Em ransharing apenas partilham as torres, as antenas que nelas estão colocadas são independentes
Isto, de forma geral, não corresponde à verdade. É mentira!
O acordo de ransharing entre a Vodafone e a NOS aplica-se às zonas abrangidas e baseia-se na partilha de total infraestruturas de um local, incluindo localizações (torres ou edifícios) e equipamentos (cabos, antenas, basebands, energia, etc.).
Nas zonas de ransharing, a rede da Vodafone possui o mesmo número e tipo de bandas que a rede da NOS, e as antenas estão colocadas exatamente nos mesmos locais. A configuração e a receção de sinal são idênticas entre ambas as operadoras. No entanto, cada uma mantém as suas próprias células em cada banda, utilizando exclusivamente as frequências do seu próprio espectro.
Possível excepção: localizações ransharing em que a Vodafone tem a banda 2600 TDD (dado que a NOS nem espectro tem aí).
As diferenças na experiência do utilizador entre operadoras podem resultar de configurações lógicas específicas de cada célula ("features", definidas por cada operadora) ou da carga na rede, uma vez que o número de clientes numa determinada localização é completamente independente para cada operadora.
Já a transmissão até essas localizações (seja via FTTH ou links de feixes hertzianos) é um tema à parte, não estando diretamente relacionado com o ransharing. Cada operadora possui as suas próprias transmissões, embora possam, ou não, recorrer a fibra partilhada, dependendo dos acordos existentes.
Para além do acordo de ransharing, existem também acordos exclusivamente para a partilha de localizações, como torres ou edifícios. Estes acordos podem ou não envolver todos os operadores (DIGI, MEO, NOS e Vodafone). Em alguns destes casos, podem coexistir múltiplos acordos entre operadores e/ou com os próprios detentores da infraestrutura (Cellnex, Vantage, condomínios, etc.). No entanto, cada operador mantém as suas próprias antenas. É importante salientar que esta situação não corresponde ao ransharing estabelecido entre a Vodafone e a NOS.