Opinião Viciados em videojogos

Snake Eater

Power Member
Encontrei este artigo no Facebook e decidi partilhar aqui com a malta. Se for contra as regras do fórum peço desculpa.



Recentemente tem sido alvo de muita atenção mediática o internamento de jovens com elevado grau de dependência pelo jogo. Esta não é a primeira vez que a imprensa nacional decide alertar para os perigos do vício. De tempos a tempos, parece que gostam de pegar neste tema para enfiá-lo no meio do telejornal ou porque é mediático o suficiente para o público-alvo que compra o Correio da Manhã.
Eu sou totalmente a favor de que a dependência dos videojogos é um problema. Também sou totalmente a favor da luta contra a dependência do álcool, das drogas, do tabaco, do casino, do telemóvel, das redes sociais, dos maus hábitos alimentares, do sexo, da masturbação, do ginásio, da ex-companheira, da Casa dos Segredos...


É bom entretermo-nos com coisas que nos distraiam, mas temos de ter cuidado para não nos entretermos demasiado com uma coisa que nos distraia. O poeta alemão Bertolt Brecht dizia "Um homem deve ter pelo menos dois vícios. Um só é demasiado.". Se o nosso hobbie começa a entrar em conflito com as outras coisas que também gostamos de fazer, então talvez tenhamos de nos equilibrar um pouco melhor.
“É importante realçar, no entanto, que o problema não está no vício em si mas na dependência da pessoa pelo vício.”
Costumo fazer sempre a comparação do ficar em casa a jogar com o sair à noite com os amigos. Nenhuma das coisas é "melhor" que a outra. Se ficar em casa numa sexta-feira à noite pode não ser a definição de jovem saudável para muita gente, ir para um ambiente de álcool e fumo numa discoteca também pode não ser a definição de diversão para muito jovem saudável.
Mas não se trata de optar pela opção que parece menos prejudicial, trata-se de diversificar. Haverá certamente dias em que nos apetece ficar em casa, mas é importante contrabalançá-los com os dias em que os nossos amigos planeiam uma grande jantarada. Trata-se de não cair no exagero de tomar sempre a mesma decisão, seja a de ficar em casa, seja a de sair à noite.


Claro que a nossa imprensa gosta de pegar nos vícios do videojogos e tratá-lo como um vício à parte dos restantes. "O vício dos jovens", "o vício desta geração", "o vício nerd" são designações que não ajudam a combater o problema, só o tornam mais mediático e grave porque dessensibiliza o carácter daquele que está afectado. Todos nós somos susceptíveis de vícios, e não há vícios melhores que outros.
“Dizer que jogar mais de uma hora por dia cria hábitos de dependência só incita os pais a criarem uma restrição para um problema que a criança à partida pode nem ter.”
Também não ajuda em nada o carácter imparcial com que a imprensa aborda o tema, encarando sempre o jogo da forma mais polémica possível e visando buscar a opinião dos especialistas/psicólogos que concordem com a sua visão sensacionalista. Porque realçar os benefícios dos jogos não vende revistas.
E certamente não ajuda quantificar o número de horas a partir do qual jogar se torna "perigoso". Dizer que jogar mais de uma hora por dia cria hábitos de dependência só incita os pais a criarem uma restrição para um problema que a criança à partida pode nem ter. E restrições na mente de jovens tornam-se em desafios, desejos proibidos, e isso é bem mais perigoso.


Se em vez disso o objectivo fosse sensibilizar para os benefícios/perigos do videojogos, em vez de incessantemente julgar quem prefere passar uma noite a jogar do que ver a novela, talvez tivéssemos uma opinião geral bem mais formada e adequada à realidade.
Claro que o papel dos pais é muito importante, mas para os pais poderem fazer o seu papel tem que haver boa informação. Se os livros de "Como cuidar do seu bebé" fossem escritos com o mesmo tom sensacionalista que a imprensa aborda os videojogos, hoje em dia teríamos pais a internar o filho por tudo e mais alguma coisa.
“Conversar com o jovem sobre os benefícios e perigos do jogo, tal como sobre tudo o que na vida se torna perigoso quando feito em demasia, é o passo certo a tomar.”
O papel da família deve ser sempre o de proteger, e acima de tudo acompanhar o filho, sobretudo nas idades tenras. Há classificações etárias, opções parentais nas consolas e todo o tipo de ferramentas para ajudá-los a compreender e gerir o jogo. A criação de bons hábitos de gestão de tempo/responsabilidades é fundamental e não há nada que substitua a sua importância. Melhor do que tratar um vício é evitar que ele apareça.


Mas se aprendemos alguma coisa com Eva e a maçã, é que a melhor maneira não é a de impedir mas sim a de consciencializar, da mesma forma que se Eva tivesse consciência do do que aconteceria se pegasse na maçã, provavelmente tê-la-ia deixado quieta.
Conversar com o jovem sobre os benefícios e perigos do jogo, tal como sobre tudo o que na vida se torna perigoso quando feito em demasia, é o passo certo a tomar. Porque quando implementamos esta concepção na cabeça de uma criança, ela levará esta precaução em conta para tudo na vida.
Mas escrever que "jogar faz mal" só porque há casos graves de dependência só mancha o carácter de quem joga por diversão e o da imprensa nacional, como se ambos já não tivessem suficientemente manchados.
http://www.gamer-source.net/2017/02/internar-os-viciados-em-videojogos.html
 
Os mitos que se criam à volta do tema, deixam uma porta muito difícil de abrir. Quem não conhece o que está para lá da porta, ainda vive com ideias estereotipadas. O próprio artigo vai falando de "o vicio dos jovens", não alertando para o facto de os jogos não terem idade de consumo, como a sociedade assim julga.
 
É importante saber o que pode causar um "Vicio"


Regra geral, qualquer situação que origine uma sensação de risco\recompensa de forma artificial pode causar uma dependência.
As vezes é uma fase, as vezes uma experiência outras vezes prolonga-se por um longo período de tempo.
O problema é o que as pessoas definem o que é o vicio, a maior parte das vezes é frustração, ver os miúdos a jogar e não dedicar o tempo para outras coisas, noutros casos é por estar desempregado e passa a vida a jogar, ou quando estão a queimar tempo a jogar no telemóvel quando já acabou os temas de conversa :P
Existe sim pessoas que estão viciadas nos videojogos, mas acima de tudo existem mais pessoas que não sabem lidar com as situações.
 
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Volta e meia, vem um assunto deste tipo à baila. Parece que qualquer ócio que a pessoa hoje tenha e que vá fora do standarizado, é logo rotulada de viciado e tem de ser internado.

E volto a repetir, compararem-me com um bêbado e/ou drogado é ofensivo, na minha opinião. É verdade que há estimulos/sensações iguais, mas fazer essa associação é perigoso.

Além disso há estudos que defendem o contrário, que jogar pode até ser benéfico, a nivel de estimulo mental e melhoria dos reflexos. Vi uma experiência onde colocaram um Wii num lar de idosos.

E as melhorias foram significativas, não só trouxe mais alegria aos idosos que lá estavam, isso por si só é positivo, porque essa emoção faz de facto bem. Todas as pessoas deviam de rir todos os dias.Como também houve melhorias a nivel de memória, e movimentação daquelas pessoas.

É um tema que não pode ser abordado com a leviandade que muitas vezes é tratado e de forma parcial.

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:D.
 
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Os miúdos mais novos são todos viciados, é quem mais gosta de jogar! Acho que não tem mal nenhum, antes pelo contrário, os meus pais mudaram-se de país e o meu irmão foi com eles, e os jogos ajudaram bastante na sua adaptação onde fez muitos amigos (felizmente a casa está sempre cheio de miúdos todos de volta do pc e da ps4).

Ainda vivemos num país de mentalidade atrasada em que uma pessoa com 25-30 anos jogar é quase um escândalo. Tenho familiares que acham que eu com 24 anos sou uma criança só porque jogo, mas essas mesmas pessoas passam a vida agarradas ao Facebook e ao Candy Crush.

Agora num cenário mais hardcore, qualquer vício é perigoso e deve ser tratado.
 
Ainda existe muito esta mentalidade que os jogos são um lazer menor e para crianças. E mesmo para crianças distraia-as do estudo, faz com que elas fiquem fechadas em casa, etc. Esquecem-se é que são os pais que compras as consolas (o que por sí só não é mau, desde que não lhes comprem todas) e que tem responsabilidade pela educação dos filhos. Desde cedo os pais tem que educar os filhos que há tempo e alturas para tudo.

Em relação aos adultos, qual é o mal de ter um hobby? E é pior desse hobby ser os vídeo jogos?
Como em qualquer hobby, este não deve sobrepor-se nem economicamente nem a família/amigos. Ou seja o problema, a existir, não é do hobby é da pessoa.

A sociedade ainda tem muito essa necessidade de julgar os outros e de impor gostos. Um outro caso
é por exemplo a literatura, parece que se tem que ler só classicos, se um adulto está a ler um Harry Potter ou qualquer outro livro de fantasia é olhado com desconfiança.

Eu no metro muitas vezes vou a jogar PSVIta sinto que algumas pessoas podem olhar com estranheza um adulto de 40 anos estar a jogar consola, mas nem confirmo porque vou demasiado distraído a jogar.
 
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Jogar assim como sexo , chocolate , café , tabaco , álcool , liberta dopamina e/ou serotonina no cérebro , e a longo prazo muda os "caminhos" da nossa massa cinzenta , fazendo libertar posteriormente esses hormónios em grande quantidade aquando da saciação do mesmo , ou seja , o sistema de recompensa do nosso corpo é ativado cada vez que fazemos algo que estamos habituados a que nos faça sentir bem , e jogar não é diferente de qualquer outra droga , como tudo na vida , tem que ser doseado . Não importa o que fazes , se os efeitos colaterais são os mesmos . Mas nada de novo !
 
Ainda existe muito esta mentalidade que os jogos são um lazer menor e para crianças. E mesmo para crianças distraia-as do estudo, faz com que elas fiquem fechadas em casa, etc. Esquecem-se é que são os pais que compras as consolas (o que por sí só não é mau, desde que não lhes comprem todas) e que tem responsabilidade pela educação dos filhos. Desde cedo os pais tem que educar os filhos que há tempo e alturas para tudo.

Em relação aos adultos, qual é o mal de ter um hobby? E é pior desse hobby ser os vídeo jogos?
Como em qualquer hobby, este não deve sobrepor-se nem economicamente nem a família/amigos. Ou seja o problema, a existir, não é do hobby é da pessoa.

A sociedade ainda tem muito essa necessidade de julgar os outros e de impor gostos. Um outro caso
é por exemplo a literatura, parece que se tem que ler só classicos, se um adulto está a ler um Harry Potter ou qualquer outro livro de fantasia é olhado com desconfiança.

Eu no metro muitas vezes vou a jogar PSVIta sinto que algumas pessoas podem olhar com estranheza um adulto de 40 anos estar a jogar consola, mas nem confirmo porque vou demasiado distraído a jogar.

Sem dúvida alguma!
E fazes muito bem fazer o que gostas, o que os outros pensam é problema deles...
As pessoas limitam se demais... depois vivemos numa sociedade de medo e de julgamento... sinto que ás vezes as pessoas fazem muita coisa mas só para ficarem bem vistos, e se o outro faz também tenho de fazer.

Isto é um pouco offtopic mas uma vez foi falar com a senhora que achei muito bonita no meio da rua :D, ela ficou muito surpreendida, gostou mas disse que era "estranho" e eu virei me para ela e disse: no telejornal praticamente todos os dias vês pessoas a matarem outras pessoas e está tudo bem e n de pessoas consumem isso todos os dias, telejornal é algo que não pode faltar, no entanto quando vais falar com um desconhecido já é estranho... é ridículo não é? e ela: pois tens razão.

P.s: o meu nick fica mesmo bem nesta thread LOL :D
 
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Acho que os jogos podem ser um vicio sim , às vezes até sinto falta da minha jogatina todos os dias jogo nem que seja meia hora para desanuviar um pouco
Mas dai a ser julgado como se fosse um caos não acho correcto
As pessoas lidam como disse o nosso amigo acima é muito bem com mortes do tipo "pai mata filha ou marido mata mulher " e não se passa nada
Vê-se no telejornal tráfico de droga , muitos são os viciados, vicio do tabaco ( que por sinal tenho ) café , álcool e tudo vícios assim como as nossas jogatinas mas ninguém liga mas como deu no telejornal já é um mal maior
Daqui a pouco ainda vemos a dizer que temos de ser internados e a indústria de jogos aniquilada
Por vezes bem sei em que mundo vivo
 
Apesar de todos os vícios sensacionalistas da imprensa, isso não quer dizer que jogar não possa tornar-se um vício. Essas notícias normalmente aparecem precisamente nas alturas em que surgem actualizações a estudos que se fazem com certa periodicidade e que mostram que tem havido um aumento do número de casos reportados de dependência em videojogos. Ignorar este facto é estar alheado da realidade. Dizer que o vício, verdadeiro, dissociativo, em videojogos é diferente do vício do alcoól é, também, opinar sem uma base bem informada. São vícios, actuam de formas iguais (como alguém já referiu antes a química do cérebro altera-se) e, principalmente, têm consequências semelhantes nas vidas dos indivíduos que sofrem com esses vícios, deixam de conseguir encarar a realidade, deixam de ter prazer com outras coisas que costumavam ter, deixam de conseguir manter o emprego, deixam de conseguir manter uma relação e por aí em diante.

Dizer que jogar uma hora por dia torna uma pessoa viciada é exagerado. Mas, para alguns, será suficiente para ficarem agarrados. É como aqueles que fumam um cigarro por dia, ou bebem uma cerveja dia sim dia não, ou aqueles que jogam na raspadinha uma vez por semana. Para alguns é inofensivo, para outros pode ser suficiente para se meterem num problema.

Alguém disse que os pais é que têm a responsabilidade de zelar pelos filhos. É verdade. E também é um assunto completamente diferente.

Para quem disse que o assunto não tem importância e que brincou dizendo que o filho responder aos pais "se fosse viciado em drogas era pior" é porque também nunca passou por uma situação dessas, porque são coisas iguais e para os pais a dor é semelhante e o sentimento de impotência é o mesmo.

Na minha opinião, e apesar de todos os "ses", é bom que se traga a público um problema que é real, está a crescer e é pouco conhecido, precisamente para que alguns pais possam questionar-se "será que o puto está a passar muito tempo naquilo? Será que não há mais nada que o possa pôr a fazer? Qualquer coisa nova que ele possa aprender? E eu, será que estou a ser um bom pai?"

Nota: maus pais existirão sempre. Para os filhos desses só posso desejar-lhes com toda a sinceridade: boa sorte. Que tenham a sorte de conhecer alguém na vida que os guie e que lhes possa ensinar alguma coisa de bom sobre a vida para não perpetuarem um ciclo de ignorância

Nota 2: o vício dos videojogos é tratado "à parte" porque é novo e pouco conhecido. Na verdade, não está à parte, está na mesma categoria que o vício do smartphone e das redes sociais, por exemplo. São problemas novos e ligados à tech e é bom que se fale deles

Nota 3: às vezes a melhor solução pode mesmo passar por impedir o acesso ao vício, ou pelo menos o acesso sem restrições. Restringir o acesso pode ser uma forma de contribuir para consciencialização.
 
os jogadores profissionais de e-sport são todos viciados? eu ficar a estudar um dia inteiro faz-me ser viciado? ir trabalhar todos os dias 8 horas faz-me ser viciado no trabalho?
a verdade é que estas "notícias" têm saído muitas vezes na imprensa que a meu ver é só para "tapar com uma peneira" todos os outros vícios que existem por aí, mas como estes últimos têm grandes vantagens económicas para uma das partes já são deixados de lado. Admito que gosto de jogar e só não jogo mais porque não tenho tempo. Se alguém me diz que jogo demasiado tempo digo-lhe: "Jogo tanto tempo quanto aquele que passas no facebook ou noutra rede social."
 
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Por acaso também tenho a mesma opinião. Dizem que os jogadores profissionais por jogarem umas 8 horas por dia são uns viciados e mais isto e mais aquilo. E eu pergunto, qual é a diferença entre passar 8 horas à frente de um computador, que no fundo acaba por ser mais trabalho que propriamente diversão, que passar 8 horas a programar/etc/etc?
 
Há viciados e malta que gosta de jogar, são realidades para mim bem distintas. Não é por jogar 5/8h por dia que sou viciado e mereço ser internado já, não perdi na vida, não perdi emprego, acabei o meu curso, tenho bons amigos, namorada... Agora quando isto tudo descamba e uma pessoa perde-se, aí há problema.

Por acaso tive uns familiares muito próximos meus que tiveram um problema com casinos, fins de semana só os via de manhã porque mal abria o casino só os via depois às 4 da manhã do dia seguinte, dias da semana faltavam ao trabalho para estar no casino, dormiam 3 ou 4 horas por dia para ir à noite ao casino. Vício do jogo é umas coisa perigosa e quem está com o problema nem se apercebe, mas agora chamar todos os jogadores viciados é outra história.
 
Mas sinceramente eu acho que a questão é mais profunda do que parece.
Um exemplo que as pessoas não pensam, os grupos, claro não estou a dizer em todos mas há bastantes casos assim que existem pessoas que só estão nesse grupo porque é "melhor" que ficarem sozinhas em casa pois elas tem necessidade de aprovação dos outros no fundo sentem um vazio e usam como escape os outros.
Como muitos tem namorado/namorada porque é melhor que estarem sozinhos e no fundo não gostem um do outro mas tem aquela necessidade satisfeita do "eu gosto de ti/ eu amo-te".

A maioria de nós vive no "escapismo" seja em que forma for e A não é melhor que B isso concordo em absoluto.
E sinceramente não sinto a necessidade de julgar alguém já que as "estruturas" estão baseadas no ego/ sobrevivência e é natural que as pessoas procuram algo para "aliviar" da vida.

O David R. Hawkins escreve isso mesmo no seu livro Letting Go: The Pathway of Surrender:

"Escape. Escape is the avoidance of feelings through diversion. This avoidance is the backbone of the entertainment and liquor industries, and also the route of the workaholic. Escapism and avoidance of inner awareness is a socially condoned mechanism. We can avoid our own inner selves and keep our feelings from emerging by an endless variety of pursuits, many of which eventually become addictions as our dependency upon them grows. People are desperate to stay unconscious. We observe how often people flick on the television set the minute they enter a room and then walk around in a dream-like state, constantly being programmed by the data poured into them. People are terrified of facing themselves. They dread even a moment of aloneness. Thus the constant frantic activities: the endless socializing, talking, texting, reading, music playing, working, traveling, sightseeing, shopping, overeating, gambling, movie-going, pill-taking, drug-using, and cocktail-partying. Many of the foregoing mechanisms of escape are faulty, stressful, and ineffective."

Às vezes o que é certo ou o que é errado é mais complexo do que se imagina.
 
Eu falo por mim e do que sei pois tenho um filho com 12 anos
Sempre gostei de jogar jogos e sempre tive playstation,dreamcast,joguei horas e horas de World of Warcraft e cuntinuo a jogar PS4 mesmo tendo 42 anos.
Sendo pai sinto-me culpado pois o meu filho passa imenso tempo a jogar
Tem aulas de manhã e da parte da tarde joga.De facto ele até tem um bom desempenho escolar apesar de jogar muito.
Mas é uma verdade que os jogos queriam uma certa dependencia ,pois sempre que quero sair com ele para dar um passeio já está a contar os minutos para chegar a casa.
Acho que em relação ás crianças de facto essa dependencia é preocupante e cabe a nós adultos mostrar-mos aos nossos filhos que existe tanta coisa interessante para fazer do que estar simplesmente enfiado num quarto a jogar.
Eu sempre ouvi dizer que os filhos são os espelhos dos pais e isso está inteiramente certo,pois a educação e aprendizagem que eles tem parte em grande parte de casa.
Mas os adultos são tão ou mais crianças do que os mais pequenos ,pois para onde quer que vamos só se vê pessoas agarradas ás redes sociais.Até á caça de pokemons andam e os mais novos claro vão atrás.
Percebo que muitos dos que aqui estão não achem preocupante,mas quando tiverem filhos se calhar já vão pensar de outra maneira.
É preocupante sem dúvida
 
É um vicio e eu senti isso na pele, admito que houve dois períodos em que andava viciado, um com 14 e outro mais velho, em que chegava a ir competir no servidor europeu e no norte americano que acaba a competição as 6h da manha... Isto com 16/17.

Com a idade passou me ao lado um bocado, os jogos ja nao me dão propriamente prazer, mesmo os online, jogo quase todos os dias, mas 30 minutos no maximo, jogar a serio ou seja 2 ou 3 horas jogo 2 dias por semana.

Agora o meu irmão que tem diferença de 9 anos de mim, está completamente viciado, passa os dias no quarto, tirando quando é para ver futebol pouco ou nada estuda vai chumbar de ano e é uma questão preocupante e parte da culpa foi minha eu sei. Ele tem 16 anos atualmente já estragou o seu futuro academico a nivel de notas nestes 3 anos...
 
Eu além dos jogos tenho um vicio mas acho que são vícios saudáveis mas acredito piamente que seja vicio
Adoro Automoveis sou completamente fascinado por tudo que tenha a ver com cultura automóvel e por vezes só os jogos desligam me um pouco do mundo automóvel
Creio que termos o vicio dos jogos ou outro qualquer sem ser drogas e afins será menos prejudicial que isso mesmo para a sociedade e pra nós próprios
 
Eu também senti esse vício de jogar, desde novo. Vou fazer um pequeno testamento, que é assim:

- Tinha eu, prái, 6/7 anos (foi depois de eu ter ficado sem ouvir, logo aos 6 anos e alguns meses antes de fazer 7 anos), que tive a primeira experiência com os videojogos, num computador de um primo meu que só jogava pelo natal quando ia a casa dele. Embora não fosse mau aluno, sempre fui bastante esperto, e sempre passava de ano, até eu receber uma nes (ai caramba) pelos anos ou pelo natal, no qual só durou prái 2/3 dias, pois avariou inexplicavelmente, sem eu saber porquê ( ficar sem uma boa consola que me teria dado boas recordações) e o meu pai leva, para trocar ou para reparar e traz-me uma daquelas dos chineses do tetris (fiquei lixado da vida, embora o tetris fosse um vício). Jogava quando podia, ou aos fins-de-semana quando ia visitar a avó. Recebo mais tarde, pela páscoa, pelo folar do meu padrinho, outro jogo dos chineses, com o tetris, mas mais pequeno que o anterior (rais!! não podiam variar?).

- Antes da minha irmã casar, ia-mos os dois, às vezes, para casa do namorado dela (actual cunhado), para casa dos pais dele (actuais sogros), passar um fim-de-semana com eles e com os irmãos. E eu jogava nes, snes, n64, sega saturn, game boy, game gear e eu fartava-me de jogar cada uma delas!! (jasus!! com tantos €€€ investidos naquelas consolas, raios!!!)

- Alguns anos mais tarde, estava eu, pelo 7º/8º ano (não consigo lembrar-me quando eu recebi, +/-) recebi o meu primeiro game boy color, com um jogo à parte (wario land 2) no qual fartei-me de jogar, e fui recebendo jogos (poucos), à medida que passava de ano, desde que não jogasse muito. No primeiro período, tirava algumas negas, mas depois, a partir do 2º período melhorava substancialmente as notas e no terceiro período passa a tudo, e ficava contente! (mais uns joguinhos). Estava eu no 11º ano (prái) recebo um game boy advance e um jogo de carros. (passando, mais uns jogos pelo natal) embora continuasse o mesmo método de tirar negas no primeiro período. Passados uns meses, prái no 12º ano, recebo uma ps2 com o final fantasy x, que foi a minha predição de 12º ano, pois chumbei 2 vezes no 12º.

- Desde então, jogo de vez em quando, quanto muito, meia hora de jogo, quanto muito 20 minutos, uma a duas vezes por semana, ou menos, se for diariamente pois para mim, já é demais jogar muito tempo (1 a 2 horas por dia).

Desculpem lá, este meu testamento. ;)
 
Última edição pelo moderador:
Eu comecei desde cedo no mundo gaming, desde os 2 anos de idade (ainda mal pegava no comando, mas já gostava) que o meu tio meteu-me o "vicio" . Desde aí, e mais a partir dos 4 anos, tenho jogado muito... Sou um jogador de playstation, mas também jogo FM no PC, e no passado já joguei CS e SAMP (san andreas multiplayer) (só no SAMP tenho cerca de 10k de horas). E no resto, bem, façam as contas (porque como disse, o principal é a playstation). Entretanto comecei a gostar de coleccionar os jogos que mais gosto, e por aí fica a minha história...

Os jogos ensinaram-me muita coisa mesmo, e fiz amizades que até hoje perduram... Tenho 21 e jogo cerca de 5/6h por dia quando dá. Entretanto quando andava na escola, jogava também bastante. E nunca chumbei, nunca tive uma negativa na pauta sequer, nem nunca tive mau comportamento! Acabei com um boa média, e não segui para a universidade por motivos pessoais!
Com isto quero dizer que, os jogos não são responsáveis por más notas ou más atitudes... Quem pensa assim, está errado! Até porque, os jogos ensinam muitas coisas, distraem, diverte e para muitos, fazem com que certas pessoas tenham aquilo que não conseguem ter na vida real, porque muita gente só as empurra para "baixo" (não é, nem foi o meu caso, mas conheço gente assim)! Acho que é preciso saber controlar e destingir o que é importante e o que não é, e existir prioridades! Claro que eu sei que em breve, não vou poder jogar tanto, pois uma pessoa começa a fazer vida, e surgem novas responsabilidades. Mas irei ser sempre GAMER! Felizmente, a minha familia não se importa e a minha namorada até me apoia nessas coisas!

Como por exemplo, há quem diga "Ai os videojogos causam violência" , e então os filmes ?? a televisão ?? ... Tudo o que é vicio em excesso é mau, mas se repararmos bem, toda a gente tem os seus vícios! Se não é uma coisa, é outra!
 
Última edição:
OFF Topic: Por acaso tenho a sorte da minha namorada também me apoiar e interessasse em saber o que jogo e o que jogo é, as vezes ia comigo a almoços com malta com quem jogava (ela nem sabia nada do jogo mas ia para me fazer companhia)... Para compensar mostro interesse com maquilhagens e coisas de beleza XD
 
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