Engenharia Informática

[opinião pessoal: têm todo o direito de discordar]

@zemiguel23 estuda o que tiveres de estudar, se é que me faço entender.
Ou seja, se fores como 99,8% dos alunos vais lixar na cena e vais estudar antes dos elementos de avaliação que tiveres. Provavelmente, tal como 90% desses 99,8 vais-te dar mal logo no primeiro semestre (que, diga-se, costuma ser o mais fácil, mas o pessoal lixa-se sempre). Ou caso te safes no primeiro semestre vais experimentar no segundo (afinal, resultou no primeiro, certo?) e a probabilidade de te dares pior aumenta consideravelmente.
É como tudo, serve para aprenderes. E a partir daí vais testando o que funciona melhor para ti.
Seja EI ou outro curso qualquer: porque entraste na faculdade? porque escolheste esse curso? qual é o teu objetivo?
Duvido que exista alguém que diga, com sinceridade, que o que importa é passar, seja com 9,5 (atenção que nem todos os profs arredondam para 10) ou com 15.
O que importa é aprender! Quanto mais aprenderes mais preparado vais estar e a probabilidade de seres melhor sucedido também aumenta. Não quer dizer que o sejas, mas é preferível a oportunidade não aparecer do que ela aparecer e não a conseguires agarrar. A "sorte" não é assim tão aleatória quanto isso.

Sim, vais ter cadeiras/disciplinas que provavelmente não vão acrescentar muito para a área em questão mas vais ter de as fazer. Pior, provavelmente vais ter de andar a pesquisar vídeos no youtube sobre como fazer isto ou aquilo e no final mais valia teres pagado ao indiano do vídeo para te ensinar em vez de pagar as propinas, mas vais ter de as fazer, não há volta a dar.
Assim sendo, aproveita para aprender algo pelo caminho. Estás a investir em ti e no teu futuro e não simplesmente a "fazer uma cadeira".

E joga e bebe e fuma, se for o caso... Mas lembra-te dos teus motivos e objetivos. Equilibro é a palavra chave e isso será diferente para cada um.


PS: eu devia seguir os meus conselhos também :D
 
ISEP, tive colegas que também o faziam, e colegas a fazer o mesmo que não conseguiram, depende da facilidade de compreensão de cada um
[opinião pessoal: têm todo o direito de discordar]

@zemiguel23 estuda o que tiveres de estudar, se é que me faço entender.
Ou seja, se fores como 99,8% dos alunos vais lixar na cena e vais estudar antes dos elementos de avaliação que tiveres. Provavelmente, tal como 90% desses 99,8 vais-te dar mal logo no primeiro semestre (que, diga-se, costuma ser o mais fácil, mas o pessoal lixa-se sempre). Ou caso te safes no primeiro semestre vais experimentar no segundo (afinal, resultou no primeiro, certo?) e a probabilidade de te dares pior aumenta consideravelmente.
É como tudo, serve para aprenderes. E a partir daí vais testando o que funciona melhor para ti.
Seja EI ou outro curso qualquer: porque entraste na faculdade? porque escolheste esse curso? qual é o teu objetivo?
Duvido que exista alguém que diga, com sinceridade, que o que importa é passar, seja com 9,5 (atenção que nem todos os profs arredondam para 10) ou com 15.
O que importa é aprender! Quanto mais aprenderes mais preparado vais estar e a probabilidade de seres melhor sucedido também aumenta. Não quer dizer que o sejas, mas é preferível a oportunidade não aparecer do que ela aparecer e não a conseguires agarrar. A "sorte" não é assim tão aleatória quanto isso.

Sim, vais ter cadeiras/disciplinas que provavelmente não vão acrescentar muito para a área em questão mas vais ter de as fazer. Pior, provavelmente vais ter de andar a pesquisar vídeos no youtube sobre como fazer isto ou aquilo e no final mais valia teres pagado ao indiano do vídeo para te ensinar em vez de pagar as propinas, mas vais ter de as fazer, não há volta a dar.
Assim sendo, aproveita para aprender algo pelo caminho. Estás a investir em ti e no teu futuro e não simplesmente a "fazer uma cadeira".

E joga e bebe e fuma, se for o caso... Mas lembra-te dos teus motivos e objetivos. Equilibro é a palavra chave e isso será diferente para cada um.


PS: eu devia seguir os meus conselhos também :D
Lindo hahaha. Equilíbrio exatamente. Sim eu posso dizer sem mentiras ou armar-me como aqueles que dizem que não estudam e passam em exames que para mim isso não é assim. Vim do 12 em que estudei em horas somadas não chega a 4 dias. E agora estou a comer isso tudo
 
Eu no 12º ano tive aplicaçoes informaticas e entendi bem os conceitos de programaçao, depois independemente da linguagem vai dar tudo ao mesmo.. O que custa é o inicio :D
 
desde já grande faculdade em que tiraste o curso ! E o livro do Luís Damas ?

Nunca li por isso nao posso opinar muito, as pessoas dizem que e' bom. O do Ritchie nao e' bom, e' brutal, espectacular e esta no meu top de livros que ja' li na vida e e' o unico que e' um livro tecnico. Podes ler o que quiseres ou nem sequer ler nada, mas eu recomendo este!

Gosto particularmente desta quote de uma review na amazon:
It is more like a strict text-book rather than a interactive learning material. For programming beginners, you can get lost very easily and struggle with even the first chapter of this book. This book will not answer questions which beginners normally have about "How to do something". Instead, it explains idea directly about "why do we do this".
 
Nunca li por isso nao posso opinar muito, as pessoas dizem que e' bom. O do Ritchie nao e' bom, e' brutal, espectacular e esta no meu top de livros que ja' li na vida e e' o unico que e' um livro tecnico. Podes ler o que quiseres ou nem sequer ler nada, mas eu recomendo este!

Gosto particularmente desta quote de uma review na amazon:
manda aí o link da amazon vou ver se compro
 
O que entendes por estudar ? Eu precisei de estudar muito pouco durante a faculdade. Tinha mesmo era de "trabalhar" bastante para dar conta da avaliação contínua (projectos com múltiplas entregas, defesa e respectiva avaliação) e respectivos mínimos, para conseguir ter oportunidade de fazer o exame!

Nem todas as faculdades são boas como essa. :P
 
O que voces pensam do outsourcing de software? Pensam que a area ainda vale a pena? Ouvi dizer que o outsourcing para Indias e semelhantes está muito forte...
 
No IPCA há um que me interessou que é o Técnico de Programação de Sistemas Informáticos. Eu estou neste momento no 11º do curso profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, por isso pensei logo que esse TesP fosse a continuação perfeita dos meus estudos visto que não pretendo fazer exames nacionais. Agora a questão é se é possível com um diploma destes ir, com alguma facilidade, para uma Licenciatura relacionada com este curso (Ex. Programação de Sistemas Informáticos na UMinho). Já vi também CETs mas não tenho condições para usufruir deles porque não há aqui perto de guimarães algum que me interesse. Peço então que alguém que já tenha passado pelo mesmo partilhe o seu conhecimento.
 
No IPCA há um que me interessou que é o Técnico de Programação de Sistemas Informáticos. Eu estou neste momento no 11º do curso profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, por isso pensei logo que esse TesP fosse a continuação perfeita dos meus estudos visto que não pretendo fazer exames nacionais. Agora a questão é se é possível com um diploma destes ir, com alguma facilidade, para uma Licenciatura relacionada com este curso (Ex. Programação de Sistemas Informáticos na UMinho). Já vi também CETs mas não tenho condições para usufruir deles porque não há aqui perto de guimarães algum que me interesse. Peço então que alguém que já tenha passado pelo mesmo partilhe o seu conhecimento.

Eu fiz esse curso (presumo que ainda seja de Nivel 4) na Escola Profissional Ruiz Costa em Matosinhos (link) e, embora possa estar um bocado a cuspir no prato onde já comi, e da maneira como me foi leccionado (claro que depende de escola para escola), o curso é dado "à balda". Tenho-te a dizer que se não fosse por não querer perder um ano ou dois da minha vida a entrar novamente para o Ensino Regular eu tinha saído de lá, mas como não queria fazer um chouriço na altura, fiquei.

Eu vou resumir um bocado a minha experiência nesse curso:

- É um curso confuso em que mal lá chegas és bombardeado com fluxogramas que não têm qualquer tipo de uso para os trabalhos que vais fazer a seguir.
- Disse trabalhos que vais fazer a seguir? Bah enganei-me. Só fiz trabalhos no 2º ano que envolviam programação REAL. Passei o primeiro ano todo a fazer fluxogramas e uns exercicios para encher chouriço em C. (cadeira de PSI)
- Em TIC vais dar Word, Excel, PowerPoint etc. Eu até nem me importava de dar Office, se não tivessem dado coisas que eu já sabia de cor e salteado, e não é porque sou muito inteligente. É porque é demasiado básico. Poucas foram as funções que dei em Excel, e não é preciso tirar um curso pa saber formatar o texto de uma célula.
- ARQSIS fiz de tudo menos arquitectar sistemas. Dei imensa teoria e pratiquei pouco. Cheguei ao fim do curso sem saber configurar um servidor Windows. Ou melhor, na teoria sabia, mas na prática não. Mas secalhar também foi do prof que era péssimo.
- Matemática nem vale a pena falar do tão básico que é. Dar frisos e probabilidades do 9º ano não preparam propriamente uma pessoa para prosseguir estudos. E eu conseguia passar com trabalhos porque andava na idade do armário e cagava pa Matemática, pensando eu que não servia para nada. E a que dei, realmente vendo bem agora, não serve mesmo.
- Redes ainda se escapa. Aprendes o básico (i.e. o que é um router, um IP, máscaras de rede, IPs privados, públicos, projectar uma rede pequena, etc) e penso que seja suficiente para um curso de Nível 4.

E depois tens as cadeiras obrigatórias por lei no curso, Português, Inglês, Física, etc. Penso que o Inglês dado, apesar de bom, carece de mais foco para a informática.

Dito isto, após fazer o curso fui para uma instituição tirar um curso de 1 ano de Nível 5 em Redes de Comunicação, e adorei o curso. Bastante focado, com uns pequenos toques de programação (que me conseguiram preparar melhor para o ensino superior do que em 3 anos no curso de TGPSI), completo e rígido, capaz de trazer à luz da ribalta os melhores.

Após acabar esse curso, fui para o ISEP por umas vagas especiais. E aí é que vi o quão rídiculo tinha sido a minha aprendizagem no TGPSI.

Bem, não são cursos comparáveis de todo. Num queres ser engenheiro, noutro queres ser técnico, que não tem nada a ver. Mas a forma que tive de arranjar na minha cabeça para esquecer quase tudo o que dei anteriormente e ficar só com o pouco que interessava (i.e. lógica de programação) quase me custaram a primeira cadeira de LAPR. Pensava eu que estava com um trabalho praí para o 15 ou 16, tive um baixo 11 e um professor a chamar-me de técnico e que se queria ser engenheiro tinha de aprender a programar como tal.

Fazendo uma analogia, é basicamente comparável a um gajo que conduziu 3 anos e ganhou vícios na condução, perdeu a carta porque se enfrascou demais num jantar de família e apanhou uma operação STOP, e foi tirar a carta outra vez. Será que o gajo, se conduziu com uma mão durante esse tempo, vai meter as duas no volante? Claro que sim, se quer passar, mas vai demorar tempo. Será que vai reduzir as mudanças em vez de meter em ponto morto e deixar o travão fazer a sua magia? Claro, mas vai demorar tempo.

Foi exactamente isto que me aconteceu. Secalhar para um gajo que vem do regular aprender pela primeira vez a programar direito é mais simples do que para um gajo que já programava antes, chegou lá armado em campeão do tipo "eu já sei isto tudo" e depois vai-se a ver é parecido mas não tem nada a ver, e demora o seu tempo a assemelhar as mudanças.

Tudo isto para dizer que o curso em si não é mau. O problema reside na questão de quereres ou não continuar os estudos. O curso, para um técnico, não é nada de se deitar fora - até pode ser que depois do curso fiques na empresa onde estagiaste e te dediques a ser um auto-didacta com sucesso. Mas acho que para quem vai prosseguir os estudos, embora te dê umas luzes, vais ter de fazer um reset a tudo o que aprendeste para programar como um Engenheiro. Mas calma, é claro que o curso não te dá só coisas para esqueceres. O curso ensina-te várias coisas úteis e acende a lógica programática.

Voltaria para o curso? Talvez, mas se tivesse a garantia que o programa tinha sido mudado, principalmente para o primeiro ano.
 
Eu fiz esse curso (presumo que ainda seja de Nivel 4) na Escola Profissional Ruiz Costa em Matosinhos (link) e, embora possa estar um bocado a cuspir no prato onde já comi, e da maneira como me foi leccionado (claro que depende de escola para escola), o curso é dado "à balda". Tenho-te a dizer que se não fosse por não querer perder um ano ou dois da minha vida a entrar novamente para o Ensino Regular eu tinha saído de lá, mas como não queria fazer um chouriço na altura, fiquei.

Eu vou resumir um bocado a minha experiência nesse curso:

- É um curso confuso em que mal lá chegas és bombardeado com fluxogramas que não têm qualquer tipo de uso para os trabalhos que vais fazer a seguir.
- Disse trabalhos que vais fazer a seguir? Bah enganei-me. Só fiz trabalhos no 2º ano que envolviam programação REAL. Passei o primeiro ano todo a fazer fluxogramas e uns exercicios para encher chouriço em C. (cadeira de PSI)
- Em TIC vais dar Word, Excel, PowerPoint etc. Eu até nem me importava de dar Office, se não tivessem dado coisas que eu já sabia de cor e salteado, e não é porque sou muito inteligente. É porque é demasiado básico. Poucas foram as funções que dei em Excel, e não é preciso tirar um curso pa saber formatar o texto de uma célula.
- ARQSIS fiz de tudo menos arquitectar sistemas. Dei imensa teoria e pratiquei pouco. Cheguei ao fim do curso sem saber configurar um servidor Windows. Ou melhor, na teoria sabia, mas na prática não. Mas secalhar também foi do prof que era péssimo.
- Matemática nem vale a pena falar do tão básico que é. Dar frisos e probabilidades do 9º ano não preparam propriamente uma pessoa para prosseguir estudos. E eu conseguia passar com trabalhos porque andava na idade do armário e cagava pa Matemática, pensando eu que não servia para nada. E a que dei, realmente vendo bem agora, não serve mesmo.
- Redes ainda se escapa. Aprendes o básico (i.e. o que é um router, um IP, máscaras de rede, IPs privados, públicos, projectar uma rede pequena, etc) e penso que seja suficiente para um curso de Nível 4.

E depois tens as cadeiras obrigatórias por lei no curso, Português, Inglês, Física, etc. Penso que o Inglês dado, apesar de bom, carece de mais foco para a informática.

Dito isto, após fazer o curso fui para uma instituição tirar um curso de 1 ano de Nível 5 em Redes de Comunicação, e adorei o curso. Bastante focado, com uns pequenos toques de programação (que me conseguiram preparar melhor para o ensino superior do que em 3 anos no curso de TGPSI), completo e rígido, capaz de trazer à luz da ribalta os melhores.

Após acabar esse curso, fui para o ISEP por umas vagas especiais. E aí é que vi o quão rídiculo tinha sido a minha aprendizagem no TGPSI.

Bem, não são cursos comparáveis de todo. Num queres ser engenheiro, noutro queres ser técnico, que não tem nada a ver. Mas a forma que tive de arranjar na minha cabeça para esquecer quase tudo o que dei anteriormente e ficar só com o pouco que interessava (i.e. lógica de programação) quase me custaram a primeira cadeira de LAPR. Pensava eu que estava com um trabalho praí para o 15 ou 16, tive um baixo 11 e um professor a chamar-me de técnico e que se queria ser engenheiro tinha de aprender a programar como tal.

Fazendo uma analogia, é basicamente comparável a um gajo que conduziu 3 anos e ganhou vícios na condução, perdeu a carta porque se enfrascou demais num jantar de família e apanhou uma operação STOP, e foi tirar a carta outra vez. Será que o gajo, se conduziu com uma mão durante esse tempo, vai meter as duas no volante? Claro que sim, se quer passar, mas vai demorar tempo. Será que vai reduzir as mudanças em vez de meter em ponto morto e deixar o travão fazer a sua magia? Claro, mas vai demorar tempo.

Foi exactamente isto que me aconteceu. Secalhar para um gajo que vem do regular aprender pela primeira vez a programar direito é mais simples do que para um gajo que já programava antes, chegou lá armado em campeão do tipo "eu já sei isto tudo" e depois vai-se a ver é parecido mas não tem nada a ver, e demora o seu tempo a assemelhar as mudanças.

Tudo isto para dizer que o curso em si não é mau. O problema reside na questão de quereres ou não continuar os estudos. O curso, para um técnico, não é nada de se deitar fora - até pode ser que depois do curso fiques na empresa onde estagiaste e te dediques a ser um auto-didacta com sucesso. Mas acho que para quem vai prosseguir os estudos, embora te dê umas luzes, vais ter de fazer um reset a tudo o que aprendeste para programar como um Engenheiro. Mas calma, é claro que o curso não te dá só coisas para esqueceres. O curso ensina-te várias coisas úteis e acende a lógica programática.

Voltaria para o curso? Talvez, mas se tivesse a garantia que o programa tinha sido mudado, principalmente para o primeiro ano.
tiveste matemáticas e isso ?
 
Boas, estou no meu ultimo semestre para terminar a licenciatura. Gostaria de tirar o mestrado na FEUP, como é o processo de candidatura? Para além disso, a média para entrar lá para o mestrado está a rondar quanto??

Desde já, obrigado :)
 
Boas,
Uma informação, é verdade que Engenheiros Informáticos trabalham mais horas que outros engenheiro nomeadamente eléctricos e mecânicos?
 
É assim, há quem trabalhe mais horas, há quem trabalhe menos horas, tudo depende da empresa em que estás e como eles lidam com os orçamentos/prazos.

Há empresas em que fazer horas extra é "obrigatório", há outras que chega à hora de sair e vai tudo embora.

Obviamente que na nossa área há alturas em que é efetivamente dar mais um bocado pois o prazo está a acabar, algo correu mal e é preciso voltar a fazer, etc... Mas uma coisa é acontecer isso de longe a longe, outra coisa é o planeamento do projeto contar com 10 ou 12h de trabalho diário.

Mas presumo que em outras áreas aconteça o mesmo...
 
Back
Topo