Final Fantasy IX é um RPG desenvolvido pela Squaresoft (atual Square-Enix) e lançado em 2001 para a Playstation, sendo um dos últimos grandes títulos da consola.
Final Fantasy IX foi um regresso às origens para a saga, pois resgata as características que marcaram o passado da série: o ambiente medieval e repleto de fantasia. No geral, a produção recebeu análises muito positivas por parte da imprensa especializada e foi um sucesso de vendas, com mais de 5.3 milhões de unidades vendidas até 31 Março de 2003
O nono capítulo da série esteve muito perto de não receber a numeração oficial. Estava, inicialmente, planeado como um Final Fantasy paralelo à cronologia principal, em virtude de os dois últimos episódios lançados serem em ambientes tecnológicos e mais realistas. Por isso, a Square tinha medo de que o jogo fosse mal aceite pelo público—muito diferente daquele das gerações 8 e 16 bits -- e não tivesse o mesmo sucesso comercial de Final Fantasy VII e
Final Fantasy VIII.
Entretanto, Final Fantasy IX era um desejo de
Hironobu Sakaguchi, criador da série, que queria homenagear os fãs de longa data com uma produção que fosse uma homenagem aos primeiros jogos da série, além de realizar o desejo de ver um jogo no estilo mais old school. Final Fantasy IX correu também o risco de não ser finalizado por necessitar de muitos recursos técnicos e humanos. Como factor agravante, a Square estava na altura a gastar fortunas com o desenvolvimento de motores de jogos para jogos da Playstation 2 e do filme
Final Fantasy: The Spirits Within.
O jogo apresenta paisagens e cenários deslumbrantes
Um dos pontos fortes do jogo é, sem dúvida, o seu excelente enredo. A primeira cena mostra um pequeno barco no meio a uma terrível tempestade. Os ocupantes possuem dificuldade em se agarrar à embarcação em consequência das fortes ondas e ventos. Quando os rostos dos ocupantes—uma menina e sua provável mãe -- são revelados, a jovem princesa Garnet Til Alexandros XVII acorda do misterioso sonho e começa os preparativos para a festa do seu aniversário, a ocorrer no castelo do reino de Alexandria.
Enquanto isso, a gigantesca airship Prima Vista aproxima-se da capital do reino, transportando o grupo de atores Tantalus, responsáveis pela peça de teatro "I Want to be Your Canary", a preferida do povo alexandrino e que será encenada na festa da princesa. Desta companhia de teatro faz parte Zidane, um mulherengo irresponsável, com uma misteriosa cauda de macaco, que é o protagonista deste jogo.
No entanto, os Tantalus não passam de ladrões disfarçados com o intuito de sequestrar a princesa. A ordem partiu, por mais incrível que pareça, de Cid (figura icónica de todos os títulos Final Fantasy), chefe do Estado de Lindblum, o mais desenvolvido de todo o Mist Continent. O governante estranha as recentes movimentações do exército alexandrino, indicando a proximidade de uma guerra, por isso, ele acredita no depoimento da sobrinha para descobrir alguma pista do que está a acontecer. O que os Tantalus e a Guarda Real nem desconfiam é que a própria princesa quer fugir do castelo, para contar ao mundo o que se passa nas paredes do castelo!
A princesa aproveita que toda a gente está tenta à peça para entrar clandestinamente em Prima Vista e conseguir falar com o seu tio sobre os acontecimentos mais recentes, oriundos das atitudes muito estranhas da rainha, sua mãe. Mas a tarefa não será nada fácil, pois a princesa é super vigiada pelos guardas, nomeadamente por Steiner, um dos grandes personagens do jogo.
A partir daqui está dado o mote para um dos melhores RPGs de sempre, numa trama incrível e cada vez mais complexa onde os personagens, como era apanágio da Squaresoft na altura, parecem mesmo reais (há alguém que consegue não gostar do adorável Vivi?)e vão evoluindo ao longo do jogo, fazendo com que nos afeiçoemos cada vez mais aos mesmos.
A banda sonora é outro dos pontos mais fortes do jogo. Composta exclusivamente por
Nobuo Uematsu (que, segundo o próprio, é seu melhor trabalho na série), as músicas possuem melodias clássicas para adaptarem-se ao ambiente nostálgico do jogo. O compositor passeou por castelos alemães em busca de inspiração para músicas medievais. As melodias não são inteiramente rústicas, fazendo uso de instrumentos modernos e composições arranjadas dos episódios anteriores. Uematsu estima ter criado 160 peças para o jogo, das quais 140 foram utilizadas no produto final.
Final Fantasy IX possui uma seleção de músicas memoráveis, entre elas "Crystal World", "Vamo Alla Flamenco", "Skies of Alexandria", "Not Alone", "Immoral Melody", "Iifa, the Ancient Tree of Life" e a fantástica "Melodies of Life", música tema do jogo, interpretada pela cantora japonesa Emiko Shiratori e tida como a favorita de Uematsu, em toda a sua carreira.
É impossível jogar FFIX e não nos apaixonarmos por este personagem
Final Fantasy IX é um jogo fantástico e, para mim, é o terceiro melhor FF (apenas inferior ao sexto e sétimo capítulos da saga). Boa história, excelentes personagens, sistema de combate e de magias muito bom e um grafismo que leva a PS1 aos seus limites, com uma excelente direcção artística. Saudades destes tempos da Square
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