Saturn Virtua Fighter 2

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Virtua Fighter 2 (VF2) é um jogo de luta lançado nas Arcades em 1994 e na Saturn em 1995, tendo sido desenvolvido pelo estúdio da SEGA, a AM2 dirigido por Yu Suzuki. Sendo a sequela do primeiro Virtua Fighter, que foi um dos primeiros jogos a apresentar polígonos (3D), tendo sido desenvolvido na mesma época que o jogo Virtua Racing, sendo que uma das maiores inovações do jogo era a possibilidade de mudar a visão da câmera em tempo real, tecnologia inovadora na época, que foi patenteada pela empresa AM2.

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Em 1996, uma versão mais "light" do jogo, Virtua Fighter Kids, chegou às arcades e à Saturn, chegando também nesse ano o port para a Mega Drive, tendo sido refeito como um beat em up 2D, porque o hardware, naturalmente, não conseguia lidar com os recursos visuais complexos da versão arcade


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A versão 16 Bits também explorava o máximo da consola​

As expectativas sobre Virtua Fighter 2 era, portanto, enormes, com os jogadores a esperarem que a Sega conseguisse fazer uma boa conversão da Arcade para a Sega Saturn. Nos anos 90, a conversão dos seus grandes jogos Arcade era, indubitavelmente um dos pontos fortes das consolas Sega, com a Saturn a receber boas conversões de alguns dos exitos das Arcades como Sega Rally, Daytona USA, House of The Dead e... Virtua Fighter 2, cuja conversão, para alegria dos detentores da 32 Bits da Sega foi alvo de extremo cuidado e profissionalismo dos rapazes da AM2, com a versão Saturn e dever muito pouco à original Arcade, apresentando uma qualidade assombrosa, espantando todos aqueles que, em 1995, tiveram a sorte de o experimentar.

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A jogabilidade era precisa e simples, havendo apenas três botões de acção no jogo: defesa (A), soco (B) e pontapé (C). Com combinações era possivel realizar movimentos especiais, no entanto estes eram golpes realístas, sem poderes sobre-humanos como os vistos noutros beat em ups, como Street Fighter II. Cada personagem possuía um estilo de arte marcial real e único, o que as distingue todas umas das outras e faz com que dominar cada personagem seja um desafio.
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VF2 ficou também conhecido pelos gráficos 3D sem paralelo na época, possibilitados pela placa de arcade Sega Model 2, com gráficos em alta-resolução a 60 fps por segundo, correndo na resolução máxima da consola, 704 x 420, sem qualquer tipo de slowdowns. Absolutamente impressionante. Ao contrário do que se esperava, estas características foram mantidas na conversão para Sega Saturn, apesar da consola não ser famosa pela capacidade gráfica em 3D, devido à dificuldade de programação. O jogo apresenta-nos então personagens incrivelmente detalhados para a época, sendo de mencionar os deliciosos backgrounds, com uma qualidade nunca antes vista.

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Em 1995, a AM2 conseguiu então demonstrar o poder gráfico da consola da Sega, deixando os seus possuidores a salivar por mais jogos com este detalhe gráfico. Infelizmente, até à sua morte, poucos são os titulos da bilbioteca da Saturn que se conseguem equiparar graficamente a VF2.

Personagens:

Akira Yuki
Jacky Bryant
Jeffry McWild
Kage-Maru
Lau Chan
Pai Chan
Sarah Bryant
Wolf Hawkfield
Dural
Lion Rafale
Shun Di

Em termos comerciais o jogo foi um sucesso, conseguindo mesmo ser o jogo Saturn mais vendido, estimando-se que se tenham vendido cerca de 2 milhões de cópias em todo o mundo. No Japão hou ve mesmo uma autêntica febre VF2, com o jogo a transformar-se num dos preferidos dos nipónicos durantes largos anos.

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VF2 é um jogo, tal como tantos outros da Sega, à frente do seu tempo, ao apresentar uma jogabilidade que ainda hoje se mantém atual, personagens únicos e carismáticos e um grafismo que provou que a Saturn era capaz de competir com a PlayStation neste domínio, embora requeresse muito mais habilidade e atenção por parte dos produtores.

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Para muitos, o melhor comando de sempre para beat em ups​

O impacto que o jogo causou foi enorme, não apenas entre os jogadores, que rapidamente o colocaram como um dos melhores da sua geração, mas também pela sociedade em geral. A série VF foi reconhecida pelo Instituto Smithsoniano pelas suas contribuições no campo da arte e do entretenimento, e está em exposição permanente no National Museum of American History (Museu Nacional de História Americana) em Washington, DC.

Virtua Fighter 2 é um jogo de culto, e por si só justifica o investimento numa Sega Saturn. Obrigado Yu Suzuki.

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Análise Mega Score nº5, Fevereiro 1996







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Última edição pelo moderador:
Um dos meus beat em ups preferidos de sempre!

E só quem o jogou na sua época sabe o quão revolucionário era este clássico da nossa querida Saturn...

Foram horas e horas com amigos agarrados ao pad da Saturn. Que nostalgia.

A Sega já lançava o próximo VF...
 
Recordo-me perfeitamente de o ter visto pela primeira vez no "Templo dos Jogos", e ter ficado de boca aberta com a qualidade daquilo que estava a ver... Grande jogo, sem dúvida.
Nunca cheguei a jogar a versão da Saturn, apenas das recreativas e da Mega Drive.

Curiosamente, ainda esta semana estive a joga-lo no Yakuza Kiwami 2, ehehhe. Também comprei a versão Xbox 360 há relativamente pouco tempo.
 
Boas, gostei de ler e matar saudades. Mas esta parte pode gerar confusão entre os leitores:

VF2 ficou também conhecido pelos gráficos 3D sem paralelo na época, possibilitados pela placa de arcade Sega Model 2, com gráficos em alta-resolução a 60 fps por segundo, correndo na resolução máxima da consola, 704 x 420, sem qualquer tipo de slowdowns. Absolutamente impressionante. Ao contrário do que se esperava, estas características foram mantidas na conversão para Sega Saturn, apesar da consola não ser famosa pela capacidade gráfica em 3D, devido à dificuldade de programação.

Na arcade, Sega Model 2, o jogo corre no que é comumente chamado "Medium Resolution", ou como alguns operadores chamavam, modo video SEGA (Pois foi as placas SEGA Model 1, 2 e 3 que mais usaram este modo de vídeo).

Dito isto, na Arcade o jogo corre na resolução 496×384 linhas, modo de frequência horizontal 24kHz e a 57Hz aproximados de frequência vertical (se não me falha a memória).

Na Saturn corria em baixa resolução, claro está, para poder ser compatível com as TVs de consumo.

Isto tudo sem desprimor para a conversão, que foi o jogo que comprei junto com a consola, (provavelmente o que mais joguei nela) e é para mim o melhor port da SEGA para a Saturn. Superando o Sega Rally que apesar de igualmente fantástico, corria a apenas 30 fps.

Tivesse a SEGA mantido esse nível de qualidade nos jogos futuros e não tínhamos tido o desfecho que foi.
 
Tivesse a SEGA mantido esse nível de qualidade nos jogos futuros e não tínhamos tido o desfecho que foi.

Uma pena mesmo. Como é possivel a Sega apenas sustentar a consola por 3/4 anos.

O final também foi bastante forte: Shining Force III, Panzer Dragoon Saga, Burning Rangers...
 
O primeiro VF tinha um aspecto muito poligonal, já na altura brincavamos entre colegas que os bonecos pareciam ter articulações.

o VF2 sim, esse levou as coisas para outro patamar. Mas a bem dizer deu conta do primeiro Tekken, já dos sucessores ficou a comer pó.
 
Era mesmo isto. Tardes a jogá-lo sem fartar é contra amigos era ainda mais viciante. Não precisavas de decorar 57 combinações ou partir os pulsos a sacar um especial, a simplicidade era um dos pontos fortes deste jogo.

Por acaso é das coisas que mais me irrita nos jogos deste género recentes. Levas um soco, chain chain chain chain e vai-se meia vida, rinse e repeat.

O melhor de todos é o que passou mais horas contra o bot a praticar a combo.

Bons tempos em que a simplicidade imperava.
 
O VF acho que fo o primeiro ou um dos primeiros a ter mais do que 2 rounds o que dava mais emoção à coisa.
Nos tempos do cybermaster na RTP tinha um colega que perdeu a final depois de estar a ganhar 2-0.
 
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