.DX. disse:Tambem vai ser curioso ver como a plataforma de jogos PC se vai adaptar a realidade que os laptops estao a vender mais que os desktops.
Os portáteis não deixam de ser PCs, da mesma maneira que há muitos portáteis da treta com placas gráficas integradas também há portáteis de qualidade perfeitamente capazes de jogar tudo o que aí anda, ainda que mais dispendiosos do que um desktop de qualidade similar. O PC como plataforma de jogos não perde em nada com isso, continuam a ser máquinas viáveis que podem correr jogos, ainda que apresentem especificações inferiores.
Mas já agora gostava de saber qual é a fonte para essa afirmação, não há dados concretos sobre o número de gaming desktops que existem pois uma boa parte são montados individualmente - seja por lojas particulares a pedido do cliente ou pelos próprios utilizadores -, daí que assumir que as vendas duma marca específica se reflectem na tendência generalizada do mercado não passa duma falácia.
Ainda assim, quando se tem 43 mil milhões de dólares de receitas anuais apenas em PCs e hardware destinado a jogos, fico na dúvida como é que isso é um ponto negativo.
A maior plataforma - mais difundida - não significa a tecnologicamente mais avançada. A verdade é que, se quisermos ser rigorosos, em quase todos os PCs do mundo (seguramente 99,99%) é possível jogar. Nem que sejam jogos mais antigos e/ou casuais, como o Solitário.
Isto dito, todos vemos que a distribuição digital está aí, sem dúvida, e para ficar, e, por outro lado, o mercado dos jogos casuais continua a crescer e a atingir novos públicos.
Quem leia esta notícia pense em todas as maneiras de jogar e todos os diferentes jogos que os computadores - mesmo os velhinhos - permitem, e não no comezinho e falacioso "ah ya, mas nenhum portátil corre o GTA4 fluidamente lulz".
O mercado de jogos casuais será sempre o maior mercado da indústria e vai continuar a crescer, seja para PC ou consolas. Qualquer plataforma com um mínimo de popularidade tem obrigatoriamente de apelar a jogadores casuais, logo, esse público tem de ser tido em conta. E não se está apenas a falar dos jogos mais simples com orçamentos baixos como muita gente pensa, franchises como o Fifa, Madden, Need for Speed e afins são claramente direccionados ao público mais casual, caso contrário não venderiam milhões.
Obviamente que quando se fala de gaming PCs e mais especificamente no caso da EA, não estão certamente a contabilizar PCs com 6 anos ou placas gráficas integradas da treta. Mesmo o maior franchise da EA, o The Sims, dava alguns problemas a correr em placas gráficas integradas e isso levou a que a EA tivesse de fazer o motor mais escalável para o The Sims 3.
Se limitarmos a plataforma apenas a gaming PCs capazes de jogar decentemente e/ou relativamente recentes, continua a ter um enorme número de utilizadores e a ser a plataforma mais extensa, o que não será muito difícil de verificar pelos reports da fabricantes de hardware ou da PCGA. Mas não seria a atitude mais correcta por parte das editoras, porque se há algo que se pode constatar pelo sucesso global na indústria - e neste caso incluindo todas as plataformas existentes - é que o avanço tecnológico está longe de ser uma prioridade para o sucesso duma plataforma e dos seus respectivos jogos.
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