shakeitbaby
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Concordo com alguns pontos de vista.
De facto, parece-me em alguns aspectos haver um exagero na tentativa de representação, principalmente no contexto pós-apocalíptico e de sobrevivência do jogo. Isso em si não torna o jogo melhor ou pior, embora na minha humilde opinião os temas da inclusão e representação tenham sido muito mais bem abordados no The Walking Dead (quer na BD, quer nos jogos da Telltale/SkyBound), pelo menos para mim foram-no de forma mais natural e orgânica.
A Naughty Dog teve uma visão para este jogo e executou-a na perfeição, é esse o mérito que temos que atribuir. O resto são opiniões pessoais, sendo inaceitável de todo que haja perseguições a quem deu a voz ao jogo, ou manifestações de ódio contra a visão criativa. Isto é entretenimento, e de entretenimento ou gostamos ou não. Não nos sentimos ofendido com ele.
Como disse o @Daimon várias vezes, e na minha perspectiva concordo com ele, por jogares com a Abby não significas que tenhas de gostar dela ou criar empatia. O importante do segmento dela é veres uma toda outra perspectiva dos acontecimentos e veres o outro lado da moeda. Como num tribunal, o arguido e o lesado explicam os seus pontos ao juiz. Aqui é igual, tens o lado da Ellie e tens o lado da Abby. O jogador é como um juiz, não tem de tomar lados, apenas perceber ambas as motivações.
A Abby não matar a Ellie faz todo o sentido. Digamos que neste caminho da violência/vingança, a Abby está mais à frente da Ellie. A Abby naquele ponto já tinha perdido tudo, o seu grupo, os seus amigos e a sua paixão de longa data. Tudo por causa da violência. Chegou a um ponto que caiu em si e viu que nada mais faria sentido, o Lev "da-lhe" um pouco da sua humanidade de volta, que o ser humano consegue e tem de ser melhor que um simples animal selvagem.
No outro lado, Ellie, ainda não perdeu o suficiente para entender que o caminho que está a seguir só lhe vai trazer ruína. Quando ela perde os dedos (impedindo de tocar guitarra, a sua maior recordação do Joel) , perde a Dina e perde o seu grande amigo Jesse, no fim na última batalha recorda o Joel aquilo que sempre foi, as suas lembranças que teve com ele finalmente vê que matar a Abby não ia resolver nada, pelo contrário, o vazio que ela sente iria continuar. Matar a Abby no fim seria, a meu ver, seria algo banal pelas razões que disse.
Um excelente paralelismo é no God of War. O desejo de vingança de matar o Zeus foi tão grande que quando acabou por o fazer viu que afinal não resolveu nada. Com essa lição, o Kratos ensina ao seu filho Atreus a não cometer os mesmos erros que cometeu na sua vida.
Obrigado pela opinião. Sim eu sei que não tenho de gostar dela, simplesmente para dares valor ao outro lado da história, ou seja sentires realmente o outro lado da moeda como tu dizes e bem , precisas criar laços com as pessoas, caso contrario o setimento que crias é igual ao dos 400 soldados que matas durante o jogo, pois são "pessoas" com vidas, familia....aquelas coisas.
E eu a dizer aquilo refiro-me ao facto de o owen/gravida/amiga morrerem e eu não sentir nada de nada....e a isso deveu-se ao facto de nao ter criado empatia com a Abby, caso contrario iria sentir algo. SObre o jogador ser o Juiz, creio que o objectivo é tornar o jogador o culpado/vitima e aprender a viver/evoluir com isso, mas isto é a minha opinião.
É sempre discutivel dizeres que a Abby está mais à frente que a Ellie nesse aspecto, estamos a falar de uma pessoa que correu o mundo para matar o Joel com um taco de golf, uma pessoa mais evoluida nâo iria pensar que o Joel a salvou pois tinham uma relação familiar e deixar o caso para lá? É sempre discutivel, e aqui temos de dar os parabéns à ND, pois colocar as pessaos assim a debater está ao alcance de poucas Editoras.
Depois de ler algumas das criticas no metacritics acho que devia rever a minha nota a este jogo em baixa. Talvez 8/10 seja mais apropriado.
Como um user lá disse: "Que adianta um livro com uma capa bonita, boa ilustração se o resto não está a altura?"
Metacritic
User score: 5.2
Google Score: 51%
Serão todos homofóbicos etc...?
Sou mega fã da BD de Walking Dead (e jogos) e praticamente todo o conteúdo distópico/apocaliptico do género.
Discordo!
Quando começaste a jogar o jogo já tinhas ideia que haviam criticas desse género não?
Eu acho mesmo que o ambiente vivido à volta do jogo poluiu imenso a opinião geral sobre o jogo.
Não consigo ver como é que o Walking Dead trata melhor esses temas, quando o Walking Dead é ainda mais in your face com eles. O Robert Kirkman nunca se pôs com rodeios, aliás tinha muito mais "shock value". Não tinha pudor. Na BD tanto como na série é uma representação muito geral de todo o tipo de pessoas e etnias. É uma espécie de tubo de ensaio da sociedade pós apocalipse, acaba por ser exactamente a mesma coisa. E sinceramente, parece-me ser tratado com bastante mais cuidado (não que ache que ser in your face com isso seja mau, é uma abordagem válida).
Não diria a maioria, é fácil encontrar opiniões negativas que se baseiam noutro tipo de argumentos. A Naughty Dog arriscou bastante e criou uma história bastante divisiva, é normal que as opiniões relativamente ao jogo se encontrem divididas também.
Pessoalmente, acho que a construção do mundo (não dos personagens) no TLOU é um pouco melhor do que no TWD, mas também porque partem de pressupostos diferentes: no TWD começamos quase no "day after" da Infeção e acompanhamos os personagens durante cerca de 2 anos, com um "time skip" de mais 2 anos em que as comunidades estabelecidas já começam a erguer-se, e depois saltamos mais um bocado (15 a 20 anos) para o epílogo.
No TLOU é tudo um pouco mais negro e complicado: o primeiro jogo começa no dia da Infeção e salta para 20 anos depois, em que há pouco sentido de normalidade e ainda não há uma geração nascida no meio da Infeção e que consiga levar uma vida mais ou menos "normal". A reversão da natureza humana para comportamentos mais tribais e nalguns casos mesmo animalísticos parece ocorrer muito mais tarde ou durante muito mais tempo, e isso claro que tem influência na construção do mundo. Não sou muito crente na humanidade como um colectivo, por isso pessoalmente acho que este segundo cenário seria mais realista.
Gostei muito do primeiro jogo, ainda hoje se joga muito bem a versão Remastered, e este segundo acho uma verdadeira obra-prima, trouxe a este tipo de jogos mais adultos uma execução mais polida (como acontece quase sempre com a evolução tecnológica), mas também inovou na narrativa.
Repito: todo o meu respeito à ND por se manterem fiéis à visão deles.Bom, claro que assumirmos papéis dúbios ou de moralidade cinzenta não é nada de novo, como não é novo jogarmos com dois personagens com motivações opostas e só sabermos isso no final - em formato twist como no Heavy Rain -, mas aqui a execução foi muito melhor, porque o escalar da violência é vivenciado pelos olhos de uma e da outra personagem principal. Ao mesmo tempo, ninguém com um mínimo de moralidade pode ficar absolutamente confortável com alguns dos actos de nenhuma delas, nem mesmo com os actos do Joel no primeiro jogo. Eu sei que não fiquei.
Uma coisa que gosto (pelo menos no 1o pois ainda nao joguei este) é mesmo o ambiente pós apocalíptico não trazer aquele cliché em que tudo virou poeira..sujidade.. espaços vazios e com o tom amarelado do deserto.
Retrata sim em certos cenários o abandono mas com as cores vivas da vegetação ter-se expandido como seria natural. Foi isso que também gostei no Uncharted 4.
Um filme que acaba por ter várias semelhanças com o ambiente é o Annihilation.
Antes de o experimentar dizia que ia ser um jogão e que possivelmente seria um dos meus jogos preferidos. Enganei-me, gostei de muita coisa mas na história foram longe demais. Já dei os meus motivos mas resumidamente não gostei do rumo que deram neste segundo jogo. Como eu não gostei, muitos outros também não. Agora não é jogo para ter nota negativa ou levar com o ódio que já levou. É um bom jogo mas não é aquilo que esperava. No entanto fico muito curioso com o que vai vir a seguir, no 3.