Os números 1, 2, 4, 8, 16, 32 e por ai fora são o denominador de uma fracção cujo numerador é 1 e indicam a potencia do flash (quando esta é ajustada manualmente no flash). Assim, 1/1 é a potencia máxima (100%) e 1/32 é uma potencia mais reduzida (~3%). Este é controlo mais básico de um flash e também deve existir num flash "built-in".
Normalmente um flash externo tem duas partes: (1) um corpo onde vão as pilhas, os controlos, os encaixes, e a electrónica e (2) uma cabeça, que permite ser orientada para os lados e para cima e que, lá dentro, tem algumas peças ópticas que permitem alargar ou estreitar o feixe do flash (o chamado "zoom" do flash). Nalguns casos é preciso usar um acessório (uma peça de plástico com pequenos prismas) para alargar ainda mais o feixe do flash e esse acessório está escondido na cabeça.
O zoom tem como função original aproveitar ao máximo a potencia do flash concentrando-a na área visível ao ângulo de visão da lente. Por isso, usa-se um feixe de luz estreito para lentes de ângulo de visão estreito (lentes "longas") e usa-se um feixe de luz alargado para lentes de ângulo de visão alargado (lentes "curtas" ou wide). Mas isto só faz sentido se o flash estiver orientado na mesa direcção da lente, que é precisamente a "pior" forma de usar o flash.
A generalidade dos flashes externos têm cabeças orientáveis em dois eixos (elevação e rotação) e zoom. Alguns, como o Nikon SB-400, não têm zoom e são orientáveis apenas num eixo (elevação). O Sony HVL-F58AM é orientável em dois eixos, mas um deles é diferente do habitual (inclinação lateral em vez de rotação) e a elevação tem um movimento excepcionalmente amplo (quase 180º graus).
Os flashes built-in normalmente não têm zoom e raramente permitem orientar noutra direcção que não seja a mesma da lente.
O "bounce" é um das múltiplas técnicas de alterar a qualidade. O "bounce" não é mais do que aproveitar uma superfície clara como uma parede, tecto ou outra coisa qualquer que esteja à mão para sobre ela reflectir a luz do flash e assim alterar simultaneamente a direcção e dureza da luz. Em bounce o zoom do flash pode ser usado para controlar a dimensão aparente da fonte de luz, pois altera o tamanho a projecção do flash. Os flashes com cabeça orientável têm a vantagem de fazer "bounce" mesmo quando montados na máquina.
De salientar que quando alguém diz que "detesta fotos com flash" usualmente quer dizer que detesta "fotos iluminadas com um a luz dura e com a mesma direcção da lente." Ora são precisamente estas duas características que são drasticamente reduzidas com a técnica de "bounce."
Usar o flash fora da cabeça (o que obviamente só é possível com um flash externo) permite alterar ainda mais a qualdidade da luz e/ou conseguir efeitos dramáticos através do posicionamento da fonte de luz. Neste caso, usar luz dura (flash sem bounce) pode ser uma opção criativa viável pois já não estará na mesma direcção da lente.
Finalmente, o flash é uma luz de grande qualidade em termos de cor, só comparável com a luz de um dia ensolarado. Por isso não é de espantar que as cores fiquem muito mais vivas quando iluminadas com flash em vez de iluminação artifiical vulgar.
Isto tudo é apenas um cheirinho de tudo que se pode dizer sobre o uso de flash.