Dúvida RF

hugoabreu

Power Member
Boas,
Apenas para tirar uma dúvida em relação ao serviço RF das diferentes operadoras.
Existe alguma razão tecnológica para a MEO e a Vodafone usarem DVB-T no RF? Isto é, poderiam usar, como a NOS e a NOWO, DVB-C?
E se puderem usar qualquer uma das tecnologias, existe alguma vantagem em usar uma ou outra?
Desde já obrigado a quem souber responder! :)
 
Podiam. Mas como o DVB-T é "universal", as operadoras FTTH optaram por esta norma. Lembrar a quantidade de equipamentos para a TDT que foram comprados.

As outras já tinham a infraestrutura desta forma, da tecnologia HFC (vulgo "TV Cabo"). Em FTTH a NOS manteve DVB-C por questão de compatibilidade com a restante rede.

Em termos técnicos, se existe vantagem? DVB-C foi concebido para as redes cabo, logo há mais sistemas de codificação disponíveis. A nível de eficiência acho que depende mais do codec ou bitrates aplicados que da norma adoptada.
 
Isto é, poderiam usar, como a NOS e a NOWO, DVB-C?

Essa pergunta não faz sentido. Faz o seguinte exercício: vai a sites de lojas onde se vendem TV e procura pelos termos DVB-C e DVB-T (ou "TDT", como muitas vezes chamam à norma). Se não estiveres convencido vai a sites de leilões como o ebay e olx e contabiliza o número de adaptadores das duas normas.

A pergunta que faria sentido é porque a Nos e a Nowo continuam a apostar numa norma em declínio e não começaram já a migrar a sua infraestrutura para DVB-T, como têm feito alguns dos operadores de cabo Europeus*.

* a resposta é óbvia: dinheiro. O DVB-C é a sua rede digital de origem e qualquer mudança requer investimento. E o mesmo raciocínio se aplica à manutenção do ultrapassado MPEG2 nos canais SD.
 
Essa pergunta não faz sentido. Faz o seguinte exercício: vai a sites de lojas onde se vendem TV e procura pelos termos DVB-C e DVB-T (ou "TDT", como muitas vezes chamam à norma). Se não estiveres convencido vai a sites de leilões como o ebay e olx e contabiliza o número de adaptadores das duas normas.

A pergunta que faria sentido é porque a Nos e a Nowo continuam a apostar numa norma em declínio e não começaram já a migrar a sua infraestrutura para DVB-T, como têm feito alguns dos operadores de cabo Europeus*.

* a resposta é óbvia: dinheiro. O DVB-C é a sua rede digital de origem e qualquer mudança requer investimento. E o mesmo raciocínio se aplica à manutenção do ultrapassado MPEG2 nos canais SD.
se é um operador de CABO não vai usar nada TERRESTRE (a altice em frança é um caso à parte pois têm os dois casos). as duas normas são completamente diferentes mesmo que as tv atuais as suportem sem problemas, até porque o próprio dvb-t está já ultrapassado pelo dvb-t2 e o dvb-c tem praticamente o dobro do bitrate. para mais informações, é só ir ao dite da digitalbitrate e comparar qualquer uma das redes tdt com qualquer uma das redes cabo e ver as diferenças massivas que existem.

dvb-c wins very easily.
 
Claro pela lógica DVB-C devia ser a opção natural para o cabo, para separar as águas.

E se a ideia for dar a melhor imagem possível, ignorando a questão do espectro, DVB-C seria a escolha.
 
se é um operador de CABO não vai usar nada TERRESTRE

Dás assim tanta importância aos nomes que se dá às normas técnicas? Se é assim, vou reclamar com o Meo porque me enfiaram no CABO coaxial uma norma TERRESTRE, grandes patifes!!!

Na prática a tendência é operadores de cabo passarem a usar normas TERRESTRES e até agora não ouvi falar de nenhum operador de fibra a usar normas de CABO. Lá terão as suas razões... mas poderá ter a ver com o facto de, dada a sua génese, as normas TERRESTRES aguentarem melhor em instalações de má qualidade.
 
Dás assim tanta importância aos nomes que se dá às normas técnicas? Se é assim, vou reclamar com o Meo porque me enfiaram no CABO coaxial uma norma TERRESTRE, grandes patifes!!!

Na prática a tendência é operadores de cabo passarem a usar normas TERRESTRES e até agora não ouvi falar de nenhum operador de fibra a usar normas de CABO. Lá terão as suas razões... mas poderá ter a ver com o facto de, dada a sua génese, as normas TERRESTRES aguentarem melhor em instalações de má qualidade.
os operadores não estão a ir de cabo (dvb-c) para terrestre (dvb-t(2)) mas sim para full iptv ou até ott - não se vai passar de cavalo para burro. a meo e a vodafone optaram, devido a todo o hubblub da tdt, para que as ofertas sem box sejam por dvb-t e não por dvb-c por haver mais opções dvb-t (televisores com sintonizadores embutidos dvb-t ou dvb-t(2)/c e as boxes em separado para as televisões mais antigas) do que dvb-c, se bem que também existem opções combo já com tudo embutido (um sintonizador dvb-s2 para tudo o que seja satélite (quem sabe se daqui a pouco tempo já não será dvb-s2x) e um sintonizador dvb-t2/c para cabo/tdt, neste caso já com o future-proofing do dvb-t2).
 
os operadores não estão a ir de cabo (dvb-c) para terrestre (dvb-t(2)) mas sim para full iptv ou até ott

A norma neste momento, que se deve manter por muitos e bons anos, é os operadores terem DVB-C/T *e* IPTV+OTT ao mesmo tempo. Ambas têm as vantagens e desvantagens que todos sabemos. Recordo que o Meo até anda a fazer grande alarido com um pacote sem box, só com RF.
Talvez daqui a dez anos seja tudo enviado por cabo Ethernet ou Wifi mas nessa altura este tópico será anacrónico :)
 
Última edição:
Só para ajudar à confusão acho que quem comenta esquece um pormenor: a NOS fornece as boxes com dvb-c logo fica mais económico e menos confusão no espectro descodificar os canais que pode e servir com o mesmo sinal as boxes e as tvs sem box.
Por um lado até beneficia os clientes pois o sinal é o mesmo e por vezes é maltratado nas boxes...

Se a NOS está a ter problemas em arrumar o espectro para melhorar a rede com o docsis 3.1 imagino se ainda tivesse que lidar com espectro tomado pelos canais em dvb-t. em relação aos clientes é certo que implica algum impacto pelo menos nos que tem televisores mais antigos mas com insistência eles fornecem os sintonizadores simples para quem precisa.

Claro que a concorrência que avançou depois, pode escolher o que lhe dava mais jeito, mas também não teria grande lógica um fornecedor de fibra optar pelo dvb-c que no nosso país não tinha mercado próprio por estar quase tudo codificado desde o início; mas já havia canais livres há muitos anos, ainda usei os poucos - uma dúzia - antes da "libertação" do RF. Para eles era prático aproveitar os terminais disponíveis.
É sempre difícil agradar a todos e basta ver o movimento de reação quando a NOS diminuiu o RF analógico...
 
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