E já chegou!
Primeiramente, quero destacar o serviço da Steelcase em Portugal, exemplar, com acompanhamento cuidado desde a encomenda até à entrega.
A cadeira em si chegou já montada, pelo que não perdi tempo com a montagem.
Construção
A nível de construção, nada a apontar. Para além da sensação imediata de qualidade aparente na primeira vez que lhe peguei (sem placebos de valores), possui alguns apontamentos em plástico de boa qualidade aparente, como o suporte das costas ou a estrutura dos braços, e outros em alumínio, como a estrutura da base e das costas.
Quanto ao tecido, não é o Cogent que encontramos nos simuladores da Steelcase, mas sim o Atlantic, que é o equivalente para EMEA. Apresenta uma óptima sensação de qualidade ao tacto, embora acredite que seja bastante durável, tendo em conta a fama da Steelcase. Esta análise ficará para uma review a longo prazo.
Ajustes
Os ajustes são feitos através dos mecanismos rotativos do lado direito, excepto o apoio lombar, ajustável em altura através de duas patilhas nas costas, uma de cada lado.
A tensão tem um bom range de afinação e não demorei muito a encontrar o setting certo para mim.
Existem pelo menos 3 pontos de bloqueio da inclinação das costas, com um correcto acompanhamento da coluna na descida, embora se perca um pouco o apoio lombar na posição mais descida. Ponto a favor para a inclinação, os braços mantém a sua posição.
O ajuste em altura é feito por meio de uma patilha atrás do sistema rotativo dianteiro que, por sua vez, ajusta a profundidade do assento. Considero que a amplitude é mais do que suficiente para mim, que meço 1,80m e peso 110kg.
Braços
Falando nos braços, o range de ajuste é a melhor parte desta cadeira, com a almofada dos apoios a ter a densidade que considero correcta. Apesar de toda a amplitude de movimentos, não ocorre movimentação dos mecanismos com toques acidentais nos mesmos, o que para mim, é outro ponto a favor.
Costas
Quanto ao apoio lombar, para mim está no ponto a nível de profundidade, apenas tive de ajustar a altura um pouco. Não me senti cansado ou com dores ao final do dia, como acontecia, o que foi outro ponto bastante positivo.
As costas são flexíveis QB, acompanhando os movimentos laterais das costas. Nesse aspecto acredito que a Herman Miller Embody seja melhor. Não é um ponto relevante para mim, mas achei por bem referir.
Assento
A espuma de memória, numa primeira utilização, pareceu-me algo rija, sem ser desconfortável, mas, tal como os outros tópicos, tentarei voltar a falar dos mesmos novamente, após uma review de longo termo (cerca de 1 ano).
Possui ajuste em profundidade, que pode ser operado estando sentado pelo mecanismo rotativo dianteiro. Também foi fácil de encontrar o ponto certo para mim.
O assento em si, possui uma área generosa, não havendo queixas da minha parte nesse aspecto.
Base
A base em si possui as rodas para pisos duros e possui um mecanismo de auto travamento das rodas que a permite manter estacionária, mesmo quando me movimento mais na cadeira, seja a cruzar pernas ou esticar-me para trás.
Garantia
Creio ser a melhor, ou uma das melhores do mercado e divide-se da seguinte forma:
Preço
Por fim, a parte mais chata desta cadeira e que me levou a repensar o assunto vezes sem conta. Mas depois de inúmeras reviews e de pensamento a longo prazo, sobretudo tendo em conta a garantia, decidi pagar os cerca de
780€ pedidos por esta unidade, com a capa das costas em tecido.
É um valor que à primeira vista parece avultado, contudo, para além do preço original rondar os 1200-1300€, temos de ter em conta o acompanhamento dado pela marca, as garantias envolvidas, a baixa desvalorização no mercado de usados e a durabilidade associada a estas cadeiras.
Diria que lhe daria, para já, um 8/10. Veremos daqui a um ano, na review de longo termo.
Alguma coisa, se tiverem dúvidas ou interesse em saber alguma coisa, força.