Banishers - Ghosts of New Eden (PC) - 8.5/10
Banishers - Ghosts of New Eden é o novo jogo da Don´t Nod que nos trouxe anteriormente títulos como Vampyr, Life is Strange ou Twin Mirror. Estava muito curioso com este jogo, na sequência dos trailers que tinha visto e um pouco apreensivo pelo resultado final, tendo em conta que os títulos anteriores variavam entre o muito bom e o menos conseguido, destacando neste último, Vampyr, um jogo com um ambiente fantástico mas uma jogabilidade que não apreciei no seu todo.
Essencialmente, Banishers é uma história de amor entre Red e Antea, dois caçadores de fantasmas que se vêm separados pela morte de Antea, na localidade de New Eden onde ambos investigavam um estranho fenómeno sobrenatural que misteriosamente estava a tomar conta de toda aquela região. Sendo caçadores de fantasmas, a missão dos Banishers era enviar os fantasmas para a morte, que não lhes permitisse manter-se no universo dos vivos, a vaguear e a interagir com estes. Contudo, a morte de Antea, tornando-a num fantasma entre mundos, inicia a premissa do jogo assente em decisões e consequências em que, somos confrontados com o desejo de fazer com que Antea regresse ao mundo dos vivos, ou que seja para sempre enviada para o mundo dos mortes, ascendendo para reinos sobrenaturais, separados da humanidade.
O jogo é bastante narrativo e a sua jogabilidade, na 3ª pessoa, é um action-RPG levezinho. Diria que é uma mistura de Vampyr; Witcher; God of War, com vários elementos de ação e aventura que fazem um todo homogéneo e equilibrado. Na vertente de combate podemos intercalar entre Red e Antea, cada um com poderes distintos que podem ser aumentados ou adquiridos em fases posteriores. O mapa é suficientemente grande e muito preenchido com várias atividades secundárias, destacando aqui algumas missões secundárias que complementam muito bem, a missão principal, que inevitavelmente tem aqui alguma linearidade. O jogo consegue ainda incluir elementos metroidvania onde existem área acessíveis mais tarde, a que podemos entrar quando se adquiriem os poderes que as permitem desbloquear. O jogo tem escolhas e consequências e será com base nas decisões que tomamos ao longo do percurso, nas investigações que fazemos, que iremos atingir um de vários finais possíveis. Como aspeto menos positivo, indicaria a variedade de inimigos e poderes destes, que podia ser maior, permitindo abordagens ainda mais distintos.
Este é um daqueles jogos que pode passar ao lado de muitos, mas quem aprecie um jogo single player de aventura narrativo (com muitos elementos cinemáticos), com uma estética gráfica por vezes imponente e impressionante, aliado a uma jogabilidade sólida e variada, tem aqui um título muito interessante e que pode cumprir esse desejo de imersão neste tipo de jogos. Demorei cerca de 25 horas para atingir um dos finais do jogo.
Em termos de performance, no PC, o jogo está irrepreensível. Feito no motor Unreal 5, o jogo corre sem quaisquer problemas; stutters ou outras maleitas e é efetivamente uma experiência muito boa. O jogo não tem HDR de origem, mas agora com o mais recente update nas placas Nvidia, já é possível ativar o RTX HDR e posso confirmar que está muito bem implementado e faz uma boa diferença (com destaque para os interiores nas grutas onde a diferença de luminosidade é notória com o efeito HDR). Em suma, também a nível de performance, o jogo está excelente.
Essencialmente, este é um jogo que recomendo e uma das minhas agradáveis surpresas de 2024.