O senso comum diria que quem investe e quem inova deve colher os frutos desse investimento mas existem abundantes casos em que a presença de "poder de mercado" e de uma "posição dominiante" conduziram a situações altamente lesivas da concorrência. Partirem todos do zero no ano t é irrelevante pq o que conta é a estrutura do mercado relevante num determinado momento.Mas isso faria sentido num contexto em que quando os concorrentes entram, entram num contexto de monopólio próprio. Como aconteceu no caso da rede de cobre/ADSL.
No caso da fibra isso não aconteceu. Partiram todos essencialmente do zero, uns investiram mais outros menos, uns tiveram uma estratégia mais bem sucedida outros menos.
E pode haver milhares de artigos sobre o paradigma regulatório, não é por isso que achar tudo normal. Sobretudo quando parte das situações que pretendem resolver foram causadas por decisões do próprio regulador / governo.
Agora, a parte que interessa: É tão invevitável o abuso das empresas que detêm esse poder, que o interesse púiblico se coloca, arrisco dizer, sempre, do lado do funcionamento equilibrado dos mercados, estimulando a concorrência. É por isso que existem reguladores setoriais e um regulador transversal que no caso dos primeiros, são recentes e ainda têm muito que evoluir. Pode haver erros de regulação, mas neste caso a anacom nao está a inventar a roda. O mecanismo já existe e foi criado precisamente para estes casos.