Bem, horas de desenterrar isto. E um bocado atrasado diga-se de passagem,tendo em conta que acabei isto em Março...
Começando pela historia,o conceito da caçadora de memorias com amnésia foi um bom começo(e o proprio conceito das memorias como "objetos" que podem compartimentalizados, categorizados,removidos,modificados foi uma maneira de vender o jogo logo no conceito base). Logo em catapuda a ideia de lutar-mos contra o "sistema" fez-me logo lembrar-me "n" numero de jogos e achei que ia começar uma viagem algo familiar(o que não é inerentemente mau,clichés não são algo inerentemente mau ). Mas como passar do tempo e o introduzir do memory mixing, começa-se a notar que a historia, os próprios personagens vão tentar seguir um caminho diferente do que esperava. As duvidas acerca de se os fins justificam os meios tanto em termos dos efeitos da luta da Nillin na cidade de Paris, como a "violação" da personalidade de uma pessoa que é "vitima" de uma memory mixing.Mas eu diria que o jogo ganha todo um novo nível quando entra nos ultimos 3 "bosses"/2 ultimas memory mixes. O jogo ganha um cunho pessoal profundo, e os twists começam a cair em catapuda. O final do deixou-me de queixo caído, de tantos wtf seguidos.E ao contrário de alguns jogos, este aqui teve um final que está cheio de sequel bait.
No que toca a gameplay,não é um Bayonetta em termos de variedade de moveset,mas dá para o gasto. Aquilo que eu falei no inicio do topico,disto ser parecido com o Enslaved, afinal foi tanto em termos de quanto eu gostei da historia, como da gameplay. Dito isso, o jogo ainda tem o seu quê de diferente, com o pressens, e a capacidade de desenhar combos que tenham boosts a coisas como o focus/health/damage. Neste caso em particular menos acabou por ser mais, pelo menos para mim.
Em termos de gráficos,é um jogo bonito. Não almeja foto-realismo como um Crysis ou Battlefield, mas também não fere os olhos. O que o diferencia, e muito pela positiva, é o art style. Paris+Neo Noir+Cyberpunk é uma combinação vencedora neste jogo.
Já o som,top.A musica encaixa que nem uma luva, e os efeitos sonoros encaixam na ideia do mundo.
Em termos de longevidade,foi jogo para 4 dias e saquei dois terços dos achievements. Não sei se ainda vou revisitar-lo porque de momento a minha 360 está enaixotada, mas vou rezar para que se torne retro-compativel,ou em ultimo caso ligo a 360 outra vez para matar as saudades.
Com este jogo a DontNod ganhou um fã.Até fiquei com um peso na consciencia por ter comprado isto usado(o que é ironico, tendo em conta que o outro jogo para 360 que comprei por alturas de comprar este foi novo mas não gostei por aí além). Foi na base deste jogo que decidi ir contras as duvidas que eu tinha face ao Life is Strange, e de grosso modo não me arrependi.Agora estou à espera do Vampyr, e dependendo do que vir,estou a equacionar full price.