em Holodrum. Ages foca-se em puzzles originais e em enigmas, enquanto Seasons é um jogo mais virado para a ação. Em ambos os jogos, é possível recrutar “companheiros” diferentes que ajudam Link durante a aventura, como um canguru, um urso ou um simpático dinossauro. E ambos os jogos são um verdadeiro hino ao engenho e à diversão.

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Os cartuchos de Oracle of Ages & Seasons são um gostoso recuar ao passado, fazendo tudo bem em todos os departamentos. Mesmo com os poucos botões disponíveis da portátil, a mecânica do jogo funciona de forma simples e eficaz, sendo a jogabilidade um dos pontos fortes destes jogos, fazendo assim jus ao que costumamos encontrar na série Zelda. As dungeons de ambos os cartuchos estão soberbamente construídas, embora a dificuldade exacerbada de algumas delas possa afastar os jogadores menos afoitos.

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Já graficamente, este título faz parte dos melhores jogos lançados para a portátil, apresentando ambientes bem animados juntamente com cores bem aplicadas e vários efeitos à mistura. Conforme as estações do ano são alteradas, os cenários tornam-se diferentes e as mudanças são bem visíveis. A OST é também das melhores que saíram dos pequenos altifalantes do GBC.

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Grafismo de luxo na portátil

Zelda Retrospective



The Legend of Zelda: Oracle of Seasons & Ages apaixonam-nos constantemente, fazendo-nos indagar como foi possível colocar tanto conteúdo e criar um mundo tão rico no Game Boy Color, proporcionando dezenas de horas com muita exploração e uma aventura profunda. Sem grandes erros a apontar, e apesar do fraco hardware 8-bit do Game Boy Color, a Nintendo e a Capcom deram asas à imaginação e não só conseguiram sair da sombra dos jogos Zelda das consolas caseiras, que é normal de lançamentos portáteis de grandes franchises, como, ainda hoje, os dois jogos Oracle são considerados jogos brilhantes, dentro e fora da franchise, e entre os melhores títulos que a consola já teve.

Mesmo em 2020, se gostam de jogos desafiantes e magistralmente desenhados e não se importam com o grafismo minimalista do Game Boy, estes jogos são obrigatórios.

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Última edição:
Tenho ambos, mas só joguei e acabei o Oracle of Ages, que gostei muito. Tenho de jogar os dois seguidos para aproveitar o máximo potencial de ambos.
 
Análise MultiConsolas nº11, Outubro 2001






Análise BGamer nº40, Novembro 2001





Análise Player nº25, Dezembro 2001




 
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