Não cheguei a instalar mais nada, quando dizes tools referes-te às Guest Additions? O Virtualbox instalado é o 4.0.0
Antes demais, tenho ideia que as guest aditions só suportam a versão do X que está no Ubuntu a partir da versão 4.0.4. Entretanto já saiu a versão 4.0.6.
Se poderes, instala a versão 4.0.6, verifica que o DKMS e kernel headers estão instalado (deve estar instalado por default) e instala as guest aditions à mão.
É simples, aquilo monta um iso no cdrom, acedes por linha de comandos ao cd rom e corres "sudo sh VBoxLinuxAdditions(64).sh". 64 se for a versão 64 bits, se não estou em erro tem um shell script à parte.
Depois é reboot e no login verificar que está escolhido o Unity.
Dois pontos:
- Eu não experimentei. Apenas li que era possível ter o Unity dentro do Virtualbox, escolhendo a opção 3D.
- Mesmo escolhendo a opção 3D, não sei se não será necessário uma placa gráfica com requisitos mínimos, para se ter suporte 3D na máquina virtual.
Por mim podiam até não ter contríbuido com um único patch, a questão é que uma distro com aspirações a mercados altamente profissionais não pode ter bandalheiras no kernel nem pode esperar que seja a imprensa ou terceiros (auditores/analistas de outras instituições) a fazer-lhes o trabalho. 2 pessoas acho muito pouco... por muito boas que sejam
Sim. Completamente de acordo. Aliás, penso que essas duas pessoas apenas mantinham uma tree do kernel internamente, onde depois aplicavam patchs (proprios e de segurança). Acho que não havia grande comunicação com o projecto "upstream" (neste caso o kernel).
No entanto esse video foi há uns dois anos. As coisas podem já ter mudado.
Lamento discordar, mas a stack de DRI2 (Direct Rendering Interface) está no kernel, logo qualquer driver que requeira aceleração 3D precisa do kernel. A stack de TCP está no kernel, logo se queres networking precisas do kernel, etc etc etc... e aqui é que está o problema... podem ter o Desktop mais abichanado do mundo, mas com kernels que inspiram pouca confiança, estás a oferecer os teus utilizadores de bandeja à mercẽ de qualquer scriptie kiddie que por aí ande. Desculpa, mas não considero boa politica.
Tecnicamente tens toda a razão, mas o objectivo da Canonical foi aumentar a usabilidade no Desktop e isso não passa pelo kernel.
Sim, é preciso drivers para aceleração 3D e tudo o resto, mas não foi para isso que a Canonical foi criada.
Na verdade, a grande contribuição da Canonical foi resolver ou tentar resolver os pequenos pormenores que todos acham simples e dão como garantido noutros Sistemas Operativos e que era "complicado" em Linux. Coisas simples como o Copy/Paste funcionar entre aplicações diferentes.
Repara no caso do OS X. Pessoalmente não gosto do desktop. O maximizar não ser bem o maximizar, os menus na barra de cima (é giro quando se tem um monitor 2560 ir de uma ponta à outra, só para escolher uma opção), etc.
No entanto tenho que admitir que muitos gostam. Se calhar a maioria.
Agora pergunta a alguém que use OS X, qual é o Kernel que usa.
Aposto que a maioria não sabe, alguns que têm conhecimentos técnicos vão dizer BSD e aposto que muito poucos vão dizer a resposta correcta. Mach.
Isto para dizer que para as pessoas não é minimamente importante qual é o kernel que está a ser usado.
Aliás, não sei qual será a importância do Kernel Mach no funcionamento do OS X.
Existem milhentas versões para servidores, eu pessoalmente para esse efeito recomendo Debian (ou SLES/RHEL), a quota de mercado da Canonical nesse segmento é praticamente nula. O marketing deles é muito bonito para engenheiros, porque é bastante simples de acabar com ideia de que eles 'têm' sequer quota significativa nesses segmentos. Quer queiram ou não, os segmentos hardcore é RHEL, SLES (naqueles que é exigido suporte 'prime' que envolve muitos milhões). Depois nos mercados mais liberais e menos profissionalizados (datacenter, ASP's, etc) tens o Debian, CentOS e amigos.
Olha que a quota de mercado do Ubuntu em servidores não é assim tão baixa. Não se compara com a quota de mercado que tem em desktops, dentro do linux, mas talvez ficasses surpreendido ao saber que ele é usado, mesmo para áreas mais criticas (não estou a falar em sistemas que não podem falhar, mas em servidores que "servem" centenas ou milhares de clientes).
Dito isto e sem falar em Freebsd e Solaris que não são linux, pessoalmente, quando não se quer suporte, a norma é Centos, Debian, Ubuntu LTS. Quando se quer suporte, Red Hat e depois SLES.
Não vamos fazer essas comparações porque o Debian, Red Hat, SuSE, Slackware e afins subiram a pulso... A Canonical quando entrou para o mercado já tinha a papinha toda feita, e isso é fácil de verificar pelas contribuições deles para os projectos upstream.
Ora aqui é que eu discordo. Sim, a infraestrutura estava lá, mas Linux no desktop era uma bela porcaria.
Atenção que não estou a falar de geeks, que por terem um sistema operativo ultra configurável, passava a ser o melhor do mundo. Eu incluo-me em parte neste grupo, apesar de ser um "Windows guy", por estranho que pareça.
Um simples copy/paste podia ser um problema. Mudar a resolução. As fontes. Sei lá, há milhares de exemplos.
Seja com o contributo deles ou de outros (há uma mistura dos dois), eles tornaram o desktop mais acessível ao utilizador comum.
E isto é um facto, pois se não fosse por isso, não tinham a notoriedade e quota que têm.
A exemplo de curiosidade, há uns tempos notou-se um pico no download do Ubuntu, pelo "simples" facto da Lady Gaga dizer que usava Ubuntu e que gostava muito.
Isto pode parecer meio parvo, mas é importante.
Repara, eu não tenho nada contra o Ubuntu ou a Canonical, e pessoalmente considero que é importante existir uma diferenciação entre as distro's mais populares... A Canonical soube escolher bem a forma como se apresentou à população em geral... "Linux for human beings" é um exemplo disto... E muitas pessoas acreditam piamente que não existem bichos maus em Linux, mas a realidade é que é uma plataforma mais segura que outras, mas não é fail safe... existem exploits e existe formas de 'hackar' máquinas Linux como se 'hackam' Windows... a unica diferença é que eventualmente é preciso um pouco mais de cabeça
Desculpa a frontalidade, mas um utilizador que faz questão do factor 'segurança' e 'estabilidade' não encontra nada em Ubuntu. Além do mais, excluindo o Unity, qualquer configuração ou tweaking que era feito no Ubuntu poderia ser feito para qualquer uma das outras distribuições
Na realidade o sucesso do Ubuntu tem unicamente a ver com o 'desconhecimento' da maior parte dos utilizadores de Ubuntu em relação a distribuições de Linux, caíram no cliché 'Linux para seres humanos', porque aqueles que não são humanos usam outra coisa qualquer
Há uma coisa que digo há muitos anos e outras pessoas aqui do fórum podem confirmar. As pessoas só começam a usar Linux, quando não souberem que estão a usar Linux. Isto é, nem toquem no facto de aquilo ser Linux, as pessoas ainda podem pensar que Linux é só uma linha de comandos. Chamem-lhe outra coisa qualquer.
E eu acho que tenho alguma razão, quando vemos o que está a acontecer com o Android ou mesmo as frases de marketing da Canonical.
Como disse à pouco, a Lady Gaga não disse que gostava de Linux. Disse que gostava e usava Ubuntu o que é bem diferente. E sim, é importante quando alguém com a influencia dela diz isso, goste-se ou não do que ela faz.
Em relação à segurança (e estou a falar mais de servidores), tenho mais medo quando uso Linux do que quando uso Windows. Pode parecer surpreendente, mas explico:
- Há um falso sentimento de segurança. As pessoas partem do principio que Windows é inseguro e Linux é seguro.
Isto faz com que já tenha assistido em que um administrador de sistema tenha imensas preocupações de segurança com Windows e faça tudo ao seu alcance para estar seguro, enquanto em Linux instala-se os serviços e deixa-se tudo por default.
Já assisti a um caso em que dezenas de servidores Linux estivessem numa rede semi-publica, sem qualquer protecção, com o acesso remoto a ser feito por telnet e a password de root ser enviada para meio mundo por email.
- Windows é Windows. Tens as versões mais antigas, mas há coisas que nunca se devem fazer e outras que se devem sempre fazer, seja qual for a versão. Depois é ir adquirindo novos conhecimentos quando saem novas versões.
Linux não. Um Red Hat não é a mesma coisa que um Debian. Mesmo um Debian, sendo conservadora, o 5.0 não é igual ao 6.0. Além que tens uma infinidade de programas "servidor". Dezenas de Web servers, dezenas de mail servers, etc etc.
Em Windows, normalmente, instalas o Exchange, o IIS, Active Directory, Sql Server e por aí a diante...
Onde quero chegar é que na verdade, pela diversidade de escolha, tem-se um leque mais alargado onde podem surgir problemas de segurança. E sim, eles existem em programas a correr em Linux, muitas vezes bem graves (chaves "random" do Debian é um bom exemplo).
- Se é verdade que tenho receio que algum dia tenha problemas de segurança com um Windows, o meu maior pesadelo é imaginar a possibilidade de alguém ter instalado um rootkit num servidor linux.
Isto porque a partir do momento em que está instalado um rootkit e se for bem feito, é KO. Podes nunca ter sintomas que está instalado um rootkit, mesmo que corras um scanner, pode parecer tudo ok.
Para mim o melhor "cracker" não é aquele que aparece nas notícias. É aquele que ninguém conhece, que faz o serviço e que o alvo nunca se aperceba que aconteceu algo de errado.
O mesmo se passa com os rootkits.
- Se é complicado "tornar seguro" um Windows, cada vez é mais fácil com diversas ferramentas da Microsoft. E as pessoas podem-se não aperceber, mas eles têm ferramentas bastante avançadas. A questão é que muitos não as usavam, mas cada vez mais vejo usar essas ferramentas.
Em Linux, também não é fácil. Há patchs para melhor segurança que nunca foram incluídos no Kernel "mainline". Outro exemplo igual é o que acontece com o php, onde há formas de o tornar mais seguro que nunca foram incluídas no php. E há muitos outros exemplos.
No desktop, na realidade, as pessoas não querem saber de segurança, privacidade, backups, etc. Isso tudo é um incómodo.
Só se torna preocupante quando algo acontece e lhes afecta directamente e foi assim que as pessoas perceberam que o Windows não era um modelo de segurança, porque houve vários virus e worms que "tocaram" muitas pessoas e foram notícia em todo o mundo.
O mesmo pode acontecer com linux, se começar a ser mais comum no Desktop. Aliás, já há alguns exemplos bem maus no Android, que é linux.
Atenção estamos a falar descontraídamente, mas a Canonical apesar de tudo tem feito algumas coisas boas, como o Software Center
Sim, todas as distribuições principais têm lados positivos.
Eu, por exemplo, nunca me passou pela cabeça usar Mandriva ou um produto da Mandriva em servidores. Aliás, pensava que nem estivessem nesse mercado.
Há uns tempos descobri esta verdadeira pérola, no bom sentido:
http://pulse2.mandriva.org/wiki/WikiStart
É desenvolvido pela mandriva, para servidores e do que usei, parece-me estar bastante bom.