Agora que acabei o Witcher 3 e finalmente acabei a saga toda(menos o 1 isto é,no console version no fun) são horas de deixar a minha opinião. Vou começar por este.
Em termos de história, teve coisas boas e coisas más.
Sou o primeiro a dizer que algumas das coisas das quais eu tenho uma percepção má nascem de problemas extra jogo que são da minha culpa. Não tendo jogado o primeiro eu sabia que ia ficar às moscas em certos assuntos, e isso concretizou-se. Nem aquelas pequenas animações que foram usadas para descrever as memorias,como o massacre que matou o Geral e a Yennefer,o tempo que eles passaram na ilha. Isso e certas referencias a interacções com algumas pessoas/facções. Mas de grosso isso não impediu de aproveitar o jogo. Verdade seja dita mesmo depois de me tentar educar com uma visita à wiki do jogo as coisas não melhoraram muito. De resto talvez não goste muito da maneira como temos de escolher entre as duas facções no fim do Acto 1. É uma escolha feita em palpites e pouco mais. No que toca personagens o único que me cria algum problema é o Dandelion,mas é mais pela narração dele. Naõ me caiu mesmo nada bem.
De resto, gostei do mundo que o jogo criou. A guerra entre reis,o papel das feiticeiras/feiticeiros como conselheiros,a ideia dos witchers e das diferentes escolas, as tensões entre humanos e não humanos, a ideia de alguns monstros não serem criaturas místicas mas sim visitantes de outras dimensões que foram arrancados dos seus mundos numa espécie de cataclismo que destruiu as barreiras entre mundos por um período curto de tempo. É Game of Thrones sem ser Game of Thrones.
Gostei da maioria dos personagens. Gostei da secura e pragmatismo do Geralt. Não é o heroi tradicional. De resto também gostei da Triss e Zoltan. Entre Roche,Leto e Iorveth é uma especie de lotaria,embora baseado no inicio do jogo vá mais com a cara do Roche. O resto do "elenco" como a Philippa e resto dos membros do Lodge, a malta de Nilfgaard,o Henselt e corte dele/corte da Saskia, é tudo peças num jogo de xadrez que é jogado mesmo à nossa frente e só notamos no fim do jogo. O jogo tem um fim agridoce. Em comparação com a competição dele na altura(Mass Effect 3),este jogo tem mais nuances e é mais asulto embora menos epico.
Em termos de gameplay,gostei da necessidade de de usar diferentes ferramentas para diferentes inimigos,mas a ideia das poções precisarem de meditar não foi a melhor. Rara foi a vez em que tínhamos certeza absoluta dos inimigos que íamos enfrentar para podermos criar e usar a poção especifica.No geral gostei do sistema combate. Pese embora as diferenças fez-me lembrar os Assassin´s Creed.
O sistema de dialogo fez-me voltar aos bons velhos tempos do Mass Effect.
Em termos de gráficos, para um port de 2012 de um jogo do pc de 2011 estão bons. A 360 por esta altura já estava na curva descendente. A única coisa que não gostei(e ao inicio até me tirou do sério) foi os loads constantes. E baseado nalgumas chico espertices da minha parte(tentar passar certas portas antes de npcs) alguns deles nem eram necessários.
Musica e efeitos sonoros fizeram a sua parte.Nesse capitulo o 3 faz melhor figura.
Em termos de jogo jogado devo ter para aí 15 horas,isto sem contar com quando o meu ficheiro foi com os porcos(cuidado ao jogar isto na One,não deixem o jogo a carregar ou gravar em segundo plano nem façam poucos saves).E nem saquei tantos achievements quanto isso,com o jogo a ter uns quantos secretos para diferentes escolhas no fim de cada acto
Em suma,valeu a pena o dinheiro.É uma entrada solida e sempre dá mais algum contexto ao 3. Este é basicamente a base para o colosso que o 3 seria.