Partilha O último jogo

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Apreciação: 10/10
 
That Dragon Cancer - 9/10 (PC)

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Terminei agora mesmo esta experiência completamente devastadora em termos emocionais, isto para um pai, como eu que tem um miúdo de 5 anos e outro a caminho e que olha para a possibilidade de ver uma doença terminal de uma criança, de um filho, como algo com que não saberia lidar de modo racional. Grande experiência neste diário interativo que cristaliza na memória eterna o sofrimento dos pais, mas também a procura da redenção em todo o amor transmitido no limite das sua forças.

Assustadoramente brilhante....
 
Última edição:
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Dark Souls III
9.5/10

Mais de um ano depois do jogo ter saído e de o ter comprado no dia de lançamento, finalmente comecei e terminei este Grande jogo. Tenho a dizer que segui pouco sobre este jogo antes dele sair, vi alguns videos e li muito pouco sobre o jogo. Sou grande fã desta saga, desde que conheci o Demons Souls em 2011.
Devo dizer que nunca fui fã de RPGs, mas havia algo em Demons Souls que me fazia querer jogar o jogo. Mal o tive foi amor à primeira vista, e adorei o jogo. Depois disso foi sempre a jogar a saga toda, Demons Souls, Dark Souls e Bloodborne. Devo dizer também que não terminei o Dark Souls 1, pois na altura achei um bocado difícil algumas partes, depois deixei passar imenso tempo até que perdi o save e não queria começar tudo de novo. Mas pelo que sei fiquei mesmo perto do final do jogo.

Mas vamos lá falar deste Dark Souls III. Se estão preocupados em ler spoilers apenas irei falar dos bosses, tais como nomes, como os derrotei ou mesmo locais. Se quiserem parar de ler para não apanharem com spoilers é o melhor.
Sobre a história não tenho nada a dizer, acho que esta saga nunca teve uma história propriamente dita.
Nunca fui um jogador pro neste tipo de jogo, apesar de muita gente ser contra em jogar com outros jogadores eu joguei a maior parte deste jogo com outors jogadores para me facilitar mais o jogo. Visto ser uma opção do jogo onde se pode chamar outros jogadores para nos ajudar, porque não usar isso a nosso favor? Também algumas das vezes fui ajudar outros jogadores no mundo deles para ver como era o caminho e para ver como eram certos bosses.
Este foi o jogo da saga que achei mais acessível, não sei se por ser já o quinto jogo da saga e já estar bem habituado à maneira de jogar ou se o jogo era mesmo mais acessível que os anteriores. Mas posso dizer que aprendi imenso com o Bloodborne, jogar sem escudo e usar imenso o roll aprendi imenso com esse jogo, e neste jogo apesar de ter usado sempre o escudo ajudou imenso essa maneira de jogar. Não usei magias nenhumas, passei o jogo todo sem usar isso e achei bastante fácil jogar assim.
No jogo todo não houve um único boss onde eu ficasse "preso" e me tirasse do sério, houveram bosses que precisei de 2 ou 3 tentativas para o derrotar mas também houveram bosses que derrotei à primeira tentativa. Não quero com isto dizer que sou o maior a jogar isto, mas como já disse tive a ajuda de outros jogadores no jogo.

Em termos de questlines, fiz a do Siegard of Catarina achei imensa piada à quest dele, mesmo com o porco do Patches a estragar-lhe a vida a certa altura.
A certa altura do jogo encontrei também dois NPCs, e mal vi um deles ao longe pensei, é Oscar, Knight of Astora... Mas não era, era sim a Anri of Astora. Bem, fiquei logo contente porque foi uma personagem que sempre gostei no DS1.
Falhei foi a quest do Yoel of Londor, tive pena de não a ter feito mas não sabia como era e então não consegui fazer o final mais complicado do jogo.

Em termos de bosses este jogo tem bosses brutais, quando encontrei o Abyss Watchers até me borrei todo quando o vi. Gostei imenso da luta com ele.
Outro boss que adorei foi o Pontiff Sulyvahn. Mas que belo combate, a meio do combate com ele, ele transforma-se em dois e está sempre a voar, mas um deles é como um fantasma mas ainda assim dá algum trabalho.
Yhorm the Giant, o boss que estava mais á espera de encontrar no jogo visto que aparece em vários trailers. Mal entro na área do boss até saltei, mas como já me tinham dito o que fazer achei a luta demasiado fácil usando a Storm Ruler.
E a Lothric? Mais um dos meus preferidos deste jogo, com duas fazes em que a irmã dele depois vai para as costas dele....
Nameless King, o boss que me diziam ser pior do jogo. E foi, deu-me algum trabalho, um boss com duas fases sendo a segunda fase mais complicado que a primeira. Eu tive a ajuda de outros dois jogadores e foi essa a minha sorte, apesar de ser uma área bem grande o boss era mesmo rápido.
Soul of Cinder, esperava mais deste boss. Pensei que ia ser mais complicado mas até achei bem acessível. Mesmo assim gostei visto eu ter a edição especial com a estátua desta personagem tinha outro significado lutar contra ele.

Quanto aos locais do jogo, não houve uma única zona em que eu não gostasse de andar. Em todos os outros jogos da saga houveram sítios menos bons para andar, mas este aqui não. Todos os locais eram brutais, destaco a altura em que chego a Irithyl of the Boreal Valley. Devo ter ficado ali uns 3 minutos admirar aquela paisagem linda. E depois de muito trabalho chego a Anor Londo, a parte mais lixado do Dark Souls 1. Desta vez chego lá por outra parte mas usando a mesma mecânica, um ponte giratória. Lothric Castle, uma zona um pouco complicada mas que me fez lembrar imenso o Demons Souls.

A única parte que tive assim alguns problemas durante uns minutos e que me irritou um bocado foi na parte que liga o bonfire de Pontiff Sulyvahn a Anor Londo, e porquê? Porque pelos vistos nesta zona podemos ser invadidos por vários jogadores ao mesmo tempo. Lembro-me que mal entro lá pela primeira vez fui invadido por 4 jogadores, tive de chamar mais 2 para me ajudar e como estava num convenat que me ajudava o jogo ainda foi chamar outro. A certa altura eu já nem sabia quem estava comigo e quem estava contra mim! Essa zona foi mesmo complicada, até que achei melhor fazer essa zona como Hollow então decidi morrer e fazer isso tudo assim para não ser invadido.

O jogo não foge muito do que foram os outros jogos, as mecânicas, jogabilidade, as classes, tipos de armas e magias está tudo lá. Achei interessante terem implementado novamente um barra para a Mana, que é chamada de FP, que serve para usar as magias, tal como acontecia em Demons Souls.
O jogo em si não é complicado, sempre disse isto apesar de muita gente dizer que Dark Souls é mesmo difícil. Eu não acho! O jogo ajuda-nos a ser cautelosos, temos várias ajudas, os outros jogadores ao deixarem mensagens no chão estão a ajudar imenso em algumas zonas, poder chamar outros jogadores também ajuda imenso e agora até já podemos jogar com amigos independentemente dos níveis. Ao convidar um amigo que seja muito mais forte que nós para o nosso jogo, o jogo vai fazer com que ele fique com as stats equivalentes ao nosso jogo, e acho isso justo.
A saga evoluiu imenso com o passar dos anos, mesmo assim ainda digo que o Demons Souls é o meu preferido de sempre e o mais difícil. Não existem bonfires, não podemos jogar com os amigos que estiverem muito mais acima de nós, se morrermos no início de uma área volta-se ao início dessa área, apesar de haver atalhos para abrir como não temos bonfires é complicado em certos sítios. Se formos invadidos ou invadirmos alguém e morrermos perdemos nível. Esse sim é complicado, por isso digo que Dark Souls e Bloddoborne são bem mais acessíveis que Demons Souls.

Para concluir, amei este Dark Souls III. Depois de Demons Souls este é o meu jogo preferido da saga. Tenho pena que tenha terminado neste, mesmo sem ter jogado os DLCs mas espero um dia mais tarde jogar.

May the flame guide thee...
 
Um pouco agarrado pela nostalgia das aventuras FMV - Full Motion Video, tão em voga nos anos 90, com vários êxitos lançados como Phantasmagoria, Tex Murphy: Under a Killing Moon ou Black Dahlia, entre outros, decidi experimentar 2 títulos recentes, dentro (+/-) do género.

Assim:

The Bunker - 6/10 (PC)

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Apesar de ter um plot interessante, este jogo não me conseguiu agarrar, muito por culpa de algum desequilíbrio no ritmo imposto, o qual é bastante lento e em certa medida desconexo. The Bunker utiliza a técnica FMV onde as escolhas e acções que escolhemos, geram os vídeos respectivos da implementação dessa ação. Em termos de acting, o desempenho dos atores é razoável e conseguem transmitir de modo adequado a tensão presente ao longo do jogo. Infelizmente, o ritmo lento do jogo, numa narrativa que procurou impor um ambiente opressivo, é sobreposta pelas mecânicas do jogo, onde sentimos que, em certa medida, são castradoras dos nossos movimentos, o que me gerou alguma frustração. Não deixa de ser interesse o risco em produzir-se um jogo com uma técnica em desuso, mas, apesar do mérito, não posso dar o merecido elogio ao produto final



Late Shift - 9/10 (PC)

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Este não é propriamente um jogo, mas antes um filme interactivo. E que interessante este "jogo"/"filme", me saiu!

Sendo um filme interativo, sentimos verdadeiramente que as escolhas e opções que tomamos, geram rumos diferentes na história (cada filme completo, até ao final, demora cerca de 2 horas e existem vários finais diferentes) e diferentes consequências. Parece um pouco o "efeito borboleta" da ação/consequência. Os valores de produção sao elevados e o acting é bastante decente (gostei bastante do desempenho do actor principal, que desconhecia). A nota menos positiva vá para algumas conseguências ou decisões a tomar que são um pouco inverossímeis, mas o ritmo é elevado e, porque sentimos que as escolhas importam, a falta de aderência á realidade torna-se menos criticável.

Em tempos idos existia a promessa antiga de que o futuro da televisão iria trazer-nos filmes verdadeiramente iterativos e neste caso, temos uma verdadeira concretização deste tipo de media experiência.

Muito recomendável para quem procure um verdadeiro filme/experiência interactiva.
 
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https://jogos.zwame.pt/review/locoroco-remastered/

PS4 - LocoRoco Remastered

Nota: 9/ 10

+ Envelheceu mal | Boa soundtrack | Original

- Jogabilidade repetitiva | A inclusão do balanceamento no sensor do comando acaba por atrapalhar ao utilizador que estiver a utilizar os botões L1 e R1, se estiver com o comando na horizontal


O jogo é dividido por 5 mundos que consiste em 8 níveis, sendo a meta chegar ao ponto final do nível. Cada vez que acabamos um nível, é apresentado uma scoreboard que mostra o número de LocoRoco’s que obtiveste e o tempo que demoraste a completar o nível, entre outros factores. Há vários tipos de nível, desde níveis nas selvas, níveis nas árvores, níveis na neve e gelo, etc. Em alguns níveis durante o início, vamos encontrando e desbloqueando outras espécies de LocoRoco’s (6 no total) ambos com aspecto, cor e voz musical diferentes… e sim, são jogáveis.

Sobre a jogabilidade, para controlarmos o LocoRoco, vamos ter que balancear o planeta através dos botões L1 e R1 ou do sensor do comando e para fazê-lo saltar, temos que segurar e soltar ambos os botões (L1 e R1). No começo do nível, o jogador começa sempre com um LocoRoco, quando come uma baga (há 19 bagas em cada nível), aumenta o tamanho. O LocoRoco também pode dividir-se em vários pequenos LocoRocos através do botão O para ultrapassar obstáculos estreitos e para voltarmos ao normal, basta manter o dedo no botão O. Como não podia deixar de ser, em quase todos os níveis à inimigos (ex: Moja) e outras armadilhas sempre prontas para magoar ou comer os nossos LocoRoco’s, sendo que, à excepção de uma ou outra armadilha, há um limite de tempo para recuperar os nossos LocoRoco’s após termos ido parar a alguma armadilha ou termos sido apanhados por algum inimigo. Para destruir os nossos inimigos, temos que atingir ou saltar para cima deles.

Durante os níveis, há áreas que requerem 5, 10 ou 15 LocoRoco’s a fim de causar a cantoria deles e como recompensa, recebemos itens para a Loco House ou desbloqueamos certos obstáculos que nos levam para outras áreas que têm bagas, Mui Mui’s ou outras Coisas. Os níveis contém também uma coisa que se chama Pickories que podem ser coleccionados e que podem ser gastos (ao estilo das máquinas arcade) nos mini-jogos. Existem vários tipos de mini-jogos (3 no máximo), ex: desde o Mui Mui Crane bem ao estilo das máquinas Claw Cranes ou o Chuppa Chuppa, tratando-se de uma espécie ou ser vivo que pode lançar ou atirar o LocoRoco para o ar e alcançar certos obstáculos. Em ambos os mini-jogos, o jogador recebe itens para a Loco House e Pickories. Falando na Loco House… existe um Loco Editor, que trata-se de ser um curso interactivo com um start e um finish usando os itens que obtivemos.

Sobre os pontos positivos, graficamente é cheio de cores vivas e bem bonitas (fazendo-me lembrar o jogo Hohokum da Santa Monica Studio), nem parece ser um jogo de 2006, a soundtrack apesar de ser um bocado infantil é muito boa, como por exemplo a música “LocoRoco’s Song [Blue Version] ou o “LocoRoco’s Yellow Theme”, já para não falar que o jogo é divertido e original.

Pontos negativos… após o jogador saber balancear o planeta, saltar, dividir e juntar os LocoRoco’s, a jogabilidade torna-se um bocado repetitiva e como já disse, a inclusão do balanceamento no sensor do comando acaba por atrapalhar (quando tentamos ultrapassar este ou aquele obstáculo) ao utilizador que estiver a utilizar os botões L1 e R1, se estiver com o comando na horizontal, mas isto são problemas pequenos que facilmente são abafados pelos pontos positivos e acreditem que vale a pena o jogo.

Conclusão, para quem gosta de jogos originais e imaginativos ao estilo do LittleBigPlanet, Tearaway Unfolded, Hohokum, etc. recomendo imenso este jogo, LocoRoco Remastered vale cada cêntimo, 14,99€ para os não membro da Plus e 11,99€ para os que são membros da Plus.
 
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PS4 - Batman Arkham Night - 9/10

Um excelente jogo da saga Batman, com muitas novidades e refinamentos a nível de combate, uma boa introdução do batmobile e uma história excelente também. Altamente recomendado para quem jogou os anteriores ou para quem simplesmente quer um excelente jogo com o "Cavaleiro das Trevas".

Foi mesmo pena a PC port na altura ser um desastre porque o pessoal (leia-se internet) depois faz logo um escândalo que manchou bastante a reputação do jogo e fez crer que o jogo era mau, mas muito pelo contrário. Oh well, espero que a produtora tenha aprendido.
 
PS4 - Watch Dogs 2: 8.5/10

Não tendo jogado o 1, mas após ficar convencido com a demo deste e aproveitando a promoção da PSN e o voucher de 10€ que tinha para gastar, avancei para a sua compra.

A nivel de história (tanto principal como as sidequests que acrescentam pequenos momentos bastante divertidos) pega num tema muito atual e consegue desenvolvê-lo de uma forma séria, mas leve ao mesmo tempo. Gostei da forma como levantaram certas questões sobre a segurança dos nossos dados e seu uso sem o nosso consentimento (não fazermos a mínima ideia de como estão a ser usados e para fins), a privacidade online e todo o mundo online (it's all connected). Conseguiram também parodiar de uma forma bastante inteligente (mas levantando questões muito sérias), certas empresas e pessoas reais
com grande destaque para Mark Thruss a parodiar Donald Trump
Neste campo e fazendo um paralelismo com a série Mr. Robot, a história deste WD2 é em parte o que Mr. Robot se devia ter tornado
mas preferiram estragar tudo ao ir pelo caminho da doença mental do Elliot. Ainda sobre esta série, a Ubisoft também decidiu gozar com o Mr. Robot com o Mr. Poop.

A nivel de gameplay, o jogo é muito divertido devido à forma como utiliza o hacking e por permitir diversas abordagens às missões, tornando-se bastante viciante de usar essas ferramentas (o drone merece grande destaque, principalmente depois de ser equipado com as bombas). Ao contrário de algumas criticas, gostei bastante da condução.

Para terminar, a nivel gráfico não é nenhum Horizon Zero Dawn, mas está bastante competente e tem partes bastante bonitas.
 
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The Last of Us: Remastered (PS4): 10/10

Pontos Positivos:
+ A história é das melhores alguma vez feita no mundo dos videojogos. Um dos grandes pontos que faz a história deste jogo ser tão boa são as personagens, que são simplesmente das melhores personagens algumas vez vistas num videojogo. Os protagonistas Joel e Ellie são sem dúvida o que faz este jogo brilhar, pois a forma como a sua relação e as personalidades vão mudando ao longo do jogo faz-nos ficar agarrados ao jogo e nunca mais o largarmos até a sua jornada chegar ao fim. As outras personagens secundárias também estão muito bem feitas e são muito interessantes. A história também têm um excelente ritmo, com vários momentos chocantes e umas boas reviravoltas que deixam o jogo sempre entusiasmante. O prólogo do jogo é simplesmente a melhor introdução num videojogo que eu vi até agora, pois é uma das cenas mais intensas e emocionantes que alguma vez vi num videojogo. O final também é dos melhores que alguma vez vi num videojogo, e sem dúvida que é um final que não vai deixar ninguém indiferente. Aliás a história deste jogo no geral não deixa ninguém indiferente, pois para além de ter vários momentos que emocionam o jogador, a sua mensagem também é tão forte que torna a história deste jogo inesquecível para muita gente. É por estes motivos que a história deste jogo é das melhores que já vi num videojogo. Em termos de duração, eu demorei 14 horas a terminar o jogo, uma duração excelente tendo em conta que é um jogo linear, e ainda há o Multiplayer que é muito divertido.

+ A jogabilidade é outro aspecto no jogo que está excelente. Este jogo têm um grande foco na sobrevivência, logo esse é um aspecto bastante importante para a jogabilidade. As nossas munições e mantimentos são limitados, logo temos de decidir se podemos ser furtivos e gastar o menor número de mantimentos possíveis ou vamos entrar a matar tudo e dessa forma gastamos mais mantimentos. Isso é um aspecto bastante positivo para o jogo pois nos deixa mais imersivos no mundo pós-apocalíptico do jogo pois é um mundo no qual não há muitos mantimentos e as pessoas nesse mundo têm de pensar em como e quando os utilizar para sobreviver, algo que é muito bem adaptado ao jogo. Há certos momentos em que somos obrigados a ser jogados de uma certa maneira, mas é necessário para contar a história. A inteligência artificial tanto dos inimigos, como dos nossos companheiros é muito boa (mesmo tendo alguns pequenos bugs, mas nada que incomode) e os cenários dão-nos espaço para escolheremos que abordagem queremos utilizar. Temos uma boa variedade de armas, e a jogabilidade é muito fluída (especialmente na versão PS4 que corre a 60 FPS) e os controlos funcionam de forma excelente. Resumindo, a jogabilidade deste jogo é realmente excelente, o que torna o jogo bastante divertido de se jogar. O jogo também têm um modo Multiplayer que eu acho excelente, pois é bastante equilibrado e mesmo não tendo muitos modos de jogo (apenas 3) os vários mapas que o jogo têm (na versão PS3 a maior parte são DLC) dá variedade suficiente para nos manter entretidos.

+ Os gráficos são simplesmente fantásticos, mesmo sendo um jogo de PS3, com todas as melhorias que sofreu neste Remaster parece um jogo de PS4 que poderia ter saido este ano e mesmo assim teria tido dos melhores gráficos do ano. Os cenários são simplesmente lindos, cheios de detalhes e com efeitos de luz, sombras e água simplesmente fabulosos. As personagens também têm um aspecto fantástico, com expressões faciais fabulosas que fazem as personagens parecerem pessoas reais e as texturas da roupa e do cabelo também estão excelentes. As animações dos movimentos da personagem também está muito bem feita e realista, assim como os efeitos das explosões também estão excelentes. Este Remaster trouxe várias melhorias que melhoram bastante os gráficos deste jogo, com a subida de fluidez de 30 para 60 FPS que fazem o jogo ficar muito mais divertido de se jogar e novos efeitos de luz, sombras e poeiras que nos fazem ficar mais imersivos nos fantásticos cenários do jogo. Alguns problemas técnicos que a versão PS3 tinha como bugs nas cutcenes ou quebras de fluidez desapareceram por completo, tornando este jogo uma experiência mais polida. Outro aspecto fabuloso no jogo é o som, a banda sonora é do melhor que já ouvi em qualquer meio de entretenimento. O trabalho de vozes é dos melhores que se pode encontrar no mundo dos videojogos, e é um dos motivos porque as personagens deste jogo parecem tão reais. Os sons ambientes, dos inimigos e das armas também está muito bem. Tecnicamente, é sem dúvida um jogo fabuloso.

Pontos Negativos:
- Uns poucos bugs na inteligência artificial, mas nada que afecte esta obra prima.


Left Behind DLC: 9/10
+ Excelente história, que não vai deixar ninguém indiferente.
+ Algumas melhorias na jogabilidade, entre elas agora temos confrontos entre humanos e infectados ao mesmo tempo.
+ A banda sonora contínua fabulosa.
- Muito curto (demorei 2h:03 min a terminar).

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Bayonetta (remastered) PC: 9.5/10


Sem dúvida que para quem gosta imenso de Hack N Slash Action Games, é impossível de não gostar deste jogo.

Já o tinha jogado na Xbox 360 e voltei a jogá-lo agora no PC com o mesmo gosto e prazer como se tivesse sido hoje a minha primeira gameplay.

Adoro a arte do jogo e o contexto em que está inserido e foge do habitual "Sério e badass" personagem principal, e acima de tudo acho um jogo bastante desafiante e nada dos típicos que basta estar sempre a repetir as moves que se mata tudo e mais alguma coisa com facilidade.

Para finalizar, acho que só peca que devia ter uma maior variedade de armas e combos... De resto, TOP.
 
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Little Nightmares (PC) - 8/10

Como apaixonado por jogos de plataformas, sobretudo quando estes apresentam um ambiente sombrio e misterioso, desde que este jogo foi anunciado, ainda na fase inicial como "Hunger", que estava bastante interessado em saber qual seria o resultado final e poder tê-lo finalmente nas minhas mãos.

Foi assim, com bastante expectativa que, após o seu lançamento, pude testar e comprovar o que a Tarsier Studios tinha "escondido" no baú e poder então saborear esta estranha e surreal história da pequena heroína de capa amarela, Six, que tenta sobreviver e escapar-se de um obscuro local de horror e ambiente opressivo.

O jogo, enquanto plataformer 2.5D, está excelente em termos de história, ambiente, música, sons e atmosfera marcante. Com uma duração relativamente curta, na ordem das 4 horas, mas aceitável para este tipo de jogo, Little Nightmares consegue suster o ambiente de suspense do princípio ao fim.Destaco sobretudo o ultimo terço do jogo, onde os níveis e o ambiente está excelente e muito marcante.
Contudo, considero que, ao nível da jogabilidade, existem ali mecânicas que estão pouco sólidas e que me levaram a algumas mortes "gratuitas" e que geraram, devido aos pontos "savegame", alguns momentos de frustação e quebra de imersão. Apesar dos puzzles serem relativamente simples, faltou a solidez mecânica de um Inside ou mesmo de um Unravel. Aconteceu falhar saltos em momentos onde se pensava estar a dar os passos corretos e levar a "mortes", onde me deixava fica a olhar a TV e a pensar o que tinha acontecido. Uma pena estas situações que me levam a baixar a minha apreciação final, numa componente fundamental neste tipo de jogos: a jogabilidade e solidez das mecânicas enquanto platformer.

Em suma, um jogo com grande ambiente, cativante história, mas com falhas mecânicas que careciam de maior polidez final.
 
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The Fidelio Incident (PC) - 8.5/10

Ora que bela maneira de passar 2 horinhas e meia com um jogo simples, uma história interessante com uns twists engraçados e uma boa experiência num género diria, pouco explorado: "survival walking Simulator".

Este é um jogo que acompanha a busca de um homem pela sua esposa, após um acidente de avião, onde, num ambiente inóspito e gélido, este tenta sobreviver e encontrar o caminho que o leve ao reencontro com esta. Em termos mecânicos e de jogabilidade, este é um jogo muito simples, com puzzles relativamente simples, e acaba por ser relativamente linear, onde os elementos survival são facilmente controlados (mas, não deixe de ser necessário tomar algumas decisões e escolhas que podem evitar ou levar à morte do personagem). Ao longo do percurso vamos ficando a conhecer a história deste homem e começamos a perceber os twists que a envolvem.

Foi uma experiência interessante, imersiva, com bom ambiente (para um indie de uma pequena equipa, os gráficos estão muitíssimo excelentes) e sonoridade e não me deixou de surpreender pela inclusão de um modo muito simples dos elementos de "survival" que fazem com que este não seja um "walking Simulator" puro, mas com uma dimensão de interatividade diferente.

Não idolatro, mas gostei, numa onda paralela a saborear um bom conto curto, ou um filme desconhecido com uma história que cativa.
 
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The Town of Light (PC) - 8.5/10

Na continuação da minha senda por jogos curtinhos e experiências balizadas pelo risco em rasgar com alguns cânones mainstream, decidi mergulhar neste projeto da editora independente italiana Ika.it, onde somos "convidados" a visitar um dos maiores sanatórios da Europa e vivenciar as recordações da jovem esquizofrénica Renee.

Desde já, devo salientar que este é um jogo altamente desconfortável. Em primeiro lugar, ele baseia-se numa história real, num contexto onde o internamento compulsivo dos doentes mentais, em espaços confinados sem condições de assistência médica adequada era uma realidade. Depois, porque abrange temas que chocam com valores de uma realidade sã, seja pelas experiências médicas macabras ali ocorridas (baseadas em investigações e documentação médica real), seja por via de sermos confrontados com cenas muito violentas de abusos sexuais e violência psicológica com seres mentalmente enfraquecidos e fragilizados.

Em termos de jogabilidade, The Town of Light assenta numa exploração de cenários e interação com o meio, onde vamos acompanhando as recordações de Renee, sobre tudo o que ali se passou. Os cenários estão muitíssimo bem feitos (jogado em PC, com ultra settings, a pormenorização, luzes e ambiente está brutalmente marcante) e a recriação do sanatório está visceralmente bem recriado, onde o tempo ali passou, mas as marcas e as duras recordações, estão vincadas naquelas paredes. Com uma duração aproximada de 3 horas, durante todo o jogo, a sensação de desconforto está sempre presente. Em termos de sonoridade, notei algumas inconsistências, podendo a recriação do ambiente musical ser mais marcante e memorável.

No final, foi uma boa experiência mas perturbante, sem dúvida. São temas sociais muito complexos, mas são uma realidade. Uma realidade envergonhada e escondida por uma sociedade global onde quem estava fora dos cânones maioritários da racionalidade, devia ser fechado, abusado e escondido dos olhares do mundo.
 
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Muitas dessas pessoas ou já não tinham familiares, ou simplesmente estes já não queriam saber delas. Dai que fossem sujeitas a este tipo de praticas médicas, que sem duvida ajudaram a compreender melhor a ciencia da psiquiatria. Mas claro que os abusos não podem ser justificados para alcançar o progresso.Portugal recebeu mesmo um prémio Nobel à conta disto, com o Egas Moniz e as suas famosas lobotomias. Desculpem o pequeno off topic.
 
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Rise of The Tomb Raider - DLC "Blood Ties" (PC) - 7.5/10

Depois de ter passado o jogo-base Rise of the Tomb Raider na Xbox One (opinião aqui), juntamente com o DLC "Baba Yaga" (opinião aqui), decidi fazer closure a este jogo, agora no PC, aos extras single-player que estavam em falta para completar os conteúdos lançados, com a aquisição de "Blood Ties" que permite explorar a mansão de família de Lara Croft, em Inglaterra, num contexto temporal que decorre entre o prologo do jogo-base, na Síria e antes das aventuras de Lara prosseguirem na gélida Sibéria.

O DLC - "Blood Ties", inclui ainda uma nova "expedição", intitulada "Lara´s Nightmare´s" que é, essencialmente, um horde-mode, na mansão, com waves de zombies para matar. Nesta pequena review , não me vou centrar nessa vertente, na medida em que o foco do meu interesse é antes a vertente single-player que acrescente conteúdo em termos de história.

Em Blood Ties, acabamos por estar confinados à exploração que decorre na mansão, onde temos de encontrar uma série de pistas, através da análise de documentos, relíquias, e outros elementos, que permitam encontrar os itens necessários para progredir e encontrar passagens secretas e divisões escondidas, tudo para que encontremos o testamento que permita a Lara Croft reaver a posse da mansão. Contudo, nesta procura pelo documento, vai sendo revelado um mistério, ligado ao passado e infância desta aventureira, em que nos vamos envolvendo.

Numa linha de continuidade, em termos de jogabilidade e apresentação, este DLC é também bastante sólido (com a ressalva de que jogar no PC em ultra settings, permite uma fluidez e imagens fantásticas, onde até os problemas de input lag que marcaram o lançamento do jogo-base na Xbox One, estão completamente ultrapassados) e em termos de conteúdo, tem uma duração aproximada de 1h30, ou um pouco mais, se formos procurar por todos os documentos e relíquias em todos os espaços da mansão. Provavelmente, um pouco curto, mas para este tipo de conteúdos adicionais, é o expectável.

A parte meritória deste DLC é o facto de permitir explorar espaços que, no jogo-base, apenas surgiram em cutscenes e complementa muito bem a história em termos de contexto acerca do passado e infância de Lara Croft. É algo que os fãs poderão valorizar.

A experiência é agradável, sendo que o factor de exploração documental, estica um pouco, na medida em que a estrutura do jogo, confina este pedaço de história, à mansão propriamente dita. Mais Lara Croft é sempre satisfatório, para quem apreciou o jogo Rise of The Tomb Raider e aqui, este DLC, oferece conteúdo com mais-valia. Fica apenas a crítica ligeira à variedade de conteúdo, que centra muita da nossa atividade em bastante exploração documental e menos na resolução de puzzles para progredir (e os que existem são relativamente acessíveis).

Não revoluciona, mas também não compromete.
 
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Dear Esther - Landmark Edition (PC) - 5/10

Tempo para dar um salto até Dear Esther e terminar a parte final deste jogo, de modo a poder aqui colocar a minha análise pessoal sobre este.

Dear Esther é na sua essência, um walking simulator puro, onde vamos percorrendo percursos pré-definidos em que, chegando a certos sítios despoletamos a narrativa que nos vai sendo contada a história de Esther e de acontecimentos passados que nos vão melacolicamente envolvendo ao longo do caminho.

Geralmente, aprecio este tipo de experiências quando nos sentimos conectados com a história e com os personagens que a envolvem, mas, infelizmente, com Dear Esther, achei um produto algo pretensioso e pouco estimulante. Em termos gráficos, o jogo é apelativo e interessante, mas esta deve ser apenas uma parte que complementa o produto final e nisto, no que a jogabilidade e história diz respeito, não cumpriu com as expetativas que nele depositava.

Notas positivas para os trechos sonoros compostos pela Jessica Curry (que veio depois a efetuar a excelente OST do Everybody´s Gone To The Rapture) e também uma nota de relevo para esta edição em particular que tem, opcionalmente, os comentários do diretor, onde vamos conhecendo as etapas de desenvolvimento do jogo e algumas histórias e factos engraçados sobre este.

Infelizmente, no mundo dos walking simulators de relevo, este Dear Esther, deixou-me mesmo um sabor agri-doce quando o terminei.
 
Persona 5

Nem sei por onde iniciar sinceramente, pois há tantas coisas e elementos neste jogo que se torna complicado absorver tudo e detalhar os pormenores.
Para começar, dizer que terá sido o maior número de horas que passei num jogo para concluir uma só campanha, cerca de 120. Não foram todas de altíssima qualidade, como será normal num largo período de tempo, mas a soma de tudo resulta num jogo extraordinário e polido até ao limite.

Não interessa muito entrar em grandes detalhes e sinopses da história, pois isso pode-se ler em qualquer duas linhas de análise. Dizer sim, que é incrível como tudo no jogo se torna "normal" e mundano com tudo o que se passa à nossa volta. Existem dois grandes aspetos que são o núcleo do jogo, portanto, a vida real do nosso protagonista, o nosso simulador das coisas mais banais e comuns na vida de cada um. Do outro lado temos o jogo propriamente dito, a jogabilidade, aquilo que permite classificar o jogo baseado naquilo que oferece, um clássico RPG por turnos feito no Japão.

O que interliga estes dois aspetos é a sua história, ou melhor, o período de tempo que vamos acabar por passar onde se desenrolam certos acontecimentos. O jogo tem toneladas de texto e por vezes estica-se na sua longevidade, no entanto, cedo começamos a aprender as várias mecânicas que vão fazer parte do nosso progresso. É interessante como certos elementos, como as várias atividades que podemos fazer, sejam elas trabalhos em part-time, dedicar tempo aos nossos amigos, ou mesmo melhorar as nossas habilidades socias, parecem ser coisas que nos fazem perguntar porque é que queremos jogar alguma coisa que simula a vida real, sendo também algumas delas as partes mais aborrecidas. O importante a reter é que tudo isto faz parte de um todo, e tal como a vida de qualquer um, tudo o que melhore o nosso desempenho irá ser mais cedo ou mais tarde recompensado.
O nosso tempo é limitado, e as escolhas que fazemos durante todas as coisas que decidimos fazer têm consequências, sendo talvez a mais importante, e também a mais óbvia, é que nunca à tempo para fazermos tudo o que queremos. Geralmente podemos fazer duas atividades por dia, o que torna as decisões ainda mais importantes.

Há medida que nos vamos relacionando com os vários NPC do jogo, vamos também criando relações especiais com alguns deles. Está é outra parte importante de qualquer história, a qualidade dos seus personagens. Não acho que haja nenhum em particular que sobressaia, havendo sim aqueles com quem não nos identificamos tanto. No geral, os vários amigos mais chegados têm boa personalidade e são interessantes, e apesar de caírem em alguns estereótipos, conseguem transmitir muito bem aquilo que estão a fazer/dizer. A única exceção é talvez o mais hothead do grupo, pois quando estava a pensar que finalmente iria começar a gostar mais dele, tinha que dizer/fazer a coisa mais idiota possível, e me fazia perguntar o que porra é que ele estava a fazer, mas enfim, ao menos nesse aspeto, ser irritante, a missão foi cumprida.

Devido ao grande período de tempo que passamos no jogo, existe uma altura, ali perto do verão, que a coisa se tornou mais chata, mais monótona. O grande objetivo do nosso personagem, e em parte de alguns dos membros da nossa equipa, pelo menos na altura mais inicial é provar o que valem, seja para eles próprios ou para os outros, ou na definição mais normal da coisa, ser cool. A questão é que durante os meses mencionados a história está num período de engonhanço valente. Não via o grandioso objetivo de toda a aventura, nem me sentia particularmente conectado com o que se estava a passar à minha volta.
Só passados alguns meses é que o nó se começa a desenrolar, seja por twists ou coisas que não foram de todo esperadas, apesar de haverem indicações sempre de algum mistério, ainda que subtis.
No final, e após tudo se desvendar acho que preferia algo mais simples, ou seja, é natural num determinado ponto a narrativa explodir, e qual não será o espanto de todos quando o que estava circunscrito a um pequeno círculo, vira global, fazendo quanto a mim descer um pouco a qualidade. É um pouco confuso também, mas é apenas o progresso normal, pelo menos aquele que eu esperava, de um jogo destes feito no Japão.

No campo da jogabilidade é o jogo por turnos mais rápido que me lembro de ter jogado, mas também deste género não foram muitos. O centro do combate gira à volta das fraquezas elementais dos nossos inimigos. Uma vez descobertas, torna-se relativamente fácil fazer o que bem entendermos com eles, o que pode significar obter o seu poder, pedir-lhes umas massas para o nosso bolso, ou então dar-lhes uma porrada valente na forma de super. São lutas bastante rápidas, algumas nem chegam a durar um minuto, o que torna o progresso rápido, isto se já soubermos a que são fracos os inimigos. Também aqui existem uma série de sistemas de apoio, passar a vez basicamente, quando fazemos um ataque crítico, o que torna o próximo ataque dos nossos companheiros significativamente mais forte. Todos os inimigos são visíveis o que torna possível algum planeamento do nosso caminho. Existe por vezes uns picos manhosos na dificuldade, pois pode tudo estar a correr muito bem, mas há determinados status com que ficamos que rebentam com a party num instante, e lá se vai meia hora de progresso.

Para mim o grande destaque do aspeto mais jogável são sem dúvida as masmorras. Devido à natureza e rumo que a história leva estas são baseadas num certo tema de um determinado indivíduo, a sua personalidade. Devido a isto vê-se claramente que a Atlus podia fazer o que bem entendia com elas, como tal não houve qualquer problema em fazer algo mais estranho/mirabolante pois não havia regras basicamente. Para além de serem bastante grandes demoram a concluir, o que não é grande indicador, mas dado o seu visual e estrutura funcionam muito bem. Se há algo a criticar aqui, talvez um pouco a facilidade dos seus puzzles. Muitos deles implicam portas bloqueadas e encontrar as chaves, o que torna por vezes a travessia das masmorras maiores um pouco mais aborrecida. Existem umas ideias interessantes mais para o final do jogo, mas senti que não foram executadas na sua plenitude para serem mais interessantes.
Existem depois os Mementos, que são masmorras secundárias, aleatórias, que são uma forma de ganhar algum dinheiro e porventura recrutar algum persona que nos escapou antes.

O aspeto técnico é o mais genial do jogo. Acho que nunca vi um menu tão bem trabalhado e vistoso que transborda estilo por todos os lados, mas o mais importante? funciona. O ato de carregar no triângulo é um prazer em si só, para ver aquele trabalho de animação excelente, que claro se espalha também por todo o combate, cinemáticas e afins. Não tive qualquer problema com bugs ou outra coisa e a performance é exemplar. A única coisa apontar são algumas texturas em baixa resolução nos sítios mais estranhos, pois há por vezes uma certa quebra mesma em elementos muito próximos, o que certamente será uma herança da versão PS3. Os constantes loadings, apesar de bastante rápidos, tornam-se a longo prazo um pouco aborrecidos, pois quase qualquer porta tem um.
Já o som e a banda sonora são fenomenais. Som ambiente, sons dos inimigos, o constante banter entre os personagens, os pedidos/piedade dos monstros quando conseguimos falar com eles, isto aliado a uma banda sonora de luxo. Existe um sinal que algo acabou de me agarrar num jogo, quando sozinho, fico com um sorriso na cara e a pensar" agora sim". Neste caso foi esta música. No que toca às vozes, eu bem tentei usar o inglês... mas não, não deu. Depois de ouvir o dub japonês e a sua qualidade não há volta atrás.

Não há muito mais a dizer sobre este jogo sinceramente, por outro lado existe um série de coisas que ficaram de fora, se não estava aqui o dia todo. Apesar de ter toneladas de conteúdo, o jogo é relativamente linear na sua abordagem, o que não deixa de ser curioso.

Não sei se é o melhor RPG do Japão que já joguei, mas é de longe o melhor RPG por turnos que já terminei. Para quem gosta de números no final do texto, que vá ler a análise do portal da ZWAME, o que está lá não é por acaso.
 
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@Jack-O-Lantern sobre o Dear Esther... É isso sem tirar nem pôr:

Acaba por ser um passeio, mais do que qualquer outra coisa. É um walking simulator na verdadeira acepção da palavra, pois não há qualquer outra coisa para fazer que não seja andar e ler/ouvir documentos, loool.

Notas de relevo para a componente gráfica, o ambiente e a OST. Tirando isto, o que verdadeiramente mais gostei, foi de seguir a segunda volta (são rápidas, calma!! lol) com os comentários activos.

Encontro sempre interesse nos comentários dos developers. "Porque fizemos isto aqui assim, porque não fizemos de outra forma, era para ser assim, mas não foi possivel, metade da equipa achava isto, a outra metade achava aquilo", etc etc :)

Valeu pelo preço a que o adquiri (não me lembro ao certo, mas foi perto dos 5 Eur) e como "limpa palato", antes de saltar para o Assassin's Creed Syndicate, que nunca cheguei a jogar. Foi um passeiozinho.

PS - joguei na PS4 Pro
 
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