Discussão Sensors Battle - FF Vs Crop: Crop or crap?

se um utilizador em 2016 estivesse indeciso entre uma 80D e uma 5D IV, aí se calhar a diferença já se aproximaria daquele 1.25 stop, não? Afinal, são duas câmaras da mesma época.

É uma boa estimativa. O problema é que, ao contrário do que acontece no filme, a tecnologia raramente é a mesma (mesmo na mesma época e marca). Por isso o melhor é ver as medições:

80d vs 5dmkiv.png

Aqui a diferença é quase 1.5 stop!
 
1.32 stops, nesse exemplo ;)

Rectifico só o que disse antes, porque eu disse 1,25 mas de forma aproximada e a calcular de cabeça. Para um CF de 1.60 certos seria 1.28 stops. Mas mesmo o crop factor não é 1.60 certo.

Estive aqui a comparar mais alguns modelos noutros anos e a coisa de facto fica aproximada. Mais 100, menos 100 de ISO (na casa dos 3000).

Realmente isto posto assim já não impressiona.

É claro que o utilizador comum, por normalmente comprar duas câmaras de anos diferentes, acaba a notar mais diferença, mas essa já não é uma comparação justa.
 
Não vi o vídeo por isso não sei exatamente o que disse o Zack. Mas conheço a técnica e ela não se aplica apenas ao médio formato. O Ryan Brenizer começou a usá-la numa FF. De facto a técnica permite simular conjuntos sensores-objetivas que não existem.

Não vejo hipocrisia nenhuma.

- O primeiro vídeo sublinha uma ideia simples: "FF não é um formato especial". Isto não é o mesmo que dizer que "FF não sever para nada, APS-C serve para tudo".

- O que ele está a fazer no segundo vídeo é simplesmente usar a "melhor ferramenta para o resultado que deseja obter". E de facto há trabalhos que "pedem" um sensor maior, ou uma objetiva mais luminosa, ou mais trabalho de PP, ou sistema de iluminação mais complexo, etc.

O erro acontece quando as pessoas se convencem que precisam de algo que na realidade não precisam.

Quando se faz um panorama consegue-se uma fotografia "enorme" em termos de resolução.

A técnica não é em si nova, foi aplicada a um tipo de fotografia que, pelo menos eu, nunca tinha visto.

Eu com a 6D e fazendo a mesma coisa consigo alcançar o equivalente a um retrato feito com médio formato.

Agora até que ponto é "totalmente diferente" utilizar médio formato e fazer panorama ao invés de se utilizar uma FF com 50 megapixels e uma lente apropriada?

Eu concordo contigo, será mesmo o equipamento necessário e obrigatório para o trabalho?

No primeiro vídeo ele disse que não iria levar uma FF para cobrir um concerto (se não estou em erro, não voltei a ver o vídeo) porque uma APS-C seria suficiente.

E depois para retrato num sitio com luz controlada "tem de ser" médio formato e através de um processo muito pouco ortodoxo.
 
Fiz um comparativo entre o peso de lentes de uma APS-C da canon contra uma máquina MFT da olympus, não foi feito com extremo rigor mas penso que ainda assim agrega valor a este tópico, uma vez que se fala tanta vez que uma das vantagens será o peso que se transporta.

peso_lentes.jpg
 
Última edição:
E aquela 7-14mm 2.8 é lente a mais, quando comparada com a canon.
Ali ficava melhor (para a comparação) a 7-14mm f4 da Panasonic.

Cumps
 
Agora até que ponto é "totalmente diferente" utilizar médio formato e fazer panorama ao invés de se utilizar uma FF com 50 megapixels e uma lente apropriada?

Quando para obter o look pretendido a objetiva necessária não existe (ou não se tem), é muito diferente.

Vê por exemplo esta foto:

Group-19-120906-194221-85mm_f1.4_120906-194228-85mm_f1.4-11-images.jpg


Numa FF precisarias de uma 43mm f/0.7 para conseguir este resultado numa só take.


E depois para retrato num sitio com luz controlada "tem de ser" médio formato e através de um processo muito pouco ortodoxo.

E qual é o problema de ser um método "muito pouco ortodoxo"? É simplesmente mais uma ferramenta na caixa de ferramentas do fotógrafo. Se lhe permitir criar uma imagem que outro fotógrafo não seria capaz de fazer, melhor!

O facto de ser uma sessão de fotos e não um concerto (onde o fotógrafo tem de acompanhar a ação e não ao contrário) é o que torna viável a aplicação deste método.

Não vi o vídeo mas consigo imaginar perfeitamente o raciocínio (do ponto de vista profissional):

1 - Tirou fotos com a APS-C e MF

2 - Reparou nalgum pormenor onde a MF estava mais "no ponto" do que a APS-C (seja por causa do sensor ou outra razão qualquer)

3 - Achou que um plano mais longo iria produzir uma composição melhor

4 - Deu-se conta que não tinha na mala a objetiva MF "certa" para aliar (2) e (3)

5 - Usando a MF com a mesma lente que usou em (1) fez um panorama, preservando assim o que viu em (2) e, ao mesmo tempo, conseguindo o plano desejado em (3). Desta forma consegue entregar ao cliente a melhor imagem possível ("sem compromissos")


Note-se que este "raciocínio" não é necessariamente o único nem o "ideal". Fez o que pôde com o que tinha. Se ele não tivesse na sua caixa de ferramentas a ideia do "retrato panorama" provavelmente teria ido por outro caminho. Às tantas até poderia conseguir exatamente o mesmo resultado depois de trabalhar em pós-processamento a imagem da APS-C.
 
Última edição:
Note-se que nesse comparativo a MFT está a usar um speed booster, que tem como efeito ótico o aumento do FoV e a diminuição do DoF.
 
É a única forma de poder comparar duas lentes 50mm f/1.8.
É uma opção válida para quem preza o DOF semelhante a uma FF.
E significa que podes usar qualquer lente FF quase da mesma forma (já que os adaptadores permitem AF e controlos).

Cumps
 
@strobe eu refiro-me mais ao facto de quando fazes retrato, procuras A pose, O momento, A expressão e nada disso me parece compatível com disparar 9 vezes para as juntar posteriormente.

Mais, no material que ele tinha, tinha tudo e mais alguma coisa para conseguir o plano que ele criou posteriormente em PP.

Quando disse pouco ortodoxo foi exactamente porque a distância focal que utilizou era longa e ele tinha pouco espaço.

No caso de demonstraste tens características que me parecem razão suficiente para utilizar a técnica.

No caso dele, pelo menos como ele explica no vídeo, não me pareceu que tivesse realmente ganho alguma coisa.

E se não estou em erro o que ele ressalva é mesmo a range dinâmica que consegue com o médio formato vs aps-c da fuji.
 
quando fazes retrato, procuras A pose, O momento, A expressão e nada disso me parece compatível com disparar 9 vezes para as juntar posteriormente

Nalguns retratos procuras isso. Mas noutros não. São completamente encenados (como é o caso aqui). Um profissional tem de ser capaz de lidar com as duas situações e tirar o máximo partido delas.

no material que ele tinha, tinha tudo e mais alguma coisa para conseguir o plano que ele criou posteriormente em PP.

Como disse, não sei que material traz ou trazia na mala. Um dos panoramas foi feito com uma 80/2.8 a f/4. Possivelmente com uma 28/4.5 ou uma 35/3.5 conseguia o mesmo resultado numa única take. Mas será que ele tinha uma dessas objetivas à mão?

Para um fotógrafo profissional deixar as coisas "para resolver mais tarde em PP" é simplesmente irresponsável, especialmente em fotos como esta feitas "on location". É preferível usar uma técnica "pouco ortodoxa" mas que garanta o resultado pretendido (ou satisfatório) logo no momento.
 
Então eu com um metabones, ficava com a minha 50mm 1.4, com 50mm FF e f/1.2? Isso era muito bom, mas depois fui ver os preços e é melhor estar quieto, mais vale comprar uma lente nova lol
 
Estas conclusões só podem surpreender os mais desatentos, as diferenças entre sensores existem claro, mas para a grande maioria nunca se vão notar.
Já as diferenças entre sistemas são algumas e estas sim, podem pesar bastante no momento da escolha. Sendo que para o utilizador comum o mais importante deveria ser o preço, incluindo lentes disponíveis no mercado de usados. Estas diferenças também variam consoante o país em que se vive, em Portugal diria que o sistema Canon APS-C é imbatível no mercado de usados.
Eu tenho um sistema sem qualquer expressão em Portugal, Pentax APS-C (os mesmos sensores que Sony e Nikon), que é limitado em termos de velocidade de foco e vídeo quando comparado com Canon, mas permite-me tirar partido de lentes bastante compactas e leves, que consegui ao longo de anos comprar a preços muito baixos no país onde vivo.
 
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