Partilha O último jogo

Decidi finalmente ver a razão pela qual a From Software tem fãs tão fiéis.

Elden Ring - 10/10

Que jogo incrível. A grandiosidade dos cenários, a beleza, a fluidez de combate, os Boss épicos, o lore. Tudo é fantástico no jogo. Poderei apontar uma coisa ou outra que faria diferente mas tem a ver com a visão deles, não é defeito nem foi mal executado.



Demon souls Remake - 8.5/10

Graficamente o remake ficou brutal. Talvez o jogo mais bonito da FS. Quanto ao gameplay tem ideias excelentes, a tendência do mundo, Boss com mecânicas online, Boss’s em formato puzzle. Algumas das ideias vieram depois para os jogos mais recentes deles. É dos jogos mais penalizadores porque existem muito poucos check points mas, em contrapartida, as batalhas são fáceis na sua maioria e isso acaba por baixar o nível da experiência. Acho um jogo muito menos equilibrado. Ainda assim boa experiência.

Agora já ando no Sekiro e este é da mesma liga do Elden

A From não fez o remake do Demon Souls.
 
A From não fez o remake do Demon Souls.
O jogo Demon Souls é da From Software. O Remake foi entregue à Bluepoint que fez um excelente trabalho, deixando tudo ou quase tudo fiel ao jogo original e colocando uns gráficos muito bons. A responsabilidade dos gráficos não é da From mas da escolha do estúdio é e o jogo não deixa de ser da From Software.

Mas isto são detalhes e off topic. From Software é Bluepoint já provaram muito do seu valor e isso é o mais importante
 
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Yakuza Kiwami
9/10

Tinha prometido aos meus amigos que em 2024 iria terminar um Yakuza, e assim foi. Já tinha jogado o Zero mas joguei pouco. Este Kiwami que pelos vistos é um Remake do primeiro Yakuza é sem dúvida um excelente jogo. A jogabilidade não é das melhores, mas a história do jogo e os plot twists são sem dúvida o melhor do jogo.
 
Última edição:
Tecnicamente, ainda o ando a jogar e irei continuar por tempo indeterminado, mas após quase 300 horas, acho que já se enquadra no tema deste tópico e posso dar uma opinião da experiência.

Honkai Star Rail (PS5) - 8.5/10

Tentei jogar Genshin Impact várias vezes, e embora ache que seja um pacote com qualidade e conteúdo, a estrutura open world acabou por não me atrair. No total, foram algumas dezenas de horas investidas, mas o jogo não me agarrou e acabei por desistir. Pouco depois de ter saído na PS5, decidi experimentar Honkai Star Rail. Dei-lhe uma oportunidade a sério e este sim conseguiu agarrar-me. É um gacha game, tal como o Genshin Impact, mas sua estrutura linear simplifica os "rituais" diários e a execução das diversas tarefas.

Honkai Star Rail é um RPG por turnos apoiado por uma componente de team building bastante forte. Cada personagem tem o seu elemento e a sua classe, e existe uma componente de experimentação para se encontrar sinergias na hora de criar uma equipa. Durante os combates é apresentada a ordem de ataque no ecrã à semelhança do que acontece, por exemplo, no Final Fantasy X. Esta ordem pode ser alterada com buffs e debuffs. O sistema de combate apresenta igualmente algumas funcionalidades de QoL bastante interessantes, como a possibilidade de fazer fast forward ou colocar os bonecos em auto.

Team building é importante e é aí que entra a parte gacha do jogo. Periodicamente existem personagens 5* (rating máximo) disponíveis por tempo limitado (cerca de duas semanas e meia). Estas personagens são bastante desejáveis pois tendem a ser as mais fortes e, assim, permitem fazer o conteúdo mais difícil do jogo. A sua obtenção não é obrigatória para se avançar nesse conteúdo endgame, mas facilitam a tarefa. O sistema gacha é generoso e, diria até, mais recompensador que alguns jogos full price. Jogar normalmente e completar desafios dá como recompensa Stellar Jades. Esta é a moeda utilizada nos banner para se tentar obter uma personagem 5*. Ao contrário de alguns jogos populares full price, Honkai Star Rail tem um sistema de pity que permite assim ao jogador obter algo garantido até 90 pulls num banner. E se ao fim de 90 pulls essa personagem 5* não for a de destaque no banner, a próxima será garantidamente a de destaque. Aquilo que posso dizer é que achei Honkai Star Rail mais recompensador do meu tempo e dinheiro que alguns GaaS full price.

Em termos de história, o produtor do jogo é um enorme fã da série Trails e isso faz-se notar no desenvolvimento das personagens e na crianção do mundo. A história tem alguns momentos bastante interessantes e com reviravoltas. Existe uma boa profundidade neste departamento e uma enorme quantidade de lore e, ao contrário do Genshin Impact, existe uma boa dose de humor. Dito isto, pelo meio também existem algumas quests pesadas em termos de tema, algo que não estava à espera mas que são bem vindas. Não vou dar detalhes, mas uma dessas quests é a companion quest da Yukong. E existe também uma outra quest secundária de um NPC chamado Todd, que começa como uma simples investigação mas que resulta em algo inesperado e pesado.

Visualmente, acho o Genshin Impact um pouco melhor, mas gosto mais do estilo artístico do Honkai Star Rail. Inclusive, a equipa encarregue do marketing tem lançado trailers criativos referentes ao novo conteúdo e trailers de personagens de grande qualidade. O jogo corre a 60 FPS e tem loadings muito curtos, facilitando assim as tarefas diárias. Destaco também a banda sonora que é bastante boa; melhor do que estava à espera.

Como disse no tópico do jogo, quem tiver o mínimo interesse em experimentar, esta é uma boa altura para o fazer, não só pelas duas personagens 5* que estão em destaque atualmente (uma delas gratuita para todos), mas também porque daqui a um par de semanas a história vai avançar e vai ser adicionada uma nova área e atividades.


Devo ter um tempo de jogo muito semelhante, mas peguei nele mal saiu (largo durante uns tempos por vezes, mas acabo sempre por voltar).

No meu caso, estive 1 ano completamente colado ao Genshin até ter um "burnout" e decidir largá-lo. Ainda tentei voltar a pegar nele, mas larguei-o de vez pouco depois de sair a região de Sumeru. Quests de 15/20 horas e imenso conteúdo, que mais parecia palha para ocupar tempo, foram a gota de água. Mas em termos de combate, exploração e tudo mais, o jogo acertou em muito. A história então teve momentos muito altos. O post-game é que não era grande coisa (e estou a ser simpático) e as atividades diárias eram chatas de se fazer.

No que toca ao Honkai, acho que acaba por ser mais simples, mas bem mais viciante.
Tem imensas melhorias de QoL (guardar energia, podermos fazer as missões de eventos passados, recompensas bem mais generosas, missões diárias que se fazem em 1 minuto e etc) que acabam por fazer a experiência bem mais agradável. A história também tem os seus pontos altos (lembra-me um pouco o genshin em que guarda os momentos épicos, OST e tudo mais para os confrontos com os bosses finais de cada região), mas acho o humor muito superior. Além das inúmeras referências (desde Pokémon a Bloodborne) que só melhoram a jornada.
As companion quests também me parecem bem superiores às do Genshin, se bem que a qualidade é um pouco insconstante, havendo algumas incríveis que acrescentam algo à história e às personagens e outras que nem por isso.

O gameplay é fantástico para fãs de turn-based rpgs. Nisso posso dizer que me diverti bem mais a experimentar diferentes equipas e combos no Honkai que no Genshin (aí era seguir a meta e pouco mais). Tem imensas personagens (até mesmo 4*) que permitem fazer equipas de topo e limpar qualquer conteúdo (até endgame). Jogar com os buffs e debuffs acaba por ser muito satisfatório.
Quanto ao estilo artístico, concordo totalmente e acrescento que volta e meia lançam umas shorts muito porreiras, que aprofundam a história:



Com isto tudo, estou investido no Honkai e muito curioso para ver o novo conteúdo.

Já o Genshin, não me vejo a voltar alguma vez ao jogo. Fiquei com pena de não ter podido explorar a região Fontaine e aqueles cenários que permitem fazer exploração subaquática parecem muito bons, mas não vou investir mais 100 horas num jogo que já não me trazia grande enjoyment.
 
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Metroid Prime Remastered (Nintendo Switch)
9.0/10


Foi a primeira vez que joguei um jogo da série Metroid Prime. Tenho experiência com a série Metroid em 2D, tendo jogado praticamente todos os jogos, com a exceção do Metroid da NES e Metroid II do Gameboy. É uma das minhas série favoritas, e como sempre vi grandes elogios para a saga Metroid Prime, tinha vontade de um dia poder jogar, especialmente para poder ver como é que um jogo Metroid ficava num ambiente em 3D. Felizmente, a Nintendo lançou ano passado o Metroid Prime Remastered para a Switch, e pude jogar, algo que fiz agora.

O jogo tem uma introdução semelhante a Super Metroid, onde o jogo começa numa estação espacial, que serve como tutorial. Depois, passamos para um planeta, Talon IV, onde o jogo principal de passa. E em Talon IV, logo após ter jogado cerca de 2 horas, cheguei a uma conclusão que, imo, resume perfeitamente a experiência Metroid Prime. Para mim, Metroid Prime é o que resulta da junção de Super Metroid com Half Life.​


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O jogo tem todos os ingredientes da experiência Metroid até então. Antes de Metroid Prime ter sido originalmente lançado na Gamecube, só haviam o Metroid NES, Metroid II Return of Samus no Gameboy e o Super Metroid da SNES. E eu acho que a equipa por detrás do jogo original buscou mais inspiração em Super Metroid do que os outros dois jogos. Até porque Super Metroid é ainda hoje considerado por muitos um dos melhores jogos da série e um dos melhores metroidvanias.

O jogo é um típico metroidvania, onde temos um enorme mapa para explorar, dividido por várias secções. E à medida que vamos explorando, vamos encontrando novos itens e upgrades. Também o jogo tem os seus puzzles, onde é necessário da nossa parte um bom domínio das habilidades de Samus. Enquanto que neste jogo não temos coisas como Shinespark e Screw Attack, temos itens exclusivos ao jogo, como Visores. Temos um visor que nos permite analisar objetos e criaturas, podendo aceder a informações sobre lore e vulnerabilidades de inimigos. Temos um visor térmico, especialmente usado em ambientes escuros. E também temos um visor Raio-X, que é útil para vermos adversários invisíveis ou objetos escondidos por detrás de paredes. O design do jogo está feito de forma espetacular, porque obriga o jogador a ter que usar as suas habilidades e armas em diversas situações.

Por ser um jogo numa perspectiva FPS, a exploração típica de metroidvania torna-se maior e mais complexa. Os mapas são em 3D, e estão muito bem elaborados, com diversos segredos e itens escondidos. E existe muito platforming neste jogo. Essa é uma das razões que digo que Half Life serviu de inspiração para Metroid Prime. Apesar de nunca ter jogado o Half Life original, joguei o remake Black Mesa, e ao jogar Metroid Prime, fez-me lembrar dos diversos momentos de platforming que o Half Life tem, bem como alguns puzzles necessários para progredir no jogo. Também algo que me fez lembrar de Half Life foi a música brutal, algo que Half Life e Metroid Prime partilham. Metroid Prime tem uma banda sonora espetacular, imo melhor que a banda sonora de Metroid Dread (para mim um dos poucos pontos fracos de Metroid Dread). A banda sonora captura perfeitamente o ambiente à volta em Talon IV e nos diversos locais que visitamos.​


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O design das criaturas está espetacular. Gostei da maneira como este jogo dá um grande foco aos Space Pirates. Os bosses está brutais, sendo um dos meus favoritos o Meta Ridley e o outro o boss final. E a gameplay está muito boa. Usei os controlos modernos, mas gostei da HUD do jogo, que é literalmente o capacete da Samus. E também gostei do sistema aim target e como foi implementado.

A única coisa "negativa" que tenho a apontar é algo que, sinceramente, não acho que seja culpa do jogo. Eu desconheço outros jogos que sejam metroidvanias em FPS. Tenho experiência em metroidvanias com os jogos Metroid, mas todos eles que joguei foram em 2D. Metroid Prime é um metroidvania em 3D. Por ser em 3D, a exploração por passagens secretas tornou-se numa experiência mais complexa e mais cansativa. Eu tive sessões de jogo de 40min onde ficava com a sensação de ter jogado 1h30 ou 2horas. Só mais para o fim do jogo, quando já tinha praticamente todos os itens necessários para progredir na história, e por já ter explorado de forma decente todas as secções do mapa é que acabei tendo uma experiência mais divertida, onde passava menos tempo à procura de passagens secretas. Apesar que tive que procurar cerca de 10 artefatos que não apanhei durante a primeira passagem pelo mapa, isso não foi tão cansativo porque revisitei mapas que já tinha uma melhor noção de como explorá-los bem. Lá está, talvez seja por não estar habituado a jogar metroidvanias em 3D. Mas acredito que quando jogar Metroid Prime 2 e 3, com a experiência que ganhei com Metroid Prime Remastered, terei uma experiência mais positiva.​


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[tenho saudades de ver modelos 3D de comandos/consolas em menus]


Mais podia dizer sobre o jogo e a atenção que é dada aos mínimos detalhes. Mas acho que a melhor maneira de explicar o que é Metroid Prime é o que já escrevi mais a cima: é a junção de Super Metroid e Half Life. É a junção de dois grandes jogos, no que acabou resultando também num grande jogo. Não sei se em entrevistas, se algum membro da Retro Studios chegou a dizer que buscaram inspiração em Half Life. Mas tenho quase a certeza que Half Life serviu de inspiração para o jogo.

Agora, é esperar para ver se a Nintendo mete na Switch o Metroid Prime 2 e 3, de preferência antes do Metroid Prime 4. Ah, e já lá vão 5 anos desde que a Nintendo anunciou o reboot da produção de Metroid Prime 4. Acho que merecemos ver pelo menos um trailer de Metroid Prime 4 neste ano, de preferência com lançamento crossgen na Switch e Switch 2. Mas antes disso, Metroid Prime 2 e 3 sff. Talvez quem sabe se numa Direct em fevereiro, se a Nintendo não anuncia isso.

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Os jogos da Lego são conhecidos por adaptarem grandes sucessos de bilheteira para a sua versão Lego.
Indiana Jones, Piratas das Caraibas, Harry Potter e por ai fora.
Todos eles com a sua boa dose de humor caracteristica dos jogos da Lego, mesmo nas cenas mais dramáticas dos filmes.
Resultando em jogos muito divertidos ideais para jogar com toda a familia, ou para descontrair depois de terminar um jogo mais exigente.


Neste caso tivemos um história criada de raiz num universo que a propria Lego criou.
E apesar de ser louvavel esta ambição e mudança de cenários, não ficando preso a blockbusters de sucesso, o resultado foi agridoce.
O humor da Lego continua lá, um misto de humor para os mais pequenos e para adultos, com muitas referências a filmes, series e até jogos dos anos 60/70/80/90.
A história é engraçada e teve os seus momentos de gargalhada.

A formula da gameplay continua igual, isto não é necessariamente mau, mas os niveis estão manifestamente mais curtos.
E é aqui que o jogo começa a decair, ao tornar os niveis da história mais curtos, deu primazia à exploração do hub que é a enorme cidade de Lego City.

Isto não seria mau, se as tarefas para fazer nesta enorme cidade fossem mais variadas, mas são sempre as mesmas.
Que podem desde perseguir ladrões de carros, roubar carros ( afinal o jogo chama-se undercover por alguma razão), capturar aliens e por ai fora...

Tem graça até certo ponto, mas depois torna-se um frete, aliás este foi o unico jogo da Lego que me aborreceu de apanhar todos os collectibles, personagens ( que neste jogo são disfarce para o nosso boneco), viaturas e todos os collectibles que já são apanágio nestes jogos.
Não fica aquela sensação de realização por termos apanhado tudo, pois além de serem bastantes disfarces e veiculos, não os vamos usar com grande frequência na free play dos niveis.
Estão ali mais para dar uma falsa sensação de longevidade e são mais para cosmético que outra coisa.

Conclusão: É de salutar a intenção da Lego em "mudar de ares" deixando de ficar dependente de grandes filmes.
Não foi uma mudança feliz, mas apesar de tudo teve os seus bons momentos de diversão.
E aprendendo com os erros deste jogo, tem potencial para fazer jogos criando histórias e universos próprios com uma boa dose de diversão que a Lego já nos habituou.
Pedia-se um maior número de main missions e niveis mais longos assim como uma maior variedade de side content.
A casa do Rubenzito dá-lhe: 7/10.
 
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Binary Domain (Steam)
8/10


Já tinha este jogo no meu backlog há muitos anos. Lembro-me de quando saiu para a Xbox 360/PS3 ter visto uns 20min de gameplay e até achei o jogo interessante. Mas obviamente que, com o passar do tempo, acabei me esquecendo. Lá resolvi dar-lhe uma oportunidade.

Binary Domain é um third-person shooter, onde temos duas armas standard (uma delas uma assault rifle especial), e temos mais dois slots, um deles para armas que apanharmos do chão (desde shotguns, sniper rifles, rocket launcher, etc..) e outro slot para granadas. À medida que vamos enfrentando inimigos, vamos ganhando créditos que depois são usados para fazer upgrade às armas principais quer do protagonista do jogo quer dos seus companheiros, e comprar perks para todos os personagens (aumentar vida, tempo de regeneração, resistência a dano, etc..). Nós jogamos no papel do protagonista, que se chama Dan, mas temos companheiros ao longo do jogo que nos vão dando ajuda nos diversos confrontos. Contudo, o jogo tem uma mecânica que tem a ver com dar ordens ou responder aos companheiros. No jogo, podemos usar um microfone para dizermos algumas expressões aos companheiros (por exemplo "Fire!", "Cover", "Help!", "Retreat", etc..), e depois os companheiros reagem conforme as expressões que dizemos pelo microfone. Eu não usei microfone ao jogar o jogo. Felizmente, existe a opção de ter o microfone desligado. Como substituição, podemos pressionar um botão que mostra 4 opções de resposta a um companheiro, e depois pressionamos o botão que corresponde à opção que queremos dizer. Apesar de não ter usado microfone, o jogo dá uma grande ênfase a essa mecânica de darmos comandos aos nossos companheiros, tornando algo essencial para a história. Eu acho que a ideia é engraçada, mas acredito que se tivesse usado microfone, rapidamente iria fartar-me disso.​


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A gameplay não é nada de especial, mas também não foi muito repetitiva. Não é um jogo com um estilo arcade como Vanquish, mas foi divertido o suficiente. E apesar de ao início a mecânica de comandos por voz parecer um gimmick, acabou por ser uma forma de conhecer melhor os diversos personagens do jogo. Isto porque existem momentos durante o jogo onde um determinado personagem fala com o protagonista, geralmente fazendo uma pergunta. E a resposta que damos pode melhorar ou piorar a confiança que esse personagem tem para com o protagonista. E cada personagem tem uma barra de confiança, separado em 4 níveis. Quando mais confiança um personagem tiver com o protagonista, mais fácil será ele obedecer às nossas ordens. E no fim do jogo, o nível de confiança de alguns personagens pode influenciar o final do jogo. Não é nada de grande dimensão, mas diria que existe um final muito bom e um final não tão bom.

Mas falando da história, esse foi para mim um dos pontos mais fortes do jogo. Mais uma vez volto a mencionar Vanquish, porque apesar de ambos os jogos terem sido produzidos por estúdios diferentes, ambos foram publicados pela SEGA e saíram na mesma geração com 2 anos de diferença. É que, para mim, enquanto Vanquish tem uma jogabilidade mais estilosa, Binary Domain tem uma história e um mundo mais rico.​


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A história passa-se num mundo sci-fi, onde robôs são usados como mão de obra numa escala mundial. Uma empresa sediada nos Estados Unidos chamada Bergen controlava a grande maioria das indústrias robóticas do mundo, tornando a América muito mais poderosa. No entanto, uma empresa japonesa chamada Amada tentou processar Bergen por roubar sua tecnologia em uma disputa de patentes. A Amada foi a primeira empresa de robótica a criar um robô humanoide, mas ainda assim eles perderam a disputa e isso resultou em Bergen controlar 95% do mercado mundial de robôs. Depois disso, foi criada uma nova Convenção de Genebra em que, entre outras cláusulas, foi criada a Clausula 21 que proíbe a pesquisa e produção de robôs que se possam passar por humanos, ou seja androides. Esses robôs foram designados de Hollow Children. E para que nenhum país violasse essa nova convenção, a IRTA (International Robotics Technology Association) criou uma task-force para lidar com possíveis violações da convenção.

Uns anos depois da nova Convenção de Genebra ter sido assinada pela maior parte do mundo, aparece um android que atacou a sede de Bergen. Mas mais curioso é que o android em questão pensava que era humano e não um robô. Depois disto, a IRTA envia uma task-force para o Japão, para confrontar o fundador de Amada, uma vez que se suspeita que esse android tenha sido feito por Amada, violando a Clausula 21 da nova Convenção de Genebra. E é aí que o jogo começa.

A história está muito boa, com vários plot twists e com um bom leque de personagens com quem interagimos. O que me despertou mesmo interesse pela história foi saber como é que era possível criar androids que não tinham qualquer noção de serem robôs, mas que genuinamente acreditavam ser seres humanos. Não deixa de ser uma história interessante, especialmente nos dias de hoje onde se tem feito investimentos quer na robótica quer em inteligência artificial.​


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Não tenho muito mais a dizer sobre o jogo. Apesar de ser um jogo de 2012, visualmente está bem apresentável. E eu acho que é um daqueles jogos underrated da geração PS3/Xbox 360. Tal como Vanquish, Binary Domain tem potencial para mais. Mas infelizmente não acredito que voltem a investir na série. A não ser que alguém faça o que a Nintendo fez com Bayonetta.

Contudo, recomendo o jogo. Não é um jogo longo... diria que é um jogo de 9 horas, mas é um jogo porreiro. O jogo na Steam está com preço base de 15€. Mas sugiro que metam na vossa lista de desejos e aguardem por ver o jogo em promoção. Provavelmente deve ficar por 5€ ou menos. Se assim for, comprem e experimentem.​


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Death Stranding: Director's Cut (Steam)
9,5/10

Acho que já deixei a review do jogo algures uns 2 anos atrás, mas gosto tanto que é a 3ª vez que o passo a "fundo", ou seja, fiz a platina na PS4 da versão normal do jogo, voltei a fazer a platina na PS5 na versão Director's Cut e como estava com saudades depois do trailer do DS2, resolvi comprar na Steam e voltar a fazer tudo :D e que bem me soube.

Entendo perfeitamente que é daqueles jogos que se ama ou odeia, no meu caso amo o conceito e portanto não me canso de o jogar!
Quem nunca jogou que experimente, vale a pena, é totalmente diferente do "normal".

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Lembro-me que na PS demorei umas 120h a fazer tudo, aqui como já conheço as rotas e comecei logo cedo a construir a infraestrutura necessária para umas entregas rápidas, demorei bem menos tempo. 70 horinhas bem passadas :P

Keep on keeping on!
 
Costumo ter um "Notion" onde coloco todos os jogos que acabo anualmente mas vou começar a deixar aqui também as minhas reviews.

Assassin's Creed: Rogue (PC) 9/10
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O meu último Assassin's Creed foi o BlackFlag.
Posso dizer que deixei a saga Assassin's Creed num dos melhores jogos da Ubi. Na altura limpei o jogo praticamente a 100%. Apanhei tudo o que havia para apanhar, fiz todas as batalhas lendárias, explorei tudo e amei cada segundo. Entretanto comecei a desgostar do que via nos jogos a seguir e deixei a saga de lado estes anos todos.

Voltei e decidi pegar na Main Line e começar pelo Rogue. Numa palavra descrevo este jogo como: UNDERRATED.

Facilmente um dos meus AC's preferidos e ao contrário do BlackFlag, em que adorei o gameplay mas a história nem tanto, este Rogue teve de tudo! Combate naval muito bom e uma história ainda melhor! Este AC é tudo o que queria que esta saga fosse em termos de história. Mostrar um lado mais negro dos Assassinos e um lado positivo nos Templars.

Sei que os jogos têm o nome de Assassin's Creed mas o que eu dava para termos um "Templar Creed" para vermos a constante luta e consequências que estes dois grupos tiveram na "história".

Adorei a personagem, adorei a cadência da história, adorei explorar o mundo, adorei o gameplay tanto naval como terrestre.. epá, está no top de AC's preferidos, atrás da saga do Ezio. A única coisa que desgostei foi o foco maior na caça de animais para upgrades. É chato e sinceramente já não era fã no BlackFlag. No futuro depois podemos investir nas missões navais e em dinheiro para evitar esta parte mas mesmo assim, é chato.

Assassin's Creed: Unity (PC) 2/10
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Péssimo. Horrível. Intragável.

História sem nexo e atabalhoada.
Cheio de bugs e glitches gráficos.
Missões Co-OP irritantes e sem sentido neste tipo de jogo.
Obrigatoriedade em usarmos uma APP móvel para fazer 100% do jogo que está descontinuada.
Sistema de Parkor com imensos erros e parvo.

Bem, nem sei por onde começar. Vinha embalado do Rogue, super motivado e deparo-me com um dos piores AC's que já joguei. Para mim, é sem dúvida alguma o pior. Ultrapassando até o chato do AC1.

Estive para desistir a meio do jogo e voltar a fazer uma pausa à saga mas decidi focar-me apenas na história e fechar este capitulo. O jogo é intragável em todos os aspectos. Desde o mapa mais carregado de colecionáveis estúpidos de toda a saga até ao gameplay fraquíssimo no geral.

A história tem um potencial tremendo mas é tão mas tão mal contada que até mete impressão. A gota de água foi quando o principal é expulso da ordem dos Assassinos para na missão logo a seguir ele acabar por se tornar ... num Master Assassin. WTF?! Não existe ligação nenhuma às personagens, à piece of Eden, à situação da França naquela altura. Epá é tudo muito atabalhoado e sem muita ligação.

Side-quests completamente irritantes- Devo-me lembrar apenas de umas 2 ou 3 que até foram engraçadas. O resto é péssimo. Então as missões de resolvermos os crimes é CHATO CHATO CHATO!

Só lhe dou 2 pontos positivos, daí a minha nota:
O Personagem principal até é carismático e mais uma vez focam-se numa personagem que pode ser tanto Assassina como Templária.
A história ter tido potencial para explorar, mais uma vez, uma "trégua" entre as duas facções.

Assassin's Creed: Syndicate (PC) 7/10
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Depois de praticamente desistir da saga depois do Unity, a Ubi decidiu oferecer o Syndicate como prenda de Natal. Fiquei com o bichinho atrás da orelha e como queria acabar este capítulo de "antigos AC's", lá fui.

E ainda bem que fui!
Visualmente muito mais polido, movimento parkor refinado, cidade lindíssima e viva perfeita para explorar, side-quests interessantes, personagens cómicos com um playstyle diferente entre cada um e setting perfeito (adoro jogos entre 1700-1800).

Começo por falar que graficamente o jogo está muito bonito, para os dias de hoje e que a cidade está incrível. É muito porreiro subir um edifício e ver a linha de casas e fábricas a debitarem fumarada preta para percebermos que estamos na revolução industrial e o quanto isso afetou a vida das pessoas.

As personagens são super interessantes, sendo uma mais cómica e "burra" e a outra mais inteligente e com um gameplay mais Assassin. O zigue zaguear da história entre as duas está muito bem feita e acho que dá uma excelente cadência como a história é contada. Infelizmente a história é o ponto mais fraco do jogo. Não por ser má mas por ser desinteressante. Não me lembro de praticamente nenhum vilão templário excepto uma mulher e o Grand Master. Tudo o resto é ... imemorável.

Gostei dos pontos RPG das skills, e do comboio como base secreta. Sempre gostei do mini jogo que tinhamos no AC em que ou evoluiamos a nossa Vila ou a nossa frota e aqui volta com os "Gang Upgrades". Não têm grande impacto no jogo, sejamos sinceros mas é um toque porreiro.

Gostei bastante do jogo. não pela história, mas pelo "sandbox" que existe na cidade, na movimentação, nos coches, no grapling hook. No fundo o gameplay está óptimo.


E agora é uma nova pausa de Assassin's Creed durante uns belos meses. Depois segue-se os "novos" com mecânicas RPG mas isso é para depois.
 
O Unity continua assim tão mau???

Tenho visto vários posts pela net que o jogo tem uma atenção ao detalhe bem superior aos AC de agora e que o jogo tem imensa qualidade. Fico confuso com os comentários do 8 e 80 :D
 
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RoboCop: Rogue City (Xbox Series X)
7/10

Acabei este jogo e em geral gostei! A nível de história, nada de especial, personagens fraquinhos, animações mázinhas, e mesmo as texturas dos npc são medíocres. Depois temos o oposto, algumas texturas a nível do ambiente parecem super realistas, como o nível da pedreira:
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Para mim valeu pela nostalgia e pelo gunplay que é bastante satisfatório, sendo aí que o jogo brilha. As missões que implicam andar de um lado para o outro sem grande acção são as mais aborrecidas na minha opinião.

Tendo em conta que comprei uma chave argentina :D e o jogo ficou bem em conta posso dizer que estou bastante satisfeito, deu para passar umas boas horas!
 
Numa palavra descrevo este jogo como: UNDERRATED
Digo exactamente o mesmo. Joguei há coisa de 1 mês, e adorei imenso a história e as personagens. Apesar de não concordar muito com a mudança de valores da personagem principal e passagem para o outro lado, gostei bastante de tudo o resto da história. O que peca na minha opinião em relação ao black flag, é que há uma sensação de se jogar um DLC, pois evolui-se bastante e rapidamente em nível de equipamento, a história é relativamente curta, e depois tens milhares de itens para apanhar que não traz muito conteúdo e sensação de completar. Mas sinceramente acho que é mesmo um hidden gem. Deveria ter sido algo assim que o III deveria ter sido...
 
Dark Souls III - 11/10

Que jogo, senhores! QUE JOGO!!! Consegui jogar a versão com os DLC, bati todos os bosses (incluindo os opcionais).

C'um caraças!, fartei-me de ser espezinhado, espancado, eviscerado, envenenado, obliterado por magia, fogo e relâmpago... :D

Foram bem mais do que 100 horas de total e absoluto vício, irritação, frustração, teclado pelo ar e... endorfinas, quando finalmente ultrapassamos aqueles bosses monstruosos, que nos conseguem aviar num só golpe (independentemente dos nossos anéis, escudo ou armadura).

Jogo de dificuldade irreal, o mais difícil e exigente que alguma vez joguei. Longuíssimo, recheado de segredos e áreas para explorar, com grafismo belíssimo, visualmente épico, monumental, repleto de adversários aterradores e todo o tipo de armadilhas. Obra-prima! :clap:

Estou na dúvida, logo verei, se continuo neste universo e vou para o Elden Ring, ou se vou para o Sekiro, também da FromSoftware (já vi alguns vídeos, e adorei aquela atmosfera samurai). Gostava de experimentar Ghosts of Tsushima, Bloodborne ou Demon's Souls, mas nunca chegaram a sair para PC... :(
 
Estou na dúvida, logo verei, se continuo neste universo e vou para o Elden Ring, ou se vou para o Sekiro, também da FromSoftware (já vi alguns vídeos, e adorei aquela atmosfera samurai). Gostava de experimentar Ghosts of Tsushima, Bloodborne ou Demon's Souls, mas nunca chegaram a sair para PC... :(

Se me permites, o Sekiro tem muito pouco a ver com os Souls.
 
Sim, eu sei disso. :D Mas como é da FromSoftware, é capaz de ser bom. E a atmosfera do Japão do século XVII fascina-me...

Desculpa, apaguei a minha mensagem original para a reescrever, mas entretanto tinhas respondido. Para mim o Sekiro é o melhor jogo que joguei da From - é um jogo difícil, mas ao contrário dos souls em que é muito focado em builds para ultrapassares obstáculos, o Sekiro é mais vocacionado para os skills como jogador. Vale mesmo a pena, especialmente se fores perseverante e não te importares de perder umas vezes.

Neste momento, estou a tentar jogar o Fires of Rubicon, e bom, não estou a achar nada fácil, e sinto que ainda estou no tutorial!
 
Last of Us Part 1 e DLC - 8/10

Já tinha jogado na PS3 e agora, anos depois voltei a pegar nele na PS5.
Muito bom jogo com boa história.

O DLC soube a pouco, passou-se em cerca de hora e meia.

Agora sim, preparado para o Part 2 e perceber o porquê de toda a celeuma criada na altura do seu lançamento.
 
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