Utilizadores franceses de P2P arriscam-se a ficar sem acesso à Internet

kikofra

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É de admirar quando uma comissão presidida pelo patrão de uma grande cadeia de lojas de discos é encarregada de elaborar uma proposta de revisão da lei dos direitos de autor e em vez de propor reformas que tenham em conta o novo contexto digital ainda aumenta a perseguição aos utilizadores de redes de partilha de ficheiros? Pois é precisamente isso que aconteceu hoje em França onde o presidente Sarkozy acaba de aprovar as recomendações que constam de um relatório de 43 páginas redigido por uma missão “independente” chefiada por Denis Olivennes, o patrão da *****, que prevê o corte da ligação à Internet dos utilizadores que descarregarem ilegalmente músicas e filmes. Quem for apanhado três vezes verá o seu acesso desligado pelo seu ISP.
O relatório sugere ainda a criação de uma entidade pública de combate à pirataria que, ao receber uma queixa dos detentores de direitos, se encarregará de enviar por intermédio do operador de Internet mensagens de aviso ao internauta suspeito. Depois dos avisos, seguir-se-á a suspensão temporária da sua ligação. Se isto não resultar, o último passo será cortar o seu acesso.
É claro que este esquema de “resposta gradual” exige que os ISPs implementem tecnologias de filtragem de conteúdos. Inicialmente, serão apenas experiências mas em todo o caso eles têm que apresentar resultados parciais no prazo de 24 meses. O único brinde a que os consumidores terão direito é que as editoras discográficas se comprometem a remover todas as restrições tecnológicas, vulgo DRM, até aqui integradas nos downloads de músicas. Mas isto apenas se aplica aos temas de artistas e bandas francesas.
Do mesmo modo, a indústria cinematográfica concordou em disponibilizar os filmes em video on demand (VOD) a partir da mesma data que os DVD, isto é, seis meses após a sua estreia nas salas de cinema e não sete meses e meio como é actualmente.
O relatório foi também acompanhado por um acordo de compromisso entre todos os sectores envolvidos no sentido de garantir que os poderes públicos apresentem projectos de lei ao parlamento e medidas regulamentares que implementem as recomendações. O acordo foi assinado por 40 organizações (representantes editoras discográficas, artistas e produtores; produtoras de cinema, operadores de Internet, televisões).
É no entanto de admirar que nenhuma associação de consumidores ou dos internautas tenha podido participar e dar a sua opinião no assunto. Na verdade, algumas não demoraram muito a exprimir o seu desacordo em relação às medidas, por estas serem excessivamente repressivas. Também surpreendente é a ausência do site francês de partilha de vídeos DailyMotion e do Google, como refere o Ratiatum. Quem aproveitou para saudar já o acordo no combate à pirataria foi a IFPI, a organização representante da indústria discográfica em todo o mundo excepto EUA.
Seja como for, ainda nada está perdido para os utilizadores franceses de redes de partilha de ficheiros. Em primeiro lugar, porque o plano exige a aprovação pelo parlamento de alterações à legislação dos direitos de autor, protecção de dados, de defesa dos consumidores e das telecomunicações. Em segundo lugar, as propostas parecem centrar-se nos grandes utilizadores, aqueles que descarregam maiores quantidades de conteúdos ilegais, Por outro lado, a oferta de downloads legais ilimitados de música por parte dos operadores de Internet é já bastante aliciante. Agora, bastava que os ISPs adoptassem um formato sem DRM como o MP3…
 
France creates new policy in attempt to battle casual piracy

As governments try to cope with illegal file sharing and piracy concerns, a new anti-piracy body in France may throw users who are caught pirating copyrighted content off the Internet.

The plan would work under a "three strikes and you're out" system, with Internet service providers sending two warnings before the Internet service cut. An independent panel supervised by a court official will be responsible for creating a system to determine when and how often a warning is sent to a file sharer.

According to the chairman of the French retail chain store *****, Denis Olivennes, music sales at ***** has declined due to Internet file sharing. Olivennes believes large monetary fines and prison sentences -- current French penalties for copyright infringement -- are "totally disproportionate." He believes a ban on Internet is a more reasonable punishment, especially for the young people in the country. The Syndicat National de l'Edition Phonographique (SNEP), the French equivalent of the Recording Industry Association of America (RIAA), claims music sales have plummeted 40 percent over a four-year period starting in 2002.

The deal was described as a "decisive moment for the future of a civilized Internet," according to French President Nicolas Sarkozy. "We run the risk of witnessing a genuine destruction of culture," he added.

Even though the movie and music industries applauded the idea, other politicians and consumer groups believe the initiative could end up being too restrictive. The initiative is "very tough, potentially destructive of freedom, anti-economic and against digital history," the UFC Que Choisir consumer group announced in a statement.

As pressure mounts by official music and movie studios trying to combat piracy, governments have been weary to create initiatives to try and prevent piracy by regular users. The French idea is better suited to combat piracy on a small scale on a user-to-user basis, rather than organized piracy rings.

FONTE
 
Se isso for para a frente e os isp começarem a ficar sem clientes, ou no mínimo a verem os clientes a reduzirem as velocidades (quem precisa de 24M para ver sites?) vamos ver a eficácia desta medida, aposto que os isp vão simplesmente ignorar.
 
Engraçado que na parte do pdf com os elementos que assinaram este acordo (assumindo a veracidade da fonte/pagina), não está lá escrito o nome de nenhum artista francês, só associações, sindicatos, televisões e afins, ou seja, os bosses lá do sítio.

Em relação à noticia em si, e tendo em conta que a ASSOFT quer colocar essa lei cá em Portugal, começa a mostrar que cada vez temos menos liberdade e privacidade, e sem que exista uma reflexão das leis actuais e das condições de vida que temos, essa transposição do acordo francês para Portugal nem deverá ir para a frente.
Basta ver por exemplo os EUA onde vários artistas já revelaram que com a pirataria (no sentido particular, nada de vendas de conteúdos protegidos) é bom para eles e ajuda a que tenham um lucro maior nos concertos, e já se começa a ver artistas a deixarem as editoras e a publicitarem sozinhos os albums a preços aceitaveis.

Mas a ser verdade a última parte da nóticia, no que diz respeito às ofertas de downloads legais de música por parte dos ISP's, poderá significar que as coisas estão a mudar e que qualquer dia teremos ISP's a realizarem acordos com as discográficas e afins para partilhar conteúdos com os utilizadores através de pacotes mensais ( está claro sem os DRM's e em formato MP3).

Cumprimentos,

Khrono
 
É.. é o mesmo que tirares uma fotocopia dum livro..

(Crime é roubar (piratear) e ganhar dinheiro com isso. Se for para ti, caso tenhas problemas tens é k arranjar maneira de provar k isso é uma cópia de seguranca de algo k tens..
Se tiveres uma copia dos LP, tens k provar k tens o original, assim n tens problemas..

Cumpz
 
E se gravar com o telemovel?

Deve dar direito a espancamento gratuito por uma entidade "oficial", seguida de pena de morte com cadeira eléctrica ou um fuzilamento sumário à escolha do freguês!

Mais vale dedicares-te aos assassínios ou a assaltos à mão armada porque a esses ninguém os chateia...
 
LOL!! tas mm afim de gravar cenas! Pah..Forca!! Toda gente tem musicas que n pagou, mas sabemos k podemos pagar por isso ;)

Cumpz
 
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