Multi [Wii/WiiU] Dragon Quest X (MMORPG, Square-Enix)

A Capcom já tinha reparado nisso, dai o Monster Hunter 3 tambem ser exclusivo.


A ver se a partir de agora certas coisas mudam.

Sim, felizmente no caso do Monster Hunter também já se tinham reparado nisso. Mas mesmo assim até ao momento continuam a ser excepções, daí que admira quando alguém "repara" nesse "promenor".

Esperemos que no futuro venha a tornar-se regra. :)
 
Sendo assim, porque fizeram jogos para a PSone e a PS2? que sempre foram consolas mais fracas; no caso da Psone então a certa altura tinham até a Dreamcast cá fora durante o tempo em que lançaram tanto o FFVIII como o FFIX; se estavam assim tão cativados pela "potencia" porque não saltaram de galho?

A resposta é... a Square-Enix sempre fez jogos para a maior userbase; se, tivessem lançado o FF7 na N64 (como estava inicialmente anunciado) nunca tinham atingido o publico que atingiram com ele e como fizeram o que tinham de fazer para crescer (mas, e de novo... o hardware era mais potente). De facto, toda esta conversa do "casual"... a PSone era considerada casual no Japão pelo tipo de jogos que vendiam nela e pelo facto de apesar da Saturn ter menos userbase normalmente em jogos multi vender mais (um problema que a Wii não tem tal a margem de vantagem) claro que tudo mudou com, o FF7, mas este tema nem é novo; e se alguma coisa a Square-Enix devia conhecê-lo bem, demasiado bem para apresentar estratégias aos zigezages e andar à mercê de moneyhats.

A razão pela qual o Final Fantasy 7 cresceu tanto o franchise é que esse "novo publico" da Psone nunca tinha jogado nada do género; e como tal a square-enix não pode estar a ser muito inteligente quando, vê um publico renovado e numa plataforma lider não lhes dar o seu maior effort; porque nas outras nunca pode ter um FF7 em mãos aqui pode; mas com spin-off's e equipas B não vai lá; a oportunidade perdida é deles.

Ainda na questão da potencia, na geração passada nem é quantificável a melhoria gráfica que um FFXII podia ter tido, podia-se ter livrado das texturas de 16 cores e ter tido várias vezes as polycounts que apresenta, e tudo isto sem o mesmo grau de optimização que teve. O ponto da questão? valeu ou não valeu a pena puxar a PS2? demorou anos e anos e podiamos ter melhores resultados bem melhores noutro sitio e em menos tempo, mas qual o problema? Os outros equipamentos tinham efectivamente mais potencia, mas por muito que o programador fascinasse livrar-se do hardware dificil de programar e menos potente da PS2... podia tirar o cavalinho da chuva.

E isso do "o foco é o modo de controlo" é um mau estereotipo nesta altura; a DS também já o teve e agora tens jogos como o Dragon Quest IX e o Tales of Hearts a nem usá-lo (entre muitos outros) a usarem só para o que faz sentido.

Isso da potencia é cada vez mais, uma falsa questão; aliás as vendas de hardware falam por si.Nah, essa estratégia "multi" não promete fazer dinheiro a sério antes do FFXIII sair, devido ao custo de desenvolvimento dos jogos e vendas que os RPG's estão a ter nas HD's; a Square-Enix neste momento, claramente, faz recoup do preço dos jogos na DS.

Não queiras comparar a diferença de potência entre PS2-Xbox/GC e Wii-X360/PS3.

Apenas quis refutar a ideia de que a SE estava a apostar nas consolas HD por mera questão preferencial de uma simples pessoa. Os maiores projectos de grande parte das empresas estão centrados nas consolas HD... porque será? Já se sabe que a Wii é a líder incontestada... mas será que isso chega para cativar os developers? A Wii neste momento está a ser alvo de uma tentativa de lucro fácil por parte das empresas, e sinceramente, não me parece que isso seja positivo.

Este será o primeiro jogo a "sério" da SE para a Wii. Apesar de não gostar da consola, sei ver perfeitamente que esta era a única opção viável nas consolas caseiras. Esta é uma saga de sucesso principalmente no Japão (onde a Wii domina com quer e lhe apetece), ao contrário do FF que consegue ter uma enorme aceitação a nível mundial. Não há muitas dúvidas aqui, na decisão de qual consola escolher.

Quanto às vendas dos RPG's... esperavas o quê? A maior parte deles estão centrados numa consola que não singra no principal mercado dos mesmos, além de que a qualidade da maior parte deles tem sido bem questionável. É simplesmente o resultado óbvio.

Quando o jogo sair é bem provável que a Wii já custe muito menos do que 250€ - claro que depende do mercado... mas mais tarde ou mais cedo as vendas irão baixar e o preço terá que acompanhar. Por isso, quando o jogo sair - e não deve ser tão depressa -, tens bom remédio: compra a consola. :p

O problema vai mais além da simples questão do preço da consola infelizmente. Não sou apreciador desta consola, nem das políticas actuais da Nintendo. Até ver não me passou pela cabeça comprá-la, mesmo com o anúncio deste DQX :)
 
Não queiras comparar a diferença de potência entre PS2-Xbox/GC e Wii-X360/PS3.

Não há muitos dados concretos para fazer essa comparação, mas até gostava (principalmente na geração da PSX).

Apenas quis refutar a ideia de que a SE estava a apostar nas consolas HD por mera questão preferencial de uma simples pessoa. Os maiores projectos de grande parte das empresas estão centrados nas consolas HD... porque será?

Pela mesma razão pela qual, apesar de o mercado dos vídeo jogos estar mais forte que nunca, cada vez mais vês notícias de despedimentos e perdas anuais. Ou seja... más decisões.

Eu digo isto tendo acesso aos dois mundos. Simplesmente há decisões que não fazem sentido e que a longo prazo só lixam o jogo (ou IP) em questão. E no fundo é isso que me interessa... que IP's que eu goste tenham continuidade.

Mas voltando ao tema... a "paixão" do Nomura pela Sony não é de agora... ;)

Já se sabe que a Wii é a líder incontestada... mas será que isso chega para cativar os developers? A Wii neste momento está a ser alvo de uma tentativa de lucro fácil por parte das empresas, e sinceramente, não me parece que isso seja positivo.

Eu também não, mas isso não é nada positivo... para essas mesmas empresas. A médio prazo, lixam-se (aliás, muitas já se estão a lixar).

Quanto às vendas dos RPG's... esperavas o quê? A maior parte deles estão centrados numa consola que não singra no principal mercado dos mesmos, além de que a qualidade da maior parte deles tem sido bem questionável. É simplesmente o resultado óbvio.

Então mas lá está o que eu estava a dizer... más decisões. Bolas, se é assim tão óbvio (e eu concordo em absoluto) porque insistem no erro? E infelizmente o problema não é só (embora também) da qualidade duvidosa dos jogos... o Valkyria Chronicles, jogo absolutamente magnífico, está a vender como está. E tem piada que no fim de contas, o melhor jogo para mim nas consolas HD seja um que até na PS2 seria possível.

Com isto o que digo é... façam mas é bons jogos, seja em que plataforma for. O grande problema para mim é quando essa mesma qualidade é colocada em causa pelos custos de produção astronómicos necessários ara se afirmarem nas consolas HD.
 
Não queiras comparar a diferença de potência entre PS2-Xbox/GC e Wii-X360/PS3.
Não queiras comparar a diferença da DS para a PS2 então (Dragon Quest VIII para o Dragon Quest IX), ou a da PSone para a Dreamcast em tempos. As coisas não têm de ser comparáveis, é necessário é o dinheiro estar efectivamente nesse mercado, e as editoras saberem capitalizar nessa oportunidade. Se não o fizerem? Então estão a deixar dinheiro na mesa, e a serem conformistas.

De resto... em nenhuma destas plataformas terias as limitações da PS2, ou, dito de outra maneira, na Xbox/GC/Wii/X360/PS3 não as tens, e não foi por isso que deixou de ser possivel fazer o que foi feito nela, é preciso é ambição e mercado para justificar o investimento. Que não creio haver duvidas que há.

Se sempre que fossemos fazer um jogo que puxasse um hardware especifico dissessemos "ah é muito dificil, esperemos pelo próximo/vamos para outro/aquele é mais potente" nunca tinhas jogos a puxar o hardware, estão sempre a sair coisas novas afinal de contas; sem contar que a ser por esses caprichos que se tomam as decisões essa empresa está a falhar totalmente o ponto, oxalá acerte por acaso na muche porque de outra forma e a nivel fiscal está a gastar mais dinheiro e a ter menos retorno; logo a arriscar muito mais sem grande vantagem para si mesma (ou nenhuma vantagem, melhor dito).
Apenas quis refutar a ideia de que a SE estava a apostar nas consolas HD por mera questão preferencial de uma simples pessoa. Os maiores projectos de grande parte das empresas estão centrados nas consolas HD... porque será?
Das duas uma, ou porque começou desenvolvimento antes de 2006, quando ainda achavam que a PS3 ia ser uma Playstation 2 parte 2; ou porque têm falta de visão de mercado. Ou ainda, numa extenção desta ultima, quando andam todos os anos a adiar as suas previsões do mercado de consolas HD pegar e suplantar-se ao outro "ah e tal, é para o ano"; este caso aplica-se especificamente à Square-Enix aliás; quando já disseram que o mercado HD só ia pegar em 2008, depois era 2009, e agora já falam em 2010; e enquanto isso andam a esbanjar jogos que não têm interesse em lançar antes dessa data delimitada por eles em que, "esperam" que todo o projecto finalmente se torne rentável. (sim, que não querem eles sacrificar os jogos para venderem mais consolas uma vez que nem são fabricantes)

Não é uma estratégia muito sustentável, diga-se.
Já se sabe que a Wii é a líder incontestada... mas será que isso chega para cativar os developers? A Wii neste momento está a ser alvo de uma tentativa de lucro fácil por parte das empresas, e sinceramente, não me parece que isso seja positivo.
A PS2 também foi, teve é software de grandes software houses para acompanhar. Esses jogos demoram anos a fazer; no entanto isso não indica que já é tempo de as third party o fazerem?

De resto, e se quiseres traçar planos mais justos, repara na ultima vez que houve um "twist" de mercado desta natureza, ou seja quando a Nintendo perdeu a liderança para a sony; a PSone... saiu em 1994 e só teve o Final Fantasy VII em 1997.

Cada vez que estas coisas se dão, há uma grande hesitação de mercado, e os conformistas que continuam em frente com os planos que já tinham; mas por isso mesmo, há uma decada atrás a Square-Enix capitalizou onde os outros falharam; chegou lá com um produto de topo na hora certa, ao publico chave e quando este não tinha concorrencia... e criou o mercado que viste para ele; só aí a PSone teve um boom de RPG's.

O que falta desta vez? visão de mercado e agilidade. Se a Squaresoft na altura era uma espécie de iate, maior que muitos barquinhos mas agil o suficiente para saltar da N64 quando viu o rumo que aquilo levava... hoje a Square-Enix comparativamente é um cruzeiro tipo titanic, bem que podem ver o iceberg que continuam em frente. Razão para isto? muitas, algumas acima descritas, outras que se prendem pelas longas planning stages que por vezes metem titulos planeados a anos de distancia; e a Wii não estava nos planos deles. Mas isso é um erro de calculo deles, que apanhou toda a industria e se alguma coisa... valha a agilidade de quem se virar antes.

De resto e prova disso mesmo, tens neste momento uma empresa na Wii que se aproveitou da falta de resposta da Square-Enix às mudanças, a Marvelous interactive, que não anunciou um RPG de destaque, anunciou uma catrefada deles. foram bem mais ageis, também por serem mais pequenos; claro que terem a sorte de um dos franchises deles ter um boom de popularidade a chegar ao ponto de ser um fenómeno é uma daquelas coisas que será por golpe de sorte (realisticamente contam-se pelas mãos dos dedos na industria), mas é certo que o timing faz grande parte dessa receita. além disso... Com o dinheiro que faziam um jogo para as HD's (estamos a falar de um estudio pequeno afinal de contas) aqui chega para fazer 5, ao mesmo tempo que reduz o risco, aumenta a hipótese de sucesso, e bom... é bem mais produtivo.
Este será o primeiro jogo a "sério" da SE para a Wii. Apesar de não gostar da consola, sei ver perfeitamente que esta era a única opção viável nas consolas caseiras. Esta é uma saga de sucesso principalmente no Japão (onde a Wii domina com quer e lhe apetece), ao contrário do FF que consegue ter uma enorme aceitação a nível mundial. Não há muitas dúvidas aqui, na decisão de qual consola escolher.
sim, mas a situação da Wii no japão não é diferente da do resto do mundo, por muito que lhe metam essa etiqueta (não estou a fazer este comentário porque tu puseste, mas sim porque já devo ter visto essa etiqueta umas 20 vezes hoje); se alguma coisa a Wii ainda vende melhor cá fora que lá, quer em numeros totais quer comparativamente; é o unico território que conheço onde a Wii mensalmente tende, pela trend dos ultimos meses, a vender menos que a PSP por exemplo.
Quanto às vendas dos RPG's... esperavas o quê? A maior parte deles estão centrados numa consola que não singra no principal mercado dos mesmos, além de que a qualidade da maior parte deles tem sido bem questionável. É simplesmente o resultado óbvio.
Isso não torna a escolha dessa plataforma mal feita à partida?

De resto nem vou por aí, não partilho esse ponto de vista de culpar a "qualidade" dos RPG's, culpo sim... o interesse por eles; para já, quando na Wii tivemos um spin-off de Dragon Quest a empatar em vendas com um Blue Dragon, ou quando tivemos um spin-off de tales a reciclar assets com 5 anos e a usar uma equipa comparativamente "rasca" aos olhos da Namco a trucidar as vendas de um jogo principal a nivel mundial. Como é que como third party continuas a justificar tais decisões? aliás, vou mais longe, toda a vida estas decisões foram na sua maior parte definidas pelo mercado em si; e não faz sentido uma third party ir contra o mercado que os alimenta. (e note-se que enquanto que aqui temos um caso gritante... tivemos igualmente muitos no tempo da PS2)

Agora... Realisticamente... o mercado de RPG's está a encolher fora do Japão há anos (de facto, acho que podes definir o pico do seu crescimento com o FF7), a PS2 chegou a um ponto em que estava totalmente saturada na América e tinhas RPG's não square a sair e venderem 30 mil unidades no primeiro mês (e a venderem 3/4 mil unidades no mês seguinte); a questão é que... o mercado americano era secundário e "um bónus" para essas developers, não eram passiveis de serem classificados como algo de alto orçamento para a PS2 diminuindo as suas expectativas de mercado (e aqui há um grande diferencial, FFX e FFXII foram dos jogos mais caros da geração passada com investimentos de 30 milhões de dólares; nesta geração tens jogos como o stranglehold a custarem 30 milhões) e claro, havia menos necessidade de meter pequenas developers a tentar competir com as restantes a nivel de graficos; e eu odeio o argumento da "relativização" da importancia do esforço grafico em jogos wii mas o enfase que se dá a graficos nas HD's é doentio por comparação.

Bom... mas onde eu estou a ir é... O mercado de RPG's continua a ser importante para alguns core gamers, mas está a encolher há anos (não é uma tendencia nova) e vai continuar a encolher até que haja um jogo novo com o impacto que o FF7 teve há 10 anos; e a unica forma de um jogo ter esse impacto nos dias que correm é... ser muito mais streamlined do que o FF7 era, e estar no sitio certo há hora certa; esse sitio neste momento é na Wii, e quanto a timing... não faço ideia; questão de sorte, se é que ainda vão a tempo.

Não creio que o Dragon Quest X tenha esse potencial, creio é que ele, e muitos outros RPG's na Wii têm o potencial de trazer muitas pessoas novas ao género, o que é extremamente importante.
 
Última edição:
Oh diabo, que isto tomou proporções que não estava à espera (a culpa é vossa :p).

Vamos lá por partes:

- quando eu disse para não comparar PS2-Xbox/GC e Wii-PS3/X360, estava a falar em termos de potência das mesmas. Capacidades do hardware. A diferença é bastante significativa entre os 2 casos.

- o facto de muitos developers hoje em dia preferirem trabalhar nas consolas HD é por estas lhe permitirem fazer coisas que são impossíveis na Wii em termos técnicos. A Wii tem a particularidade do novo tipo de controlo, mas até ver isso não chegou para convencer a maior parte deles (digo isto tendo em base o lançamento dos jogos mais sonantes das "3rd party").

- a maior parte dos jogos até têm vendido bem na X360/PS3 (principalmente na primeira), sendo os RPG's uma excepção à regra. No entanto este nunca foi um género com um sucesso tremendo fora do Japão (onde as HD vendem pouco) tirando raras sagas, por isso compreende-se os flops a que temos vindo a assistir. A qualidade dos jogos, na maior parte dos casos, também não ajuda. Quanto às decisões de colocar a maior parte dos RPG's numa consola onde o género está destinado ao insucesso... vocês sabem o que, e quem, está por detrás disto (MS-$) Tomando como exemplo a série Tales. Concordo que seja uma má estratégia de negócio, que vai ser negativa a médio/longo prazo, mas isso nós já discutimos.

Compreendo que do vosso ponto de vista fosse mais lógico lançar estes jogos (RPG's) na Wii. Com isso até posso concordar, apesar da ideia não me agradar. Quanto aos outros géneros, já não concordo, isto porque até se têm safado muito bem em vendas (como disse no meu 3º ponto).

P.S. Desculpem não responder com quotes, mas fiz isso para não dar uma dimensão ainda maior a este post. Li os vossos 2 posts, e concordo em grande parte com aquilo que disseram.
 
Fds!
Tou ver que isto está se a tornar uma tendência, a dos jogos tipicamente japoneses (os melhores) irem para a Wii quando era costume vê-los nas playstation... E cada vejo mais a ps3 parecida com a ocidental Xbox... ca nojo! E eu que não queria ter que comprar outra consola!!!
 
- quando eu disse para não comparar PS2-Xbox/GC e Wii-PS3/X360, estava a falar em termos de potência das mesmas. Capacidades do hardware. A diferença é bastante significativa entre os 2 casos.
Point stands, se alguma coisa nos dias de hoje estamos a falar de experiencias com mais ou menos eye candy mas que em essencia seriam possiveis em praticamente qualquer hardware; especialmente aplicável falando dos RPG's next gen até à data.

Mas... na altura da PSone como é que fazias um Zelda OoT nela? (peço desculpa pelo exemplo que não sei se te é familiar) como recriavas um gameplay que dependia de draw distance (hyrule field) para viajar entre locais e em full 3D e com texturamento de todas as faces? não fazias, a diferença de potencia nesse caso era a diferença entre essa experiencia ser ou não possivel; e se estamos meramente a falar da diferença de um jogo de PSone para N64, se fossemos buscar a Dreamcast tinhamos literalmente outro universo de possibilidades.

O ponto? limitações "tecnicas" já fizeram muito mais sentido/foram muito mais acentuadas noutros tempos face a hoje; mesmo que a diferença entre eles pudesse ser menor quantitativamente, na altura dos 32 bits ter o dobro da potencia podia ser a diferença entre algum tipo de gameplay/experiencia ser possivel ou não, assim como ter o dobro dos poligonos podia ser a diferença entre um objecto redondo ser perceptido como tal... ou falhar redondamente. Tal já não se aplicava da mesma forma à PS2 versus Xbox/GC, que embora fossem mais potentes não era isso que impossibilitava certo tipo de jogo ser feito nela, nem tão pouco PS2 vs X360/PS3, realisticamente falando... E a Wii é bem mais potente que isso.

Se alguma coisa... é preciso é ambição, porque se delimitares uma linha e disseres "a partir daqui não é possivel/não vale a pena" nunca puxavas o envelope, nunca terias um FFXII, um Shadow of the Colossus, um Resident Evil 4, um God of War... na geração passada; jogos que há primeira vista seriam tidos como impossiveis para o hardware em que estavam (e que seriam comparativamente mais fáceis/concebiveis em hardware mais potente)
- o facto de muitos developers hoje em dia preferirem trabalhar nas consolas HD é por estas lhe permitirem fazer coisas que são impossíveis na Wii em termos técnicos. A Wii tem a particularidade do novo tipo de controlo, mas até ver isso não chegou para convencer a maior parte deles (digo isto tendo em base o lançamento dos jogos mais sonantes das "3rd party").
Se essas "coisas impossiveis" são a nivel tecnico... já respondi acima, e se são a nivel de controlo (e o eterno "a wii obriga a implementar waggle")... A Wii aceita comandos GC e classic controllers (já recomendados para RPG's Wii, como o Muramasa e o Arc Rise Fantasia, e recomendados para todos os jogos de luta, incluindo o smash) pelo que é uma falsa questão; sem contar que podes ter um jogo convencional mapeado para um wiimote sem para isso teres de abanar o comando a 7200 rpm's.

De resto e há semelhança da DS, a userbase simplesmente já suplantou isso, vale a pena meteres jogos que não usem o touch screen na DS pura e simplesmente porque esta vende o que vende; na Wii idem; se não tem de usar motion sensing não usa, simples; de resto a Nintendo fê-lo desde o inicio, basta lembrar que o Fire Emblem que foi quase um launch title no Japão não usa quaisquer features do wiimote e claro... o Smash.
- a maior parte dos jogos até têm vendido bem na X360/PS3 (principalmente na primeira), sendo os RPG's uma excepção à regra. No entanto este nunca foi um género com um sucesso tremendo fora do Japão (onde as HD vendem pouco) tirando raras sagas, por isso compreende-se os flops a que temos vindo a assistir. A qualidade dos jogos, na maior parte dos casos, também não ajuda. Quanto às decisões de colocar a maior parte dos RPG's numa consola onde o género está destinado ao insucesso... vocês sabem o que, e quem, está por detrás disto (MS-$) Tomando como exemplo a série Tales. Concordo que seja uma má estratégia de negócio, que vai ser negativa a médio/longo prazo, mas isso nós já discutimos.
Reitero a parte sublinhada...

Foi "só" o equivalente em popularidade aos FPS's na geração dos 32 bits; possivelmente ainda mais decisivo, dado que neste momento temos uma consola a liderar que nem é famosa pelos FPS's, duas se contar-mos com a DS. Durante esse "boom" os jogos vendiam simplesmente por serem RPG's e foram ponto decisivo para a hegemonia da PSone, papel esse que simplesmente não tiveram de igual forma durante a Ps2.
Compreendo que do vosso ponto de vista fosse mais lógico lançar estes jogos (RPG's) na Wii. Com isso até posso concordar, apesar da ideia não me agradar. Quanto aos outros géneros, já não concordo, isto porque até se têm safado muito bem em vendas (como disse no meu 3º ponto).
Eu nem vou por aí, pode fazer mais sentido, certo... Mas não faz sentido delimitar isso a um unico género, ou diga-se não é por o fazerem na Wii que as outras têm de ser prejudicadas por isso, que não me parece mais do que uma variação do "oh noes, here comes the casual!" como se fosse algo que surgiu hoje... (medo da Wii como plataforma dominante porque <inserir estereotipo>) a PS2 foi a lider incontestada da sua geração e não é por isso que foi a minha plataforma de 128 bits preferida, eventualmente tive de comprar uma; mas o meu ponto é... a PS3/X360 podem não dominar esta geração, mas decerto haverão clientes satisfeitos com uma e não é por isso que deixam de haver jogos, ou se arrisca todo o line-up delas, durante muitas gerações comprei modelos não lideres de mercado e hoje não mudava uma virgula nesse percurso; há espaço para todas... Mas dito isto... market leader é market leader, e se as developers não refletem isso... a unica explicação é que, de facto estão a ver mal a coisa, sem excepções.

Isto para chegar ao "nos outros generos não se aplica isso" penso o oposto, quanto menos representado um genero está na Wii mais dinheiro na mesa deixam as developers, e claro... para o irem buscar é bom que façam o seu melhor esforço na plataforma. Nota no entanto que pelo "as developers devem por o seu melhor esforço na plataforma" não se tem de reflectir por as outras versões serem dadas ao desbarato, não serem tão boas... ou ainda, terem de ser condicionadas por esta ou por outras... Não podes é dar segunda prioridade a um titulo para uma market leader, que se alguma coisa, na minha opinião até é sinal de incompetencia. (e embora tenhamos visto muito disso na Wii, também me fartei de ver na PS2 pela mão de developers americanas, tirando as monstruosidades que são as EA's, THQ's e Activision's)
P.S. Desculpem não responder com quotes, mas fiz isso para não dar uma dimensão ainda maior a este post. Li os vossos 2 posts, e concordo em grande parte com aquilo que disseram.
Compreendo.
 
Partilho inteiramente da opinião do I_eat_all.

Olha ,olha os lambões das consolas next gen queriam tudo para eles!LOL

Ps:Não levem a mal o que eu disse ate porque eu tenho x360/ps3,it was just a joke!
 
Old Snake, acho que está tudo. Há coisas que de facto não concordo contigo (nomeadamente nas vantagens das consolas HD, dado que ainda não vi nada em nenhum jogo nas consolas HD que me fizesse pensar "de facto esta potência toda é justificada"), mas acima de tudo o que é importante é percebermos a opinião de cada um e eu de facto percebo a tua.

Anyway... vou deixar aqui um artigo que li e que concordo praticamente na integra. É exactamente isto que sinto e ainda bem que há quem tenha mais jeito para escrever que o faça por mim:

Retronauts episode 61 hype followed by a Dragon Quest X-inspired rant

The one part of the podcast that's most stuck with me has been a listener-submitted letter that praises Persona 3 as a fantastic example of what can be done with a game on a limited budget. Because P3 had a much lower budget than something like Kingdom Hearts, the reasoning goes, it was far more creative than your typical blockbuster title. Since the team couldn't afford to create a massive world with a vast cast of characters, they stuck to a very small and limited environment and developed their few characters with unprecedented depth, creating something with very little flash but plenty of substance.

I absolutely agree with this line of thought, and in fact it crystallizes perfect in light of recent news. Last week's Metal Gear Solid 5 (maybe) teaser, for one; and then there was last night's news that Dragon Quest X will be making its way to Wii, of all things. One of these tibits fills me with interest, the other with weary resignation. The funny thing is that the roles are swapped from what they were a year ago; if these new items had popped up last December, I would have said, "Yeah! More Metal Gear! And, eh, Dragon Quest keeps stagnating. Whatever." Now, it's the Metal Gear sequel that reeks of creative bankruptcy and the Dragon Quest plans that make me curious to see what lies in store.

And here's why: 2008 was the year I stopped caring about AAA releases. They're the grease that keeps the wheels of my job spinning, I realize; if it weren't for the hype around Gears of War and the frothing fanboy brain seizures prompted by any mention of Killzone 2, I'd probably be out of work. But god, I'm so sick of vapid big-budget games. I guess they're a sign that the games industry has finally achieved its goal of catching up with Hollywood, because most blockbuster game releases feel as mentally empty and emotionally void as your typical $200-million-budget-Don-LaFontaine-would-have-narrated-the-trailer-when-he-was-alive film. So well done, games industry. You've realized your dream at last. Too bad it wasn't the right dream. Games aren't movies, and the horrors of Siliwood should have proven that...yet the biggest and most visible games still use "Hollywood summer hit" as their model. Sometime around June, I finally got sick of it.

Specifically, it was the double feature of Metal Gear Solid 4 and Grand Theft Auto IV that did me in. Two giant games; two fantastically designed games; two games whose excellent interactive portions were constantly thwarted by their creators' Hollywood pretensions. It makes me angry that reviewers actually called GTAIV's narrative "Oscar worthy," because (1) no, it really wasn't and you guys seriously need to go and watch a good movie, OK?; and (2) that kind of empty praise is just going to encourage Rockstar to keep focusing on the sloppy, poorly-written pulp noir aspects of their creations to the detriment of the part that actually makes GTA unique and fun: the gameplay. I'll save my irritation with GTAIV for another day, but playing it immediately after MGS4 made me realize that I don't have to keep swallowing the games that the industry pays the most money to hype up, that I don't have to accept these things as the limit and pinnacle of what this medium can achieve, that there's more merit in games that are content to be games than in games that desperately want to be movies that you can sometimes control and in which the possibility of a temporary interactive setback interrupts the flow of the story.

Seriously, screw that stuff.

Well, no, don't screw it. So long as it keeps things lively, building interest among the traditional 15-to-35-year-old male demographic by providing the shiny, expletive-laden explosions they do so love, games like Gears 2 and GTAIV have a place. But make no mistake: those games aren't the future of gaming; they're a part of the future. And Dragon Quest X, I hope, represents the other side of that coin.

It was a pretty big shock for me when Dragon Quest IX was announced for Nintendo DS (good lord, has it really been two years?), but it makes perfect sense now that I've played more of the series. I understand what Dragon Quest is about now, and it's not about the bleeding, ragged edge of technology. The series has had a tough time catching on here in the States because, generally speaking, gamers here are about the bleeding, ragged edge of technology. But you look at something like Dragon Quest VII, which was contemporaneous with Final Fantasy X, and it seems downright laughable. Even Dragon Quest VIII, which looked pretty dang good, had the same basic game mechanics as its 8-bit predecessors: turn-based combat, tons of battles, and fairly limited character-building, with Final Fantasy-style party-twinking to break the game being downright impossible.

But those things aren't really the point of Dragon Quest; they're the means to an end, and I've come to understand that the end the series aspires to is something different. Dragon Quest uses its modest visuals and familiar game systems to tell stories -- not big, twisty, shocking stories, but variants on the traditional "legendary hero saves the world" stories. Each DQ title explores a different facet of that fundamental concept, and if you can look beyond the visuals and the somewhat stagnant mechanics, you can appreciate the series' greatest strength: its heart.

Right now I'm playing a preview version of Dragon Quest V for DS, which I'm restricted from discussing in any detail until the usual stupid assortment of embargoes dissipates, but it's an incredible game. It looks exactly the same as the DS version of Dragon Quest IV, and I'm fighting a lot of the same enemies with the same skills and tactics as in the previous title. But again...that's not the point. The point is the game's heart, and in that respect DQV is fairly unparalleled -- maybe by Mother 3, or Skies of Arcadia, or a handful of smaller, more esoteric games. But I look at the efforts competing RPG series have made to explore similar concepts of family, personal duty and heroism through generations and I see well-intended but honestly sort of disastrous results like Phantasy Star III and Final Fantasy VIII.

And so it makes sense that Dragon Quest's sequels are headed to DS and Wii. They don't need PS3-level power to be heartwarming, and in fact too much tech would probably just get in the way. The hardcore gamers have their PS3s and Xbox 360s, but everyone has a DS or a Wii. The DQ series goes where the people are, because that's where the money is; right now, that's on Nintendo consoles, because Nintendo's plan for disruptive technology is actually working out.

My biggest concern about the gaming industry right now is this nonsensical polarity between "hardcore" and "casual" games; I'd hoped the Wii would serve as a bridge between the two, but honestly Nintendo has done a terrible job of it, transforming all but a handful of their longest-running franchises into neutered, pandering messes while they focus their time and money on catering to the retirement home crowd. (That's the current retirement home crowd, mind you -- not the cool retirement home crowd of the future, the one with a stack of MegaTen games to work through.) I'm hoping that DQX is a sign of good things to come: a traditional, uncompromising franchise that's found a home on Wii, where it can focus on its core strengths and be a great game without the need to run a $100 million ad campaign to convince everyone that it will make your brain explode due to visceral awesomeness.

High-end PS3 and Xbox 360 games aren't the future, and neither is the current, pathetic state of the Wii. If any game can reconcile the two, I think, it will be DQX: it's a major franchise, steeped in the traditional vocabulary of video games, but with broad appeal (at least in its home territory). Here's hoping that other third parties take this as a cue to start focusing on the Wii for something other than embarrassing shovelware.

Then again, I'm not getting my hopes up. The games industry has a tendency to work against its own best interests sometimes.

in http://www.1up.com/do/blogEntry?bId=8967838&publicUserId=5379721

Excelenteeeeeeeeee artigo! :)
 
Point stands, se alguma coisa nos dias de hoje estamos a falar de experiencias com mais ou menos eye candy mas que em essencia seriam possiveis em praticamente qualquer hardware; especialmente aplicável falando dos RPG's next gen até à data.

Mas... na altura da PSone como é que fazias um Zelda OoT nela? (peço desculpa pelo exemplo que não sei se te é familiar) como recriavas um gameplay que dependia de draw distance (hyrule field) para viajar entre locais e em full 3D e com texturamento de todas as faces? não fazias, a diferença de potencia nesse caso era a diferença entre essa experiencia ser ou não possivel; e se estamos meramente a falar da diferença de um jogo de PSone para N64, se fossemos buscar a Dreamcast tinhamos literalmente outro universo de possibilidades.

O ponto? limitações "tecnicas" já fizeram muito mais sentido/foram muito mais acentuadas noutros tempos face a hoje; mesmo que a diferença entre eles pudesse ser menor quantitativamente, na altura dos 32 bits ter o dobro da potencia podia ser a diferença entre algum tipo de gameplay/experiencia ser possivel ou não, assim como ter o dobro dos poligonos podia ser a diferença entre um objecto redondo ser perceptido como tal... ou falhar redondamente. Tal já não se aplicava da mesma forma à PS2 versus Xbox/GC, que embora fossem mais potentes não era isso que impossibilitava certo tipo de jogo ser feito nela, nem tão pouco PS2 vs X360/PS3, realisticamente falando... E a Wii é bem mais potente que isso.

Se alguma coisa... é preciso é ambição, porque se delimitares uma linha e disseres "a partir daqui não é possivel/não vale a pena" nunca puxavas o envelope, nunca terias um FFXII, um Shadow of the Colossus, um Resident Evil 4, um God of War... na geração passada; jogos que há primeira vista seriam tidos como impossiveis para o hardware em que estavam (e que seriam comparativamente mais fáceis/concebiveis em hardware mais potente)

Se essas "coisas impossiveis" são a nivel tecnico... já respondi acima, e se são a nivel de controlo (e o eterno "a wii obriga a implementar waggle")... A Wii aceita comandos GC e classic controllers (já recomendados para RPG's Wii, como o Muramasa e o Arc Rise Fantasia, e recomendados para todos os jogos de luta, incluindo o smash) pelo que é uma falsa questão; sem contar que podes ter um jogo convencional mapeado para um wiimote sem para isso teres de abanar o comando a 7200 rpm's.

De resto e há semelhança da DS, a userbase simplesmente já suplantou isso, vale a pena meteres jogos que não usem o touch screen na DS pura e simplesmente porque esta vende o que vende; na Wii idem; se não tem de usar motion sensing não usa, simples; de resto a Nintendo fê-lo desde o inicio, basta lembrar que o Fire Emblem que foi quase um launch title no Japão não usa quaisquer features do wiimote e claro... o Smash.

Tudo o que ali disse baseou-se acima de tudo na questão da potência do hardware.

Pelo que percebo das tuas afirmações, achas que a diferença que existe hoje em dia não é justificável para que se ponha a Wii de "lado". Tudo bem, mas sinceramente, não posso concordar.

Não se trata apenas do aspecto dos jogos, mas sim de todas as novas possibilidades que se abrem, a nível de IA, mais conteúdos, etc. Coisas essas que não se vão poder atingir na Wii.

Acredito que se possam fazer coisas extraordinárias na Wii, tal como foram feitas na PS2 (alguns exemplos que tu deste), no entanto desta vez, por muito bom que estejam, nunca conseguirão atingir o nível técnico que se obtém facilmente nas consolas HD (nem estou a falar aqui dos supra-sumo das HD, mas sim dos jogos regulares). Era por isto que estava a dizer que a diferença entre PS2-Xbox/GC e Wii-PS3/X360 não é comparável.

Reitero a parte sublinhada...

Foi "só" o equivalente em popularidade aos FPS's na geração dos 32 bits; possivelmente ainda mais decisivo, dado que neste momento temos uma consola a liderar que nem é famosa pelos FPS's, duas se contar-mos com a DS. Durante esse "boom" os jogos vendiam simplesmente por serem RPG's e foram ponto decisivo para a hegemonia da PSone, papel esse que simplesmente não tiveram de igual forma durante a Ps2.

Esse destaque foi-se perdendo ao longo dos tempos. Hoje em dia são raros os RPG's que têm sucesso fora do Japão, daí compreender que se muitos deles estivessem na Wii, teriam bem mais sucesso, devido a esta estar muito bem implementada no Japão (além de que tem maior userbase no mercado ocidental... mas lá está, aí não creio que faça diferença).

Eu nem vou por aí, pode fazer mais sentido, certo... Mas não faz sentido delimitar isso a um unico género, ou diga-se não é por o fazerem na Wii que as outras têm de ser prejudicadas por isso, que não me parece mais do que uma variação do "oh noes, here comes the casual!" como se fosse algo que surgiu hoje... (medo da Wii como plataforma dominante porque <inserir estereotipo>) a PS2 foi a lider incontestada da sua geração e não é por isso que foi a minha plataforma de 128 bits preferida, eventualmente tive de comprar uma; mas o meu ponto é... a PS3/X360 podem não dominar esta geração, mas decerto haverão clientes satisfeitos com uma e não é por isso que deixam de haver jogos, ou se arrisca todo o line-up delas, durante muitas gerações comprei modelos não lideres de mercado e hoje não mudava uma virgula nesse percurso; há espaço para todas... Mas dito isto... market leader é market leader, e se as developers não refletem isso... a unica explicação é que, de facto estão a ver mal a coisa, sem excepções.

Isto para chegar ao "nos outros generos não se aplica isso" penso o oposto, quanto menos representado um genero está na Wii mais dinheiro na mesa deixam as developers, e claro... para o irem buscar é bom que façam o seu melhor esforço na plataforma. Nota no entanto que pelo "as developers devem por o seu melhor esforço na plataforma" não se tem de reflectir por as outras versões serem dadas ao desbarato, não serem tão boas... ou ainda, terem de ser condicionadas por esta ou por outras... Não podes é dar segunda prioridade a um titulo para uma market leader, que se alguma coisa, na minha opinião até é sinal de incompetencia. (e embora tenhamos visto muito disso na Wii, também me fartei de ver na PS2 pela mão de developers americanas, tirando as monstruosidades que são as EA's, THQ's e Activision's)

Tudo o que dizes faz sentido. No entanto, enquanto as developers não sentirem necessidade de apostarem a sério na Wii, não o farão. A maior parte dos jogos ocidentais tem vendido bem na HD (nas quais eles preferem apostar, acho que pelas razões que disse acima, que tem a ver com preferência dos developers devido a uma maior capacidade de processamento), por isso eles lá vão continuando, quase como ignorando a plataforma da Nintendo, fazendo jogos ao desbarato, só para ganharem uns trocos.

Pode parecer injusto, mas é a realidade que temos hoje em dia.

Olha ,olha os lambões das consolas next gen queriam tudo para eles!LOL

:grumpy: :p

Old Snake, acho que está tudo. Há coisas que de facto não concordo contigo (nomeadamente nas vantagens das consolas HD, dado que ainda não vi nada em nenhum jogo nas consolas HD que me fizesse pensar "de facto esta potência toda é justificada"), mas acima de tudo o que é importante é percebermos a opinião de cada um e eu de facto percebo a tua.

Same here ;)
 
Pelo que percebo das tuas afirmações, achas que a diferença que existe hoje em dia não é justificável para que se ponha a Wii de "lado". Tudo bem, mas sinceramente, não posso concordar.
Não disse que não era justificável (tudo é justificável no campo das opiniões), disse que a discrepancia de potencias já foi bem mais evidente do que é hoje dado que antes um bocadinho mais que fosse podia delimitar a diferença entre algo ser ou não possivel e que tal não é tão evidente hoje; podias ter uma Xbox 360 vezes dois e muita gente não iria notar nenhum incremento. Enquanto que a diferença de resoluções da Wii para o resto é efectivamente a maior desde a PSone versus Dreamcast... bom, a dreamcast fala por si.

Não há duvidas que a sucessora da Wii será HD, mas o incremento de custos que tivemos esta geração foi demasiado grande e tem levado muitas empresas a perder dinheiro de forma abrupta (todas as semanas há noticias dessas, isso e despedimentos), isso só por si, mesmo que as HD's fossem a unica alternativa e a Wii não existisse, ou que a Wii não diferisse desse modelo comercial, aumentaria o factor de risco e sustentabilidade para as developers; sem contar que é um mundo onde apenas as grandes têm argumentos para sobreviver e cimentar-se sufocando a aposta em algo novo, para fazer algo... bom, igual ao anterior, a formula que já provou que trabalha ao invés de ter espaço para arriscar. E as pequenas? completamente sufocadas, seriam corridas ou para os serviços de distribuição online... ou para as portáteis. Só por esta sucessão de factos, a Wii seria/deveria ser vista como uma plataforma "apelativa" para algumas developers mesmo que não liderásse.

Claro que nós, enquanto publico muitas vezes realisticamente nem queremos que eles arrisquem, e queremos é sequelas do que gostámos (algo incrivel nesta industria é que esperamos sempre sequelas do que gostámos) e mais jogos do mesmo tipo, mas é importante notar que depressa as developers podem perder essa flexibilidade num mercado cujos custos são simplesmente caros demais, e ir pelo seguro... que não é nada bom.

Ha aqui dois tipos de noções/filosofias... uma é que o caminho de evolução da industria era o "mais e melhor" sistemático (e para, realisticamente, fazer mais do mesmo), pelo que a Sony e Microsoft acharam que a unica forma de apresentarem um hardware sucessor com argumentos era aumentar-lhe a potencia, e como o espaço SD já tinha bons graficos (é possivel tirar bons graficos até numa PS2 ainda hoje) lançar equipamento nesse espaço seria limitador, pelo que foram para o HD; outra noção/filosofia oposta (que vingou) é que já se passaram duas gerações desde o "pulo" para o 3D e que as "massas" não só não estão a ser atraidas no mesmo ratio que foram como tendem a dispersar com "mais do mesmo" o "been there done that", pelo que é necessário introduzir caracteristicas novas no hardware que não meramente um incremento de potencia.

Mas para voltar ao ponto fulcral da questão... A Dreamcast era muito mais potente que a PSone (e de forma mais discernivel do ponto de vista da "experiencia" possivel face às diferenças actuais) e no entanto isso na altura não fez com que tenham metido a "Psone de lado" porquê? vendas; estamos a falar de developers de software, não de santas casas da misericordia; onde o software foi, sempre foi delimitado pelo mercado em si.

Só por aí, e mesmo que a diferença de possibilidades (e não efectiva/quantitativa) fosse equiparável foi o mercado que delimitou o outcome, pelo que fez sentido o suporte continuado à mesma; isso é o mercado a funcionar. Na minha area aliás costuma dizer-se algo do género "nunca deixes um criativo tomar decisões administrativas a não ser que queiras fechar as portas" e isso não podia ser mais verdade aqui, porquê? porque isto é um negócio; uma empresa se um ano para o outro não apresenta grandes lucros face aos do ano passado é uma desgraça, há uma grande pressão sob as developers para crescerem mais e mais. Como tal "visões" e preferencias pessoais têm de obdecer ao resto, elas é que têm e sempre tiveram de se prostar nesta industria se virmos que o hardware mais potente realisticamente raramente dominou; mas o que é melhor? orçamento justificado para tal empreendimento e publico... ou ir focalizar as coisas num nicho que a vender menos justifica menos investimento à partida e/ou dá menos retorno e significa menos orçamento para re-investir?

Realisticamente há espaço para os dois (há aliás empresas muito objectivas que conseguem crescer em nichos, mas isso não lhes confere apelo às massas); mas temos visto pessoas a atropelarem-se pelo que pelo paralelo com outras gerações seria o nicho, e isso simplesmente não é normal, ou lógico.
Não se trata apenas do aspecto dos jogos, mas sim de todas as novas possibilidades que se abrem, a nível de IA, mais conteúdos, etc. Coisas essas que não se vão poder atingir na Wii.
Em RPG's?

De resto as "novas possibilidades" não têm sido assim tão usadas quanto isso. Há poucos jogos que se destacam a traçar essa linha.

A Wii não é uma consola HD podemos começar por dizer que o que fazes em HD não o fazes a essa resolução na Wii, mas de resto... um Disgaea 3 tinha feito melhor em saido hoje na PS2 (suponho que tenham pensado em 2006 que era a altura de saltar do barco) o Valkyria Chronicles começou desenvolvimento na PS2 e a nivel de gameplay seria possivel lá... por aí fora. Hoje em dia a "necessidade de hardware mais potente" é, em muitos casos questionável; e dito isto... a Wii é bem mais potente que uma PS2.
Acredito que se possam fazer coisas extraordinárias na Wii, tal como foram feitas na PS2 (alguns exemplos que tu deste), no entanto desta vez, por muito bom que estejam, nunca conseguirão atingir o nível técnico que se obtém facilmente nas consolas HD (nem estou a falar aqui dos supra-sumo das HD, mas sim dos jogos regulares). Era por isto que estava a dizer que a diferença entre PS2-Xbox/GC e Wii-PS3/X360 não é comparável.
Podia pegar no teu discurso e simplesmente dizer:

Acredito que se possam fazer coisas extraordinárias na PS2, no entanto por muito bom que estejam, nunca conseguirão atingir o nível técnico que se obtém facilmente em exclusivos Xbox e Gamecube.

Estás-te a esquecer de algo ainda mais importante que o "nivel tecnico" ou que de certa forma é um componente do nivel tecnico... A direcção artistica. (e que ajudou consolas "menos potentes" neste e em muitos outros casos)

Podes ter o melhor jogo a nivel tecnico a puxar 20 mil superficies bump mapped geradas por noise maps feitos em 2 segundos no photoshop e com tons de purpura com displace maps verdes, e não é por isso que o jogo vai ter bom aspecto; antes pelo contrario.

Achievement tecnico é possivel em qualquer equipamento, com diferentes tectos mas vai dar ao mesmo (no sentido que todas têm um tecto); questão não é se x jogo deixa de ser pura e simplesmente possivel sem x achievement tecnico; e esses hoje em dia são na sua maior parte... estéticos.

Gosto de eye candy em qualquer hardware, e também quero ver as HD's a serem puxadas e a atinjirem os seus limites, não me interpretes mal, simplesmente também acho toda essa questão extremamente relativa; o que me interessa é que x jogo use o hardware, razão pela qual e do ponto de vista tecnico, impressiona-me mais um dos exemplos que dei acima do que um jogo que não puxa uma consola HD, por melhor "tecnicamente" que seja.
Esse destaque foi-se perdendo ao longo dos tempos. Hoje em dia são raros os RPG's que têm sucesso fora do Japão, daí compreender que se muitos deles estivessem na Wii, teriam bem mais sucesso, devido a esta estar muito bem implementada no Japão (além de que tem maior userbase no mercado ocidental... mas lá está, aí não creio que faça diferença).
E porque é que tal sucedeu?

Eu culpo os RPG's e a sua natureza formulaica; sou um tarado de RPG's mas deixei de jogar a maior parte deles pela história, jogo-os pelo sistema/gameplay/cenários, e creio que isto diz muito em titulos onde a história devia ser o fio condutor que te faz continuar a jogar.

Tens pessoas a pegar em jogos como o Final Fantasy VI, Chrono Trigger e Chrono Cross (entre muitos outros) em 2008, anos e anos depois de estes sairem e a dizerem "porque é que não fazem mais disto?", isto porque... não eramos nós que quando os experimentámos eramos demasiado verdes e criamos uma opinião irealista dos mesmos; mas sim que os jogos eram efectivamente bons. Em alternativa podes dar a essas pessoas um RPG mais recente, mais genérico e sem alma (tirando excepções pontuais) e verás a reacção...

Percebo perfeitamente porque houve uma queda de interesse exponencial das massas para com eles, primeiro houve uma saturação, por muito que haja procura, chega-se a um ponto que há mais oferta que procura, depois são conformistas a nivel de argumento, conformistas a nivel de expectativa (se eu vejo bandas de velhos que se reuniram o ano passado a jurarem a pés juntos que o novo album depois de um hiatus de 55 anos é o melhor da carreira deles e a melhor invenção desde o queijo ralado, mesmo que seja lá na ilusão do velho caquético, porque é que nunca vejo tal grau de ambição na Square-Enix? porque será que não prometem suplantar o que seja? prometem fazer um novo, como se fosse uma linha de montagem), e os titulos de topo não se adaptaram como deviam ter feito; os jogos da square que são action-RPG's em particular, pouco diferem de button mashers; isto para quem vem de um sistema de turnos (e está a jogar pela história) pode ser igual ao quilo (embora colida um bocado com a vertente estratégica e torne mais chato), mas já que o passo foi dado para apelar a um maior publico não é dificil de imaginar que do ponto de vista da execussão o jogador irá em muitos casos pensar que foi mal executado face a "outro jogo de outro género" e efectivamente foi. Não é carne nem peixe, basicamente; mas são a porta de entrada a pessoas aos RPG's, podemos fazer mais, melhor, mais streamlined... com melor jogabilidade...

E claro, portas de entrada destes generos devem ser metidas onde há maior publico para elas, é essa a história do sucesso passado da Squaresoft, e do boom de RPG's.
Tudo o que dizes faz sentido. No entanto, enquanto as developers não sentirem necessidade de apostarem a sério na Wii, não o farão. A maior parte dos jogos ocidentais tem vendido bem na HD (nas quais eles preferem apostar, acho que pelas razões que disse acima, que tem a ver com preferência dos developers devido a uma maior capacidade de processamento), por isso eles lá vão continuando, quase como ignorando a plataforma da Nintendo, fazendo jogos ao desbarato, só para ganharem uns trocos.
Estás a olhar para os nomes mais sonantes e assumir que são uma maioria e equivalem à realidade do mercado em questão; isso é uma espécie de sonho Americano dos developers; CoD4, GTA4, MGS4 venderam pelo telhado... certo, e quanto vendeu o Stranglehold da Atari que custou tanto como o Final Fantasy X para a PS2? E o Dark Sector? e por aí fora. o verniz da pintura pode ser muito bonito, mas as coisas não são assim tão bonitas por debaixo delas.

De resto e se só quisessem fazer jogos para as HD's porque é que tinham de "fazer jogos ao desbarato (leia-se: jogos de caca) para a wii"? para ganharem uns trocos para poderem financiar os custos elevados dos jogos HD? se alguma coisa e só de olhar para isso... estamos a falar de uma estratégia de mercado muito pouco inteligente.
 
Última edição:
Bem, vamos lá por partes:

- não creio que possamos comparar a PSone à Dreamcast, já que esta última saiu 4 anos depois da primeira. Já havia uma userbase perfeitamente estabelecida, na qual era seguro apostar.

- apesar do risco ser grande nesta geração, não é por isso que temos deixado de ver tentativas frequentes de estabelecer novos IP's, com bastante sucesso até em muitos casos. Empresas como EA, Ubisoft, etc.. conhecidas por estarem sempre a apostar no mesmo, até têm surpreendido nesse aspecto. Quem não tiver capacidade (viabilidade financeira) para entrar no mercado HD, tem sempre outras hipóteses, como o mercado das portáteis ou Wii.

- quanto á questão de despedimentos... sabes tão bem como eu que vivemos uma época de crise a nível mundial. Ninguém se vai livrar disso, muitos menos as empresas deste sector. Não vejo aqui nada de surpreendente, e não me parece que se deva atirar as culpas todas para as "más estratégias".

Em RPG's?

De resto as "novas possibilidades" não têm sido assim tão usadas quanto isso. Há poucos jogos que se destacam a traçar essa linha.

A Wii não é uma consola HD podemos começar por dizer que o que fazes em HD não o fazes a essa resolução na Wii, mas de resto... um Disgaea 3 tinha feito melhor em saido hoje na PS2 (suponho que tenham pensado em 2006 que era a altura de saltar do barco) o Valkyria Chronicles começou desenvolvimento na PS2 e a nivel de gameplay seria possivel lá... por aí fora. Hoje em dia a "necessidade de hardware mais potente" é, em muitos casos questionável; e dito isto... a Wii é bem mais potente que uma PS2.

Nos jogos em geral, não especifiquei.

E discordo quando dizes que as novas possibilidades não têm sido aproveitadas. Cada vez fico mais agradado com o que vejo nesta geração, apesar de ter ficado algo desiludido ao início.

Neste momento vemos coisas que seriam impensáveis na geração passada, nem há comparação.

Podia pegar no teu discurso e simplesmente dizer:

(...)

Estás-te a esquecer de algo ainda mais importante que o "nivel tecnico" ou que de certa forma é um componente do nivel tecnico... A direcção artistica. (e que ajudou consolas "menos potentes" neste e em muitos outros casos)

Podes ter o melhor jogo a nivel tecnico a puxar 20 mil superficies bump mapped geradas por noise maps feitos em 2 segundos no photoshop e com tons de purpura com displace maps verdes, e não é por isso que o jogo vai ter bom aspecto; antes pelo contrario.

Achievement tecnico é possivel em qualquer equipamento, com diferentes tectos mas vai dar ao mesmo (no sentido que todas têm um tecto); questão não é se x jogo deixa de ser pura e simplesmente possivel sem x achievement tecnico; e esses hoje em dia são na sua maior parte... estéticos.

Gosto de eye candy em qualquer hardware, e também quero ver as HD's a serem puxadas e a atinjirem os seus limites, não me interpretes mal, simplesmente também acho toda essa questão extremamente relativa; o que me interessa é que x jogo use o hardware, razão pela qual e do ponto de vista tecnico, impressiona-me mais um dos exemplos que dei acima do que um jogo que não puxa uma consola HD, por melhor "tecnicamente" que seja.

Volto a dizer que a diferença entre Wii-PS3/X360 é bem mais notória do que PS2-Xbox/GC.

Quanto à questão da direcção artística, concordo. No entanto podemos sempre juntar o útil ao agradável, uma não invalida a outra. Podemos ter um jogo com excelente direcção artística e de topo a nível técnico numa PS3/X360, enquanto numa Wii só poderemos ter uma dessas (direcção artística, pois a nível técnico, por muito bom que seja, nunca impressionará tanto como uma consola HD).

E porque é que tal sucedeu?

Eu culpo os RPG's e a sua natureza formulaica; sou um tarado de RPG's mas deixei de jogar a maior parte deles pela história, jogo-os pelo sistema/gameplay/cenários, e creio que isto diz muito em titulos onde a história devia ser o fio condutor que te faz continuar a jogar.

Tens pessoas a pegar em jogos como o Final Fantasy VI, Chrono Trigger e Chrono Cross (entre muitos outros) em 2008, anos e anos depois de estes sairem e a dizerem "porque é que não fazem mais disto?", isto porque... não eramos nós que quando os experimentámos eramos demasiado verdes e criamos uma opinião irealista dos mesmos; mas sim que os jogos eram efectivamente bons. Em alternativa podes dar a essas pessoas um RPG mais recente, mais genérico e sem alma (tirando excepções pontuais) e verás a reacção...

Percebo perfeitamente porque houve uma queda de interesse exponencial das massas para com eles, primeiro houve uma saturação, por muito que haja procura, chega-se a um ponto que há mais oferta que procura, depois são conformistas a nivel de argumento, conformistas a nivel de expectativa (se eu vejo bandas de velhos que se reuniram o ano passado a jurarem a pés juntos que o novo album depois de um hiatus de 55 anos é o melhor da carreira deles e a melhor invenção desde o queijo ralado, mesmo que seja lá na ilusão do velho caquético, porque é que nunca vejo tal grau de ambição na Square-Enix? porque será que não prometem suplantar o que seja? prometem fazer um novo, como se fosse uma linha de montagem), e os titulos de topo não se adaptaram como deviam ter feito; os jogos da square que são action-RPG's em particular, pouco diferem de button mashers; isto para quem vem de um sistema de turnos (e está a jogar pela história) pode ser igual ao quilo (embora colida um bocado com a vertente estratégica e torne mais chato), mas já que o passo foi dado para apelar a um maior publico não é dificil de imaginar que do ponto de vista da execussão o jogador irá em muitos casos pensar que foi mal executado face a "outro jogo de outro género" e efectivamente foi. Não é carne nem peixe, basicamente; mas são a porta de entrada a pessoas aos RPG's, podemos fazer mais, melhor, mais streamlined... com melor jogabilidade...

E claro, portas de entrada destes generos devem ser metidas onde há maior publico para elas, é essa a história do sucesso passado da Squaresoft, e do boom de RPG's.

Relativo. Tenho jogado RPG's muito bons ultimamente (na PS2 então...). Actualmente ando a jogar o Lost Odyssey que me conseguiu surpreender em certos aspectos (apesar de me desiludir noutros). Essa ideia do que o que é antigo, é que é bom, continua a não entrar-me na cabeça. Quando um jogo é bom, é bom... quando é mau, é mau... e somos nós que temos de decidir isso. O talento não se perdeu de uma década para a outra.

Eu aponto como principal causa para o declínio da maior parte dos RPG's a obsessão cada vez maior da "mainstream" por jogos sem um pingo de inteligência (shooters). Parece que vivem daquilo, são incapazes de conseguir apreciar um jogo de um género alternativo. Então aqui em Portugal é assustador...

Estás a olhar para os nomes mais sonantes e assumir que são uma maioria e equivalem à realidade do mercado em questão; isso é uma espécie de sonho Americano dos developers; CoD4, GTA4, MGS4 venderam pelo telhado... certo, e quanto vendeu o Stranglehold da Atari que custou tanto como o Final Fantasy X para a PS2? E o Dark Sector? e por aí fora. o verniz da pintura pode ser muito bonito, mas as coisas não são assim tão bonitas por debaixo delas.

De resto e se só quisessem fazer jogos para as HD's porque é que tinham de "fazer jogos ao desbarato (leia-se: jogos de caca) para a wii"? para ganharem uns trocos para poderem financiar os custos elevados dos jogos HD? se alguma coisa e só de olhar para isso... estamos a falar de uma estratégia de mercado muito pouco inteligente.

Eu sei que é um mercado pouco inteligente, mas é o mercado que temos neste momento. Era apenas isso a que me estava a referir.

Quanto às vendas de certos jogos (como esses que referiste)... é um risco que têm de correr, em qualquer que seja a plataforma. Na Wii ao início as 3rd party também passaram um mau bocado (também por culpa própria diga-se, tirando raras excepções, onde os jogos eram realmente bons). Não imagino como esteja a situação agora, mas uma coisa é certa... nos tops de software, para a Wii só costumo ver lá produtos Nintendo. Não me parece que isso seja um bom indicador...
 
- quanto á questão de despedimentos... sabes tão bem como eu que vivemos uma época de crise a nível mundial. Ninguém se vai livrar disso, muitos menos as empresas deste sector. Não vejo aqui nada de surpreendente, e não me parece que se deva atirar as culpas todas para as "más estratégias".

Só comentar isto... o mercado dos video jogos não está a sofrer com a crise ;) Nada!

Aliás, é um mercado mais forte que nunca (já ultrapassa o audiovisual, sabias?).

Ou seja... o dinheiro a entrar neste mercado é mais que nunca. Logo... onde será que está o problema? ;) (claro que nos gastos).

A conversa da crise não faz sentido no mercado dos vídeo jogos.
 
Só comentar isto... o mercado dos video jogos não está a sofrer com a crise ;) Nada!

Aliás, é um mercado mais forte que nunca (já ultrapassa o audiovisual, sabias?).

Ou seja... o dinheiro a entrar neste mercado é mais que nunca. Logo... onde será que está o problema? ;) (claro que nos gastos).

A conversa da crise não faz sentido no mercado dos vídeo jogos.

Yup, lembro-me de ter lido há uns anos atrás que mercado de videojogos já estava ao nível dos audiovisuais, e era o que estava a apresentar um maior crescimento (logo nesta altura presumo que o tenha ultrapassado).

No entanto não se pode dizer que não vai sofrer com esta crise. Todos, e repito todos, vão sofrer com esta crise, não há volta a dar. Está tudo ligado, já que são as pessoas que compram estes produtos. Ora como os rendimentos das pessoas estão a diminuir cada vez mais a nível mundial, não há como evitar esta situação. Se a memória não me falha, recentemente um representante da Microsoft veio falar sobre este mesmo assunto, e como isto vai afectar as vendas de hardware/software no ano de 2009 (se encontrar o link posto aqui) :)

P.S. Ainda não é desta que concordamos um com o outro xD

;)

Edit: Cá está - http://www.reuters.com/article/Media08/idUSTRE4B25SS20081203

But things could get tougher next year, said Shane Kim, Microsoft's vice president of strategy and business development for the videogame business, as the economy gets sicker and people cut back spending even more.
 
Última edição:
bem , sem querer interromper... esta post está a ficar interessante, está :P. god muito bom! Bem... I_eat_all, sim senhora adoro ler o que escreves =) tens voto na matéria ;)

esta serie passou me ao lado simplesmente =\ por isso n posso opinar sobre isto, só espero que o jogo siga as raizes que ja sei que sao boas e que inove em alguns aspectos e pronto ta dito, agora é esperar...sentadinho =)
 
- não creio que possamos comparar a PSone à Dreamcast, já que esta última saiu 4 anos depois da primeira. Já havia uma userbase perfeitamente estabelecida, na qual era seguro apostar.
No entanto a PSone só tinha arrancado "realmente" como potencia para videojogos com o Final Fantasy VII (já expliquei anteriormente, antes a Saturn vendia mais quando estavamos a falar de jogos multiplataforma no Japão apesar de já ter "menos userbase) em 1997 e a Dreamcast saiu em finais de 1998 e representava um diferencial enorme.

Não é tão descabido quanto isso. Mas quanto a userbase estabelecida... a Wii é "só" a consola caseira com mais userbase estabelecida desta geração e sem dar marcas de abrandamento (antes pelo contrario a julgar pelas vendas da Black Friday na América) e a consola a vender mais rapido de sempre, à frente da propria DS, qual a duvida?

A "segurança"? Se isso fosse um foco existencial para estas developers ainda estavam a fazer jogos PS2 e nunca as ramboias às quais se atiraram.
- apesar do risco ser grande nesta geração, não é por isso que temos deixado de ver tentativas frequentes de estabelecer novos IP's, com bastante sucesso até em muitos casos. Empresas como EA, Ubisoft, etc.. conhecidas por estarem sempre a apostar no mesmo, até têm surpreendido nesse aspecto.
No entanto muitas dessas são franchises novos assentes em mecanicas velhas; no caso da EA, certo face ao Mirror's Edge, mas com a Ubisoft? discordo, o Assasin's Creed em essencia é um Prince of Persia next gen como eles o envisionavam, é como o Dead Rising; sendo que a Ubisoft já era famosa pelo prince of persia (e pela "clara" influencia de parkour desde o Sands of time) e a Capcom pelo Resident Evil (e zombies); eles não fizeram mais que um jogo claramente influenciado pela tematica e execussão dos anteriores, não obstante de ser um novo IP (e mais tarde terem feito os follow-ups dignos desses franchises) mas estás a falar dos mesmos jogos para o mesmo publico, com elementos de variancia inseridos e um nome novo, mas... largamente a mesma coisa. O que não é mau, mas... Mirror's Edge está numa categoria diferente.

Dito isto nesta altura a Wii tem mais "variedade", tanto de tentativas como de generos, podem não ser system sellers mas andam por aí; e são em parte responsáveis pelo broad appeal da consola.
Quem não tiver capacidade (viabilidade financeira) para entrar no mercado HD, tem sempre outras hipóteses, como o mercado das portáteis ou Wii.
E porque é que na tua ideia a Wii se tem de prostar a projectos de baixo orçamento e "restos" não obstante de ser market leader?

Isso não faz sentido quando a) podem fazer mais dinheiro aqui b) podem vender mais unidades de um produto a um publico mais vasto.

Quer dizer, voltamos ao inicio de porque é que valeu continuar a fazer jogos PSone com a Dreamcast cá fora, ou como é que o Dragon Quest IX foi parar à DS.
- quanto á questão de despedimentos... sabes tão bem como eu que vivemos uma época de crise a nível mundial. Ninguém se vai livrar disso, muitos menos as empresas deste sector. Não vejo aqui nada de surpreendente, e não me parece que se deva atirar as culpas todas para as "más estratégias".
A crise arrebentou há 3 meses, o que agrava as coisas, os despedimentos? começaram em força há muito mais tempo que isso.

Os jogos demoram mais tempo a fazer e dão menos retorno, tirando os casos de sucesso estrondoso; tens entrevistas da Sega com menos de um ano a dizer que basta uns quantos fracassos da ordem das dezenas de milhões (o custo de qualquer jogo HD, realisticamente) para falirem (também antes da crise arrebentar) pelo que têm de jogar bem com o que têm... É que não há qualquer duvida; a margem de erro baixou muito. e por falar em EA as acções deles estão em queda, "inovações" como o facebreaker não venderam nada na X360/PS3 e o jogo deles com o Steven Spielberg para a PS3/X360 foi de igual modo metido on-hold.

Estás a ter uma visão muito cor de rosa desta industria.

According to the Electronic Entertainment Design and Research institute, just 4 percent of games that go into production will turn a profit and only 20 percent of titles that make it to store shelves will achieve profitability.
Fonte: http://news.cnet.com/8301-13506_3-10106612-17.html

Esse estudo tem 3 semanas; excusado será dizer que isso não é uma estatistica dos ultimos 3 meses pós rebentamento da crise.
Nos jogos em geral, não especifiquei.

E discordo quando dizes que as novas possibilidades não têm sido aproveitadas. Cada vez fico mais agradado com o que vejo nesta geração, apesar de ter ficado algo desiludido ao início.

Neste momento vemos coisas que seriam impensáveis na geração passada, nem há comparação.
Discordo; os jogos estão sempre a evoluir pelo que podem haver elementos novos e ideias novas a serem inseridas, que poderiam ser recriadas após serem realizadas aqui, mas que não são efectivamente recriáveis? contam-se pelos dedos das mãos.

Se alguma coisa, até podiamos dizer que o Dragon Quest X provavelmente podia ser feito numa DS sem problemas, considerando que fizeram o IX numa, e isto não é de forma alguma rebaixar o jogo, cada vez mais um jogo/tipo de gameplay/experiencia não ser possivel em X hardware é um mito (e se alguma coisa, aí sim, a DS é infinitamente muito mais limitada face aos equipamentos que temos em mãos o que desse prisma faz quase com que estejamos a discutir o sexo dos anjos) E se o DQIX pode, quando o DQVIII até era um dos jogos mais bonitos da "muito mais potente PS2" (neste caso) o que impede muitos outros jogos de fazerem o mesmo? provavelmente... preconceito.

Mas enquanto que este preconceito até tem alguma razão de ser na DS (aquando do anuncio do DQIX para a DS os japoneses queixaram-se em massa do som das colunas das portáteis e do tamanho dos ecrãs, com alguma razão até), não tem na Wii, que de resto e como é obvio permite fazer muito mais. De um ponto de vista puramente poetico até podemos dizer ao notar que todas as plataformas fazem milhões e milhões de instruções por segundo que hoje em dia não há hardware não potente há simplesmente hardware mais potente que outro, e no entanto... servem todos para o mesmo, no final de contas, jogar.
Volto a dizer que a diferença entre Wii-PS3/X360 é bem mais notória do que PS2-Xbox/GC

Quanto à questão da direcção artística, concordo. No entanto podemos sempre juntar o útil ao agradável, uma não invalida a outra. Podemos ter um jogo com excelente direcção artística e de topo a nível técnico numa PS3/X360, enquanto numa Wii só poderemos ter uma dessas (direcção artística, pois a nível técnico, por muito bom que seja, nunca impressionará tanto como uma consola HD).
Por aí uma consola HD também já não conseguirá impressionar tanto como um PC comprado nos dias de hoje, dado que este já é mais potente, ou recuando de novo, um jogo de PSone não conseguia ser tão impressionante como um jogo de Dreamcast, ou um jogo de PS2 não conseguia superar a nivel tecnico um jogo de topo de uma gamecube/xbox; podia era tentar compensar com direcção artistica.

É um campo extremamente relativo, que sinceramente nem me interessa em particular; unica coisa que me interessa é que um jogo puxe o hardware, de resto, se é SNES, PSone, Saturn, N64, PS2, GC, Wii, DS ou o que seja... é-me indiferente. Cada caso é um caso.

Dito isto, a Wii não é tão limitada como isso e uma boa direcção artistica pode fazer milagres. Basta dizer que o FFXII tinha character models de 1500 poligonos cada, baixo para os proprios standards da PS2, usava texturas de 16 cores, e tinha geometria com polycounts baixissimos; e no entanto prefiro o ingame deste aos FMV's sem poligonos salientes. Usa a plataforma e a direcção artistica dá a volta por cima, justifica perfeitamente a sua existencia por aí. E claro, basta dizer que a Wii e várias vezes mais potente que isso, por isso o que não seria possivel tirar com uma abordagem semelhante?

Um FFXII em HD seria assim tão melhor? e um FFXII refeito para a Wii? para mim vai dar ao mesmo, e prefiro é jogos novos que usem as consolas em que estão como o FFXII usou a PS2.
Relativo. Tenho jogado RPG's muito bons ultimamente (na PS2 então...). Actualmente ando a jogar o Lost Odyssey que me conseguiu surpreender em certos aspectos (apesar de me desiludir noutros). Essa ideia do que o que é antigo, é que é bom, continua a não entrar-me na cabeça. Quando um jogo é bom, é bom... quando é mau, é mau... e somos nós que temos de decidir isso. O talento não se perdeu de uma década para a outra.
Não é por ser antigo, também haviam maus RPG's na altura, RPG's que envelheceram mal, e por aí fora.

O que estou a dizer é que são classicos por alguma razão; que tem mais a ver com o que são do que parcialidade nossa.
Eu aponto como principal causa para o declínio da maior parte dos RPG's a obsessão cada vez maior da "mainstream" por jogos sem um pingo de inteligência (shooters). Parece que vivem daquilo, são incapazes de conseguir apreciar um jogo de um género alternativo. Então aqui em Portugal é assustador...
Se tivessem ficado no old school ainda tinha sido pior (e é por isso que digo que o Dragon Quest X não tem potencial para ser um novo Final Fantasy VII, porque está demasiado atado à tradição, para o bem e para o mal); falharam foi em perceber quais os pontos que deviam valorizar, e em alguns casos como fazê-lo.

O "mainstream" que referes, se for o mesmo que estou a pensar é mais uma tentativa de ocidentalização dos mesmos, feita por pessoas que provavelmente nunca sairam do Japão (ou saiu o director para vir apresentar um trailer à américa, mas tu percebes), não entendem a demografia e optam por estupidificar o produto ou descaracterizá-lo.
Eu sei que é um mercado pouco inteligente, mas é o mercado que temos neste momento. Era apenas isso a que me estava a referir.

Quanto às vendas de certos jogos (como esses que referiste)... é um risco que têm de correr, em qualquer que seja a plataforma. Na Wii ao início as 3rd party também passaram um mau bocado (também por culpa própria diga-se, tirando raras excepções, onde os jogos eram realmente bons). Não imagino como esteja a situação agora, mas uma coisa é certa... nos tops de software, para a Wii só costumo ver lá produtos Nintendo. Não me parece que isso seja um bom indicador...
Um risco demasiado elevado para o dinheiro investido, risco que têm de correr? porquê? "não lhes pagam para isso".

Quanto à Wii... 60% das vendas totais de software são third party. impressionante para a trampa que têm feito.

Obviamente que se tomarem elas as redeas da coisa, com titulos de qualidade conseguem muito melhor; até lá, tudo o que a Wii conseguiu e é... não foi graças a elas.
Só comentar isto... o mercado dos video jogos não está a sofrer com a crise ;) Nada!
Em termos de vendas hardware/software não está a sofrer à primeira vista (mas isso não quer dizer que as coisas estejam bem) mas as acções das empresas estão a cair a pique e com a inflacção os cambios vão sofrer o que se vai reflectir em menores lucros.

Não se está a ressentir como outros mercados, mas não deixa de ser um prejuizo dos diabos.
 
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E lá foi a thread do Dragon Quest X pás couves :-D


Eu sou todo a favor de discussões, mas está mais que visto que aqui ninguém vai mudar de opinião. Isto vai ser "vira o disco e toca o mesmo" até ao fim...ou até o Kingdom Hearts 3 ser anunciado para a Wii :004:
 
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Yup, lembro-me de ter lido há uns anos atrás que mercado de videojogos já estava ao nível dos audiovisuais, e era o que estava a apresentar um maior crescimento (logo nesta altura presumo que o tenha ultrapassado).

No entanto não se pode dizer que não vai sofrer com esta crise. Todos, e repito todos, vão sofrer com esta crise, não há volta a dar. Está tudo ligado, já que são as pessoas que compram estes produtos. Ora como os rendimentos das pessoas estão a diminuir cada vez mais a nível mundial, não há como evitar esta situação. Se a memória não me falha, recentemente um representante da Microsoft veio falar sobre este mesmo assunto, e como isto vai afectar as vendas de hardware/software no ano de 2009 (se encontrar o link posto aqui) :)

P.S. Ainda não é desta que concordamos um com o outro xD

;)

Edit: Cá está - http://www.reuters.com/article/Media08/idUSTRE4B25SS20081203

É capaz de afectar em 2009... provavelmente iremos sofrer todos... mas não é a futurologias que me refiro. Refiro-me ao passado (nomeadamente aos últimos dois anos) onde nunca houve tanto dinheiro a entrar neste industria e, ao mesmo tempo, nunca houve tantas perdas. Aqui não é uma questão de concordar ou não, é uma questão de factos :)

Mas eu concordo muitas vezes contigo, pá :D
 
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