Partilha O último jogo


Death Stranding: Director’s Cut - 9/10 (PS5)

Death Stranding continua a ser uma das minha experiências favoritas dos últimos anos, seja pelo mundo criado ou pelo foco da jogabilidade incentivar uma menor passividade das acções por muito banais que sejam. As melhorias gráficas e de performance presentes na versão PS5 realçam positivamente o fantástico aspecto técnico do jogo, e todas as novidades e adições incluídas em Director’s Cut fazem um grande trabalho em expandir ainda mais o estranho mundo de Death Stranding. Quem for entrar pela primeira vez em Death Stranding vai ter à sua frente uma experiência única, e quem vier da PS4 pode ficar descansado, porque o preço pedido pelo upgrade é totalmente justo.


Kena: Bridge of Spirits - 8/10 (PS5)

Kena: Bridge of Spirits não visa revolucionar o género com novas ideias, mas isso também não é um requisito para apresentar um jogo de qualidade. São utilizados elementos vistos em outros jogos, mas também são apresentadas algumas ideias novas e um estilo visual muito característico. Algumas cutscenes a 24 FPS e o tropeçar do sistema de progressão são os principais aspectos a criticar, mas no final de contas, este continua a ser um bom jogo e uma grande forma do estúdio Ember Lab se estrear na industria dos videojogos.
 
Deathloop (PC+DualSense/Steam)
9/10

Adorei este jogo e cumpriu as altas expectativas que tinha em relação a este.

Embora a premissa do jogo seja repetirmos o mesmo dia num ciclo aparentemente infinito, não é um Roguelite como o Returnal ou o Hades - é na verdade um metroidvania bem disfarçado. Aqui temos uma série de missões que temos de terminar para sacar informações que nos permitem abrir novas missões (e áreas) até terminar o jogo. Neste jogo, as habilidades/armas que vamos ganhando não são necessárias para abrir novas áreas, mas tornam as missões mais fáceis, especialmente quando dominamos o seu uso.

Há muito para apreciar neste jogo. Adquiriu os elementos que mais gostei da saga Dishonored, incluindo a direção artística e a mecânica de jogo (combate, stealth). Há múltiplas maneiras de abordar o mesmo problema, e o jogo puxa-nos a explorar os cenários. Uma janela aberta no topo de um edifício pode significar um atalho, que podemos aproveitar se estivermos atentos e tivermos paciência de explorar. O jogo tem uma história leve (nada de regicídios), descontraída e com momentos de comédia. Aqui não precisamos de escolher entre ser um pacifista ou um carniceiro, porque no fundo, matar é simplesmente mandar o pessoal para o princípio do ciclo. Não há saves manuais, mas as missões são relativamente curtas, e vê-se que o pessoal da Arkane não quis criar momentos de frustração como no Returnal. O jogo é fantástico com o DualSense. Gostei das vozes e das personagens, e do decor dos anos 60. Groovy.

O jogo na minha opinião tem algumas falhas, que embora não tenha notado no início, acabei por sentir mais no fim. Ao contrário do Dishonored, o Deathloop só permite utilizar 2 poderes de cada vez em cada missão. Tendo tido o trabaho de arranjar todos os poderes+upgrades, acho que é uma limitação desnecessária, ainda mais quando o "shift" é imprescindível para navegar nesse mundo. Achei também que o IA dos adversários por vezes demasiado omnisciente, o que é um problema quando não os conseguimos ver e eles aparentemente conseguem ver-nos. Mas é algo que aprendemos a lidar. Também achei o jogo curto, mas pode ser uma consequência de me ter divertido e querer mais.

Em suma, um jogo delicioso com muito engenho e imaginação.


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Nunca fui fã de jogos 2D na perspetiva top-down. Quando era miúdo, era mais fã de jogos sidescroller, como Megaman, Contra, entre outros semelhantes. Mas hoje em dia estou mais predisposto a experimentar diferentes géneros, inclusive alguns jogos considerados clássicos.

Comecei a jogar a série Legend of Zelda com o Skyward Sword na Wii, em 2012. E desde então tenho jogado todos os jogos mainline da série em 3D. Continuei com o Ocarina of Time 3D, depois o Majoras Mask 3D, o Twilight Princess na Wii e por fim o Breath of the Wild. Ainda falta-me jogar o Wind Waker, mas não tenho consola que me permita jogá-lo. Estou na esperança de ver um port do Wind Waker HD para a Switch. Estou com mais vontade de jogar esse jogo do que o Breath of the Wild 2.

No entanto, resolvi começar a jogar os jogos 2D da série, a começar pelo A Link to the Past, pela Nintendo Switch Online. E tendo terminado hoje, devo dizer que é um bom jogo. Consegui notar várias características neste jogo que foram usadas em futuros jogos da série em 3D. O facto de haver uma flauta semelhante à Ocarina do Ocarina of Time. O facto de haver mundos paralelos. Entre outras características. Logo o início do jogo fez-me lembrar do início do Ocarina of Time. No A Link to the Past, é necessário logo no início apanhar 3 pendentes para depois obtermos a Master Sword. No Ocarina of Time, é necessário apanharmos 3 medalhões para termos a Master Sword. Portanto, consigo notar que, apesar do A Link to the Past ser uma evolução especialmente do 1.º jogo da NES, ele também se torna numa base para futuros jogos da série.

Infelizmente, tive que recorrer à internet para conseguir obter informações sobre algumas coisas. Como obter determinado item, como poder aceder a uma específica dungeon. Mas ao mesmo tempo, também consegui descobrir algumas coisas por minha própria conta. Por exemplo, existem pelo menos 2 dungeons em que, para podermos abrir a entrada da dungeon, necessitamos de ter uma habilidade específica, que também serve de ataque, e usar essa mesma habilidade. Uma das dungeons eu não tinha a habilidade comigo, mas precisei de poucos minutos para descobrir onde obter. Já a outra dungeon já tinha a habilidade comigo. Algo que reparei é que, quando me dava por mim "perdido" no mapa, sem saber o que fazer para progredir, por vezes encontrava passagens secretas que me permitiam ganhar habilidades ou partes de corações. Sentia-me beneficiado por andar a explorar. Não completei o jogo a 100%, e nem tinha intenção de tal. Mas fiquei bem satisfeito com o meu progresso no jogo.

Sou capaz de o revisitar daqui a uns anos. Talvez usar um guia para completar a 100%. Mas relativamente a jogos 2D da série, a minha intenção é jogar o A Link Between Worlds. Talvez próximo ano. Ao Legend of Zelda: A Link to the Past, dou 8.5/10.

 
Terminei recentemente 3 jogos, que aqui sintetizo de forma muito resumida:

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Kena - Bridge of Spirits (PS5) - 9/10

Kena é um jogo que gostei imenso, seja pelo artstyle cinematic à Pixar, mas também por ter uma jogabilidade que considero muito sólida e cativante. Gostei muito da história e tenho que elogiar a Ember Lab pelo seu primeiro projeto tão consistente. Vou ficar muito curioso pela produções futuras desta empresa, pois parecem-me ser muito promissoras




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Lost Words Beyond the Page (Xbox Series X - GP) - 7/10

Este é um jogo muito simples na sua jogabilidade enquanto platformer, mas bastante interessante em termos de inovação, sobretudo entre os vários capítulos, onde a nossa personagem vai escrevendo o seu diário e através de vários jogos interativos de palavras vamos desvendando a história. Gostei e foi bom experimentar através do gamepass algo que, por defeito, não iria adquirir propositadamente. Jogo que se completa em cerca de 4 horas.



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A Juggler´s Tale (PS5) - 9.5/10

Eis um pequeno grande jogo que simplesmente adorei. É bastante curtinho (cerca de 2 horas), mas está deslumbrante e com jogabilidade muito sólida. Simplesmente adorei este jogo de plataformas, pelo uso de mecânicas inesperadas e pela forma como se vai contando a história. Em termos de artstyle é fantástico e deslumbrante. Para os meus gostos, perfeito.
 
Mario + Rabbids Kingdom Battle (Nintendo Switch)

Diversão do início ao fim e com bastante variedade de níveis, aconselho a todos os fãs de Tactical RPG

9.5/10
 
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Jogo: Cyberpunk 2077
Plataforma: Xbox Series X (Performance Mode)
Classificação: 8/10
Eis um jogo muito polémico mas que me parece a mim por culpa das pessoas que tinham as expectativas demasiado altas. Comprei o jogo à 1 mês mais ou menos e tenho estado colado nele durante o tempo disponível que tenho para jogar. Actualmente e com 70h de jogo, completei a campanha principal (fiz 3 finais) e mais umas quantas missões secundárias, que tenciono continuar a fazer até ter o mapa "limpo".

Andava meio "farto" de open worlds e este foi dos poucos que me agarrou ultimamente, não só pela história interessante como pela "beleza" da cidade, ainda que meio vazia.

Falando de performance, joguei em modo performance na Series X e consegue aguentar os 60fps praticamente todo o tempo, o que torna a jogabilidade muito agradável. Bugs por incrível que pareça, em 70h, tive 2. Um chamei o carro e deu spawn num contentor e começou aos saltos no ar, outro foi um crash para o dashboard da consola. De resto, impecável! Todas as missões completaram sem problemas e sem bugs.

A jogabilidade para mim está muito boa, acho o feeling das armas excelente, inclusive das melee weapons. A história também agarra o suficiente para querer saber o que vem a seguir.

Pontos menos bons. IA horrível, os NPCs são do mais estúpido que há, a polícia a mesma coisa. A cidade apesar de ser lindíssima tem muita coisa "vazia", edifícios onde não se pode entrar, alguns locais com poucos NPCs, etc.

No entanto, e para mim, estes pontos não estragam uma excelente experiência que é este jogo. Comparando com Witcher 3 que tem um praise enorme, comprei esse jogo, joguei 1h e pedi refund, achei a jogabilidade do mais clunky que há. Para mim Cyberpunk é
10x melhor e como tal, com o ultimo patch instalado, está mais que recomendado.
 
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Lost in Random (Xbox Series X) - 8.5/10

Lost in Random é um jogo de estética inspirada nos mundos de Tim Burton ou de filmes como Coraline, de estranhos personagens em mundos retorcidos de fantasia gótica. A história conta-nos a aventura de Even que vai à procura da sua irmã Odd que foi raptada pela Rainha do Reino do Aleatório, um universo imaginário marcado pelas Random Rules, onde o aleatório está sempre presente. É ao longo da nossa aventura que Even vai encontrando personagens muito estranhos, com algumas missões secundárias ainda mais estranhas, mas bastante cativantes. Na sua companhia leva um dado mágico com o qual interage, sobretudo nos combates, pela sua ajuda.
O jogo é semi-linear com vários mundos distintos para explorar.
A vertente de combate é muito engraçada pois utiliza um sistema de cartas com diferentes características (arma; poção; etc). Basicamente, temos uma base de 15 cartas no baralho. Depois, dessas 15 cartas, ao longo do combate, que se inicia sempre apenas com a utilização do slingshot pela nossa heroína que lhe permite partir os cristais agarrados aos inimigos, podem ser utilizadas 5 cartas. Todas elas saem de modo aleatório (random rules) e é nesta diversidade que o combate ganha interesse, A mecânica é mais simples de usar que de explicar e em combate tudo é muito fluído e dinâmico. Talvez a crítica que faça diga respeito à diversidade de inimigos e o interesse nas mecânicas de combate perde um pouco a surpresa ao longo do jogo, sendo que, apesar de poderemos comprar cartas com poderes maiores, ou ganhá-las através das missões secundarias que fazemos, vamos sempre tentar utilizar aquelas 3 ou 4 com as características que melhor achamos terem para vencer as batalhas e progredir.
Em termos de longevidade completei o jogo em cerca de 14 horas, mais ou menos.
Em suma, um jogo muito interessante, sobretudo pela estética e personagens, com uma mecânica de combate relativamente original, através do uso do baralho de cartas com os seus diferentes poderes.
 
No entanto, e para mim, estes pontos não estragam uma excelente experiência que é este jogo. Comparando com Witcher 3 que tem um praise enorme, comprei esse jogo, joguei 1h e pedi refund, achei a jogabilidade do mais clunky que há. Para mim Cyberpunk é 10x melhor e como tal, com o ultimo patch instalado, está mais que recomendado.

Danny, eu também acabei o Cyberpunk recentemente, e gostei do jogo. Mas já tinha dito antes, para mim o Witcher 3 é o melhor jogo de sempre. E isto de alguém que nunca gostou de jogar RPGs.

O início do jogo realmente dá a impressão de "clunky" com um aspecto datado, mas uma hora não é suficiente para entenderes a dimensão do Witcher 3. Tenta ultrapassar a primeira parte (White Orchard), não perdendo muito tempo lá, que não é particularmente interessante, e viaja depois para Velen e termina a história do Bloody Baron. Se depois dessa aventura não ficares agarrado, então pronto, desiste mesmo. E o Gwent (jogo de cartas dentro do jogo) é simplesmente viciante.
 
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Sable - PC (Microsoft Store/Game Pass) - 8/10

Bom jogo de aventura ao estilo de Zelda, mas sem combate e sem sistema de vida/morte.
O jogo retrata parte da vida da jovem Sable, mais concretamente o período de adolescência, onde a conduzimos através de um ritual tradicional de passagem entre a vida de criança e a vida de adulto.

O foco do jogo é a exploração do mundo, contacto com os NPCs, resolução de quests, e caça de coleccionáveis. Puzzles relativamente simples, embora alguns recorram a enigmas. Tem algum lore, que se vai desvendando com a exploração do mundo, mas também simples. Existe alguma conexão e paralelismo com o nosso mundo real, não só em termos de lore, mas também de food for thought (o papel de cada um de nós na sociedade e como somos vistos perante ela, as escolhas que fazemos).

Não existe propriamente uma main quest definida.
Após o "término" do jogo, é possível fazer Continue, que somos colocados no momento anterior ao segmento final, pelo que é sempre possível voltar atrás para completar o que falta em termos de quests e coleccionáveis.

No entanto sofre de alguns problemas de performance à data desta review.
Muito do stuttering do qual o jogo sofria após lançamento, foi corrigido com um primeiro patch. Apesar disso, continua com bastantes frame drops. A view distance foi reduzida consideravelmente face à inicial, mas ainda assim as quebras de frames estão presentes, especialmente nas áreas de floresta.
Pop-ins de texturas e sombras ocasionais.
Clipping frequente da câmara, que por vezes é um pouco teimosa no seu posicionamento (locais apertados maioritariamente), e em alguns locais, inclusivamente da personagem.

A física da hoverbike (detecção de colisão), também não é a melhor, fazendo com que a hoverbike muitas vezes se comporte erraticamente.

Se os devs conseguirem resolver a maioria ou a totalidade dos problemas de performance (já disseram nas redes sociais que estavam a trabalhar para isso), está aqui um sólido jogo de aventura, com boa jogabilidade, boa banda sonora e visuais excepcionais em cel-shading.

Tragam material de escalada :winknu:
 
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Jogo: Cyberpunk 2077
Plataforma: Xbox Series X (Performance Mode)
Classificação: 8/10
Eis um jogo muito polémico mas que me parece a mim por culpa das pessoas que tinham as expectativas demasiado altas. Comprei o jogo à 1 mês...
Não podes comparar a tua experiência de jogo após múltiplos patches com alguém que jogou isto no dia 1 e experimentou em primeira mão todos os problemas que já foram mais que listados por essa Internet fora.
 
Não podes comparar a tua experiência de jogo após múltiplos patches com alguém que jogou isto no dia 1 e experimentou em primeira mão todos os problemas que já foram mais que listados por essa Internet fora.

Óbvio que não, daí referir que joguei no último patch :wink: só acho que continuarem a "bater" no jogo pela internet fora só por dizer mal não tem sentido quando atualmente o mesmo se encontra muito jogável e praticamente sem bugs.
 
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Este foi o primeiro jogo Metroid que alguma vez joguei. A 1.ª vez que experimentei foi num quiosque de um Gameboy Advance SP. Na altura gostava muito de jogos 2D como Megaman X, Megaman Zero, Contra, entre outros. E mal experimentei o jogo, gostei logo. Eventualmente consegui jogar o jogo até ao fim. Lembro-me de o ter terminado 2 vezes, mas nunca liguei à história do jogo. E a ultima vez que tinha terminado deve ter sido por volta de 15 anos atrás. Portanto, quando resolvi voltar a jogar, pouco sabia do jogo.

Visualmente o jogo encontra-se bem apresentável nos dias de hoje. Tive uma experiência suave ao jogar no GBA, apesar de ter notado uma ou outra ocasião onde os frames baixavam um pouco (geralmente quando havia diversas animações a ocorrer ao mesmo tempo). Algo que gostei foi os efeitos sonoros. Imo, os sons da Samus a disparar são dos melhores da série (até este jogo). E a banda sonora também está muito boa. Talvez não tão boa como Super Metroid, mas não deixa de ser uma boa banda sonora. Gosto em especial do tema das lutas contra bosses, bem como alguns temas que geralmente acompanham o SA-X.

Por falar em bosses, acho que Metroid Fusion tem dos melhores bosses da série. O que não falta é variedade de bosses. Nenhum desses bosses me deu a sensação de ter enfrentado um mini-boss. Um dos meus bosses favoritos é contra o Neo Ridley. Imo, a melhor versão do Ridley. Não só é a versão mais grotesca, mas aqueles gritos que ele faz são tão altos e agonizantes. Outro boss muito bom é contra o Nightmare. Gosto da maneira como o boss se desenrola em diversas fases, desde ele manipular a gravidade, até revelarmos a forma grotesca dele, e ficando cada vez pior.

No entanto, tenho que falar sobre a história do jogo. Eu sabia alguns detalhes, do que me lembrava de já ter jogado anteriormente. Mas ao voltar a jogar, compreendo o porquê de alguns não gostarem muito do Fusion. É que ao contrário dos jogos anteriores, onde basicamente a Samus é posta num planeta, e não sabemos onde ir e o que fazer, no Fusion existe uma AI que está constantemente a dizer o que fazer, para que ponto do jogo temos que ir, e por vezes até nos diz que itens iremos obter. Para quem está habituado aos jogos anteriores, onde o foco é na exploração e no sentimento de recompensa ao descobrir itens e áreas novas, neste aqui perde-se um pouco disso. Digo um pouco porque a uma certa parte da história, o jogo deixa de ser tão "linear". Até algo que vim a descobrir é que, apesar do mapa estar dividido por sectores, em que normalmente acedemos a cada sector por um elevador através do main hub, existem passagens secretas que interligam todos os sectores, sem nunca ser necessário recorrer a elevador. É algo que se nota a certa parte da história, mas para quem quer completar a 100% nota ainda mais.

Por falar em completar o jogo a 100%, há um certo ponto da história em que depois não dá para voltar a explorar o mapa. Infelizmente quando me apercebi disso, já tinha guardado o jogo, e tive que terminá-lo para depois voltar a jogar um novo jogo, para terminar a 100%. Mas algo que notei foi que, quando comecei um novo jogo usando o mesmo savefile onde tinha terminado o jogo (fiz uma cópia desse savefile), ao iniciar o jogo e aceder ao mapa do mesmo, o jogo mostra quantos itens estão espalhados pelo jogo todo. E se ao clicarmos no botão Select, ele mostra quantos desses itens estão na área onde nos encontramos. Isso foi muito bom para mim, pois durante todos estes jogos Metroid onde tentei terminar a 100%, no Zero Mission e no Super Metroid tive que recorrer à internet para poder completar a 100%. Diria que no caso do Zero Mission, consegui colecionar 90% dos itens sem recorrer à internet, e no caso do Super Metroid, apenas recorri por causa de 2 itens. Mas com esta "ajuda" no Metroid Fusion, nunca recorri à internet para apanhar todos os itens. Confesso que estive quase a fazer. Houve um ou outro item que estava tão "escondido" que quase gastei 1 hora à procura dele. Mas consegui terminar sem recorrer à internet. E imo, este é o melhor método de ajudar o jogador a conseguir completar a 100%. O jogo onde é mais fácil completar a 100% é o Metroid Samus Returns da 3DS. Mas para mim, é muito fácil encontrar os itens lá. Eu prefiro a forma como foi feita no Metroid Fusion (e que também descobri que no Zero Mission também o fizeram). A única coisa que acrescentava para ser mesmo perfeito é por permitir o jogador usar o X Ray Scope do Super Metroid, ou algo semelhante. É que há áreas no Fusion onde podemos usar bombas, disparar contra paredes, e não vemos nenhum bloco a se destruir ou a necessitar de shinespark. Mas são blocos "transparentes", onde podemos passar por entre eles, geralmente em Morph Ball. Isso também acontece no Super Metroid, e o X Ray Scope é muito útil para notarmos esses blocos. No entanto, também não sou totalmente contra implementarem o Scan Pulse do Metroid Samus Returns para quem quer descobrir itens ou completar a 100%. Acho que uma das razões de Metroid não ser uma série com tantas vendas em comparação com Super Mário ou Legend of Zelda é a dificuldade que esta série costuma a trazer. E talvez uma das maneiras de aumentar as vendas e a base de fãs da série é por implementar melhorias QOL para potenciais novos fãs.

Por ultimo, não posso deixar de mencionar a ameaça do Metroid Fusion: parasita X. Como já mencionei, não é a primeira vez que jogo Fusion. Mas é a 1.ª vez que presto atenção à história. E então, depois de ter jogado os jogos anteriores, isso ajudou a estar preparado para a história deste. E devo dizer que não me admira nada que os Chozos tenham criado os Metroids para eliminar os parasitas X. Estes parasitas conseguem invadir um organismo, dominá-lo por completo, reter o ADN e as memórias desse organismo, e conseguem multiplicar-se. Quanto mais avançado o organismo que esse parasita infeta, mais perigoso ele se torna. Ao ponto de um parasita conseguir se transformar numa versão da Samus, que depois bem a ser denominado SA-X. Este parasita aparece em algumas ocasiões do jogo, sendo que no início, se ele deteta a nossa presença, é praticamente Game Over. Só mesmo no final do jogo é que temos uma chance de enfrentar o SA-X. Eu considero uma maior ameaça o parasita X do que os Metroids, e estou bem curioso como a história do Metroid Dread irá continuar, depois dos eventos do Metroid Fusion.

No geral, gostei muito do jogo. Foi muito bom revisitar um jogo que já não jogava há anos, e que pouco já me lembrava dele. Também estou satisfeito por ter conseguido re-jogar o Metroid Zero Mission, Metroid Samus Returns, Super Metroid, e agora o Metroid Fusion, em preparação para o Metroid Dread. Dou ao Metroid Fusion 9/10.
PS: Nunca me tinha apercebido disso. Mas de todos os jogos Metroid 2D, o Metroid Fusion é o único onde a Samus não segura a sua arma com a outra mão acima da arma, mas sim por baixo da arma. Tendo em conta os eventos do jogo, faz sentido.
 
Contra (1988)

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Sendo um adepto fervoroso do Super C (sequela do Contra para a NES), claro que tinha de jogar o primeiro da saga. Fantástico também, muito mais divertido que a versão arcade e é um jogo que é sempre bom de pegar no intervalo entre outras coisas, pois cada sessão demora no máximo meia horita. O jogo tem 8 níveis, com um boss no final de cada um. Ao contrário do Super C em que temos níveis sidescroll alternados com top-view, neste temos sidecroll alternado com níveis em pseudo-3D, que são também bastante bons, mas não tão bons como os do Super C. Achei mais difícil jogar em co-op neste do que no Super C em que eu e o meu irmão passámos o jogo em multiplayer, neste apenas terminei em singleplayer (sem Konami code nem save stats) mas aí até é capaz de ser mais fácil que a sequela, ao ponto de eu já ter posto na minha lista de desafios terminar o jogo sem morrer ou sem fazer upgrades à arma. O último nível e boss então são mesmo bastante fáceis, passei a primeira vez que lá cheguei, diria que o nível mais difícil é o 6 talvez. Música top como habitual na Konami. No geral, um clássico que envelheceu extremamente bem. Os próximos a jogar na série serão o Operation C (Game Boy) e o Contra III (SNES). 9/10

Um vídeo interessante do James Rolfe das memórias do jogo de há uns anitos:

 
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Metroid Dread - Nintendo Switch

Estive, bastante, reticente em comprar este jogo porque nunca foi o meu género. No entanto, após ver o preço da edição especial, resolvi fazer a reserva.

Pois bem, chegou o dia e lá iniciei esta pequena aventura. Foi o meu primeiro Metroid e a experiência, apesar de difícil, foi bastante agradável.

Inicialmente parece que não me estava a puxar. Mas, conforme fui avançando, foi-se tornando mais viciante. E, para mim, é este o grande trunfo deste jogo. À medida que vamos avançando torna-se cada vez, melhor.

Destaco, sobretudo, a jogabilidade. É um jogo frenético, rápido e com bastantes habilidades. Neste ponto torna-se, por vezes, um pouco confuso. Chegam a ser vários movimentos diferentes, várias combinações de teclas diferentes e, por vezes, não sai o que queremos fazer.

A nível gráfico cumpre, perfeitamente, para o género. Não deslumbra mas a diversidade de cenários e a qualidade, dos mesmos, é bastante boa!

Pontos negativos destaco, apenas, alguma dificuldade. Alguns combates deixaram-me um pouco irritado mas, no final, torna-se gratificante!

É, sem dúvida, um dos melhores jogos para a Switch. Recomendo vivamente!

Se tivesse que avaliar daria um 8/10.
 
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