Alguém aqui tem filhos?

O maior problema as vezes não são os putos das pessoas que lá vão a casa são os próprios pais que não têm mao neles. Ainda na semana passada foi lá uma prima com os filhos, um deles tem cerca de 7 anos, e eu tenho os jogos num local onde ele chega bem. Estava eu muito bem a jogar e vem o puto assim de mansinho tentar tirar um jogo. Claro que lhe disse logo que não e começou a insistir, ao ponto de quando eu olhava para o ecrã tentava ir lá buscar um jogo, levou um aconchego na mão :P e pronto nunca mais lá foi.... Se fiz bem ou mal não sei, mas o que é certo é nunca mais lá foi...
 
Boas,

não tenho filhos... mas temos primos...

Vou contar um episódio que me deixou especialmente chateado...

Eu tenho uma parte da minha colecção ( PS2 para cima ) em minha casa, e tudo que é retro no sotão de casa dos meus pais...

Há mais ou menos 1 mês atrás veio uma prima minha emigrada na Suiça com dois filhos ( meus primos que nunca tinha visto na vida ) com 12 e 14 anos respectivamente.

Tudo tranquilo.. pensei.. aquilo está no sotão, mas a minha mãe não vai lá cima mostrar nada, logo ele nunca irá saber o que lá tem...WRONG!!!

No dia seguinte a eles lá terem chegado eu fui almoçar a casa dos meus pais e cumprimento toda a gente e diz ela muito depressa, olha o .... ( já nem me lembro do nome do puto ) queria mesmo conhecer-te! Ele foi lá cima ver a tua colecção e gostou muito!! PÂNICO!!!

Diz ela, a tua mãe bem disse que não ias gostar muito, mas ele foi lá sem nós vermos...durante a noite... e ele trouxe uma consola assim pequena para baixo quadrada na Nintendo para jogar... não te importas? PÂNICO EXTREMO!!!

Eu pensei... deve ser um advance velho que lá tenho em cima de uma mesa... mas mesmo assim nem comecei a almoçar e fui logo lá cima... quando chego lá reparo que ele me tinha ido abrir uma Gamecube selada... NOVA que eu lá tinha para jogar no quarto!!!

Passei-me completamente....diz ela.. tem problema? Ele não estragou nada... eu lá tive que lhe explicar que era uma colecção, que as coisas novas e seladas tinham um valor, as usadas outro...mesmo assim ela ainda teve a lata de dizer, mas ele pode continuar a jogar até irmos embora? WTF?????? Bem.... lá peguei em tudo leve novamente para o sotão e foi quando reparei que ele me tinha andado a mexer em tudo! Revirou os jogos todos... tirou-me tudo do sitio... aparentemente não me abriu mais nada... mas lá está, é tanta coisa que eu ainda não consegui realmente avaliar se abriu mais alguma coisa ou não....

Bem, isto para dizer que os putos são do piorio... parece que não têm educação hoje em dia... mexem nas coisas que não são deles está a andar....sem problema nenhum.... ( o que não é o caso do nosso amigo Slenderman visto que o filho só tem 2 anos )

Epah, o que eu acho que deves fazer, é tentar "esconder" ao máximo a tua colecção, armários altos, caixas com fechos que ele não consiga abrir... porque estando ao alcance ele vai ter tendência a mexer....

Com 14 anos já tem idade para levar umas lapadas também.

Mas é preciso não ter educação nenhuma para não só pegar sem permissão e desarrumar (o que já por si é mau), como para abrir algo que está selado.

Neste caso foi uma GameCube, o que de valor é naquela, mas imaginemos que era algo mais raro ou valioso e já tinhas ali um prejuízo.

O maior problema as vezes não são os putos das pessoas que lá vão a casa são os próprios pais que não têm mao neles. Ainda na semana passada foi lá uma prima com os filhos, um deles tem cerca de 7 anos, e eu tenho os jogos num local onde ele chega bem. Estava eu muito bem a jogar e vem o puto assim de mansinho tentar tirar um jogo. Claro que lhe disse logo que não e começou a insistir, ao ponto de quando eu olhava para o ecrã tentava ir lá buscar um jogo, levou um aconchego na mão :P e pronto nunca mais lá foi.... Se fiz bem ou mal não sei, mas o que é certo é nunca mais lá foi...

Pessoalmente acho que fizeste bem mas é sempre complicado.

O afilhado da minha namorada tem 4 anos e é um perigo. Quando se lembra de começar aos chutos e às chapadas eu fico cego. Como os pais dificilmente fazem mais do que ralhar (o que lhe dá igual), ele continua.

Na altura a minha vontade é dar-lhe 2 pares de estalos já que os pais não dão.

Estou mesmo a ver que quando no próximo ano me casar, o futuro escritório / gamming heaven (lol) vai estar fechadinho à chave sempre que ele lá aparecer.

Ainda por cima não tem cuidado com nada. Ele tem uma Famiclónica e os cartuchos (ainda que dos chineses) entram todos à base da paulada. Depois também saem com a consola ligada. Já lhe tentei explicar que assim estraga mas não adianta.
 
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Olá a todos, eu vivo em Inglaterra com a minha esposa e 2 filhos, hoje com 10 e 8 anos. Actualmente já sabem dar valor às coisas, mas nem sempre foi assim, levou muito tempo, paciência etc... Quando tinham 2-3 anos, pegavam em dvds e cds de jogos e esfregavam o chão com eles, para "ajudar a mãe a limpar!!", lembro-me de muitas histórias do género. Tantas e tantas vezes ficava irritado, mas os miúdos fazem estas coisas porque não tem capacidade para perceber o que está certo ou errado, é ai que entram os pais. Foi preciso explicar 999999 vezes para não fazer isto ou aquilo, algumas vezes berrar e em casos extremos umas lambadas bem dadas. Hoje em dia eles tem Xbox e DS, e cuidam muito bem de ambos.
O meu conselho para o Slenderman é mesmo arranjar um armário, meter a colecção fora do alcance do miúdo, para não lhe dar hipóteses de estragar nada. À medida que o tempo passe ele vai perceber que à uma razão para o armário estar fechado. :)
 
O meu filho também tem 2 anos. Não tenho praticamente nada em lado nenhum da casa que ele consiga chegar. Só não consigo evitar isso com alguns livros que troquei de altura com dossiers de modo a que fossem coisas que se espalhassem menos (e sem terem o atractivo buraco para puxar dos dossiers).

Mesmo assim ele é demasiado eléctrico para estar sem supervisão numa divisão. Mas há medida que vai crescendo nota-se que fica um pouco mais focado no quer que lhe esteja a interessar.

Também ainda não tem compreensão para se ter um debate acerca do que pode ou não fazer. Aviar porrada também não acho grande ideia pelo menos motivo (além doutros...). Pode-se virar a mão e fazer espécie de um ritual do castigo mas não estou convencido que funcione grande coisa. Com mais uns meses e estes métodos são capazes de ficar mais úteis. Por enquanto o melhor é manter as coisas fora do alcance.
 
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Ri-me com a expressão lambadas bem dadas :D
Na minha situação,mêsmo tendo ido um jogo para o galheiro,nunca toquei com um dêdo na minha filha.Simplesmente sei que não fez por mal.Além disso,bater a um filho por causa de um jogo por muito valioso que possa sêr...não sei.Não me iria sentir bem.
 
Realmente está aqui um tópico muito pertinente. O meu filho só nasce em novembro e até que comece a andar e tenha altura suficiente para mexer nas consolas e jogos que tenho, ainda falta algum tempo, mas confesso que é algo que já me preocupa, seja pelo valor sentimental seja pelos euros que enterrei na minha coleção. No meu caso a solução vai ser levar tudo para o piso de cima do apartamento e vedar-lhe o acesso às escadas.

No teu caso, penso que se colocares prateleiras nas paredes a uma altura a que ele não possa chegar resolves o problema até ele ter idade suficiente para perceber que não pode mexer. Se a coleção for demasiado grande para colocares em prateleiras, acho que a melhor solução é arranjares um móvel com fechadura ou, se conseguires encontrar, uma vitrine de forma a que a coleção, embora fechada, esteja visível.
 
Bem, fiquei com o coração na mão ao ler a história do |Zorba| ... mas o que me assusta ainda mais é saber que alguém mexeu na nossa colecção e não saber onde, e principalmente, saber se alguém levou algo com ele (é muito fácil levar uma cassete de um monte das mesmas e uma não notar).

Tenho um sobrinho (filho de um irmão de uma primeira relação do meu pai - o que me dificulta de alguma forma a autoridade) que para mim é sempre um problema. Para começar, a minha casa tem uma cave e dois andares, sendo que o último está por minha conta. Tenho um quarto com toda a minha colecção de jogos e consolas (como já o mostrei no tópico dos espaços de gaming - http://forum.zwame.pt/showthread.php?t=170466&p=9262094&viewfull=1#post9262094), e um outro quarto cheio de Lego's e outros brinquedos que guardei e estimei da minha infância, mais alguns restos da colecção.

Pois bem, eu que nunca tive nenhum jogo até aos 14 anos (os meus pais eram contra, e ainda hoje têm algumas reservas - embora tenham que levar com a minha colecção em cima, lol) sei bem o que estes dois quartos significam para uma criança - o paraíso. Por minha vontade o miúdo nunca tinha conhecido o segredo do tio, mas os meus pais ao mostrarem a casa trouxeram o puto quando ainda era muito pequeno até estes espaços. Por algum motivo ele nunca, mas nunca esqueceu estes espaços embora eu tenha tentado que ele nunca mais aqui viesse por receio e com esperanças que esquecesse.

Pois bem, sempre que aqui vinha ia mexer nas minhas coisas. O pior é que ele gosta mesmo de estragar. Um barco que tinha da Playmobil desde 1990, e era algo que estimava muito, resistiu 40 segundos nas mãos dele. Eu cheio de vontade de mandar o puto pela janela fora e os pais a dizerem que tem quer ter cuidado a mexer nas coisas. Depois estava sempre a pedir o barco ... acabou por derrotar-me por cansaço e lá dei-lhe o raio do barco.

O que é certo é que quer sempre vir para este quarto. Eu já disse aos meus pais que a única razão que o faz pedir para ir para casa do avô é o meu quarto, lol.

Existem muitos episódios ao longo de uns 5 anos, mas a verdade é que fico sempre com o coração nas mãos, principalmente quando por algum motivo tenho que me ausentar (casa de banho por exemplo). Infelizmente os putos dos dias de hoje não ouvem. Quanto mais uma pessoa diz para não mexer, mais eles mexem. Este meu sobrinho é apenas um exemplo do que acontece quando vêm crianças aqui a casa. O que mais mexe comigo é a desobediência deliberada mesmo debaixo dos nossos olhos. Parecem os Espanhóis, só sabem ver com as mãos.

A melhor opção é esconder a existência deste quarto aos novatos, pois aos outros não dá para apagar a memória. Eu até gosto de companhia e tenho pena de ter que recorrer a isto, mas os putos raras excepções não têm qualquer educação.

Quando tiver um filho vou procurar educá-lo para não mexer nas coisas, e se mesmo assim ele desobedecer leva umas palmadas bem assentes e ganha um espaço fechado à chave.

P.S: Ao ler algumas histórias aqui colocadas pareceu que estava a ler-me.
 
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Boas, bem sou um felizardo, a minha filha (8 anos), não me estraga nada, desde muito pequena que foi habituada a mexer em tudo mas com cuidado, pois o que estragar nunca mais volta a ter, desde nova que comecei a coleção de filmes infantis (agora tem mais de 150 todos originais), e é ela que os poe no leitor de dvd´s, todos os meus portateis tem uma conta so para ela para poder jogar e brincar, ate a pouco tempo pos-lhe nas mãos a minha MD1 com o sonic e a menacer (foi os dois jogos que sobraram), e ela sempre jogou com cuidado. Este ano resolvi comprar a PS3 para jogarmos os dois, e ela tem autonomia para fazer o que quer, tirando o comando usb dela que é um que tinha ca daqueles para pc baratos, mas quando tem ca alguêm, ela uso um dos DS3 na boa...
Acho que devemos ter um pouco de paciencia em lhes explicar as coisas e tambem lhes dar um pouco de responsabilidade...
Um abraço.
 
Resposta:

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Agora a sério, para quem tiver problemas com armários, porque não um baú? Até serve de decoração e é possível de colocar um cadeado! :)
 
Fiquei espantando com a falta de educação e principalmente a audácia que é mexer em caixas seladas por parte do caso que o |Zorba| descreveu.
Como é possível tanto os pais como o filho não terem uma atitude mais respeitadora sobre aquilo que não é deles?
Temos que demonstrar veemente que aquilo que ali está é para ser respeitado, que indepentemente do valor que outros possam dar e até desvalorizar, reinterar que para ti é condição essencial e que devem respeitar a privacidade e propriedade.

Tenho dois filhos adolescentes, e desde pequenos que lhes mostrei tudo o que pudesse ser apelativo para eles e explicava muitas vezes o cuidado a ter.
Nunca tive problemas desse género pois até hoje sempre tiveram cuidado e respeito. podem aceder a tudo porque sei que sabem o valor e importância que dou.
Até com as coisas deles já são exigentes ao nível de exigirem a mim e à mãe o mesmo que lhes pediamos a eles. :)

Paradoxalmente, os problemas que tenho por mexerem nas minhas coisas e mudarem de sitio, não é com as crianças. É com a Maria! :D

Dentro do caos que é a minha desarrumação organizada, sei sempre onde estão as coisas, o documento mais antigo, o memorando no postit mais recôndito, a password anotada nas costas de um envelope, etc..

Quando lhe apetece limpar-me e organizar-me a secretária, passo-me completamente pois fica tudo muito limpinho e arrumado, mas ando completamente à nora durante uns dias até ter tudo como estava... :)

Dou o exemplo da minha colecção de iPods que estão numas prateleiras na ordem que eu entendo, as capas e phones juntamente com as caixas em acrilico devidamente arrumadas e sempre que vai limpar, fica tudo completamente amontoado. Já chegou a pegar em tudo e enfiar para dentro de uma gaveta! (isto tudo no escritório, não estou a falar de divisões tipo sala onde sabemos que são elas que mandam) ;)
Até a minha estimada colecção de automóveis miniaturas 1/24 estava um dia dentro de um saco junto à porta, prontinha para levar a um jardim infantil e distrubuir pelas crianças (perto do Natal).

Já desisti de explicar o porquê de eu querer assim, o motivo porque organizo as coisas dessa forma, peço para ter isso em atenção, mas não vale a pena, já está no seu ADN! :cool:
 
Também já tive um miúdo que entrou num quarto (no meu caso, a garagem) onde ninguém o convidou a entrar, mexeu onde não devia e estragou o que bem entendeu e o pai do alto da sua razão "isso é um jogo, é feito para os miúdos mexerem e estragarem". Foi prontamente convidado a sair de casa mesmo sem o almoço que o tinha feito lá ir.

Mas depois um gajo é que tem mau feitio e é mal educado...

Já os meus vizinhos, onde o mais velho tem 10 anos, têm autorização para entrar onde quiserem. Passam lá horas e deixam tudo limpo e organizado como estava, moços impecáveis. É uma questão de educação e de exemplos, ou se tem ou não se tem.

EDIT: com crianças pequenas acaba por ser muito mais complicado e a única solução efetiva é mesmo ter as coisas fechadas.
 
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Ri-me com a expressão lambadas bem dadas :D
Na minha situação,mêsmo tendo ido um jogo para o galheiro,nunca toquei com um dêdo na minha filha.Simplesmente sei que não fez por mal.Além disso,bater a um filho por causa de um jogo por muito valioso que possa sêr...não sei.Não me iria sentir bem.

Eu referi as chapas e etc mas também não sou apologista de andar a dar tareia de meia noite nos miúdos. lol.

O que quero dizer é que de vez em quando uma sapatada no rabo ou uma palmada na mão não faz mal a ninguém.

Eu levei a minha dose e não me estragou. lol
 
Tendo um filho, especialmente quando são mais pequenos, eu entendo que as crianças facilmente mexem em tudo. Ninguém nasce a ter cuidado com as coisas, eu próprio que tenho comportamentos maníaco-compulsivos com as coisas (particularmente o carro) quando era pequeno segundo a minha avó fazia-lhe sempre o favor de esvaziar os armários da cozinha no chão. Depois com o tempo, com o desenvolvimento cognitivo e com educação as crianças melhoram.

No entanto isso só aumenta a responsabilidade dos pais. Enquanto a criança não tem capacidade de distinguir as coisas os pais devem estar sempre presentes, prevenir e evitar comportamentos desses. E há sítios onde as crianças simplesmente não devem ir e coisas que não devem fazer.
 
Acho que é uma questão de saber discernir quando é que uma criança começa a ser mais responsável, a crescer e, portanto, a deixar de ser tão criança, para passar a ter idade para ter algum juízo e capacidade de entender aquilo que é aceitável e o que não o é.

De crianças pequenas é muito difícil esperar-se que tenham aquele cuidado que gostaríamos que se tivesse, da parte de toda gente, com as nossas coisas; são pequenas, sem a capacidade de entender o que são, efectivamente, brinquedos, e o que não o é - logo, acho que até dada altura, compete-nos a nós, adultos e proprietários das coisas que gostamos de ver bem estimadas, controlar estas situações e condicionar o acesso e arrumações do género, de forma a que estejam minimamente acessíveis e susceptíveis a estragos. Eventualmente, qualquer "acidente" será colmatado com muitas cabeçadas na parede, na esperança de esquecer o sucedido, e a certeza de que, de ora em diante, o produto substituto estará muito melhor escondido e protegido, lol...

O problema, na minha opinião, é aquele que já tem vindo a ser expresso aqui, nas situações acima mencionadas, quando estas crianças começam a deixar de ser crianças que não percebem para passarem a ser crianças que não querem perceber, frequentemente por culpa dos pais, que não os educam nem lhes incutem valores de estima, preservação e cuidados que devem ser tidos com os pertences pessoais e, mais importante ainda, com os pertences alheios...

Eu também não tenho filhos - para já, pelo menos - mas tenho as experiências relativas aos meus primos (agora com 5 e 6 anos de idade) e, mais recentemente, com o sobrinho da minha namorada (com 18 meses, sensivelmente). Logo à partida, tenho noção de que são situações bem diferentes, pelas idades que os separam, e por vezes caio no erro de os comparar indiferenciadamente, quanto aos comportamentos tomados nestas situações; mas, independentemente disso, tanto de um lado como do outro testemunho situações que, com franqueza, me deixam perfeitamente aterrorizado...

No caso dos meus primos, sempre foram muito mais "estragadões" do que eu fora, a julgar pelo que me dizem pais e avó - ao que parece, eu sempre fui um menino muito cuidadoso e regradinho (lol). Mesmo hoje em dia, em relação aos meus primos, numa altura em que o mais velho já tem, desde o seu mais recente aniversário, a sua própria N3DS, não tenho à vontade para os deixar, quer a um, quer a outro, sozinhos no meu quarto; pois é notório o paralelismo entre os comportamentos deles, mais violentos, com os brinquedos e, infelizmente, os "não-brinquedos", e o à-vontade e displicência com que os meus tios os deixam "brincar", em casa deles, com tudo o que lhes apareça à frente e deitem a mão...

Já no caso do "piqueno" - sobrinho da minha namorada - apesar de ser bem mais novinho e sem tanta capacidade de entendimento do correspondente, também este, por vezes, pega nos mais variados comandos, telemóveis, teclados, etc, e toca de atirar ao chão, bater nos móveis, ou enveredar pelas mais variadas artes da bricolage, simplesmente substituindo as ferramentas adequadas pelos gadgets que estejam mais à mão... E custa-me muito ver estas situações a desenvolverem-se à minha frente, principalmente quando outros adultos acabam por achar piada, ou reagirem, como já aqui disseram, de forma super natural e sem qualquer reserva, entendendo, suponho, que criança é criança, e tem que brincar e partir - ainda que, muitas vezes, não seja tão criança quanto isso.

Seja como for, o pior é quando estas situações se encetam com miúdos com os quais não temos, nem com os pais, à-vontade suficiente para dizer que não, ou dar as ditas "boas lambadas", e temos que, praticamente, assistir impavidamente (ainda que a arder por dentro) e em câmara lenta (lembro-me sempre daquela cena tão ubíqua do "Dexter's Laboratory" - "Nooo, Deedee, nooooo!" *salta numa tentativa infrutífera de apanhar a sua mais recente criação que, inevitavelmente, se parte ao cair no chão*, lol) ao desenrolar do desastre...

Em suma, eu sempre brinquei e nunca tive necessidade de partir para me sentir satisfeito ao brincar; sempre estimei as minhas coisas e, particularmente, as dos outros; e, o mais importante de tudo, os meus pais sempre me deram acesso a tudo, a seu tempo e oportunidade, à medida que ia tendo capacidade para lidar com aquilo que me era apresentado - nunca senti, desde que me lembro, que existissem coisas que me estivessem invariavelmente restritas, pois aquilo em que em não devia mexer apenas me era mostrado quando se julgasse que ia saber lidar com isso, cuidadosamente e respeitando as regras.

Desde cedo a responsabilidade repousa do lado dos pais, e devem ser estes a incutir nos miúdos os valores necessários para saber lidar com as coisas, sem partir nem estragar, a partir do momento em que as crianças se saibam aperceber do que devem e não devem fazer. Deixo, então um grande obrigado aos meus pais, por me terem educado de forma a ser, hoje, um picuinhas super minuncioso, cuidadoso e responsável... x)

Cumprimentos!
 
Boas, para já a minha princesa de 7 meses ainda só gatinha, mas todo o meu material está numa sala própria para o efeito, e como tal, a fechadura e a chave tratam do assunto lol De qualquer das formas, quando for mais crescida se se interessar ensino-a a jogar e a tratar as coisas com cuidado
 
Boas:

Eu por acaso ia passar ao lado deste topico, pelo simples facto de ainda não ter filhos ou ter algum miudo pequeno que me mexe-se nas minhas coisas....
Mas apos ler algumas peripecias aqui escritas não resisti a tecer uns comentarios:

Sobre os miudos, estou plenamente de acordo, visto que tudo depende da educação e da maneira como falas das coisas, tive a algum tempo uma situação engraçada com o sobrinho do meu cunhado ( de 12 anos ) e que ja tinha uma ps2 que quando viu a minha coleção de ps2 ficou abismado que ate me queria oferecer o dragon ball dele....fiquei de boca aberta com a reação dele perante esta situação alguns meses mais tarde ate lhe dei uns joguitos que segundo o meu cunhado tem um amor que ate as tem numas capinhas de plastico ( como eu!! ) eheheheh...

Hoje tenho um afilhado de 2 meses que dai a uns anos quero lhe "incutir" este gosto pessoal meu! bem como futuramente nos meus filhos....

Rexobias sobre o facto de o miudo nunca se esquecer do teu quarto, chama-se a isso memoria selectiva, até aos 3/4 anos eles apenas se recordam de fraçcões da vida, algum brinquedo,alguma coisa que os fascina e recordação essa que vai ficar até ao fim da vida...imagina tu que essa vai ser uma recordação que o puto vai guardar para sempre! Não sera um privilegio???

Abraço e Bom Topico Bytheway
 
Boas,

no meu caso o problema foi mais grave, porque para além do puto já ter 14 anos e já saber que não deve mexer no que não é dele sem autorização, ele foi avisado pela minha mãe, posteriormente pela mãe dele e mesmo assim voltou lá!!

Para além disso tudo depois de mexer, a mãe em vez de lhe dar um valente sermão ( ou umas lambadas - eu sinceramente preferia as lambadas ) ainda o deixa ficar a jogar com a consola e ainda tem a lata de dizer, já que está aqui ele pode continuar a jogar até irmos embora??? WTF??? Depois de eu ter explicado o que era a minha colecção, o significado que ela tem para mim e acima de tudo a diferença entre as coisas novas, como novas e novas ( seladas ) ?

Depois ainda tem a outra agravante que já falaram atrás... como tenho muita coisa mesmo, para mim foi-me impossível ter verificado na hora se me faltava alguma coisa ( sim porque se o puto teve lata para lá ir mexer sem autorização, também pode ter tirado alguma, principalmente porque ele nem sequer me conhecia ) somos primos, mas eu nunca o tinha visto!

Se tiver tirado, provavelmente so irei notar mais tarde e aí já não vou poder fazer nada infelizmente....

É verdade que com miúdos pequenos tem que se ter uma postura em que se explica o que é, porque não se pode mexer e que se ele quiser mexer pode pedir aos pais.. etc etc... e se isso não resultar castigar de algum modo ( não ver TV ) e só em último caso dar umas palmaditas...

Tenho 4 sobrinhos e nunca nenhum deles me mexeu em nada, todos eles sempre entenderam o que é a minha colecção e a estima que tenho por ela, também porque desde pequenos sempre lhes expliquei o que lá tinha e porque eles não podiam mexer!

Os actos das crianças partem sempre de um pressuposto que eles não sabem o que estão a fazer ( realidade ), mas se os pais lhe ensinarem que não o devem fazer 1, 2 3, 4 , 10 vezes eles têm de aprender, se continuarem a mexer ou fazer algo mal aí as pessoas responsáveis terão que ter as atitudes em consonância com os actos que as crianças tiveram.

Eu fui ensinado assim... não devo mexer no que não é meu, se quiser mexer peço.

Se eu aprendi e milhões de pessoas aprenderam porque é que as crianças de hoje em dia não aprendem? Mimos a mais? Falta de capacidade dos pais para lhes ensinar? Cada um sabe de si.. um dia quando tiver um filho sei como o vou educar, não vou é dizer aos outros como o fazer a não ser que isso mexa comigo directamente como foi o caso do meu primo.
 
Bem a história do Zorba... Acho que se fosse comigo o puto iria conhecer a palma e as costas da minha mão. Mas realmente é algo um bocado frustrante, a má educação que os putos teem hoje em dia. No meu caso tenho um sobrinho de 5 anos que ñ é muito "adepto" de mexer nas minhas coisas, mas pelo sim pelo ñ ele so entra no meu 4º quando estou lá eu. Alem disso tambem sou um bocado obssessivo com as mesmas, ñ é ser egoista nem nada que se pareça mas faz-me confusão estar alguem a mexer nas minhas coisas ( seja consolas,pc, tv) até mesmo o meu primo que já tem 20 anos, quando está a mexer, para mim é uma "doença". A minha coleccção de jogo ñ e nada de especial, tenho 2 ediçoes especiais e pouco mais e depois são os jogos normais uns em platinum outros não, mas ainda assim são coisas que foram pagas com o meu dinheiro e ñ gosto que lhes mexam, simples.
 
De crianças pequenas é muito difícil esperar-se que tenham aquele cuidado que gostaríamos que se tivesse, da parte de toda gente, com as nossas coisas; são pequenas, sem a capacidade de entender o que são, efectivamente, brinquedos, e o que não o é - logo, acho que até dada altura, compete-nos a nós, adultos e proprietários das coisas que gostamos de ver bem estimadas, controlar estas situações e condicionar o acesso e arrumações do género, de forma a que estejam minimamente acessíveis e susceptíveis a estragos. Eventualmente, qualquer "acidente" será colmatado com muitas cabeçadas na parede, na esperança de esquecer o sucedido, e a certeza de que, de ora em diante, o produto substituto estará muito melhor escondido e protegido, lol...

Em parte discordo, eu acho que de pequenos devem ter o acesso às coisas, mas sabendo aquilo em que podem mexer ou não. O estar escondido não resolve o problema de fundo. Tem é que se estar atento e cortar o mal pela raiz, eles aprendem rapidamente o que se pode ou não fazer.
O pior é mesmo quando não são os nossos, isso sim é complicado.
 
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