Sideload de aplicações no iOS/iPadOS e serviços Apple no Android

The WolfMan

1st Folding then Sex
Este tema já anda por aí a circular há uns tempos, não sei como é que ainda não passou por aqui:

https://www.macrumors.com/2022/04/25/apple-forced-to-allow-third-party-app-stores/

Resumidanente, a Apple anda a ser apertada por várias entidades reguladoras para por lei terem de permitir aplicações de outras stores que não a App Store, aos developers terem acesso a todas as funcionalidades disponíveis (para quem usa MBWAY por exemplo o NFC não está disponível no iPhone) e serviços como o FaceTime e o iMessage têm de estar também disponíveis noutras plataformas.

O que pensam disto? Os argumentos da Apple estão sempre em volta da segurança.

Se uma empresa desenvolve um produto e um ecossistema não tem direito a fazer o que quer com ele? Se for demasiado fechado e tiver pouca quota de mercado sujeitam-se a fechar as portas. As regras da Apple são estas, quem não quiser tem bom remédio. Existe muitos smartphones Android no mercado, por isso concorrência não falta.

Se tivessem de obrigar a Apple a permitir o sideload de aplicações num iPhone, pela mesma lógica não tinham de obrigar a Sony e a Microsoft a fazer o mesmo nas consolas?

Se deste lado até percebo o lado da Apple (com excepção talvez do NFC barrado), no Right to Repair estou totalmente contra eles. Se eu comprar um carro, todos os fabricantes me recomendam a utilizar peças originais e a efectuar as reparações num concessionário autorizado. Mas isso é uma escolha minha. Posso usar peças da concorrência na reparação, posso usar originais e montar noutro lado, até posso pagar para ter acesso aos manuais de reparação e resolver eu o problema. Se houver algum problema em que a reparação esteja mal feita e haja um acidente, a marca não tem nada a ver com isso visto que as pessoas que efectuaram a reparação não tinham qualquer ligação com a mesma.
 
Acho que falta uma palavra no título da thread :p Sinceramente a desculpa da segurança vai por terra quando se olha para o macOS onde permitem sideload.
 
Então? Podes dizer como achavas que fica melhor que eu mudo o título.

O macOS é um pouco diferente, a utilização que dás a um computador é muito diferente da que dás a um telemóvel/tablet, daí não existirem macs com touchscreen quando não há nenhum motivo técnico para isso. A Apple é muito teimosa neste aspecto e não sobrepõe a sua linha de produtos. Ou compras um Mac ou compras um iPad, ou compra os dois que eles agradecem.

Quanto tive o meu telemóvel Android, nunca faz sideload de nenhuma aplicação. Não sei como se faz (nem pretendo discutir isto que não sei se vai contra as regras do fórum), mas será que é só ligar o telemóvel a um computador, copiar do PC e colar no telemóvel? Pelo menos no macOS sempre que se instala uma aplicação que não está na App Store é necessário colocar a palavra passe.
 
Pelo título parece que estás a dizer que se quer fazer sideload de apps da Apple em Android.
Todos os sistemas têm a mesma base, apesar de finalidades diferentes, portanto se num não há problemas de segurança nos outros facilmente arranjavam uma solução similar. O problema de “segurança” neste caso são os 30% claramente.
 
Já editei o título do tópico. Acho que fica mais perceptível. Obrigado.

O que falas é verdade, mas se o produto é deles, eles não são livres de cobrarem o que quiserem pelos seus serviços? Os 30% que eles tiram das transacções na App Store se não me engano é o mesmo que a Google leva na Play Store e que a Valve leva na Steam.
 
O que falas é verdade, mas se o produto é deles, eles não são livres de cobrarem o que quiserem pelos seus serviços?

São livres de cobrarem o que quiserem com o seu produto e serviços mas não são livres de fazerem o que quiserem com o produto que as pessoas compram e usam.

Acontece com todos os produtos, automóveis, restaurantes, aviação, supermercados …. etc etc.

A situação que a EU pretende regular não é quanto cobram pelo seu produto ou serviços. Nem tão pouco o sideload é a questão central.
 
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São livres de cobrarem o que quiserem com o seu produto e serviços mas não são livres de fazerem o que quiserem com o produto que as pessoas compram e usam.

Acontece com todos os produtos, automóveis, restaurantes, aviação, supermercados …. etc etc.

A situação que a EU pretende regular não é quanto cobram pelo seu produto ou serviços. Nem tão pouco o sideload é a questão central.
Podes elaborar melhor?

Eu crio um ecossistema de hardware e software. Queres desenvolver para ele? 99$ por ano e tens de comprar hardware meu para o poderes fazer. Ah, e se pedires dinheiro pelas tuas aplicações eu fico com 30%. Eu tenho uns serviços de videochamadas e mensagens. Gostas? São exclusivos da minha plataforma, pelo que se os queres usar tens de ter os meus produtos.

Queres instalar aplicações no telemóvel? Só o podes fazer através da minha loja e as aplicações que lá estão obedecem às minhas regras. E por aí podíamos continuar. Quem não gosta tem bom remédio. A Apple não tem o monopólio dos telemóveis, tablets, computadores e todas as outras coisas que eles vendem. Quem não gostar tem alternativas ao hardware e ao ecossistema.

O que talvez possa ser considerado anti-concorrencial é os telemóveis terem NFC mas só a Apple é que o pode usar. O Paypal ou o MBWAY não têm acesso ao mesmo. Também há as aplicações de terceiros como o browser, mas acho que isto se pode resolver durante o menu de configuração em que o utilizador pode escolher o Safari ou um browser concorrente.

Por acaso sabes como funciona a compra de um Ferrari? Pelo que li (obviamente que não tenho um), se compras um Ferrari, no contrato de compra e venda está escrito que se quiseres vender o carro durante o primeiro ano tens de ir primeiro ao concessionário para eles o comprarem se quiserem, não podes vender a outra pessoa.
 
Podes elaborar melhor?

O teu raciocínio aplica-se qualquer industria e nenhuma se queixa de grande coisa. Por outro lado pode ser usado por qualquer raciocínio anti-regulação.

O que acontece é que a industria do software e serviços digitais é um western. Não está a habituada a ser regulado ... até o GDPR que regula o funcionamento de sistema informáticos, isto é determinadas funcionalidades do software e dos sistemas, lhes faz confusão.

A forma como vejo os dispositivos é como os veículos de transporte. Para andarem no mar, estrada ou no ar tem que obedecer a regulamentação que interfere com o o seu funcionamento. Os dispositivos cujas funcionalidades dependem da Internet, uma rede pública e privada, devem obedecer a determinadas regras de funcionamento. Os ISPs por exemplo não pode fazer determinadas coisas ... que o Tim Crook concorda em absoluto porque lhe iria tramar o negócio. A Apple não criou nada disso … sendo mais livre de compromissos em relação a esse ecossistema, que é para ela vital, do que agora advoga como fundamental para o seu.

A razão da regulamentação são múltiplas. A que mais me interessa em particular é a segurança dos clientes que compram estes dispositivos e dos que servem serviços sobre estes dispositivos ligados á Internet. Há pouco tempo creio que a Apple fechou a App Store na Russia, e com isso leva um sem número de fornecedores quer queiram quer não e prejudica os proprietários dos dispositivos. Imagina isto com macOS e teres developer, hospitais, comércio a usar Macs? Quando uma entidade seja de que forma for tem poder para o fazer isto numa escala pequena ok. Mas quando tem poder para fazer isso numa escala de milhões e milhões de utilizadores na Europa ... é um problema de segurança ... é como quem deixa a porta aberta escancarada. Estamos a falar de uma infra-estrutura de rede implementada com o capital de muita gente, privados e públicos que permite a Apple e outros operar … não o inverso que a Apple vende.

Está última criou um smartphone extraordinário sobre a Internet e uma plataforma de desenvolvimento para o efeito. Foi com isso que vendeu milhares de milhões de dispositivos. Um feito notável certamente, mas nada mais criou se não isso. Com este sucesso apoiando-se na integração vertical de coisas tradicionalmente distintas, exigir ser agente de todos os serviços digitais que queiram interagir com os seus clientes e versa apenas porque optaram por comprar um determinado dispositivo ... me parece um abuso de poder. Ela própria admite que o que vende é acesso ás pessoas ... que define como seus clientes ... uma definição claramente redutora.

É interessante que a Apple e os seus mais acérrimos adeptos se incomodam bastante com a regulação na EU … mas quando chega á China até os dados os colocam em servidores do Governo e pagam bilhões para aceder esse mercado. Há … e até têm pre instalado Apps locais.

Fica bem.
 
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Mas esse tipo de regulamentação não tem necessariamente de obrigar as empresas a fazer as coisas que eu mencionei. Para mim, regulamentar serviços digitais para proteger o consumidor é algo completamente diferente.

Falaste em carros. Quando um fabricante termina a produção de um modelo é obrigado a fornecer peças de substituição durante 10 anos após o fim da produção do modelo em causa.

Onde eu vejo este tipo de regulamentação é em serviços de armazenamento na cloud por exemplo. Um serviço de armazenamento que anuncie o seu encerramento tem de assegurar durante algum tempo o acesso aos ficheiros armazenados pelos seus clientes. O caso da Rússia é uma coisa completamente diferente. Estamos a falar de sanções devido a uma invasão. Acho que os fabricantes de aviões se recusaram também a enviar peças de substituição para a Rússia.

Há software que é removido das lojas digitais, mas quem o comprou pode continuar a ir buscar aquilo que pagou. Quantos jogos tenho na Steam que já não é possível de comprar mas como eu paguei a licença do mesmo é só ir fazer o download.
 
Falaste em carros. Quando um fabricante termina a produção de um modelo é obrigado a fornecer peças de substituição durante 10 anos após o fim da produção do modelo em causa.

E muitas outras ... como a localização do volante, localização da entrada da bomba de gasolina e suas dimensões ... chegando ao tamanho da letra dos descritivos. Sei lá ... centenas de coisas que são reguladas que interferem no design e sistema operativo destes dispositivos. Mesmo assim, há muita muita inovação.

No entanto tentas padronizar a porta de carregamento de um smartphone ... cai a trindade no mundo Apple. Não faz qualquer sentido este tipo de comportamentos nomeadamente porque esta também beneficia da regulação aplicada a terceiros.

Onde eu vejo este tipo de regulamentação é em serviços de armazenamento na cloud por exemplo. Um serviço de armazenamento que anuncie o seu encerramento tem de assegurar durante algum tempo o acesso aos ficheiros armazenados pelos seus clientes.

Já é a segunda coisa que vez algum benefício para o consumidor na regulação. No outro era o NFC. Por falar o NFC ,no abstrato regular por forma a que os fabricantes dem acesso a tal capacidade do dispositivo, fora de algo com o Apple Pay, é o mesmo que dar acesso á capacidade de instalação de Apps fora do âmbito da App Store. Em suma regula-se o acesso a capacidades … coisa comum em múltiplas indústrias.

Fora dos carros tens por exemplo as operadoras de comunicações. Por exemplo ... é ilegal uma operadora de comunicações recusar a disponibilização de determinado canal televisão com base no poder ou não poder transmitir informação de adesão a operadoras concorrentes. Que é exactamente o que a Apple estipula para as Apps ao ponto de um impedir que coloque anúncios ou promoções do seus produtos fora da App Store ... Em tempos creio que se o fornecedor fosse apanhado a enviar emails desse teor poderia ser-lhe retirada a licença de instalação ... aka ... expulso da App Store.

Isto reduz a capacidade de acção do consumidor. Por falar nisso, escolhe uma app com in app purchases e tenta lá descobrir o preço do seu serviço na App Store sem fazer download. Comenta sobre a experiência. Depois, faz o download da App e compara o preço que te é apresentado no momento da compra com o preço que encontras antes de fazer download ... vai ver que são diferentes ... ou podem ser diferentes... Isto em qualquer loja analógica seria ilegal !!!!!! Se fosse por engano ... passava ... mas não é ... é prática.

O caso da Rússia é uma coisa completamente diferente. Estamos a falar de sanções devido a uma invasão. Acho que os fabricantes de aviões se recusaram também a enviar peças de substituição para a Rússia.

Não se compara com o fornecimento de material. A Apple pode deixar de vender iPhones ou fornecer peças para reparação. Mas sim lesar diretamente a propriedade do comprador, o dono do dispositivo. E os donos das Apps.

Imagina isto no macOS, coisa que a Apple anda a fazer campanha para, com hospitais, e empresas a usarem sistemas informáticos Apple? Se isto se alastra para outros dispositivos como computadores pessoais … a Apple veio cá ao Web Summit fazer campanha para isso … um Trump qualquer na oval … um assinatura … e “dinamitava” os dispositivos de milhões de cidadãos Europeus para não dizer serviços … É este o grande problema do modelo de Agência que a Apple pretende para o futuro da digitalização.

Imagina se a Apple fosse Chinesa ou Russa? As regras na EU são transversais a todas as multinacionais .... Isto para te tentar explicar que não é diferente. Os reguladores não regulam questões políticas, mas o funcionamento das coisas. É seu dever assegurar que as entidades residentes, nomeadamente consumidores e fornecedores possam operar livremente e com a segurança que os seus bens não possam ser abertamente desfalcados por decisão unilateral de qualquer entidade estrangeira. Isto independentemente de acordos que as entidades façam entre si.

Como disse para mim a questão não tanto de concorrência mas de segurança dos participantes neste triunvirato no contexto de dispositivos que são comprados claramente para aceder á Internet ... a somar as suas valências especificas que são tangentes á actividade das App Stores ... as pessoas compram iPhones por causa da camera, gostam o SO, de ter uma App Store ...

Repare-se o que se está a falar não é o remover a App Store. Mas o de permitir que os utilizadores possam instalar uma aplicação mesmo que tal seja contra os interesses da Apple ... Esta regra favorece a noção de propriedade do dispositivo do comprador... que é teu … pese embora a propriedade intelectual seja se outro como acontece la está .. com um automóvel. Isto faz parte da segurança … até mesmo da privacidade ou achas que a Apple não sabe que serviços usas ou deixas de usar?

Tens regras semelhantes a isto por exemplo nos Routers que se ligam ás operadoras ... etc etc. Isto sem estar em causa se as entidades são ou não monopólios. Ser monopólio não é precondição para regulação.

Abraço.
 
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Este assunto pode dividir-se em milhentos sub-assuntos em que cada um dá horas de conversa. A regulação interfere com a inovação mas eu acho que a regulação é indispensável.

Começaste por falar na porta de carregamento. Já falei aqui disso. Com o iPhone 5 a Apple precisava de uma nova porta para tornar o telemóvel mais fino e como o USB-C ainda não estava pronto eles inventaram a porta Lightning. Na altura houve um grande backlash porque todos os acessórios anteriores tornaram-se um pisa-papéis. Numa eventual transição para USB-C vão acontecer duas coisas. Primeiro a Apple vai perder dinheiro porque acaba-se o "imposto" dos produtos MFi (Made for iPhone) e depois um novo backlash é inevitável.

Ainda há telemóveis que não usam USB-C. O Galaxy A03 usa microUSB. E a porta Lightning é mais durável que a USB-C.

Quanto à regulação digital (eu estava a referir-me a casos concretos e tu generalizaste a mesma, mas tornaste a discussão mais interessante), a única ideia que me vem à cabeça é obrigar as empresas a terem de "desbloquear" os dispositivos. Estás a ver o exemplo do serviços de armazenamento na Cloud que eu falei? Se a Apple algum dia fechasse e acabasse com os seus serviços, teria de arranjar maneira dos utilizadores instalarem aplicações de uma forma que não a Apple Store. Não sei se o meu exemplo foi o mais perceptível.
 
Claro que dava horas. Se calhar por isso é que ninguém abriu thread sobre este tema :)

No quadro atual não tem que arranjar maneira alguma.

Repare-se. Esta regulação não visa a Apple especificamente. Mas uma classe de dispositivos e as suas práticas … tomem a forma hard ou soft.

Já ultrapassamos então o teu primeiro argumento. Estamos agora a falar dos parâmetros da regulação.

Por falar em parâmetros … já verificaste a prática das in app purchases da App Store em matéria de transparência para o consumidor? E a outra comparando as Apps com canais televisivos. Porque carga de água para canais a regulação é justa e funciona mas quando chega às Apps no iOS … isso já é anti inovação.

A meu ver essa coisa da regulação prejudicar a inovação é uma treta. Foi precisamente o fato da MS ter sido regulada que abriu espaço para empresas como a Google e a Apple emergirem. Melhores serviços.

Foram os princípios de neutralidade da rede e dos dispositivos que a compõem sobre os quais foi feita a regulamentação que permitiu o boom na economia digital. Vai-se abandonar agora esses princípios e deixar que empresas criem um disco entre os utentes da rede e os serviços digitais porque criaram um telemóvel muito bom?… claro que não. O que se está a fazer é apenas uma adenda a essa regulamentação que visam novos tipos de dispositivos que entraram em cena na última década com práticas que desafiam esses princípios. Baseadas em eufemismos analógicos falaciosos.

Isto é. Está totalmente em linha com outras regulamentações. Seria injusto para o mercado global que não fosse assim.

PS: O MFI não depende da do tipo de porta. É uma certificação que a Apple dá a dispositivos terceiros que integram com o iPhone. Existem dispositivos wireless que têm essa certificação. É o mesmo que o Made for Windows … exatamente a mesma coisa. O fato de da porta passar a see USB-C não retira valor a essa certificação. Olha para o iPad Pro
 
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Ainda há telemóveis que não usam USB-C. O Galaxy A03 usa microUSB. E a porta Lightning é mais durável que a USB-C.

Sim. La está … a regulação visa padronizar todos, como as entradas de combustível … não apenas iOS Quanto á porta lightening ser mais durável …é possível que seja. No entanto a porta do meu X pífou do uso … e para arranjar a Apple pedia-me quase 600 euros + entrega do bicho. Exigiam-me este arranjo antes de trocar a bateria. Para eu ter alguma eficiência de custo tive que ir á candonga ... coisa que me arranjaram-me por 50 … voltei então á Apple para trocar a bateria. A única que me lembrou ter pifado de uso nos últimos 15 anos entre múltiplos tipos de portas. Estás a ver o que a Apple entende o que é ter um mundo controlado de A a Z por ela ... cria factoids e depois elabora sistemas de extracção financeira em torno destes ... é a loucura especulativa.

Dizer que o cliente pode sempre optar por outra coisa se não gostar do produto é o mesmo que dizer que o fornecedor pode fazer outra coisa qualquer se não gostar do mercado. O que não falta aí são produtos e ideias alternativas. Mas a regulação não se prende com isso … regula práticas e condutas independentemente das preferências ou ideias de cada um.

São estes !factoids! que os reguladores observam e criam condutas que têm que ser respeitadas. No fim do dia trata-se da relação de poder entre a tua propriedade e a propriedade intelectual do fornecedor que com o digital cada vez mais exerce sobre a tua propriedade.

Em suma … a regulação aparece para melhorar a qualidade dos serviços assegurando com regras que as propriedades de cada um são respeitadas em qualquer stack rumo á competição. Obviamente que as empresas tendo-se de adaptar é chato. Obviamente pode haver erros … correções e ajustamentos.

A ideia que a Apple ou outra empresa qualquer está aqui para proteger os clientes da sua concorrência é um raciocínio totalmente infantil. É até uma ideia nova da Apple … impulsionada pelo Tim Crook. Não me recordo do SJ ter alguma vez usado marketing pela negativa ... a não ser quando falava do Windows ... kekeke.
 
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E a porta Lightning é mais durável que a USB-C.
Discordo pelo facto do elemento mecânico falível estar do lado do dispositivo (socket com molas de contacto que perdem efectividade com a utilização) e não do lado do cabo (socket com contactos fixos). É o inverso da porta de 30 pinos que a precede, bem como dos standards microUSB e o mais recente USB-C. É uma das razões que por vezes portas Lightning com mau contacto requerem substituição do socket no lado do dispositivo enquanto no standard USB-C basta substituir o cabo (no lado do dispositivo com USB-C basta um palito e uma swab com álcool para limpar os contactos fixos, caso necessário).
 
No entanto se tiveres um Mac com usb-c e um iphone vais ver que a porta no Mac fica cheia de folga em 2-3 anos, enquanto que o iPhone se tiver limpo k cabo continua a segurar o iPhone pendurado
 
Sempre ouvi dizer o contrário, de que em durabilidade a porta Lightning é melhor, mas é a única vantagem que tem. De resto o USB-C é melhor em tudo.
 
No entanto se tiveres um Mac com usb-c e um iphone vais ver que a porta no Mac fica cheia de folga em 2-3 anos, enquanto que o iPhone se tiver limpo k cabo continua a segurar o iPhone pendurado
O mecanismo do socket USB-C não só tem em conta o eventual desgaste a nível dos contactos propriamente ditos, colocando o socket mecânico de maior desgaste no lado mais facilmente substituível (cabo), como também o faz com os componente de retenção da acoplação de maior desgaste.

Não esquecer também que as tolerâncias cinéticas (movimento) do USB-C aquando acoplado são anormalmente maiores que noutros interfaces incluindo o Lightning, não significando necessariamente qualquer problema na efectividade do contacto. Da mesma forma e segundo rumores, aquando da criação da especificação USB-C, o objectivo não foi tornar o "bite" do USB-C muito fixo sob o pretexto de auxiliar o unplug em caso de acidente (nunca igualável ao MagSafe por motivos óbvios, mas superior aos precedentes não magnéticos).

Para que não restem dúvidas, segundo o "whitepaper" da especificação:
qgSk9bZ.jpg


Socket "macho" no lado do dispositivo com encaixe fixo onde as molas presentes no socket do cabo vão encaixar:
KX2fgfw.jpg


Socket "fêmea" no lado do cabo, setas apontam para as molas de retenção, que em caso de desgaste são facilmente substituídas através do uso de um cabo novo:
5Kq75BC.jpg


Outro perfil das molas de retenção presentes no socket do lado do cabo:
yKS03UH.jpg
 
Aquilo é mesmo a calculadora da Apple. São valores elevados para obrigar os pequenos devs, ou projectos open source, a nem pensar em aceitar os novos termos. Outros como a meta, epic, microsoft ou google certamente vão aproveitar. Duvido muito que estas alterações sejam compatíveis com o DMA. Vão ser uns meses interessantes.
Também não acredito que sejam compatíveis.
Mas estas empresas são boas a ver falhas nas leis/regras.
Nada que umas adendas não resolvam.
 
Ser a calculadora da Apple não faz os valores serem finais. Continuo a duvidar que vá até ao fim dessa forma. A Apple até costuma ser porreira para os pequenos devs, não me parece que não haja ali algo mais, algum erro. Posso estar a ser ingénuo, mas não acredito que seja final.
 
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