Em relação à SEGA, tenho duas respostas fundamentais:
- não confio na sua organização e no seu apoio à máquina; os casos da Saturn e da Dreamcast foram flagrantes e mostraram que um fabricante que se encontra aos murros e pontapés a si próprio não consegue sustentar uma consola durante um tempo de vida de 5-6 anos; sustentadas "artificialmente", as últimas duas máquinas da SEGA não ultrapassaram os três anos de vida no ocidente (no Japão o caso foi outro). O que é uma grande pena, porque eram excelentes máquinas com um catálogo muito bom e mereciam muito mais sucesso - eu lembro-me que há cerca de dez anos, quando a PS1 se começou a afirmar como consola dominante por cá e a Saturn entrou em queda livre (até se vendiam jogos novos a 5 contos e menos...), a máquina da Sony atraia mais as pessoas que conheciam mal o mundo dos jogos - na minha esfera pessoal, por exemplo, quase todas as pessoas com PlayStation sabiam pouco ou nada de jogos, enquanto os que já conheciam o meio tinham uma Saturn/N64. Acho que a Saturn foi decididamente a grande consola para os jogadores hardcore do seu tempo - tinha asseguradas as conversões dos jogos arcade da SEGA e foi por isso que a comprei
- ao nível do software, tenho uma óptima opinião da SEGA; no passado, os títulos da SEGA trouxeram-me muitas horas de jogatana intensa, desde o Space Harrier, Out Run, Hang On e After Burner quando eu tinha 6/7 anos, passando pelo nosso amigo Sonic, pelo SEGA Rally, Daytona, série Virtua Fighter, Virtua Cop, NiGHTS, Virtual ON, Clockwork Knight e por aí fora...para mim, os títulos 1st party da SEGA são razão suficiente para lhes comprar uma consola
tirando um breve período da minha infância entre os 8/10 anos em que era um fanboyzinho Nintendo aguerrido (o termo não existia na altura mas enfim), a SEGA foi para mim, logo a seguir à Big N, o maior nome no Mundo dos jogos. Quando comprei o F-Zero GX para a GameCube há cerca de três anos e meio, fiquei pasmado quando vi um écran histórico que antecede o título - não o consigo encontrar, mas quem tem o jogo sabe do que é que eu estou a falar
Já tou a divagar...de volta ao assunto:
- o regresso da SEGA ao hardware teria uma consequência grave: TODOS os projectos da SEGA para as outras consolas seriam cancelados, o que seria uma grande perda para os jogadores. Por outro lado, uma nova consola da SEGA seria uma perspectiva bastante atraente. Se assim acontecesse e ela tivesse garantido para si conversões dos mais recentes jogos arcade da SEGA, bem como de jogos fora da arcade e o preço fosse acessível, compraria com toda a certeza
O que faz uma consola são os jogos, foi por isso que em 1996 escolhi a Saturn em detrimento da PlayStation - a máquina da SEGA tinha os jogos arcade da SEGA e foi isso que mais pesou na minha decisão. A haver uma futura consola da SEGA, seriam os jogos a pesar na minha decisão, acredito que eles tenham aprendido alguma coisa como títulos desastrosos como o último Sonic the Hedgehog para a PS3 e Xbox 360 ou o Shadow the Hedgehog (deturpação total do espírito da série) e, repito, com um preço acessível, eu compraria a máquina de certeza. Além da Nintendo, a SEGA é o único grande fabricante que só trata de
JOGOS, ao contrário da Sony e da Microsoft para quem os jogos são apenas mais um departamento...
e gostava de saber se a SEGA decidisse entrar de novo na "guerra" das consolas se o pessoal apostaria no seu Hardware. Tendo em conta estes aspectos que vou citar:
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qual Blu-Ray, qual alta definição, quais sinergias com o Windows...queremos é JOGOS e esta arte, Nintendo e SEGA dominam - tal como Konami, Capcom, SNK e Rare (no passado, hoje já nem por isso).