Why sharing matters more than marketshare to GNU/Linux

vjoe

Power Member
Aqui fica uma leitura interessante para quem ainda pensa que o objectivo da comunidade GNU/Linux é de ter o sistema operativo mais utilizado do mercado, e que explica alguns princípios da filosofia inerente ao software livre.

Why sharing matters more than marketshare to GNU/Linux

Thirty years of proprietary software thinking have conditioned us to think that marketshare is a critical measure of success, and so we've convinced ourselves that we have to “win” against Windows in order to “succeed”. But this is simply not true. GNU/Linux can be a very great success even if it never achieves more than 1% of the installations in the world. The reason is the difference between “power” and “freedom”
 
Aqui fica uma leitura interessante para quem ainda pensa que o objectivo da comunidade GNU/Linux é de ter o sistema operativo mais utilizado do mercado, e que explica alguns princípios da filosofia inerente ao software livre.


Sinceramente... parece-me mais uma forma de se mentalizarem disso...
Eu acho logico que todos os utilizadores gostem que o GNU/Linux ganhe quota do mercado(se assim se pode chamar)... quanto mais nao seja para "puxar" ainda mais devs e aplicaçoes conhecidas para esta plataforma...
 
Para o utilizador comum de Linux não há muita necessidade de que sejam trazidas certas e determinadas aplicações closed source... Vejamos o caso de algumas aplicações como o Photoshop ou o Autocad, estes dois programas não têm muita importancia para o comum utilizador deste sistema operativo. Pois convenhamos que nem todos têm possibilidade ou necessidade de comprar uma cópia destes programas.

Tudo depende um pouco de como vemos as coisas, não digo que não seria bom ter estes programas a correr nativamente em linux, mas não é com cota de mercado que eles vêm! É com pressão das empresas. Se houver um interesse das empresas em correr este sistema operativo então quem produz este software terá de virar para esta plataforma de forma a seguir a tendência de mercado.
 
Para o utilizador comum de Linux não há muita necessidade de que sejam trazidas certas e determinadas aplicações closed source... Vejamos o caso de algumas aplicações como o Photoshop ou o Autocad, estes dois programas não têm muita importancia para o comum utilizador deste sistema operativo. Pois convenhamos que nem todos têm possibilidade ou necessidade de comprar uma cópia destes programas.

Tudo depende um pouco de como vemos as coisas, não digo que não seria bom ter estes programas a correr nativamente em linux, mas não é com cota de mercado que eles vêm! É com pressão das empresas. Se houver um interesse das empresas em correr este sistema operativo então quem produz este software terá de virar para esta plataforma de forma a seguir a tendência de mercado.


Era mais pelo pessoal que se ve impedido de utilizar (apenas) linux pois precisa de certas ferramentas para trabalhar...
 
Eu só vi isso de uma perspectiva diferente. Parto do principio que quem utiliza é porque não tem qualquer tipo de limitação... Logo não precisa de outro tipo de aplicações...

No meu caso por exemplo nada me impede de usar Linux, como usei durante anos. Mas neste momento em que centro os meus interesses mais na fotografia sinto uma enorme limitação em usar linux... Claro que gostava de ter as ferramentas todas disponíveis, mas sinceramente não estou a ver a empresas a investirem para transpor as suas aplicações para um mercado, quem embora em forte crescimento, seja tão pequeno como este...
 
Sinceramente... parece-me mais uma forma de se mentalizarem disso...
Eu acho logico que todos os utilizadores gostem que o GNU/Linux ganhe quota do mercado(se assim se pode chamar)... quanto mais nao seja para "puxar" ainda mais devs e aplicaçoes conhecidas para esta plataforma...

A mim é-me perfeitamente indiferente se GNU/Linux tem 0.1%, 1%, 10% ou 100% de quota de mercado. Se eu quisesse o SO mais usado do mercado, estava em Windows, não em GNU/Linux. Portanto, a market share acaba por nem ser tão importante como isso.

Quanto ao artigo, está porreiro. Vem dizer uma coisa que muita gente não se convence. É mais importante a liberdade do que o lucro, pelo menos neste mundo. É é obvio que assim é, quando quem gere a parte GNU e a parte Linux do GNU/Linux acaba por não ter (muito) interesse financeiro nisto :)
 
Não gosto muito destes artigos, parecem-me mais um baixar de braços do que outra coisa qualquer. Embora não pense que Linux vá algum dia dominar o mercado dos sistemas operativos, contentar-me com o estado actual das coisas não me parece lá muito boa opção.

Este artigo não é pioneiro no tema. Já há uns anitos vi alguns que falavam de Linux como sendo um sistema operativo muito específico com um público alvo muito selecto, e depois houve isto. Em 2006 aconteceu que uma empresa que se lembrou que Linux podia ser user-friendly, e os resultados viram-se.

Como disse antes não tenho como "meta" que linux tenha um monopólio, mas certamente que um marketshare de 5-10% seria muito positivo para o kernel. Ao haverem mais pessoas, haveria mais feedback, mais developers, mais diversidade de aplicações, e maior interesse de companhias conhecidas em realizar experiências/portar aplicações para o SO. Embora este último seja um assunto de vantagens algo discutíveis para uma comunidade que preza o opensource e o software libre, para o utilizador comum não é nada senão vantagem. Ter a oportunidade de ter um sistema operativo bom e gratuito que suporte aplicações populares (ainda que não opensource ou livres) é um atractivo para a parte da população que olha mais a soluções pragmáticas do que a filosofias.

Para além disso há vários nichos onde linux poderia imperar. Tomem os exemplos de repartições públicas, por exemplo: porquê usar windows? Depois temos artigos no jornal a dizer que um em cada cinco computadores do estado estão vulneráveis a ataques. Computadores esses que ainda usam Windows 98, no máximo. E anda o estado a pagar braços e pernas à MS por isto... Porque não antes pagar à Novell?

Creio que o marketshare que referi antes (5-10%) seria o "ponto caramelo". Mais do que isso começariamos a levar mais com defeitos do que com vantagens de ter um grau grande de aceitação pública :P
 
Bem, mas um dos objectivos da comunidade GNU/Linux será fazer com que se abra os olhos para uma 'nova' maneira (que de nova não tem nada) de encarar o mundo digital -- torná-lo livre. Ao permitir que aplicações 'closed-source' corram nativamente num sistema que se quer livre, estaria a ir contra os princípios através dos quais a comunidade foi construída, nasceu e se rege.

De qualquer das maneiras, penso que o importante aqui é mesmo referir que o que importa mais, para além do dinheiro, é a liberdade dos utilizadores, daí o 'marketshare' ser menos importante. No entanto, parece-me óbvio que quantos mais utilizadores houver, mais interesse por parte das empresas surgirá, e isso trará mais devs. Somos nós -- os utilizadores -- os mais bonificados. Mas para isso é preciso incutir o espírito do software livre em todos os que pretenderem enveredar por este caminho.
 
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