Trabalhar em Portugal

Só falta dizer que as licenciaturas não servem para nada...

É mais ou menos isso. Experimenta ir para Inglaterra e tens uma surpresa na área de TI. Ainda servem para menos. ;)

Agora mais a sério, claro que a licenciatura é uma mais valia. Mas o trabalho de programação não necessita propriamente duma licenciatura. Até pode depender dos segmentos, mas PHP não é um deles. Se tiveres a falar de Gestão de Projecto, Arquitectura ou Engenharia de Sistemas é outra coisa, mas assumir que a licenciatura se sobrepõe à experiência na área da programação é uma falácia.

E ainda bem que alguns gestores andam atentos no mercado nacional, pq no mercado estrangeiro definitivamente já estão atentos há uma série de anos.

As ambições e capacidades de um licenciado têm que estar acima da programação, ou pelo menos deve ser esse o objectivo. É essa a diferença, não é propriamente o ordenado ou a capacidade de executar tarefas na área de programação.
 
Vamos lá a ver se tu e os outros entendem de uma vês por todas, o que é valorizado nem é a licenciatura, nem a experiência. O que é valorizado é a competência. A competência é a arte de fazer e fazer bem, ter uma licenciatura ou um mestrado não é sinonimo de competência, ter experiência também não é sinonimo de competência.


O que certos apologistas da experiência ainda perceberam é que se o tal programador de 21 anos de experiência tive-se antes 15 anos de experiência e uma licenciatura em cima certamente estaria a ganhar o dobro ou o triplo.

E esses apologistas da experiência esquecem-se que há 20 anos atrás a % de pessoas que ia para a universidade era muito mais baixa que agora, dai existirem algumas "maquinas" sem curso.

Por outro lado os defensores da licenciatura esquecem-se que sai muita gente da universidade que nem para ir trabalhar para o Mister PC serve.

Há uma coisa muito muito importante que toda a gente está a esquecer na cadeia do software o programador é o elo mais mal pago de toda a cadeia. Quem está de olho aberto sente isso e mal pode salta para o galho do lado. Os programadores sem curso, pela sua falta de competências noutras áreas não tem esta opção tão acessível.




não entendo essa conversa cheia de floreados e completamente fora do tema do tópico....então o recrutador ao analisar os curriculos para seleccionar os entrevistados baseia-se na competência? Nesse caso basta escrever no curriculo que sou competente e estou contratado...claro que a competência é importantisssima mas para provares à tua entidade patronal tens de estar a trabalhar certo?e para estar a trabalhar tens de te candidatar a uma eventual proposta apresentando um curriculo, certo? O que está aqui em causa é qual o peso de uma licenciatura no momento do recrutamento, pelo que agradecia que me poupasses a esses lirismos.
 
não entendo essa conversa cheia de floreados e completamente fora do tema do tópico....então o recrutador ao analisar os curriculos para seleccionar os entrevistados baseia-se na competência? Nesse caso basta escrever no curriculo que sou competente e estou contratado...claro que a competência é importantisssima mas para provares à tua entidade patronal tens de estar a trabalhar certo?e para estar a trabalhar tens de te candidatar a uma eventual proposta apresentando um curriculo, certo? O que está aqui em causa é qual o peso de uma licenciatura no momento do recrutamento, pelo que agradecia que me poupasses a esses lirismos.

Todos os anúncios para onde mandei o meu CV pediam licenciados, e não foi por isso que não me chamaram para fazer entrevista.....
 
Não julgo que a questão do curso seja tão importante.

Ainda que o mesmo seja valorizado por algumas empresas, penso que a comprovação de experiência faz toda a diferença.

De qualquer forma, haverá com certeza uma boa diferença de valores entre o que ganharás na Irlanda e em Portugal tal como disseste.

Aconselharia-te a procurares por vagas, enviando o teu currículo e explicar a tua situação
(suponho que dificuldade em 1ª entrevista presencial), porque serão sempre muito divergentes as respostas que encontrarás aqui.

Obviamente não será fácil conseguires esse tipo de situação, e normalmente as empresas não dirão à partida o que oferecerão sem
saber que valor pretendes.

O ideal será sempre falares com pessoas conhecidas que conheçam vagas (nas suas empresas ou noutras) e te possam dizer a priori o que te podem oferecer.

Nada de novo, pois suponho que já pensaste em tudo isso, mas em suma, penso que deves tentar conhecer situações reais de oferta de emprego,
antes de tomares qualquer decisão.

Se alguém por cá conhecer alguma vaga, melhor :-).
 
não entendo essa conversa cheia de floreados e completamente fora do tema do tópico....então o recrutador ao analisar os curriculos para seleccionar os entrevistados baseia-se na competência? Nesse caso basta escrever no curriculo que sou competente e estou contratado...claro que a competência é importantisssima mas para provares à tua entidade patronal tens de estar a trabalhar certo?e para estar a trabalhar tens de te candidatar a uma eventual proposta apresentando um curriculo, certo? O que está aqui em causa é qual o peso de uma licenciatura no momento do recrutamento, pelo que agradecia que me poupasses a esses lirismos.


A tua ignorância e essa raiva pelos licenciados é algo que já está a ficar fora dos limites do aceitável.

Se o que aqui está a ser discutido o peso da licenciatura já sabes bem demais que é melhor a ter que a não ter, dai a tua fúria mortal contra os engenheiros.

Quanto ao processo de recrutamento, revela que os conhecimentos que tens no assunto são inexistentes, desconheces completamente o processo de recrutamento. Desconheces que os curriculos são verificados, desconhece-se que é escolhido o candidato mais apropriado ao lugar (ver ponto seguinte que fala sobre as (des)vantaguens da especialização). E quanto á competencia, fica a saber que são mais facilmente oferecidas ao licenciado oportunidades de demonstrar competencia (e depois anexalas ao curiculo) que ao não licenciado.

A 2 únicas vantagem que tens face ao licenciado são: receberes menos, teres um maior grau de especialização. Mas cuidado estas 2 vantagens para a entidade empregadora na verdade são uma desvantagem para ti: ganhas menos e como és muito especializado naquilo, quer dizer que só sabes fazer aquilo o que é mau. Já o engenheiro lá tem muito mais facilidade em escolher caminhos alternativos na carreira.


E tem mais, a excepção não faz a regra. Lá por seres melhor que os engenheiros do Mister PC não quer dizer que sejas melhor que os Licenciados.


Já agora aproveito e dou-te dois conselhos e não tens de pagar mais por isso.
Não te metas com essa conversa de não ser preciso curso para nada, só vais é arranjar maneira de os licenciados (lá na software house onde trabalhas) te querem partir a espinha.
As certificações tem muito valor, alias até os licenciados as tem de tirar. Se as tirares, mesmo que sejam pagas do teu bolso, são uma prova de competência.
 
Há uma coisa muito muito importante que toda a gente está a esquecer na cadeia do software o programador é o elo mais mal pago de toda a cadeia. Quem está de olho aberto sente isso e mal pode salta para o galho do lado. Os programadores sem curso, pela sua falta de competências noutras áreas não tem esta opção tão acessível.
E a que te referes, concretamente, com «galho ao lado»? Áreas mais "técnicas" ligadas ao hardware (redes, manutenção, etc.)?
 
A tua ignorância e essa raiva pelos licenciados é algo que já está a ficar fora dos limites do aceitável.

Se o que aqui está a ser discutido o peso da licenciatura já sabes bem demais que é melhor a ter que a não ter, dai a tua fúria mortal contra os engenheiros.

Quanto ao processo de recrutamento, revela que os conhecimentos que tens no assunto são inexistentes, desconheces completamente o processo de recrutamento. Desconheces que os curriculos são verificados, desconhece-se que é escolhido o candidato mais apropriado ao lugar (ver ponto seguinte que fala sobre as (des)vantaguens da especialização). E quanto á competencia, fica a saber que são mais facilmente oferecidas ao licenciado oportunidades de demonstrar competencia (e depois anexalas ao curiculo) que ao não licenciado.

A 2 únicas vantagem que tens face ao licenciado são: receberes menos, teres um maior grau de especialização. Mas cuidado estas 2 vantagens para a entidade empregadora na verdade são uma desvantagem para ti: ganhas menos e como és muito especializado naquilo, quer dizer que só sabes fazer aquilo o que é mau. Já o engenheiro lá tem muito mais facilidade em escolher caminhos alternativos na carreira.


E tem mais, a excepção não faz a regra. Lá por seres melhor que os engenheiros do Mister PC não quer dizer que sejas melhor que os Licenciados.


Já agora aproveito e dou-te dois conselhos e não tens de pagar mais por isso.
Não te metas com essa conversa de não ser preciso curso para nada, só vais é arranjar maneira de os licenciados (lá na software house onde trabalhas) te querem partir a espinha.
As certificações tem muito valor, alias até os licenciados as tem de tirar. Se as tirares, mesmo que sejam pagas do teu bolso, são uma prova de competência.


Provavelmente consideras-te uma pessoa competente a analisar perfis através de posts,mas(a ser verdade pois as minhas suposições NÃO SÃO VERDADES ABSOLUTAS) desculpa destruir-te o ego mas falhaste em todas as apreciações sobre mim..não tenho raiva contra licenciados, o mesmo significaria ter raiva contra mim. No meu caso o curso foi porreiro (universidade Nova de Lisboa) para começar pois tive oportunidade de estagiar numa óptima empresa e desenvolver trabalho para poder posteriomente apresentar. A partir daí o curso passou a ser mais uma mais uma alínea no currículo e o que realmente interessou (no meu caso) foi às entidades empregadoras saberem que já tive oportunidade de desenvolver trabalho para empresas públicas e outras privadas de referência, mas não quero banalizar a conversa e fugir para uma fogueira de vaidades. PAra começar o curso (mesmo técnico profissional) é um bom arranque.

Mas não te consideres um iluminado (em alguns momentos do teu discurso até se nota um certo preconceito em relação aos que não têm um canudo) por seres licenciado pois isso revela uma total falta noção da realidade pois cada vez mais este é um país de doutores e engenheiros. No fundo a licenciatura acaba por ser uma faca de dois gumes, se por um lado as grandes empresas privilegiam o canudo, as PME´S (que vivem com a corda na garganta) e que são uma grande percentagem empregadora nesta área, optam cada vez mais por pessoas com curso técnicos-profissionais, pois por norma entram a ganhar menos..daí o número de licenciados (mas iluminados) desempregados ser assustador.
Por último agradecia que me poupasses com os teus conselhos, pois quem é tau mau a criar juízos de valor dificilmente poderá ser bom conselheiro, e felizmente tenho trabalhado com óptimos profissionais que me têm dado valiosos conselhos.
Fica bem e boa sorte (pois mesmo nós iluminados licenciados precisamos dela)
 
Última edição:
Eu posso falar por mim que de momento, sou novamente empregador, nunca aceitei ninguém sem primeiro conversar com ele e sem o testar minimamente e, apesar de apenas ter 25 anos, já ando nestas áreas (hardware/software), profissionalmente, desde os 17, passei pelo tecnológico de informática, tenho curso superior, estou a frequentar um mestrado e a pensar no doutoramento.
Já vi muita porcaria, já vi maravilhas, mas no global estou muito queimadinho :)

Dou importância ao curso superior, não pelo que se aprende nele, mas pela visão, cultura e posição de estar que o mesmo provoca nas pessoas (não generalizo, atenção) e, também dou importância à experiência. É impossível não dar.

Por aquilo que adquiri, tenho as seguintes linhas de pensamento:

- Não dou grande importância às empresas por onde se passou;
- Não dou grande importância aos cargos que que ocuparam;
- Dou grande valor à capacidade de desenrasque que a pessoa apresenta.
- Dou grande valor à capacidade de desenvolvimento que a pessoa apresenta.

Sou picuinhas, extremamente para dizer verdade e, isso ve-se bem na minha forma de trabalhar, por isso exigo bastante também e, acima de tudo, se eu não vir alguém a evoluir a forma de trabalhar, sinceramente fico de pé atrás.

Se me aparece alguém numa entrevista e eu vejo que proponho algo e a pessoa de imediato me apresenta uma resposta, mesmo sem ser a que considero ideal perante os meus valores, fico satisfeito porque vejo potencial, vejo capacidade de raciocino, de abstracção... caso contrário, hasta la vista, tenha ou não curso superior, tenha ou não x anos experiência.

É a minha modesta opinião.


PS.: Acho que não tenho de fundamentar o porque de não dar importância às empresas e cargos que as pessoas já tiveram, porque basta ter dois dedos de testa para perceber o porque... empregos à base de cunhas e pessoas incompetentes em cargos "bons" já eu estou farto de ver e já muito tive de aturar, daí isso nada me dizer enquanto não conhecer realmente a pessoa. Correcto ou não, é o que faço.
 
Última edição:
Fica bem e boa sorte (pois mesmo nós iluminados licenciados precisamos dela)

No mercado actual esta é a grande verdade. Ter um curso superior é mais um elemento de valorização, mas não é tudo. Um dos melhores analistas da Critical Software é licenciado em filosofia. E sabe de programação como ninguém. Porque tem aquilo que muitas das empresas esperam dos licenciados.

Alguém que tirou um curso superior não se pode limitar a saber programar, mesmo que programe muito bem. Tem que ser capaz de olhar para o problema e dar respostas cabais para a sua solução. Essa é a grande diferença dum licenciado para um técnico. Mas quando o licenciado abdica dessa capacidade, resume-se ao papel do técnico e, nesse caso, o técnico é mais barato...
 
E a que te referes, concretamente, com «galho ao lado»? Áreas mais "técnicas" ligadas ao hardware (redes, manutenção, etc.)?

Isso das redes/manutenção/segurança/software tens de escolher no inicio da carreira.

O que eu estava a falar é que dentro do software podes ir variando, ou seja um licenciado tem mais facilidade em trocar de galho. Uma coisa é andar a fazer RMPs outra é andar a fazer webdevelopment
 
fil79 tenho pena de ti por ti por teres perdido montes de tempo a tirar o canudo. Olha que no entando a maior parte das pessoas que tiraram usufruiram dele.

Quanto ao teu comentario infeliz que corelaciona desemprego com licnciatura, esqueces-te foi de enumerar as escolas de engenharia das quais os seus canudados não aranjam emprego. Era bom saber esses dados.
 
Querem dados, aqui estão eles. A Universidade onde tirei o meu curso, Informática - Matemáticas Aplicadas / Ramo de software, encontra-se nos 10 primeiros lugares e, verdade seja dita, de toda a gente que eu conheço que tirou ou o meu curso ou o de gestão, não estou a ver aquele que não tem trabalho ou empresa própria.

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Fonte
 
Parece que os animos andam muito a flor da pele e compreende-se !

Quanto ao "fim" do topico, pela experiencia que tenho, ainda que pouca, o facto de um licenciado ser sob-valorizado em relação ao tecnico ou ao sem curso ja nao e assim tao linear.. se assim fosse, as caixas dos hipermercados não estavam cheias de licenciados..

No entanto, creio que não é isso que o avanche deseja saber..
Carissimo, se desejas voltar para Portugal para continuar a trabalhar na area, o melhor que tens a fazer será pedires a tua actual entidade patronal, se possuir algum contacto com uma empresa em PT mandar uma carta de recomendaçao acompanhada plo teu curriculum ... é sempre uma mais valia caso possuas uma boa relaçao com o gajo que te paga no fim do mes lol :D
 
Quanto ao "fim" do topico, pela experiencia que tenho, ainda que pouca, o facto de um licenciado ser sob-valorizado em relação ao tecnico ou ao sem curso ja nao e assim tao linear.. se assim fosse, as caixas dos hipermercados não estavam cheias de licenciados..


Mas esses são licenciados em que areas?

É que nem todas as areas do conhecimento sofrem do problema da caixa do pingo doce
 
Mas esses são licenciados em que areas?

É que nem todas as areas do conhecimento sofrem do problema da caixa do pingo doce
Sim realmente, haja generalizações.

Quem não leu que lesse, mas saiu um artigo no Público (penso eu) há pouco tempo, e o IST com os cursos de Engenharia Informática e Engenharia Electrotécnica e de Computadores tinha uma taxa de emprego perto dos 100% (na área).

Não como é que isto pode ser mau.

Há cursos e cursos, mas por norma quem é trabalhador e se esforça, com qualquer curso vai longe.
 
não é isso que está em questão...só afirmei e volto a afirmar que para ganhar bem nas TI não é necessário ter uma licenciatura..

Na empresa onde trabalho, em que o desenvolvimento à medida é o core business, posso dizer que ninguém de lá é licenciado e não é por isso que deixa de ter menos sucesso nos projectos onde entra e ganha.
 
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