Phonak Audéo PFE 112 - Review

strikereg

Power Member
Phonak Audéo PFE 112 - Review

PFE2.jpg


Site oficial
http://www.audeoworld.com/en/ROW/default.htm


Modelos
Phonak Audéo PFE 1xx:
111 (s/micro, branco)
112 (s/micro, preto)
121 (c/micro, branco)
122 (c/micro, preto)


Especificações
Driver: Single Balaced Armature
Sensibilidade: 107 dB SPL/mW, 1 kHz
Impedância: 32 Ohm, 1 kHz
Amplitude de frequências: 5 Hz – 17 kHz
Comprimento do cabo: 120 cm


Preços
Não os comprei, a análise resulta de um empréstimo.

De qualquer forma, aqui ficam os preços que encontrei:
Oficiais: €129/€149 - sem/com micro - Penso que não enviam para Portugal
Ebay: existem negócios interessantes no Ebay, a partir de £97, envio incluído.
Outros: Advanced MP3 Players, com micro, £109.


Análise

Os Phonak PFE 1xx são o actual IEM topo de gama da empresa suíça Phonak Audéo, tradicionalmente ligada à produção e comercialização de aparelhos auditivos. Futuramente será lançado um IEM com 2 drivers balanced armature.

Os PFE 1xx utilizam apenas um driver balanced armature, que é suficiente para a reprodução adequada de todo o espectro sonoro.
É, no entanto, um driver que necessita uns toques adicionais no botão do volume, comparativamente à grande maioria de IEM. Nada que um leitor portátil não consiga guiar devidamente em volumes normais.


Qualidade de construção
A qualidade de construção parece adequada, com cabos resistentes mas maleáveis e confortáveis, apresentando, no entanto, "strain reliefs" algo rígidos, principalmente nas caixas dos IEM.


Conforto
A sigla PFE, parte do nome do modelo, significa "Perfect Fit Earphones".
E é apropriado. São os segundos IEM mais confortáveis que usei, logo a seguir aos Apple In-ear, tendo tendência a desaparecer nos ouvidos. Usam-se passando o cabo por detrás da orelha ("over the ear"), o que reduz os barulhos transmitidos pelo cabo ao mínimo.
As tips são igualmente muito boas e confortáveis, maleáveis e suaves.


Filtros
Os PFE podiam, também muito apropriadamente, chamar-se PBE - Perfect Balance Earphones.
Não só porque têm um som muito equilibrado, sem destacar nenhuma frequncia, mas também porque se conseguem ajustar à nossa noção pessoal de "equilíbrio" pelo uso de 2 filtros que afectam diferentemente o som:
-cinzentos, que devem apenas atenuar um pouco os agudos, deixando transparecer todo o detalhe que os PFE 1xx são capazes de reproduzir;
-pretos, que atenuam de forma mais acentuada os agudos e os médios-altos, fazendo com que os médios-baixos e principalmente, os baixos, ganhem maior destaque, sacrificando algum detalhe e brilho por um som mais quente, encorpado.

PFE1.jpg




O principal, o Som
Fonte: Ipod Classic / iPhone 3G
Música: Variada - REM, Radiohead, Pearl Jam, Nirvana, Joanna Newsom, Diana Krall, Jamie Cullum, Arctic Monkeys, Chopin



Globalmente:
O que se destaca, independentemente dos filtros utilizados, é a apresentação equilibrada e detalhada do som. Boa separação dos instrumentos, palco aceitável para uns IEM, som detalhado e preciso como é característica deste tipo de drivers, mas muito suave.
Nenhuma frequência do som se destaca demasiado das restantes: apesar de os filtros puxarem esse destaque para direcções opostas, fazem-no de uma forma não exagerada.

Em termos de apresentação global, transmitem à música menos energia que os DBA-02 e os SM3. Os primeiros têm talvez demasiada energia nos agudos, os SM3 conseguem transmitir energia em todo o espectro de som equilibradamente. Com os filtos pretos esta falta de energia é acentuada com os agúdos muito contidos.


Com os filtros cinzentos:
Aproximam-se daquilo que é normalmente considerado um som analítico, à semelhança dos DBA-02.
Apresentam, por um lado, menos impacto, detalhe, e textura que os DBA-02.
Em contrapartida, sao mais equilibrados, menos agressivos, com os agudos a continuarem a ser muito detalhados e brilhantes mas mais contidos, sem serem destacados do resto do som, o que acontece com os DBA-02.
Os baixos têm mais ou menos o mesmo nível de presença dos DBA-02, mas com menos impacto e com menos textura.
Os médios são um pouco mais densos, mais encorpados e, também por isso, apresentam menos claridade e textura que os DBA-02.

Globalmente, menos agressividade, vivacidade, maior equilíbrio.

(É de salientar que os DBA-02 são um caso "especial" dentro dos IEM analíticos, ao apresentarem o som de uma forma agressiva, altamente texturada, que salienta ainda mais o detalhe que o driver é capaz de reproduzir.
Assim, não posso dizer que a apresentação do detalhe nos Phonak seja inferior, apenas diferente.)

O palco é mais preenchido que o dos DBA-02, com menos ar em volta dos instrumentos. É também menos amplo, mas adequado.
Apresentam um som mais "de conjunto", com menor separação dos instrumentos.

Apesar de todo o equilíbrio e suavidade, notei alguma sibilância com os filtros cinzentos, por exemplo em "Love me like a man", Diana Krall, o que não acontece com os DBA-02, mesmo com todo o brilho e energia que transmitem à música.


Com os filtros pretos:
Ficam a meio caminho entre aquilo que normalmente se considera um IEM analítico (DBA-02) e um IEM denso mas equilibrado (SM3).
Comparativamente aos cinzentos, os filtros pretos aproximam o som do dos SM3: agudos mais contidos, não destacados, som ainda mais de conjunto, menor separação, mais baixos em quantidade e no efeito que têm sobre os médios. Diminuem a percepção do detalhe e criam um som mais abafado.



Conclusão
Concluindo, é difícil não recomendar os Phonak PFE 1xx: preço adequado, som excelente, equilibrado e personalizável através dos filtros, qualidade do conjunto IEM+acessórios.
Uma alternativa equilibrada e de qualidade para quem está indeciso entre um som mais analítico (que alguns consideram cansativo) e um som mais quente e denso (que outros consideram demasiado abafado e, em alguns casos, também cansativo pela presença dos baixos).
 
Última edição:
Muito bem.
Sempre os ouvi com os filtros cinzentos, aliás acho que são os preferidos da maioria das pessoas que ouvem os phonak.
Parece-me que os 0xx usam um filtro verde, que não está disponivel nos 1xx.
 
É sempre possível adquirir os filtros verdes pelo site oficial. Eles enviam para PT se assim o indicarmos.

Eu tive dificuldade em encontrar sibilância com os Audeo, onde os SM3 tinham sibilância, os Audeo não tinham. Referes-te ao som dos sssses?

Os filtos pretos tendem a criar uma assinatura mais do tipo em V, dando maior ênfase aos graves, ganhando um certo calor e textura nesta gama em particular; os médios perdem alguma transparência, ficando menos destacados em relação ao que acontecia com os filtros cinzentos; os agudos permanecem controlados e característicos de um iem analítico. Os SM3 têm os médios bem destacados em relação às outras frequências, colocando-nos na posição do vocalista.
 
Última edição:
Muito bem.
Sempre os ouvi com os filtros cinzentos, aliás acho que são os preferidos da maioria das pessoas que ouvem os phonak.
Também foram os meus preferidos, e foi os que utilizei em 90% do tempo de audição.


Eu tive dificuldade em encontrar sibilância com os Audeo, onde os SM3 tinham sibilância, os Audeo não tinham. Referes-te ao som dos sssses?
Sim, exactamente. Naquela música em particular era muito notório (Diana Krall, The Girl In the Other Room, Love Me Like a Man). Já tinha lido sobre alguma falta de linearidade nos agudos, noutras análises, pode estar relacionado com isso.

Os filtos pretos tendem a criar uma assinatura mais do tipo em V, dando maior ênfase aos graves, ganhando um certo calor e textura nesta gama em particular; os médios perdem alguma transparência, ficando menos destacados em relação ao que acontecia com os filtros cinzentos; os agudos permanecem controlados e característicos de um iem analítico. Os SM3 t^m os médios bem destacados em relação às outras frequências, colocando-nos na posição do vocalista.
Já alterei ligeiramente a frase que tinha sobre os filtros, acho que agora está mais perceptível a minha opinião.

Concordo que os SM3 destacam os médios, mas ao serem relativamente densos e ao terem o corpo dado pelos baixos, passam menos detalhe e ficam, na minha percepção pessoal, mais recuados do que, por exemplo, nos DBA-02. Talvez não seja um recuo em termos de volume, mas em termos do destaque que lhes é dado.
 
Concordo que os SM3 destacam os médios, mas ao serem relativamente densos e ao terem o corpo dado pelos baixos, passam menos detalhe e ficam, na minha percepção pessoal, mais recuados do que, por exemplo, nos DBA-02. Talvez não seja um recuo em termos de volume, mas em termos do destaque que lhes é dado.

Sim, percebo. É engraçado como alguns in-ears apresentam os médios num único layer e o detalhe aparenta estar em maior quantidade do que nos SM3, quando de facto não é verdade. Os Phonak e muitos outros têm este tipo de apresentação, enquanto os SM3 conseguem colocar todo o detalhe sem ser de forma tão cansativa, sem agressividade, separado por layeres. Nos SM3 tanto o driver dedicado aos médios, como o dedicado aos graves, conseguem reproduzir a gama média. Quando testei os dba-02, pensava que não conseguia ouvir a preparação/respiração dos elementos da orquestra de câmara, quando de facto conseguia ouvir o mesmo nos SM3, mas de forma mais natural, sem desviar a atenção da música, os dba02 destacavam em demasia os pequenos pormenores desviando o foco da acção.

Na minha opinião são poucos os modelos single-BA que conseguem reproduzir todo o espectro como os Phonak, que conseguem ser tanto completos como também equilibrados sem a pretensão de serem melhores que os modelos mais caros. Ocupam um lugar muito próprio com o objectivo de fazerem tudo o que lhe é pedido de forma correcta, e conseguem fazê-lo de forma plena. O principalmente problema são as opções tomadas em termos de desenho do in-ear e a sua resistência a longo prazo.
 
E não esquecer, que a maioria das pessoas dizem pelos vários fóruns que os Phonak beneficiam e muito com a ajuda de amplificação, que penso não foi usada pelo "strikereg", pelo que vamos ficar com essa dúvida por esclarecer (eu também nunca os usei amplificados), bem não sei se usaste amplificador quando os analisaste ...
 
Última edição:
E não esquecer, que a maioria das pessoas dizem pelos vários fóruns que os Phonak beneficiam e muito com a ajuda de amplificação, que penso não foi usada pelo "strikereg"
De facto, não usei. Por aqui por casa só tenho o Fiio E1, que achei que nem valia a pena experimentar.
 
Ando mesmo dividido entre os DBA-02 e o PFE 112. Os Audeo são mais baratos, e na compra de uns oferecem uns PFE Perfect Bass o que parece ser um óptimo negócio.
 
Não sabia que tivesse voltado a existir interesse nos PFE121, não te referes aos PFE232?

Os PFE121 estão muito bem colocados na hierarquia dos in-ear desde há algum tempo. Inicialmente tiveram problemas de construção, mas terá sido ultrapassado. Não vejo muita gente a optar pelos PFE121, em vez dos dba-02.
 
Última edição:
os 232 não são o high end que custa para cima de 400$? É que os DBA-02 MkII não sei se foram feitos para competir com tal, mas acredito que seja uma comparação engraçada também :)
 
Apesar de acreditar perfeitamente que existem IEM's melhores, pelo preço, em termos sonoros, creio que há algumas coisas que se medem melhor a longo prazo.

Vai fazer este verão 1 ano desde que tenho os PFE 012 (mesma coisa que os 112, só que apenas vêm com uns filtros verdes) e sim, não são IEM's do tipo "uau" ou o que lhe queiram chamar. Mas são excelentes em termos ergonómicos (fizeram-me mudar de ideias, quando antes não era lá grande fã de IEM's) e têm um tipo de som que é difícil de explicar. Nunca cansam, quer ergonomicamente, quer a nível sonoro. Fazem-me sentir que os meus ouvidos estão em boas mãos, quando os oiço :)

É por isto que ainda não os substitui. Tenho medo que os substitutos, por melhores que sejam a nível de som, não me satisfaçam tanto no conforto. Posso estar a ser um bocado demasiado especifico e até poderá ser apenas comigo, mas a questão é que não aguento uns IEM's desconfortáveis ou com algum tipo de pico irritante no espectro, por melhor que seja o som no geral.
 
Última edição:
Back
Topo