Assassin's Creed é uma série de ficção científica onde determinadas personagens conseguem reviver em realidade virtual os acontecimentos vividos pelos seus antepassados, utilizando para isso informação codificada no seu ADN. Tudo porreiro até aqui, mas um africano no Japão naquele período é onde a linha do realismo e imersão é traçada? Chegámos ao ponto em que jogar com uma figura histórica no período histórico correto quebra a imersão? Em que uma figura histórica documentada é menos real do que toda a premissa de ficção científica que serve como base da série?
Poupa-me. Isto não tem nada a ver com premissas de ficção científica.
A linha é traçada onde a imersão é comprometida. Vikings africanos, mercadores trans, etc., é escolheres.
Os jogos anteriores já os tinham e era obvia a charopada mas ao menos não tínhamos que jogar com eles como personagens. Menos mal. Cada um tira dos jogos o que quer e eu, pagante, dispenso que me enfiem mensagens sociais num jogo que se quer escapista.
Se para ti não é um problema ou sequer assunto, tanto melhor, agora os restantes têm direito à própria opinião e desde que fundamentada é tão válida quanto as discordantes.
Se jogo um
western não espero ver índios japoneses, mesmo que estes usem armas alienígenas, da mesma forma que no AC
Origins não estaria à espera de ver um mercador esquimó. Não tenho nada contra qualquer uma destas raças/povos, é uma questão de imersão e de tentar "comprar" a fantasia que me estão a propor. Tudo o que sair do molde vai forçosamente destoar.
Vai ser o pior assassíno da história da
franchise, não só pela armadura - daí o terem encostado a uma versão potencialmente mais hack@slash mas também porque é o único africano numa ilha cheia de japoneses:
"Ei, está ali um morto, alguém sabe de alguma coisa?" - "Epá, vi um grandalhão morenaço a fugir com uma espada ensaguentada."
"Ah, esquece, nunca o apanharemos, pode ser qualquer um".
Dá logo outra nuance ao
fugir para voltar mais tarde e tentar passar despercebido, não é?
Seria igual se se tratasse do
Yayōsu, do
Miura Anjin ou do Hiramatsu Buhei. Destoam, uns mais que outros, mas destoam todos.
E é assim que se quebra a imersão.
Não há distorção nenhuma. AC Origins é situado em África, portanto, o que o user pediu já aconteceu há alguns anos. Correto, não representa todo o continente africano tal como o Japão não representa toda a Ásia.
Há sim.
E o Japão nunca poderia represenar toda a Ásia porque tem cultura própria e bem vincada, não sendo facilmente confundida com os restantes países asiáticos. Vai perguntar aos egípcios se se representam a eles mesmos ou se querem ser a cara do continente e depois vem-me cá contar o que te disseram.
Mas sabes qual é o verdadeiro problema? O problema é alguns ocidentais muito vocais projetarem o que sentem em cima dos japoneses. Os únicos que poderiam ficar desiludidos seriam os homens japoneses por não terem uma representação como protagonista num AC, mas mesmo assim, e olhando para tudo o que é rede social, o feedback vindo de lá é muito positivo e, inclusive, até está no top de vendas na Amazon japonesa. Mas é claro que o feedback dos visados não é importante. O que importa é projetar; é fazer projeção disfarçada de preocupação.
O verdadeiro problema é tentarem forçar narrativas em vez de se limitarem a criar bom conteúdo.
Mas desde que se fale no jogo já é bom, publicidade grátis e tal.
E sim, " problema é alguns ocidentais muito vocais projetarem o que sentem em cima dos japoneses" mas de forma a que as modinhas da cultura alheia se sobreponha à deles. Mas não, o que importa é deixar claro que quem não concorda é porque é preconceituoso, à laia do "não concordo por isso estás errado".
Resumindo - no que me diz respeito - preferia que fossem dois personagens nativos mas não será o facto de ter o Yasuke ou qualquer outro personagem manhoso que me vai desencorajar ou descartar o jogo, até porque facilmente o meto "à borda do prato".
Gostei de praticamente tudo o resto que foi anunciado e se houver quem goste
de tudo - Yasuke incluído - melhor para eles.
há "décadas" que as pessoas pediam um AC no japão, agora que finalmente o temos só se fala da personagem de origem africana.
Veio com bónus, mas veio.
Eu ando "há décadas" a pedir um AC Roma mas agora fico mais caladinho, não me vão eles fazer a vontade com um Caius Aborigenus, centurião australiano.
o ter muitas pre-orders não surpreende, o Valhalla superou 1 bilião em vendas @ dollars -
tendo em conta que passaram 4 anos (o Mirage é bastante mais pequeno) acredito que este seja um sucesso comercial também.
É preciso ser muito crente para fazer
preorder de jogos da Ubisoft, mas há gente para tudo.
Alguém tem que servir de cobaia para bugs, chulices da store e, claro, descobrir tesouros e enigmas para ajudar a malta que espera pelas edições posteriores.