Saudações!
Não sou tão "velho" como algumas pessoas que por aqui escreveram, mas felizmente tenho uma certa bagagem no que diz respeito a jogos. Comecei a jogar no final da década de 80, quando ainda não morava em Lisboa e num café em frente à minha casa passava os finais de tarde a jogar em 3 máquinas arcade que lá tinham. Os jogos foram variando mas lembro-me perfeitamente de um pinball [electrónico], de um Shinobi, de um jogo com uma light-gun [que se não me engano existe para a NES] de um scrolling beat'em up [daqueles "tradicionais", onde atravessamos ruas cheias de pessoal do piorio e os enchemos de pancada
] e de um shoot'em up cujo nome eu não me lembro mas tínhamos de afundar navios com um avião.
Já em Lisboa, descobri o Hang-On, o Out-Run [que jogava quando ia ao Apolo 70] e o Space Harrier, três grandiosos títulos da SEGA, produzidos por Yu Suzuki. Na minha escola primária conheci o Prince of Persia [cujo nome eu não sabia pronunciar
] e pouco depois recebi um Spectrum ZX2, de cassetes, que eu adorei embora nunca o tivesse aproveitado plenamente para a programação. Ainda tive alguns jogos para aquilo, um jogo de Golf, um Qix [se não me engano], The Simpsons: Bart vs. The Space Mutants, o primeiro Final Fight e pelo menos um jogo das Tartarugas Ninja.
A seguir ao Spectrum veio o NES e a partir daí foi a desgraça
estava definitivamente agarrado aos jogos graças ao Super Mario e companhia. Fiz-me sócio do Club Nintendo [não durou muito tempo mas enfim], comecei a tomar parte em "guerras de opinião" com os outros miúdos da escola primária, tive grandes jogos para o NES, como os três Super Mario, o Zelda original, Mega Man 2, Nintendo World Cup [o jogo em que podíamos cascar nos adversários até ficarem KO]...enfim, já devem estar a perceber.
A seguir ao NES, veio o Super Nintendo, não na altura do lançamento como eu gostaria [era um bocado caro] mas quando teve um corte de preço. Bem, não interessa, foi e continua a ser, na minha opinião, a melhor máquina de jogos já feita até hoje! Apesar de ter sido mal-amada em Portugal e de não ter sido plenamente aproveitada na Europa, o SNES teve um tempo de vida de 10 anos [o último jogo saiu em 2000] e só deixou de ser fabricado em 2003. Alguns dos melhores jogos da minha vida foram jogados na 16-bit da Nintendo: Super Mario World, F-Zero, Star Wing, Sim City, Street Fighter II, Zelda: A Link to the Past, Super Mario Kart...é uma máquina onde eu ainda gosto de investir de vez em quando
Já no fim do seu tempo de vida, recebi uma Mega Drive e embora o investimento não tenha sido grande, foi muito bom poder aproveitar a outra grande máquina de 16-bit e finalmente jogar Sonic!
Enfim, eu estabeleço uma barreira no meu percurso pelo mundo dos jogos. A minha barreira é o ano de 1996, ano em que comprei a Saturn e onde as consolas de 16-bit estavam cada vez mais próximas do fim. A transição dos 16 para os 32-bit foi a mais "brutal" da história dos jogos, "brutal" num sentido positivo [pelo grande salto qualitativo que representou] mas também negativo [começou a colocar-se um ênfase muito maior nos gráficos e devido às vendas altíssimas da PlayStation original e à chegada de novos consumidores, o mercado tornou-se menos exigente].
Embora a Saturn tenha sido um fracasso comercial, nunca me arrependi de a comprar, sobretudo porque a comprei quando o preço baixou para 40 000$, um ano depois do lançamento. Tive grandes jogos para essa máquina, Virtua Fighter 2, Virtua Cop 2, Virtual ON, NiGHTS e Sega Rally [estes dois eu nunca tive mas explorei-os bastante] estão entre os meus títulos de eleição para representar o que há de melhor na indústria.
Depois da Saturn, passei à Nintendo 64, onde mais uma vez descobri jogos fantásticos - Super Mario 64, Banjo Kazooie, Mario Kart 64, GoldenEye, Ocarina of Time, Donkey Kong 64, Majora's Mask... No natal de 2002 comprei uma GameCube, que tem utilização diária aqui em casa e durante este ano vou fazer todos os possíveis para comprar a Wii. E é esta a minha história