Mas com o dinheiro que fazem, podiam muito bem colocar mais devs nas equipas (pelos vistos são duas) e assim melhorar a qualidade do jogo, os jogos não são tão grandes como um zelda BOTW ou xenoblade 3, por isso não vejo necessidade de estarem 5 anos no forno, nem se pede texturas iguais a esses jogos, apenas que não se pareça um jogo da 3ds de gama média (existem jogos da 3ds com melhores animações).
A questão em sobre como o dinheiro é investido, também depende da Pokémon Company e não da GameFreak.
E sobre isso, se formos olhar para outras coisas, podemos comprovar em como a Pokémon Company tenta investir o menos possível para lucrar muito mais.
O anime nunca foi conhecido por ter um bom enredo, até que não tem. Sempre teve uma história repetiva, previsivel e de encher chouriço. E pior é que de temporada para temporada até a qualidade do desenho foi descendo consideravelmente.
Sobre os jogos, claro que o Pokémon tem mesmo de ter um intervalo de produção maior. Senão nunca mais vamos sair do mesmo.
Se o Breath of the Wild é bastante aclamado é porque mudou a sua formula de jogo, mas também esteve bastante tempo no forno para isso. Que eu saiba, ele não saiu 3 anos depois do Skyward Sword.
E mesmo assim, na minha opinião, é um jogo que considero sobrevalorizado como tudo.
A única coisa em que ele é grande é no mapa. Que apesar de ser maior que o do Scartet/Violet, não deixa de igualmente ser vazio e as poucas cidades que tem (e NPC) serem pouco memoráveis.
Porque que resto, em 120 shrines, grande parte delas são exactamente copias umas das outras. E a única coisa que dá uma pequena sensação das clássicas dungeons são o interior dos Divine Beasts.
Os jogos do Pokémon só não são maiores e mais completos por causa da entrave que tem vindo a ser a Pokémon Company.
Porque no Gold/Silver e respectivos remakes, tivemos duas regiões num só jogo, 16 ginásios, um sistema de ciclo dia/noite, várias coisas a fazer ou conhecer do lore de cada cidade, e até Kanto não foi um completo copy/paste da geração 1 - também pelas limitações do cartucho do GameBoy - mas contou uma história 3 anos depois dos eventos do primeiro jogo, em que os líderes de ginásios estavam mais velhos ou eram outros, e certos locais estavam diferentes.
Deste 1999 (para o Japão) ou 2001 (na Europa), que nunca mais voltamos a ter um jogo do principal do Pokémon que tivesse duas regiões de raíz. À excepção do remake que saiu 10 anos depois.
Actualmente estamos a falar de uma série que já conta com 1008 criaturas na National Dex. E em que se ainda tivermos em conta todas as variantes de outras regiões (Meowth, Growlithe, etc), as vários têm diferentes formas (Unown, Castform, Oricorio, Rotom, etc), os que têm formas mais distintivas entre macho/fêmea (Pyroar, Unfezant, Oinkologne, etc) e ainda os designs únicos das Mega-Evoluções e dos Dynamax. Temos mais talvez mais uma ou até duas centenas de modelos adicionais.
Nem falando naqueles que têm diferentes padrões (Spinda, Vivillon, Arbok, etc) e ainda os shinies.
Por isso só não temos um Pokémon maior e mais ambicioso porque não permitem. E porque 3 anos na produção de algo para a consola, não é a mesma coisa que 3 anos para para um GameBoy ou para uma portátil de baixa resolução.
Não comparemos este jogos ao witcher 3, este ultimo está a anos luz de qualquer pokemon, se saiu completamente polido no lançamento? Não, mas ninguém criticava porque era um grande jogo e que não tinha metade dos problemas desde pokemon, para além de ser um jogo muito mais ambicioso que saiu em mais que uma plataforma.
Claro. Quando se trata de uma série ou de um estúdio que só jogado por uma comunidade muito pequena e restrita, é normal que o público geral não tenha expectativas nenhumas.
Agora, que não tinha metade dos problemas do Pokémon?
É certo que o Scarlet/Violet tem problemas de framerate e texturas feias como tudo. Mas independentemente disso, é um jogo que consegue ser levado até ao fim.
Já o Witcher 3 quando saiu tinha algumas quests que não davam para ser entregues, impossibilitando assim o progresso do jogo até à existência de patches que corrigissem tais problemas.
E mais recentemente, ainda do mesmo estúdio, tivemos o Cyberpunk 2077, que também independentemente de todo o dinheiro e reconhecimento que ganharam do Witcher 3 (já depois de arranjado) em todas as consolas e PC. Lançaram um jogo num estado muito pior e conseguiram esconder todos esses problemas dos jornalistas e dos jogadores até ao dia de lançamento.
Portanto, independentemente do estado actual de cada jogo, não devemos esquecer de como eles saíram. Nem usar esse estado actual e arranjadinho para comparar com outros que acabam de sair.