Criação de Jogos

TuxBoss disse:
Se queres uma área onde podes realmente apostar, o futuro da industria dos jogos passa pelos telemóveis e pelas plataformas móveis. Uma das empresas mais importantes do mundo nessa área é Portuguesa e está baseada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, chama-se Ydreams.
Eu como já sou "burro velho" dessa universidade conheço algum do pessoal q lá trabalha e deixa-me dizer q realmente fazem um trabalho verdadeiramente excelente.
Porque é que não vais ter com eles e apresentas algumas ideias? Outra empresa mais virada para os tradicional games para onde te podes virar é a Devir, que ,pelo menos no meu conhecimento, é a maior empresa na área da importação, comercialização e promoção desses jogos. Já não tenho contacto com eles há uns anos mas na altura eram pessoal altamente acessivel e porreiro sempre abertos a novas ideias.

fct power :p
 
Isto é tudo muito giro, a guerra dos visionários contra os realistas. Vêm os visionários e dizem: "Ah e tal quero fazer jogos e o mercado ainda tem espaço para mim, se não fizermos projectos nunca passaremos desta maravilha que somos por isso temos que inovar então quero criar jogos não sei bem para onde nem porquê" depois chegam os realistas e dizem "Epa desiste, não tens hipótese, o mercado já está saturado com software houses mais do que boas e apenas com meia dúzia de conhecimentos não vais a lado nenhum" e ficariamos aqui o dia inteiro sempre de volta do mesmo.

Agora vou eu fazer a minha análise visionario-realista:
Jogos de tabuleiro? Pretendes ganhar dinheiro e ter uma grande fonte de rendimentos com jogos de tabuleiro? Esquece! Das duas uma, ou ias pagar a uma editora para os públicar (shareware) e os teus jogos iam parar àquela parte das prateleiras nas lojas que eu nem olho (e como eu 99% das pessoas) com aqueles CDs "€4.98 - 100 Games!!" e simplesmente ias deitar o teu investimento inicial fora porque o sucesso ia roçar a nulidade ou públicas os jogos online (shareware) e ou arriscas-te a ter as finanças à porta se não declarares a empresa nem aplicares IVA ou tens todas as despesas inerentes a descontos e impostos e como mais uma vez vais acabar por não vender (é um facto, jogos de tabuleiro não vendem, a não ser que seja algo mesmo muito inovador E que atraia algum público) tens as despesas na mesma e lucro práticamente nulo.

Em terceira instância fazes os jogos freeware e aì estás simplesmente a trabalhar para aquecer...


Agora existe outro caso, que é o dos jogos sem ser de tabuleiro. Que sector queres preencher que ainda não esteja decentemente preenchido por software houses com mais qualidade que tu ALGUMA VEZ vais ter (face it ... EA Games, Ubisoft, Activision, ID Software, Valve, Codemasters, Microsoft ... não és tu mesmo que arranjes 100 colaboradores [já a atirar bastante por cima] que vais fazer melhores jogos que qualquer uma delas). Vou-te dar alguns exemplos:
- FPS: Half Life 2, Doom 3
- 3rd Person Shooter: Splinter Cell, Metal Gear Solid
- Simuladores:
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- Futebol: Fifa e PES
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- Aviões: Falcon 4, F22 Lightning 3, F18
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- Corrida: F1 2005, Toca Race Driver, Colin McRae, MotoGP, Need For Speed, Live for Speed

- RTS: Command and Conquer, Age of Mythology, Rise of Nations, Empire Earth, Age of Empires III (coming soon)
- RPG: World of Warcraft, MU Online, Diablo, Bloodrayne, Vampire The Masquerade (este é também um 3rd person mas é RPG), Project Entropia
- Text Based Games: Omerta, DarkThrone, Kings Of Chaos, Republic Online, Nation State

Agora diz-me ... que sector queres preencher? Vás para onde fores já está tudo ocupado e sempre em movimento, ou tens o belo do €€ e contratas MUITO pessoal experiente (e possívelmente muitos deles teriam de ser estrangeiros) à partida ou então diz adeus ao projecto. É muito bonito que se sonhe mas também é preciso ter os pés bem acentes na terra e ver as coisas como elas são e não como nós queiramos que elas sejam.

Quem se deu ao trabalho de ler o post todo até aqui, obrigado :P
 
Olá mais uma vez.

É certo que pelo que vi o rapaz não tem bem a notação do custo de desenvolvimento, nem provalmente das etapas de desenvolvimento de um software de qualidade(peço desculpa se estou enganado, mas foi o que entendi). Nos jogos não há espaço de manobra para erros, tudo tem de ser bem planeado, as pessoas envolvidas devem ser das mais variadas áreas, de competencias válidas. Tal como deves ter em mente que o ordenado a pagar a essas pessoa não será decerto ao nivel das normais softwarehouses portuguesas....enfim existe uma panóplia de coisas a pensar bem...

De qualquer forma é uma bela ideia, se bem que necessita de umas arestas limadas. O nosso problema(tugas) é exactamente o que é dito nos post's aqui colocados, contudo contradizem-se. Por um lado dizem que o mercado já está apanhado pelas grandes editoras, mas depois dizem que existem softwarehouses portuguesas que tem bom software de jogos e rentáveis, por exemplo a Ydreams, que por acaso até da faculdade onde estou a acabar de tirar o curso...Estou perfetamente confiante que existem grandes lacunas nas mais variadas áreas do mercado de jogos por preencher e muito rentáveis. Lógicamente, que é garantido que pelo menos nos primeiros 2 anos não ias ter lucro e depois, se tudo correr bem, para ai uns 3 anos teria-se uma empresa de saldo nulo, ou seja os ganhos dariam para os gastos e talvez, frizo talvez, dai para a frente a pouco e pouco irias ter algum ganho. Um solução passaria por entretanto apostar noutra área que desse lucro para colmatar as necessidade das áreas de jogo.

É como já disse atrás, se estiveres interssado, podes contactar comigo João, que terei todo o prazer em discutir ideias...

Peço desculpa se o meu dicurso não está consistente, mas escrito à pressa é o que se pode arranjar...
 
games...

tudo muito bonito...

senão vejamos...
Analise só da parte de concepção dum jogo...

1-praticamente ninguem tem knowhow no dev de jogos em pt.
2-area muito exigente a nivel de conhecimentos tecnologicos + fisica e matematica (algebra, geometria, etc etc).
3-trabalho a tempo inteiro... impossivel de ser realizado em colobaração sem contratação... :rolleyes:
4-normalmente é trabalho muito bem pago, e os resultados não são imediatos... muito tempo até se verem alguns resultados práticos.


solução para os interessados...

tentar fazer coisas em muito pequena escala ... telemoveis, pda's, etc etc, que embora não parecendo, já é um grande desafio.

/Ing
 
Não dês ouvidos a estes gajos.
Até parece que Quake Team Fortress, CounterStrike, Action Quake2, entre MUITOS outros mods foram feitos por profissionais... :rolleyes:
Só é preciso vontade, um plano bem construído, e alguém que saiba fazer as coisas. Depois é ouvir a comunidade e tentar por as suas ideias e sugestões em prática :D
 
1ª ideia - Ligação ao jogo apenas por net. Aplicação instalado nas máquinas clientes, mas jogar em rede por meio da internet, por duas razões, autenticação e multiplicação de utilizadores. Ex. http://www.pmanager.org/. Há um outro que é de estratégia, mas na mesma optica do PManager, ou seja, numa plataforma Web. Estes jogos não têm nada de especial e estão a cativar muita gente, se calhar pela sua IA (inexistente, são pessoas reais). Se calhar, nem só os 3D Shooters viciam.

1ª ideia (versão 1.1) - Se o jogo for on-line mas desktop based, que seja com cenários/personagens/texturas/etc tudo no CD/DVD (já carregado na instalação). Assim apenas precisas de um timer(); associado a um WebService muito normal que te carregue para o cliente em formato XML as ultimas ocurrências no cenário carregado. É relativamente rápido, e acho que não precisas de entrar em grandes despesas em termos de servidores para o fazer. Mais vale arranjares depois patch's com novos mundos/texturas/personagens/etc para fazer download, do que o cliente perder tempo a carregar tudo isso sempre que queira jogar.

2ª ideia - Interface 100% traduzido, seja para que lingua for. Assim aumentas o publico alvo (pode ser que sim pelo menos). Já há alguns programas que o fazem (ad-aware, ...).

3ª ideia - que não custe mais de €10.00. Se custar a um utilizador mais do que isso, duvido que alguem compre, só mesmo se for em consola e não conseguir chipá-la, para não falar que pode ser muito apelatico um preço desses pois não leva tanta gente a pensar duas vezes se o compra mesmo...

4ª ideia - Arranja dinheiro a fundo perdido para o projecto, porque sem trabalho a full-time sob contracto acho que não o vais conseguir (desculpa ser derrotista). Mesmo que seja a trabalhar de casa, se não for com contrato, bom salário e pagamentos em dia, acho que não vais conseguir cativar os melhores (ou mesmo os médios).

5ª ideia - a parte gráfica é mesmo muito importante, se bem que o enredo pode ser mais. O cliente dá mais valor ao que vê, e depois ao nome do produto (fama).

6ª ideia - a ultima ideia que tenho, é a de me calar que já para aqui teclei demais.

Abraço e boa sorte.
 
turbulence disse:
em relacao aos jogos de makinas do cafe, eu n sei como isso funciona, mas parece-me k tu vendes o software à empresa das makinas, e o $$ k recebes, é com essa venda... nao com os lucros que a empresa ganha com as pessoas que jogam esses jogos.
E??! o importante neste caso é que ganhes dinheiro com os jogos que produzes. Lucro é lucro, independentemente de vir directamente dos clientes que jogam os jogos ou vir indirectamente pelas empresas que fabricam e vendem as máquinas.

turbulence disse:
ja que falamos em desenvolvimento de software, penso que era mais indicado, fazer software para empresas, gerencionamento de clientes, com suporte a base de dados, isso sim parece-me um bom investimento! todas as empresas necessitam desses programas, por isso axo ate, que o publico alvo era mt maior!
Isso é o que TODAS as impresas Portuguêsas de desenvolvimento de software fazem e acredita que existem muitas. O mercado está sobrelotado e há algumas empresas que já estão muito bem implantadas no mercado, pelo que, fazer-lhes concorrência é bastante dificil e talvez até indesejável. Já para não falar das empresas estrangeiras e/ou multinacionais.
Tu definitivamente ainda estás na universidade ou secundária :P ou então trabalhas á pouco tempo. :P

turbulence disse:
Eu tambem costumo programar, e agora estou em desenvolvimento de alguns programas que tenho em mente. de momento tenho 3 em desenvolvimento.

- site portugues tipo hi5
- messenger
- um editor de texto com suporte a programacao de varias linguagens e com a possibilidade de 2 (ou mais) users programaram ao mesmo tempo, no msm trabalho!
Esses projectos são bons para se aprender umas coisas, quanto mais não seja, para aprender que existem dezenas ou centenas ou milhares de outros programas que fazem exactamente a mesma coisa. :P Fora isso, aprendem-se umas tecnicas de programação e desenvolvimento interessantes.
 
Li isto um bocado na diagonal, mas deu para perceber que te tens dedicado em força nos últimos tempos ao estudo deste meio.
Se tens algum dinheiro de parte para investir - ninguém trabalha de graça - penso que deves avançar, mas acho que te devias cingir a um ramo de negócio e não tentar fazer um pouco de tudo, porque isso, quanto a mim, diminuia ainda mais as tuas chances. A ideia das máquinas de jogos em cafés parece-me ser uma boa via (se é que existe alguma) porque jogos para PC parece-me, sinceramente, um beco sem saída e os jogos de tabuleiro não devem fugir muito ao mesmo destino.
O mais importante é não começar como um derrotado e pensar que isto nunca vai dar em nada. Se tens essa ambição, vai para a frente.
 
NoMercy disse:
E??! o importante neste caso é que ganhes dinheiro com os jogos que produzes. Lucro é lucro, independentemente de vir directamente dos clientes que jogam os jogos ou vir indirectamente pelas empresas que fabricam e vendem as máquinas.


Isso é o que TODAS as impresas Portuguêsas de desenvolvimento de software fazem e acredita que existem muitas. O mercado está sobrelotado e há algumas empresas que já estão muito bem implantadas no mercado, pelo que, fazer-lhes concorrência é bastante dificil e talvez até indesejável. Já para não falar das empresas estrangeiras e/ou multinacionais.
Tu definitivamente ainda estás na universidade ou secundária :P ou então trabalhas á pouco tempo. :P


Esses projectos são bons para se aprender umas coisas, quanto mais não seja, para aprender que existem dezenas ou centenas ou milhares de outros programas que fazem exactamente a mesma coisa. :P Fora isso, aprendem-se umas tecnicas de programação e desenvolvimento interessantes.

eu ando na FCT, pelos vistos é tua vizinha, ja k es de almada!
ja que me criticas tanto, mostra-me o contrario, nessa altura dou-te razao!
 
turbulence disse:
eu ando na FCT, pelos vistos é tua vizinha, ja k es de almada!
yep, é verdade.
turbulence disse:
ja que me criticas tanto, mostra-me o contrario, nessa altura dou-te razao!
Mostrar-te o contrário, ou pelo menos, tentar, é o que tenho estado a fazer, mas pelos vistos sem grande sucesso. Já não sei como fazê-lo.
Só te fiz uma critica porque acho que tens falta de visão :P. Tanto realismo, mais parece é falta de força de vontade para arriscar, e digo mais, quanto menos tiveres, mais fácil é arriscares, o que quer dizer que a melhor altura para arriscar o máximo sem ter muito a perder é precisamente durante os anos de estudante e os anos imediatamente a seguir á conclusão do curso universitário :P
Em ultimo caso, não foi de certeza a visão "realista" que levou todos aqueles marinheiros Portuguêses aos quatro cantos do mundo durante os descobrimentos. Foram sim, visões arrojadas e "irrialistas", improváveis, arriscadas, alguem diria na altura; impossivel ou mesmo "sejam realistas, a terra é quadrada! e os barcos vão cair quando chegarem ao fim da terra, além do mais, é impossivel competirmos com os outros paises de navegadores!!" :P
 
João C Almeida disse:
Realmente, estou muito satisfeito com o feedback que recebi!!!!! Obrigado pessoal!

1º - turbulence, não sabes o que é o Magic, Batlletech, warhamer, dungeons & dragons... e tantos tantos outros????? bom... fiquemos por aqui...

Ui ui um jogo tipo os livros antigos de dungeons & dragons era demais...
Ha anos tentei fazer um em pascal com interface bastante simples mas nunca xeguei a acabar...
Mas era coisa k gostava de ter mesmo :cool:
 
Ha uns 3 anos deparei-me com um jogo online tipo Civ, mas algo diferente. Tinhas estradas pelo meio de terrenos tipo floresta q eram mto complicados de atravessar, e ias-te tentando expandir o mais rapido possivel. Os mapas eram ate bastante grandes, mas com motas e assim expandia-se rapido. As tantas as fronteiras tocavam-se e la começava a guerra. Ih caramba como aquilo era viciante. Era por turnos, e cada turno demora +- 18h ate podermos joga-lo.
Toda a gente podia jogar, mas quem pagasse um tanto 10 euros ou ja nao me lembro, tinha acesso a outras armas mais evoluidas. Ou seja permitia toda a gente jogar mas so quem pagava tinha hipoteses reais de ganhar o jogo. Perdi o q tinha no disco senao ainda hoje tava a jogar aquilo :rolleyes:
Este tipo de jogos acho q têm mercado. Ainda mais se houvesse uma pagina web bem publicitada com eles.
Depois pra quem ja jogou por ex o Pirates, e um jogo original, q n sei pq e q nunca ninguem fez (desde o Centurions ja quase com 15 anos). Sendo nos portugueses, se fizessem um jogo pra PC desse estilo, tinham mto por onde serem originais, e graficamente n seria um jogo mto exigente.
Sao 2 ideias por onde podiam concorrer. Se vao fazer FPSs acho mto dificil. Graficamente n podem competir com UTs2007 e outros jogos assim.
Turbulance site tipo hi5 ja ha, o jovenspt.com
 
João C Almeida,

Na minha opinião, e se quer desenvolver um jogo que queira que seja em algo diferente (se possível, já tudo foi inventado), não pode por de lado a plataforma que mais rápido se tem desenvolvido e crescido nos ultimos anos, a Internet. Ao mesmo tempo, tem de saber as falhas que esta pode ter, e as vantagens que uma plataforma desktop tem em relação a uma aplicação web.

Eu criava uma plataforma em rede, mas com o core do programa todo carregado à instalação, usando apenas a rede para troca de dados pelos utilizadores. Caso queira fazer updates, use patches (gratuitos) para o fazer.

Se a plataforma for independente de uma lingua, poderá ter um português com a aplicação na sua lingua a jogar com um australiano na sua lingua também, coisa que em on-line gaming não se vê hoje em dia. Ou se sabe inglês (a lingua em que vêm plataforma multi-nacionais), ou então não se joga. Carregar um XML com as traduções dos menus, diálogos e etc, não é muito dificil usando patches. Download do patch, substitui (entre outras coisas) o ficheiro de lingua, e está a rolar.

Um webservice como plataforma de ligação entre os utilizadores acho que também não é má ideia. Um apache, recebe e executa mais de 100 pedidos ao mesmo tempo, não querendo dizer que demore mais de 1 segundo a executar cada pedido. Se demorar metade do tempo a executar um determinado código, poderá processar mais de 200 pedidos de utilizadores em apenas um segundo (sendo os pedidos e o servidor rápidos o sificiente para o fazerem).

Quanto a jogo disto, ou daquilo, pelo que sei, existem milhentos motores de jogos para aí à venda. Exemplo disto parece ser o Portugal 1111 que alguém referiu aqui à uns posts atrás, pois parece-me muito familiar tudo aquilo. Como os jogos são construídos sobre esses motores, é bem possível fazer com que os dados para o jogo se desenrolar venham de um servidor partilhado. Bom exemplo disto, é por exemplo a Steam. Muita gente não a aprova, quanto a mim, o pouco que não me deixa indiferente, até é positivo.

Quanto a jogos de tabuleiro ou cartas.... hummmmmmmmm!.... nisso também tenho as minhas sérias duvidas. Para Magic já existe, jogos tipo paciência ou copas ou poker são aos milhares, xadrz, gamão e afins também.... As opções que restam podem não ser assim tantas, e as que existem, do ponto de vista do utilizador (que os arranja free na net, ou já vêm no compz), podem não valer a pena.

Quanto a jogos 100% on-line, bem.... O que não falta por aí é disso, mas se repararem, é tudo estratégia (de uma maneira ou de outra), pois outro tipo de jogos, por exemplo, jogos mais gráficos, é para esquecer...

É apenas uma opinião ....
 
quem sou eu para ensinar alguma coisa ao pessoal...

Espero não ficar aborrecido, mas se tiverem paciência leiam isto até ao fim. Talvês aprendam algo de novo.
Eu pertenço á "Geração Spectrum" e sei que nessa altura qualquer gajo fazia um jogo para esta plataforma. Quando digo qualquer gajo, não estou a dizer que se fizessem jogos maus, muito pelo contrário, alguns dos melhores jogos para Spectrum foram feitos por uma pessoa apenas. Com o passar dos tempos os equipamentos foram evoluíndo dando novas alternativas aos programadores na concepção de jogos. No entanto, a evolução dos jogos não segue os meios disponíveis, antes a exigência do mercado. Quer isto dizer que só se faz o que se sabe que vende e poucas são as companhias que se arriscam a produzir algo mais arrojado. Os Game Makers actuais, (e eu sei bem do que falo) queixam-se exactamente disso, de não poderem fazer o que querem. Prova disso, (e já o disse) é a quantidade de jogos que são produzidos com uma história, um sistema de jogo e uma estética visual completamente diferentes. A maioria dos jogos de computador são inspirados em filmes, Bandas Desenhadas, Desportos e tudo o mais que tenha uma popularidade relativa. Para além disso, a tendência é para fazer os jogos cada vez mais hiper-realistas em detrimento da estética visual. Existe algum jogo a preto e branco? Existe algum jogo com imagem granulada (como nos filmes antigos)? E porque é que nos jogos que são inspirados em bandas desenhadas, em vez de serem fiéis á estética própria da BD os personagens são convertidos estúpidamente para 3D realista? É o caso do GTA... um dos mais vendidos. Pois é! Infelizmente o Game Making enfrenta este problema. As grandes companhias sabem que a diferença também vende, mas é muito mais arriscado lançar no mercado jogos estranhos para o jogador médio, que não os entenderia e por isso não os compraria. Para aqueles que ainda duvidam, apesar de ser ambicioso também sou realista, e sei que uma produtora de jogos Portuguesa teria de trabalhar em função dessa exigência de mercado, no entanto outro grande problema se aplica ao Game Making e é por isso mesmo que as empresas não se arriscam em produzir coisas diferentes - a falta do trabalho conceptual. Actualmente os jogos estão práticamente nas mãos de técnicos e não de artistas. São muitos os programadores que dizem o mesmo. Faltam pessoas que consigam criar cenários e personagens novos, pois esses, trabalham todos em hollywood. Entramos assim num cíclo vicioso, em que os conceitos novos são primeiro feitos no cinema e só depois transformados em jogos de computador. Acredito assim que é possível competir (até certo ponto) com as melhores produtoras mundiais de jogos pois o meu trabalho é exactamente o conceptualismo para jogos, apenas preciso de programadores que consigam e aceitem traduzir numa plataforma as minhas ideias. Reconheço tratar-se de uma actividade muito arriscada e sem garantias de remuneração, mas tenho as minhas convicções, e tenho quase a certeza que o conseguiriamos fazer.
 
Depois de tudo aquilo que li aqui no Fórum (ufa...) e depois de tudo o que já vi e li aí fora (desde os tempos dos benditos Spectrums), continuo a pensar a mesma coisa que já pensava:
o que realmente conta é ter-se uma Boa Ideia.

E uma Boa Ideia, tanto pode ser bastante complexa como bastante simples, e também pouco importa se o mercado está mais ou menos saturado. As Boas Ideias ão-de sempre vingar, haverá sempre lugar para elas venham de onde vierem.

Se vocês repararem o ppl que ficou milionário de um dia para o outro, tinham até ideias consideradas por muitos, na altura, estapafurdias. Mas o que é certo é que fartaram-se de vender.

Isto tudo para dizer, que se se quiser fazer algo de inovador e potencialmente lucrativo, tem de se arriscar, mas só no fim é que realmente se pode ter a certeza de que a táctica adoptada foi boa.

Agora se o ppl quer logo de inicio apostar em coisas que quer ter a certeza que serão lucrativas, tire dai o cavalinho da chuva.
Quem manda é o público, logo, só depois de um projecto ser posto à venda é que alguém saberá realmente se teve a aceitação do público ou não.

Há muito pessoal que pensa logo que uma determinada área, por estar na moda, que o lucro está logo assegurado à partida, deve ser por isso que muitos vão logo de cabeça.

Para a àrea dos jogos, interessa ter cabeça (conhecimentos artisticos, cientifico-técnicos e de programação), mas também interessa ter feeling para a coisa. Já agora também é preciso ter tomates, pois como disse atrás só na altura de se fazer o balanço das vendas é que se saberá se uma ideia realmente rendeu ou não.

Quanto a Portugal, realmente isto é um completo atraso de vida, mas isso não significa que alguém não se dane com esta ***** toda e não ponha mãos à obra. Ajuda, talvez tenha muita dificuldade em encontrá-la, mas se fizer finca pé de querer levar um seu projecto pela frente, poderá tentar encontrar mais uns quantos tugas que sintam a mesma coisa, e aí a coisa até é capaz de vingar.

O que me mete realmente mais nojo em Portugal é que, muita gente anda sempre prá aí a vender nacionalismos e patriotismos de maravilha, mas quando alguém tem vontade realmente de desenvolver alguma coisa de inovador, em vez de ter alguma ajuda do dito País, leva é com um grande balde cheio de maravilha em cima e ainda se riem de um gajo.
Se é assim, eu apenas pergunto para que é que um gajo precisa de um País se tem que fazer praticamente tudo sózinho, e que para conseguir isso ainda tem que andar a desbravar muita maravilha que tentam amandar para cima?

Já agora muitos parabéns ao team do "Portugal 1111 - A Conquista de Soure".
Continuem a acreditar...
 
Última edição:
Li com alguma atenção o que já foi discutido aqui, e embora o tópico esteja há algum tempo desactivado, queria apresentar a experiência que tenho tido ao longo de três anos de desenvolvimento de um portal online de jogos, chamado live2play (http://www.live2play.net/).

Basicamente o live2play nasceu como um projecto universitário, numa cadeira chamada Computação Gráfica e Multimédia. Tendo terminamos o projecto, e com perto de 12 jogos produzidos, mais um esboço do portal que os suportava a funcionar, eu e mais um dos elementos do grupo (que era de 4), decidimos ir continuando o projecto aos poucos, tentando adicionar novos conteúdos e funcionalidades. Isto aconteceu no ínicio de 2003.

Em Setembro de 2004, quando terminamos a faculdade, refizemos graficamente tudo, tornamos o site mais profissional e mais fácil de gerir, e passamos a apostar grande parte das nossas horas livres no live2play, de forma a conseguir ter os moldes de algo que futuramente possa vir a ser uma empresa de online gaming.

Aqui é a parte em que muitos se perguntam, e como é que ganhas dinheiro com isso? E como é que te diferenciais no mercado?

À primeira pergunta sinceramente ainda não sei responder bem, porque é complicado atrair investimento (publicidade, empresas interessadas) para este tipo de projectos sem teres alguma dimensão/visibilidade. Temos efectuado alguns contactos, mas ainda estamos a tentar encontrar soluções interessantes. Também iremos oferecer os nossos serviços para a criação de jogos para empresas como forma de sustentar a empresa, e criar moldes publicitários inovadores, baseados em gaming.

Quanto à diferenciação, acho que temos conseguido alguns pontos nesse aspecto, pois temos um site bastante mais "pessoal", com rankings globais (para promover a competição), lista de amigos, fóruns, jogos multi-utilizador baseados numa plataforma genérica chamada spot2play, etc. Por outro lado, todos os jogos estão em português, o que também nos permite apanhar uma ganha de utilizadores de menor idade (ou mesmo aqueles que simplesmente não gostam de jogar em inglês), ou no caso de jogos de palavras (como trivias e forcas) também apanha uma ganha de utilizadores que não se adaptam tão facilmente aos conteúdos em inglês do miniclips e afins. E convém notar, que actualmente não há muitos portais de jogos nacionais a desenvolver os seus próprios conteúdos. Há uns tantos que têm colecções de jogos, mas são todos obtidos no miniclip, freeonlinegames, entre outros.

Mas a nossa teoria até ao momento sempre foi ir desenvolvendo aos poucos e tentar ir sondando soluções, porque arriscar a 100% em algo, sem ter bem a noção do retorno financeiro que isso vai dar, é muito complicado....

Ultimamente tive oportunidade de assistir a algumas conferências sobre jogos, tanto a PACEE (em Castelo Branco), como a iEntertain (em Coimbra), onde ouvi dois casos de empresas portuguesas que entraram neste mercado, a ciberbit (http://www.ciberbit.pt) com o portugal 1111, e a rtsolutions (http://www.rtsolutions.pt/) com o lumen. E são dois casos muito interessantes de seguir, mas que mostram claramente que é preciso abordar o mercado de uma forma muito específica, pensar bem nas redes de distribuição a utilizar, efectuar alguns contactos mostrando protótipos, para depois não ficar com o jogo pendurado. E claro, a parte da rentabilidade está sempre sujeita ao factor "gosto" dos consumidores finais, que nem sempre é díficil de prever.

Acho que já estou a tornar isto muito longo, e para concluir só quero frisar que acho possível fazer jogos em Portugal, que a APROJE (http://www.aproje.org/) também vai contribuir para isso, com eventos como o Games2006 (http://games2006.aproje.org/). Enfim, é aproveitar esta onda, participar em eventos, ver as condições que a APROJE dá para criação de novos projectos... e principalmente, ter ideias original e IMPLEMENTÁ-LAS, porque de ideias está o mercado cheio! :)
 
Bem nao li os posts todos pq sao muitos mas numas certas jornadas de informática do ano corrente um membro da associação de jogos ou qq coisa portuguesa foi lá dar uma palestra. A novidade é que há iniciativas para promover a industria de jogos em portugal e estão a trabalhar em parcerias com as editores para depois os promover. Os jogos vão desde XBOX, PS3, a jogos java para tlms ou PSP e DS. O financiamento pode ir até aos 100 se o projecto valer a pena. vão abrir um campus para o final de este ano se nao estou em erro, se alguém tem vontade esta é a melhor altura em portugal para por mão à obra, façam uma pesquisa na net que facilmente encontram informação. não pesquisei porque não estou interessado. No entanto estas pessoas tem vontade de melhorar a industria de jogos em portugal e algo curisoso que o orador disse foi que o famoso "eye-toy" da sony, já tiunha sido alvo de uma tese de mestrado, ou seja uma pessoa desenvolveu a ideia parecido com o eye-toy claro que não era igual pois quando se está na fase de concepção não fica perfeito, ainda tem que se limar arestas, mas no entanto o projecto ficou na gaveta porque não havia iniciativas em portugal. eles estão a tentar mudar isso porque a industria de jogos é uma aposta ganha. pois nos próximos 50 anos o mercado continua a crescer
 
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