Agora a maneira como tu defendas as novas tecnologias, informática, jogos, etc....elevando-a mesmo a patamar de divindade é completamente ridícula. Aliás, os exemplos que vês por toda a parte de miúdos na casa dos 3-15 anos, que cresceram de volta de um computador, tende em grande maioria para um esteriótipo:
- Miúdos Inteligentes (não digo que não, mas tb é das poucas coisas positivas...e pode bem ser obtida por outros meios);
- Miúdos Gordos c/ pouca saúde (derivado da vida sedentária proporcionada por horas e horas em frente de um ecrã)
- Miúdos Introvertidos e sem vida social (derivado da privação que tiveram/têm da convivência com amigos reais.....sim amigos reais, não "nicks")
É neste sentido que tu escreves "O mundo está a mudar e as mentalidades também"?
Desculpa lá, red911, mas o flybikes tem razão: Informática = Futuro.
Mas de qualquer maneira a previsão dele está correcta mas exagerada, pois vão ter de continuar a existir outras profissões e não podemos ficar agarrados. (Além disso, o que é que a Informática tem a ver directamente com os jogos? Jogar dá-nos formação profissional? NEPS!!!)
Pessoalmente, eu era uma pessoa muito tímida e tinha uns 4 ou 5 amigos, mas relacionava-me com poucas pessoas. Eu já jogava, mas não era devido aos jogos que me isolava... Era mesmo do feitio.
Quando tive acesso à Internet, comecei a jogar on-line e o convívio "forçado" com outros jogadores tornou-me mais social com pessoas "reais".
E quanto ao Inglês, eu jogava um jogo de motas quando era puto, mas não percebia PATAVINA de Inglês e ainda menos porque é que os números tinham aqueles "st." "nd." e "rd." e os outros thinham "th.".
Depois reparei que no jogo essas letras também figuravam nas tabelas e olhei com atenção:
" Ladderboard
1st - First Place - "nome"
2nd - Second Place - "nome"
3rd - Third Place - "nome" "
E a partir daí comecei a aprender Inglês com os jogos!
Quanto ao Inglês, o meu "quase proficiency" praticamente habilita-me a dar aulas de Inglês, e podes ter a certeza que NENHUM JOGO deste mundo te dá uma instrução desse nível.
Tipo, o meu irmão mais novo também aprendeu Inglês com um jogo que vinha num CD, ESPECIALMENTE CONCEBIDO PARA O EFEITO...Ou o jogo vinha de Júpiter? Se eles mandaram o disco para perceber se somos uma civilização inteligente, pelo menos não devem verificar cá em Portugal em época de eleições!
Quanto aos "escapes da nossa realidade" é típico de uma pessoa que habitualmente foge dos problemas através de um ecrã. Os problemas não se resolvem sozinhos, e por mim falo quando te digo que não tenho quem os resolva por mim.
OK, isso é um bocado má compreensão... O que o escape da realidade faz é distrairmo-nos dos problemas, que pode aliviar depressões ( o sistema sucesso-recompensa dos jogos faz com que o cérebro liberte Dopamina e provoca a sensação de bem-estar, mas que em demasia - tipo aqueles viciados que jogam 25 horas por dia- actua como uma droga, pelo que não se deve jogar mais de 12H por semana)
Já viram que os países nórdicos, embora tenham as melhores condições de vida, têm os maiores
índices de suicídio? A falta de luz solar causa uma carência de Dopamina, pelo que se se fizesse um estudo com a populacão desses países (acho improvável), o grupo de pessoas que jogassem um pouco seriam as menos propensas a suicídio(acho mais provável).
Os obesos são mais devido à falta de desporto e erros de alimentação do que dos videojogos, embora o uso excessivo destes condicione a situação, pois computadores e televisões anunciam mais sedentários e menos rapazes a jogar futebol nos recreios e nas ruas (orgulho-me de ainda jogar com o meu irmão - o que nos leva a outro problema, o índice de fertilidade baixo, pelo que muitos jovens não têm irmãos para jogar e ficam em casa, mas isso é outro assunto).
Outro assunto é "os Video-Jogos poderão ser Obras de Arte?"
A arte só existe aos olhos de quem a contempla (agora posso diser que segundo a MINHA opinião, Toki Hotel NÃO é música, mas fica para outra altura), por isso se eu achar que certos jogos com BioShock, Resident Evil 4 e outras séries magníficas como Civilization, The Settlers, Brothers in Arms e Prince of Persia são obras de arte, para mim elas SÃO obras de arte, pois existem jogos simplesmente no-brainer (começar a matar tudo e todos
!!!!), que nos divertem mas não nos tocam, deixam-nos indiferentes após a sessão de jogo, e outros que mexem connosco, como BioShock e F.E.A.R.
"Comprimentos" e "Larguras" para toda a gente!