Ubuntu 11.04 (Natty Narwhal)

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Estou aqui a experimentar pelo gozo, está bom q.b.

Consegui crashar o Unity. Em utilização normal não, mas instalei o Compiz settings manager e o simples facto de desactvivar e voltar a activar um plugin fez o Unity crashar. Tentei com o próprio plugin do Unity, com uns outros e crashou sempre. Também consegui crashar completamente o sistema e honestamente não sei porquê, só sei que só lá foi ao sítio com um reboot.

Lembras-te da conversa que tivemos? Eu avisei que o compiz está demasiado volátil.

Voltando ao Unity, gosto do conceito, mas a implementação não é a melhor. Ainda há muitas, mas muitas arestas a limar.

Tendo em conta o tempo de development que tem em cima, está muito bom :)

Gosto muito do painel superior. A integração dos menus na barra de sistema poupa alguns pixeis de altura, mas nem todos os programas tiram partido desta feature, o LibreOffice por exemplo. O facto de as janelas, quando maximizadas, se fundirem com este painel, também dá mais algum espaço à aplicação em si.

O LibreOffice é uma mistura de tecnologias. Duvido que surja uma aplicação (office suite) como alternativa. Esperemos que 'cloud' traga algo mais poderoso como google docs e que seja massificado para não dependermos desse tipo de software, porque em nada o Libre ou o Open Office superam o MS Office.

Quanto à famosa barra lateral, é pena não ter mais mais features, mas funciona bem.
O Dash foi a coisa que menos gostei. É muito confuso, não organisa as aplicações de forma simples e intuitiva. Ir à procura do programa que se quer demora muito mais do que simplesmente escrever o seu nome na barra de search.

Eu desconheço, mas não era suposto isso utilizar o engine da zeitgeist para o efeito? Ordenando as apps pelo número de vezes que são utilizadas?

Em suma, é bom, mas podia estar muito melhor.

Software novo, o KDE4 passou pelo mesmo, o Unity e o GNOME3 irão também ter bastante a melhorar.
 
Isso foi a primeira coisa que me veio à cabeça, mas não me parece que seja o caso.
A história da Broadcom com Linux é quase hilariante. Não vale a pena estar aqui a contar, mas ultrapassa o ridículo.
Como pensei o mesmo que disseste, primeiro tentei com os modulos open source que já estão incluídos neste kernel e como tive o freeze, tentei uma segunda vez, com o firmware proprietário da Broadcom.
Õ resultado é exactamente o mesmo. Liga-se à rede wireless e passado uns segundos. Freeze completo. Mas não é um freeze do X, onde ainda tens acesso à consola, ou um kernel panic. É um completo freeze.

Só uma pergunta a título de curiosidade... Eu sigo algum software desenvolvido pela Canonical de perto, e sei que eles teem na forja o 'indicator-network' que sugere que a Canonical poderá trocar o NetworkManager pelo ConnManager (Intel). O Natty vem com o NetworkManager ou já traz o ConnManager? Já testas-te essas questões de wireless através do ConnManager a ver se tens melhores resultados? (Ambos funcionaram lindamente em openSUSE quando testei, mas eu utilizo uma ATH9K).
 
Só uma pergunta a título de curiosidade... Eu sigo algum software desenvolvido pela Canonical de perto, e sei que eles teem na forja o 'indicator-network' que sugere que a Canonical poderá trocar o NetworkManager pelo ConnManager (Intel). O Natty vem com o NetworkManager ou já traz o ConnManager? Já testas-te essas questões de wireless através do ConnManager a ver se tens melhores resultados? (Ambos funcionaram lindamente em openSUSE quando testei, mas eu utilizo uma ATH9K).

Não conheço o ConnManager, nem sabia que a Canonical pretende mudar-se do Networkmanager para esse tal ConnManager.
Tenho 99% de certeza o Natty ainda vem por default com o Networkmanager, a não ser que eles sejam iguais a nível de aspecto. Estava com ideia de experimentar com o Wicd, mas posso experimentar esse.
Nesta altura é mais uma questão de paciência para testar.

Mas houve uma coisa que fiquei admirado com a thread que o nunol colocou aqui. O kernel do natty é baseado no 2.6.38.2.
Se o 2.6.39 já tivesse saído há algum tempo como "estável", eu perceberia que não se mudasse. Seria um pouco arriscado.
Mas o 2.6.38 vai na release 2.6.38.4 e estas minor releases, que eu saiba, não introduzem qualquer funcionalidade nova. "Apenas" corrigem bugs. E quando coloco o apenas dentro de "" é porque isso é extremamente importante, porque há bugs pequenos e grandes, mas afectam sempre uma parte dos utilizadores (por curiosidade, a primeira alpha do 2.6.39, "comia" as partições em Xfs ao pequeno almoço).
Lançarem a versão final ainda baseada no 2.6.38.2, transcende-me. Cada vez gosto mais do Kernel Liquorix para desktops (e do red hat que faz backports ao kernel inicial).
 
É normal não conseguir ver o Unity experimentando este Ubuntu em VM (Virtualbox) ? Fiz uma instalação e activei a aceleração 3D.
 
Não conheço o ConnManager, nem sabia que a Canonical pretende mudar-se do Networkmanager para esse tal ConnManager.

Eu disse ''sugere', não sei se eles vão mudar ou nao. Conn Man (http://www.connman.net). Não é mau de todo e eu gosto de coisinhas light-weight.


Mas houve uma coisa que fiquei admirado com a thread que o nunol colocou aqui. O kernel do natty é baseado no 2.6.38.2.
Se o 2.6.39 já tivesse saído há algum tempo como "estável", eu perceberia que não se mudasse. Seria um pouco arriscado.

Uma das razões principais porque não uso Ubuntu é o facto de a equipa de kernel deles deixar a desejar, depois acontecem desgraças como esta. E a pergunta é: "Quantos destes bugs ainda persistem" ? :)

Há coisas que não são problemáticas para a maior parte dos utilizadores, mas com todo o respeito, há certas coisas que rossam o grosseiro em relação ao Ubuntu. Sejamos sinceros, neste momento a maior parte dos black hatters centra-se no mainstream (windows), mas se o papel se invertesse e a quota de mercado de Windows fosse quota de mercado do Ubuntu, a reputação da distro caí rapidamente e perdiam a maior parte dos utilizadores. :)

Por estas e por outras identicas em ubuntu's, clones e afins é que compensa utilizar uma distro mais forte (Debian, *SUSE, Fedora/RH), pelo menos existe alguém que faz os backports e updates... Os pormenores estéticos são bonitos, mas bandalheiras no kernel, para mim nao funciona :)
 
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É normal não conseguir ver o Unity experimentando este Ubuntu em VM (Virtualbox) ? Fiz uma instalação e activei a aceleração 3D.

Supostamente não é normal.
Ainda li à uns dias que o Unity, ao contrário do Gnome 3, corre no Virtualbox, depois de instaladas as tools.
Por isso a questão é, instalaste as tools? (Não as que vêm com o Ubuntu, instalando mesmo à mão)? Que versão estás a usar do Virtualbox?
 
Consegues correr Doom3 numa VM ? :)

Não sei, consigo? :p

Mas se o Unity usa de alguma forma o Compiz (desconheço já que não tenho seguido o tema) que nunca consegui usar este em VM, então já tenho a resposta á minha pergunta.


EDIT:


Supostamente não é normal.
Ainda li à uns dias que o Unity, ao contrário do Gnome 3, corre no Virtualbox, depois de instaladas as tools.
Por isso a questão é, instalaste as tools? (Não as que vêm com o Ubuntu, instalando mesmo à mão)? Que versão estás a usar do Virtualbox?

Não cheguei a instalar mais nada, quando dizes tools referes-te às Guest Additions? O Virtualbox instalado é o 4.0.0
 
Última edição:
Uma das razões principais porque não uso Ubuntu é o facto de a equipa de kernel deles deixar a desejar, depois acontecem desgraças como esta. E a pergunta é: "Quantos destes bugs ainda persistem" ? :)

Há coisas que não são problemáticas para a maior parte dos utilizadores, mas com todo o respeito, há certas coisas que rossam o grosseiro em relação ao Ubuntu. Sejamos sinceros, neste momento a maior parte dos black hatters centra-se no mainstream (windows), mas se o papel se invertesse e a quota de mercado de Windows fosse quota de mercado do Ubuntu, a reputação da distro caí rapidamente e perdiam a maior parte dos utilizadores. :)

Por estas e por outras identicas em ubuntu's, clones e afins é que compensa utilizar uma distro mais forte (Debian, *SUSE, Fedora/RH), pelo menos existe alguém que faz os backports e updates... Os pormenores estéticos são bonitos, mas bandalheiras no kernel, para mim nao funciona :)

Sim, eu sei desse "problema".
Há um video do google famoso, de um developer muito importante no kernel (não me lembro o nome, mas acho que é o que mantém a tree stable do 2.6.32), onde perguntam quem são as empresas que mais contribuem para o kernel e alguém diz logo "UBUNTU".
Ele começa-se a rir e diz que até aquela altura a Canonical tinha contribuído com.........2 patchs.
Pelo que percebi e não sei se isso mudou, mas a equipa de kernel da Canonical era composta apenas por duas pessoas e mantinham um repositório interno.

Por um lado percebo a Canonical. O objectivo deles é tornar o desktop em linux melhor e mais funcional e isso não passa pelo kernel.
O problema é que quando o Ubuntu se torna tão famoso e até tem uma versão server, é complicado a Canonical não dar mais atenção ao Kernel.
Só há apenas mais um pouco. É que o Ubuntu em relação a muitas outras distribuíções é bem mais recente e a sua subida foi meteórica. Também deve ser complicado montar toda uma estrutura a funcionar bem em menos tempo que os outros.
 
Ele começa-se a rir e diz que até aquela altura a Canonical tinha contribuído com.........2 patchs.

Por mim podiam até não ter contríbuido com um único patch, a questão é que uma distro com aspirações a mercados altamente profissionais não pode ter bandalheiras no kernel nem pode esperar que seja a imprensa ou terceiros (auditores/analistas de outras instituições) a fazer-lhes o trabalho. 2 pessoas acho muito pouco... por muito boas que sejam :)

Por um lado percebo a Canonical. O objectivo deles é tornar o desktop em linux melhor e mais funcional e isso não passa pelo kernel.

Lamento discordar, mas a stack de DRI2 (Direct Rendering Interface) está no kernel, logo qualquer driver que requeira aceleração 3D precisa do kernel. A stack de TCP está no kernel, logo se queres networking precisas do kernel, etc etc etc... e aqui é que está o problema... podem ter o Desktop mais abichanado do mundo, mas com kernels que inspiram pouca confiança, estás a oferecer os teus utilizadores de bandeja à mercẽ de qualquer scriptie kiddie que por aí ande. Desculpa, mas não considero boa politica.

O problema é que quando o Ubuntu se torna tão famoso e até tem uma versão server, é complicado a Canonical não dar mais atenção ao Kernel.

Existem milhentas versões para servidores, eu pessoalmente para esse efeito recomendo Debian (ou SLES/RHEL), a quota de mercado da Canonical nesse segmento é praticamente nula. O marketing deles é muito bonito para engenheiros, porque é bastante simples de acabar com ideia de que eles 'têm' sequer quota significativa nesses segmentos. Quer queiram ou não, os segmentos hardcore é RHEL, SLES (naqueles que é exigido suporte 'prime' que envolve muitos milhões). Depois nos mercados mais liberais e menos profissionalizados (datacenter, ASP's, etc) tens o Debian, CentOS e amigos.

Só há apenas mais um pouco. É que o Ubuntu em relação a muitas outras distribuíções é bem mais recente e a sua subida foi meteórica. Também deve ser complicado montar toda uma estrutura a funcionar bem em menos tempo que os outros.

Não vamos fazer essas comparações porque o Debian, Red Hat, SuSE, Slackware e afins subiram a pulso... A Canonical quando entrou para o mercado já tinha a papinha toda feita, e isso é fácil de verificar pelas contribuições deles para os projectos upstream.

Repara, eu não tenho nada contra o Ubuntu ou a Canonical, e pessoalmente considero que é importante existir uma diferenciação entre as distro's mais populares... A Canonical soube escolher bem a forma como se apresentou à população em geral... "Linux for human beings" é um exemplo disto... E muitas pessoas acreditam piamente que não existem bichos maus em Linux, mas a realidade é que é uma plataforma mais segura que outras, mas não é fail safe... existem exploits e existe formas de 'hackar' máquinas Linux como se 'hackam' Windows... a unica diferença é que eventualmente é preciso um pouco mais de cabeça :)

Desculpa a frontalidade, mas um utilizador que faz questão do factor 'segurança' e 'estabilidade' não encontra nada em Ubuntu. Além do mais, excluindo o Unity, qualquer configuração ou tweaking que era feito no Ubuntu poderia ser feito para qualquer uma das outras distribuições ;)

Na realidade o sucesso do Ubuntu tem unicamente a ver com o 'desconhecimento' da maior parte dos utilizadores de Ubuntu em relação a distribuições de Linux, caíram no cliché 'Linux para seres humanos', porque aqueles que não são humanos usam outra coisa qualquer ;)

Atenção estamos a falar descontraídamente, mas a Canonical apesar de tudo tem feito algumas coisas boas, como o Software Center :)
 
Mas se o Unity usa de alguma forma o Compiz (desconheço já que não tenho seguido o tema) que nunca consegui usar este em VM, então já tenho a resposta á minha pergunta.

O Unity é um plugin para Compiz, tira as tuas conclusões :)
Sem compiz não tens Unity... Foi por isso que contractaram o Sam Spillaz (que é o maintainer do Compiz actualmente). Por alguns commits acho que o grande objectivo deles é retirar os headers todos da Novell (onde o compiz nasceu e cresceu) e substituí-los por headers da Canonical! Se calhar é por isso que o Compiz está todo cheio de buracos nos branches 0.9.x, porque trocar os headers é mais importante que resolver os bugs :)
 
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...
Para mim o Unity está péssimo, por enquanto, o gnome-shell está "dumb down", o KDE4 bloated (com tanto de ouvir bem do opensuse 11.4+ KDE 4.6, não resisti a testar num Core 2 Duo 1.46 e 1GB de Ram e é leeeeeeeeeento).
O Xfce parecia-me uma alternativa e acho que a implementação do Xfce 4.8 neste Xubuntu está mesmo muito bem feita.

Mas volto ao que disse. Ubuntu, só ligo mais quando são LTS. Já instalei servidores e criei uma imagem empresarial, tanto com o 8.04 e o 10.04 e não me posso queixar. Tudo funcionou como esperado, tirando software proprietário com módulos de kernel, mas mesmo isso dei a volta.

Acho que me vou ficar pelo openbox e fluxbox e esperar por melhores tempos.

Para um uso casual o Unity come-se. Para produtividade fica a anos luz do GNOME "Classic". O KDE4 também acho bloated e visualmente confuso (demasiado bling bling no ecrã) e por fim o GNOME 3 sinto +/- o mesmo que o Unity mas neste ainda é mais difícil gostar porque o paradigma de desktop mudou imenso. Mas acredito que tal como KDE 4, que era uma tristesa na primeira release, ainda venha a melhorar. Quem sabe se o Unity não provar a Canonical não o mete na gaveta e muda para GNOME 3 quando estiver mais maduro.

O Xfce realmente é o único Desktop Environment que neste momento na sua última versão é bastante utilizável. O GNOME se for o 2.32 também é muito bom mas essa já é uma old version.

Quanto ao LTS sim. As releases não LTS são praticamente Betas em termos de qualidade (com raras excepções, por exemplo a 10.10 era bastante sólida, lembro-me de usara 7.10 e também ser muito boa, mas de vez em quando há uma que serve de rampa de lançamento para coisas novas e como tal é uma Beta autentica). Em termos de servidor sim, realmente também considero apenas as LTS. Tenho actualmente um servidor dedicado da DELL a correr com o 10.04 LTS sem problemas. Estive para meter Debian Stable ou Testing mas o Ubuntu oferecia simultaneamente uma selecção de pacotes mais recente, suporte estendido (3 anos Desktop e 5 anos para pacotes Server) e estabilidade QB :P Por isso as LTS para Server servem muito bem.

A 11.04 para Server também é capaz de se safar bem, pois a barracada é a nível do Desktop GNOME. Mas claro que a não ser que se precise de pacotes mais recentes o suporte mais longo e o maior cuidado com a estabilidade fazem das releases LTS uma opção mais atractiva na maioria dos casos (isto para Servidor).
 
Não cheguei a instalar mais nada, quando dizes tools referes-te às Guest Additions? O Virtualbox instalado é o 4.0.0

Antes demais, tenho ideia que as guest aditions só suportam a versão do X que está no Ubuntu a partir da versão 4.0.4. Entretanto já saiu a versão 4.0.6.
Se poderes, instala a versão 4.0.6, verifica que o DKMS e kernel headers estão instalado (deve estar instalado por default) e instala as guest aditions à mão.
É simples, aquilo monta um iso no cdrom, acedes por linha de comandos ao cd rom e corres "sudo sh VBoxLinuxAdditions(64).sh". 64 se for a versão 64 bits, se não estou em erro tem um shell script à parte.
Depois é reboot e no login verificar que está escolhido o Unity.
Dois pontos:
- Eu não experimentei. Apenas li que era possível ter o Unity dentro do Virtualbox, escolhendo a opção 3D.
- Mesmo escolhendo a opção 3D, não sei se não será necessário uma placa gráfica com requisitos mínimos, para se ter suporte 3D na máquina virtual.

Por mim podiam até não ter contríbuido com um único patch, a questão é que uma distro com aspirações a mercados altamente profissionais não pode ter bandalheiras no kernel nem pode esperar que seja a imprensa ou terceiros (auditores/analistas de outras instituições) a fazer-lhes o trabalho. 2 pessoas acho muito pouco... por muito boas que sejam :)

Sim. Completamente de acordo. Aliás, penso que essas duas pessoas apenas mantinham uma tree do kernel internamente, onde depois aplicavam patchs (proprios e de segurança). Acho que não havia grande comunicação com o projecto "upstream" (neste caso o kernel).
No entanto esse video foi há uns dois anos. As coisas podem já ter mudado.

Lamento discordar, mas a stack de DRI2 (Direct Rendering Interface) está no kernel, logo qualquer driver que requeira aceleração 3D precisa do kernel. A stack de TCP está no kernel, logo se queres networking precisas do kernel, etc etc etc... e aqui é que está o problema... podem ter o Desktop mais abichanado do mundo, mas com kernels que inspiram pouca confiança, estás a oferecer os teus utilizadores de bandeja à mercẽ de qualquer scriptie kiddie que por aí ande. Desculpa, mas não considero boa politica.

Tecnicamente tens toda a razão, mas o objectivo da Canonical foi aumentar a usabilidade no Desktop e isso não passa pelo kernel.
Sim, é preciso drivers para aceleração 3D e tudo o resto, mas não foi para isso que a Canonical foi criada.
Na verdade, a grande contribuição da Canonical foi resolver ou tentar resolver os pequenos pormenores que todos acham simples e dão como garantido noutros Sistemas Operativos e que era "complicado" em Linux. Coisas simples como o Copy/Paste funcionar entre aplicações diferentes.

Repara no caso do OS X. Pessoalmente não gosto do desktop. O maximizar não ser bem o maximizar, os menus na barra de cima (é giro quando se tem um monitor 2560 ir de uma ponta à outra, só para escolher uma opção), etc.
No entanto tenho que admitir que muitos gostam. Se calhar a maioria.
Agora pergunta a alguém que use OS X, qual é o Kernel que usa.
Aposto que a maioria não sabe, alguns que têm conhecimentos técnicos vão dizer BSD e aposto que muito poucos vão dizer a resposta correcta. Mach.
Isto para dizer que para as pessoas não é minimamente importante qual é o kernel que está a ser usado.
Aliás, não sei qual será a importância do Kernel Mach no funcionamento do OS X.

Existem milhentas versões para servidores, eu pessoalmente para esse efeito recomendo Debian (ou SLES/RHEL), a quota de mercado da Canonical nesse segmento é praticamente nula. O marketing deles é muito bonito para engenheiros, porque é bastante simples de acabar com ideia de que eles 'têm' sequer quota significativa nesses segmentos. Quer queiram ou não, os segmentos hardcore é RHEL, SLES (naqueles que é exigido suporte 'prime' que envolve muitos milhões). Depois nos mercados mais liberais e menos profissionalizados (datacenter, ASP's, etc) tens o Debian, CentOS e amigos.

Olha que a quota de mercado do Ubuntu em servidores não é assim tão baixa. Não se compara com a quota de mercado que tem em desktops, dentro do linux, mas talvez ficasses surpreendido ao saber que ele é usado, mesmo para áreas mais criticas (não estou a falar em sistemas que não podem falhar, mas em servidores que "servem" centenas ou milhares de clientes).
Dito isto e sem falar em Freebsd e Solaris que não são linux, pessoalmente, quando não se quer suporte, a norma é Centos, Debian, Ubuntu LTS. Quando se quer suporte, Red Hat e depois SLES.

Não vamos fazer essas comparações porque o Debian, Red Hat, SuSE, Slackware e afins subiram a pulso... A Canonical quando entrou para o mercado já tinha a papinha toda feita, e isso é fácil de verificar pelas contribuições deles para os projectos upstream.

Ora aqui é que eu discordo. Sim, a infraestrutura estava lá, mas Linux no desktop era uma bela porcaria.
Atenção que não estou a falar de geeks, que por terem um sistema operativo ultra configurável, passava a ser o melhor do mundo. Eu incluo-me em parte neste grupo, apesar de ser um "Windows guy", por estranho que pareça.
Um simples copy/paste podia ser um problema. Mudar a resolução. As fontes. Sei lá, há milhares de exemplos.

Seja com o contributo deles ou de outros (há uma mistura dos dois), eles tornaram o desktop mais acessível ao utilizador comum.
E isto é um facto, pois se não fosse por isso, não tinham a notoriedade e quota que têm.
A exemplo de curiosidade, há uns tempos notou-se um pico no download do Ubuntu, pelo "simples" facto da Lady Gaga dizer que usava Ubuntu e que gostava muito.
Isto pode parecer meio parvo, mas é importante.

Repara, eu não tenho nada contra o Ubuntu ou a Canonical, e pessoalmente considero que é importante existir uma diferenciação entre as distro's mais populares... A Canonical soube escolher bem a forma como se apresentou à população em geral... "Linux for human beings" é um exemplo disto... E muitas pessoas acreditam piamente que não existem bichos maus em Linux, mas a realidade é que é uma plataforma mais segura que outras, mas não é fail safe... existem exploits e existe formas de 'hackar' máquinas Linux como se 'hackam' Windows... a unica diferença é que eventualmente é preciso um pouco mais de cabeça :)

Desculpa a frontalidade, mas um utilizador que faz questão do factor 'segurança' e 'estabilidade' não encontra nada em Ubuntu. Além do mais, excluindo o Unity, qualquer configuração ou tweaking que era feito no Ubuntu poderia ser feito para qualquer uma das outras distribuições ;)

Na realidade o sucesso do Ubuntu tem unicamente a ver com o 'desconhecimento' da maior parte dos utilizadores de Ubuntu em relação a distribuições de Linux, caíram no cliché 'Linux para seres humanos', porque aqueles que não são humanos usam outra coisa qualquer ;)

Há uma coisa que digo há muitos anos e outras pessoas aqui do fórum podem confirmar. As pessoas só começam a usar Linux, quando não souberem que estão a usar Linux. Isto é, nem toquem no facto de aquilo ser Linux, as pessoas ainda podem pensar que Linux é só uma linha de comandos. Chamem-lhe outra coisa qualquer.
E eu acho que tenho alguma razão, quando vemos o que está a acontecer com o Android ou mesmo as frases de marketing da Canonical.
Como disse à pouco, a Lady Gaga não disse que gostava de Linux. Disse que gostava e usava Ubuntu o que é bem diferente. E sim, é importante quando alguém com a influencia dela diz isso, goste-se ou não do que ela faz.

Em relação à segurança (e estou a falar mais de servidores), tenho mais medo quando uso Linux do que quando uso Windows. Pode parecer surpreendente, mas explico:

- Há um falso sentimento de segurança. As pessoas partem do principio que Windows é inseguro e Linux é seguro.
Isto faz com que já tenha assistido em que um administrador de sistema tenha imensas preocupações de segurança com Windows e faça tudo ao seu alcance para estar seguro, enquanto em Linux instala-se os serviços e deixa-se tudo por default.
Já assisti a um caso em que dezenas de servidores Linux estivessem numa rede semi-publica, sem qualquer protecção, com o acesso remoto a ser feito por telnet e a password de root ser enviada para meio mundo por email.

- Windows é Windows. Tens as versões mais antigas, mas há coisas que nunca se devem fazer e outras que se devem sempre fazer, seja qual for a versão. Depois é ir adquirindo novos conhecimentos quando saem novas versões.
Linux não. Um Red Hat não é a mesma coisa que um Debian. Mesmo um Debian, sendo conservadora, o 5.0 não é igual ao 6.0. Além que tens uma infinidade de programas "servidor". Dezenas de Web servers, dezenas de mail servers, etc etc.
Em Windows, normalmente, instalas o Exchange, o IIS, Active Directory, Sql Server e por aí a diante...
Onde quero chegar é que na verdade, pela diversidade de escolha, tem-se um leque mais alargado onde podem surgir problemas de segurança. E sim, eles existem em programas a correr em Linux, muitas vezes bem graves (chaves "random" do Debian é um bom exemplo).

- Se é verdade que tenho receio que algum dia tenha problemas de segurança com um Windows, o meu maior pesadelo é imaginar a possibilidade de alguém ter instalado um rootkit num servidor linux.
Isto porque a partir do momento em que está instalado um rootkit e se for bem feito, é KO. Podes nunca ter sintomas que está instalado um rootkit, mesmo que corras um scanner, pode parecer tudo ok.
Para mim o melhor "cracker" não é aquele que aparece nas notícias. É aquele que ninguém conhece, que faz o serviço e que o alvo nunca se aperceba que aconteceu algo de errado.
O mesmo se passa com os rootkits.

- Se é complicado "tornar seguro" um Windows, cada vez é mais fácil com diversas ferramentas da Microsoft. E as pessoas podem-se não aperceber, mas eles têm ferramentas bastante avançadas. A questão é que muitos não as usavam, mas cada vez mais vejo usar essas ferramentas.
Em Linux, também não é fácil. Há patchs para melhor segurança que nunca foram incluídos no Kernel "mainline". Outro exemplo igual é o que acontece com o php, onde há formas de o tornar mais seguro que nunca foram incluídas no php. E há muitos outros exemplos.

No desktop, na realidade, as pessoas não querem saber de segurança, privacidade, backups, etc. Isso tudo é um incómodo.
Só se torna preocupante quando algo acontece e lhes afecta directamente e foi assim que as pessoas perceberam que o Windows não era um modelo de segurança, porque houve vários virus e worms que "tocaram" muitas pessoas e foram notícia em todo o mundo.
O mesmo pode acontecer com linux, se começar a ser mais comum no Desktop. Aliás, já há alguns exemplos bem maus no Android, que é linux.

Atenção estamos a falar descontraídamente, mas a Canonical apesar de tudo tem feito algumas coisas boas, como o Software Center :)

Sim, todas as distribuições principais têm lados positivos.
Eu, por exemplo, nunca me passou pela cabeça usar Mandriva ou um produto da Mandriva em servidores. Aliás, pensava que nem estivessem nesse mercado.
Há uns tempos descobri esta verdadeira pérola, no bom sentido:

http://pulse2.mandriva.org/wiki/WikiStart

É desenvolvido pela mandriva, para servidores e do que usei, parece-me estar bastante bom.
 
Antes demais, tenho ideia que as guest aditions só suportam a versão do X que está no Ubuntu a partir da versão 4.0.4. Entretanto já saiu a versão 4.0.6.
Se poderes, instala a versão 4.0.6, verifica que o DKMS e kernel headers estão instalado (deve estar instalado por default) e instala as guest aditions à mão.
É simples, aquilo monta um iso no cdrom, acedes por linha de comandos ao cd rom e corres "sudo sh VBoxLinuxAdditions(64).sh". 64 se for a versão 64 bits, se não estou em erro tem um shell script à parte.
Depois é reboot e no login verificar que está escolhido o Unity.
Dois pontos:
- Eu não experimentei. Apenas li que era possível ter o Unity dentro do Virtualbox, escolhendo a opção 3D.
- Mesmo escolhendo a opção 3D, não sei se não será necessário uma placa gráfica com requisitos mínimos, para se ter suporte 3D na máquina virtual.

Já actualizei o Virtualbox e instalei as Guest Additions com a aceleração 3D activada e não consegui, mas o PC onde experimentei tem uma gráfica integrada Intel, talvez seja esse o problema, acho que vou mas é gravar um CD-RW com o ISO e testar aqui no portátil que também é onde é suposto ficar uma distro Linux instalada (ou duas se for para manter o Mint 9 que tenho actualmente). :D
 
Só continuando com esse teu ponto da segurança windows/linux, neste caso o ubuntu em particular. Foi dito, à cerca de 2 anos (ou pelo menos foi quando eu o li), numa daquelas conferencias de hackers (DEF CON ou Black Hat) que a nível de número de vulnerabilidades (não número de ataques realizados ou número programas que tirem partido das mesmas) que o OS X era menos seguro que o windows, a explicação do facto incidia sobre o seguinte: à menos investimento na segurança do SO, porque devido à sua baixa quota de mercado, fazer um virus para OS X não era tão vantajoso como para Windows, sendo que por isso os hackers preferiam dedicar mais tempo ao windows, embora fosse manifestamente mais fácil encontrar um buraco num sistema OS X.
Não me lembro se também disseram o mesmo para o linux, mas se não o dizem digo eu: a nível histórico linux é um SO para geeks, que têm um conhecimento razoável (ou mesmo bastante bom) quando se refere a conhecimento dos meios mais comuns de propagação de vírus, ou outro tipo de ameaças, o que só por si é uma boa barreira de protecção para um computador, daí que seja habitual dispensar o uso de firewall's ou AV em sistemas linux, os vírus que existem são poucos e são detectáveis por um utilizador mais acostumado à casa.
No entanto com a massificação do linux, em particular do ubuntu, e havendo cada vez mais utilizadores comuns (aqueles que clicam e depois olham) o sistema fica mais vulnerável tanto por ser mais fácil atingir o computador (não tem qualquer barreira), como devido ao aumento da percentagem de utilização do sistema operativo passa a haver vantagens para quem tem como objectivo infectar o computador.

Isto no mercado doméstico, no mercado de servers as coisas são diferentes visto que aí o linux tem mais expressividade, o que leva a mais trabalho na segurança, e portanto não vou fazer conclusões para este lado.
Não estou a dizer que o linux seja um queijo de buracos, apenas que com estas mudanças mais recentes de publico alvo e aumento quota de mercado não se pode dar como adquirido que o linux é seguro e assim ficamos.
 
Bem, os problemas continuam. Lá consegui fazer os updates, fazendo a 3ª instalação "limpa", desde que saiu o Ubuntu 11.04. Só consegui que os updates fossem feitos através do processo de instalação. Se instalasse o SO e fizesse os updates depois, não conseguia. Nem conseguia instalar software. Agora já consigo instalar software, mas apareceu outro problema; as aplicações deixam de responder. Banshee, bleachbit, virtualbox...

Depois instalei também o Xubuntu. Consigo fazer updates mas não consigo instalar nada pelo Synaptic ou pelo Software center.

Enfim, nunca me tinha acontecido ter distros tão problemáticas.
 
Agora estou a testar o Xubuntu numa VM. Até agora gosto muito do que vejo. O Xfce está mais maduro e por outro lado foge às marquices que agora temos no GNOME 3 e GNOME + Unity. Parece ser a verdadeira alternativa para quem quer algo mais composto e integrado do que um simples Window Manager e considera que o KDE 4 é bloated e o GNOME vai pelo mesmo caminho (ou pelo menos está-se a tornar estranho :P).

E depois claro... como é baseado em GTK+ mesmo que se tenham que instalar umas apps GNOME não ficam tão mal integradas como no KDE.
 
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