E eu volto a bater na mesma tecla, nem o Governo nem o município. Resido em Gondomar e o presidente está-se completamente a marimbar para as zonas do alto do concelho fora do período que antecede as eleições para a autarquia. Há um ano e tal insisti bastante por email e obtive uma única resposta do género "lamentamos mas isso é um investimento de foro privado que não depende de nós, no entanto estamos disponíveis para blá blá blá".
Se todos os residentes mostrassem insatisfação, não se limitassem a aceitar a qualidade ridícula de serviço oferecida, as operadoras teriam de se mexer para voltarem a fidelizar os clientes. O grande problema é que as reclamações são residuais, mesmo que muitos tenham limitações agravadas por esta fase que requer uma largura e qualidade de banda muito melhor para dar resposta às vertentes de lazer, teletrabalho e ensino à distância. As pessoas encolhem os ombros e dizem "é o que há".
Eu reclamo, lamento-me porque a qualidade da internet é vital nos dias que correm. Longe vão os tempos em que precisávamos da melhor internet possível para jogar online, agora mais do que tudo preciso para trabalhar a partir de casa. Para dar um exemplo do que referi há pouco, há uns dias atrás tive de pegar no carro a meio da manhã e vir para o meu gabinete na Universidade porque pura e simplesmente não estava a conseguir fazer upload de alguns documentos de 100 e tal MB cada que era preciso disponibilizar nesse dia. Nem me lembrei de tentar partilhar o 4G do meu telemóvel, confesso.
Depois o Governo fala na "transição digital", na prioridade, etc etc etc...Tretas, tudo tretas.
As operadoras, neste caso a MEO, faz o que quer por aqui. "Tens dinheiro, estás disposto a pagar o que nós queremos para instalar um PDO só para ti em frente a tua casa?Então nós vamos aí disponibilizar-te o serviço mesmo que aleguemos que não está disponível na zona,não te preocupes. Passa a massa".
Ridículo e confrangedor.