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Descreveste bem aquilo que eu senti a jogar FF VII Remake e não tinha jogado o original. Acabei por o passar até ao fim mas confesso que foi um jogo que me cansou em vários momentos.
Final Fantasy VII Remake - 6/10
Este jogo é a personificação do tédio em alta-definição. Um jogo minúsculo que é artificialmente estendido por sequências cinematográfica que nunca acabam, diálogos inúteis e a maior quantidade de passagens apertadas que alguma vez existiu na história dos videojogos. Tudo neste jogo é desenhado para consumir tempo de forma a disfarçar a total falta de conteúdo.
Às vezes a quantidade de palha que colocam é tanta que só me apetece gritar. Coisas tão simples como ir do ponto A ao ponto B em que ambos estão a uma curta distância um do outro pode envolver tudo o que eu referi no parágrafo anterior e ainda a impossibilidade de andar de forma acelerada ou correr.
O jogo tem um controlo extremamente apertado sobre o que permite que o jogador faça, andas à velocidade que a Square quer, andas só no sentido que ela te deixa e às vezes até olhas só para onde eles te permitem, é sufocante.
As personagens principais têm um aspeto fenomenal, até em demasia porque destoam completamente das restantes. A diferença é tão grotesca que quando tem de interagir com a outras personagens secundárias ou terciárias parece que estamos perante uma qualquer avaria gráfica, mas não é o caso.
O argumento e o desenvolvimento das personagens são praticamente inexistentes, como isto é um remake a Square-Enix conta com a memória das pessoas para preencher as lacunas, mas quem está a experienciar isto pela primeira vez vai chegar ao fim sem perceber o que raio se está a passar, mesmo para quem conhece a história o final é uma salgalhada narrativa.
A saga final fantasy nunca primou pelo world building era mais pelas personagens e pelo enredo, mas aqui não há quase nenhum desenvolvimento das personagens, enredo ou world building. Pela primeira vez na história dos RPGs temos um que não tem qualquer história.
O malvado Sephiroth aparece de forma completamente aleatória e sem motivo destruindo todo o build que a sua personagem teve no jogo original.
A Tifa, Aerith e a Jessie não agem como pessoas reais, mas como waifus para adolescentes com as hormonas aos saltos.
O Barret é o pior de todos, sim eu sei que foi modelado a partir do Mr.T. mas existem limites ao quão barulhento uma personagem consegue ser sem cair no ridículo. Um homem que é suposto ser o líder de uma organização secreta, mas não consegue resistir a uma boca de uma adolescente e age com a mentalidade de um rapaz de 12 anos.
Eu sei que ele tem um ódio pessoal à Shinra mas da maneira como ele fala praticamente toda a gente em Midgar deveria saber que o gajo é membro da Avalanche.
O Red XIII não dá para controlar e a sua utilidade é duvidosa. Está presente apenas para debitar exposição sobre as tretas do destino.
Por falar em destino, isso é outro plot point metido as 3 pancadas, porque não faz qualquer sentido os nossos heróis tentarem mudar o seu próprio destino porque eles efetivamente salvaram o mundo segundo o que “está escrito”.
Outro problema com o argumento é que existe um deus ex machina para tudo, a quantidade de plot armor que toda a gente tem nesta história é tão ridícula e os próprios escritores tiveram essa noção e esforçaram-se para tornar as coisas mais credíveis, mas infelizmente foi a exceção e não a regra.
Muitos destes problemas de credibilidade e caracterização derivam apenas do design hiper-realista do jogo. No original funcionava melhor porque o jogo tinha um aspeto cartoonish/anime e a situações mais ridículas eram aliviadas por momentos cómicos fornecidos pelo diálogo ou pela música, mas neste caso isso não acontece o que faz com que essas situações sejam apenas “cringe”.
O combate é uma mistura de tudo o que é JRPG e CRPGs mas sem a perspetiva isométrica. É ação, RTWP, mas com action points à lá Divinity Original Sin mas também com uma fonte de mana para as magias, eu gostei mas precisa de algum polimento.
O sistema de ATB carrega muito devagar se não estivermos a atacar constantemente e está extremamente dependente de bónus fornecidos por matérias e armas o que torna o combate complicado principalmente no início do jogo em que estes bónus não estão disponíveis. Imaginem gastar a vossa única carga de ATB para ressuscitar alguma personagem e a seguir ela morrer porque não têm cargas ATB disponíveis para o curar ou terem de atacar um inimigo muito poderoso e o risco que isso acarreta só para acumular ATB e terem a possibilidade de fazem uma ação minimamente relevante.
O combate aéreo é terrível e devia ter sido removido completamente do jogo e de uma forma geral todo o combate tem demasiados efeitos especiais. Muitas das vezes é difícil de perceber o que se está a passar com as nossas personagens quando os VFX enchem o ecrã todo.
Mas não são só os efeitos, inimigos de grandes dimensões ou combate em espaços apertados fazem com que a câmara não se consiga posicionar corretamente e não se consiga ver praticamente nada do que se está a passar.
A mecânica de evasão só funciona para algumas personagens, mas para a Aerith é praticamente inútil porque o movimento que ela faz não tem alcance suficiente para se evadir de forma efetiva tornando a praticamente inútil.
Não gostei que algumas habilidades das armas estivessem apenas disponíveis no modo hard e algumas matérias terem requerimentos de AP tão altos que só o triplo AP fornecido após o fim do jogo é suficiente para atingir o máximo.
Isto é apenas mais uma restrição artificial feita pela SE para dar a ideia que o jogo tem mais conteúdo do que aquilo que realmente fornece.
As batalhas dos bosses variam entre o espetacular e o insuportável como as dos Turks ou a do Rufus perto do final em que o gajo faz counter a praticamente a tudo.
Outro problema nas batalhas contra bosses é constante interrupção por sequências cinematográficas que destroem todo momentum e inviabilizam os recursos que gastamos. Imaginem usar um limit break multi combo e no primeiro hit ativar uma segunda fase do boss e ficamos sem saber se ele perdeu HP ou não, o mesmo se aplica às cargas ATB e até aos ataques finais dos summons.
Os mini jogos são divertidos e desafiantes, mas precisavam de mais modos principalmente o whack-a-box.
As sidequests são demasiado genéricas e sem qualquer tipo de consequência ou resolução alternativa, são funcionais e apenas isso.
Outra coisa que não achei graça foi a higienização de muitas aspetos da história, eu sei que é praticamente impossível alguém publicar um jogo nos dias de hoje em que os heróis são uma organização terrorista que faz atentados à bomba, mas até o sangue e o massacre na torre da Shinra eles retiraram. Se repararem bem não existe uma única gota de sangue neste jogo.
TLDR:
É um jogo no limiar da mediocridade que é suportado apenas pelo grafismo das personagens principais e nostalgia. Se não tiveram nostalgia por isto tirem lhe 1 ou 2 valores à nota final.
Não esquecer que este "remake" é uns 20% do jogo original por isso não acho que valha o preço de um jogo completo, recomendo que apenas o comprem em saldos e já estarão a dar demasiado dinheiro à SE.
Far Cry 5 (Séries X, Gamepass): 5/10
A história tinha bastante potencial, mas a execução falhou com estrondo
No fundo, acaba por ser mais um jogo que repete a fórmula open world Ubisoft até à exaustão e se torna uma mão cheia de nada.
Sobre o FF VII Remake, a era de ouro da SE há muito que acabou e esse FF é um reflexo disso.
Felizmente, não faltam JRPGs que ocuparam o trono que outrora foi dos FF (trilogia Xenoblade Chronicles na Switch).
O FC3 até teve uma história QB, o Primal também mas de resto são jogos que sempre gostei de jogar no entanto comecei a ficar saturado ao ponto do meu último ter sido o 4.
Far Cry 5 (Séries X, Gamepass): 5/10
A história tinha bastante potencial, mas a execução falhou com estrondo
No fundo, acaba por ser mais um jogo que repete a fórmula open world Ubisoft até à exaustão e se torna uma mão cheia de nada.
Sobre o FF VII Remake, a era de ouro da SE há muito que acabou e esse FF é um reflexo disso.
Felizmente, não faltam JRPGs que ocuparam o trono que outrora foi dos FF (trilogia Xenoblade Chronicles na Switch).
Os Far Cry nunca primaram pela narrativa.
Ainda assim eram jogos muito divertidos, mas de facto a fórmula já vai estando gasta.
São daqueles jogos que só vale a pena jogar pelo gamepass/plus ou então se apanharmos a um preço muito barato.
E mesmo assim...
Por acaso estou neste momento a passar o Far Cry 5 na 2ª região (Faith) e também começo a achar um jogo um bocado meh. Já me mentalizei que vou apenas passar o que é principal e missões paralelas. Já tive missões paralelas um bocado para o aborrecidas. Não tenho paciência para andar atras dos diamantes e libertar regiões. O cenário também estou a achar todo muito igual, é campos e florestas com meia dúzia de locais com habitações que parecem quase todas idênticas. Acho que não havia necessidade de um mapa tão grande quando é um pouco vazio. A nível de historia também estou a achar um bocado meh, mas vou jogar até ao fim para dar a minha opinião. Este foi o meu 1º Far Cry, talvez um dia experimente o 3 pois dizem que é o melhor de todos, mas terá de ser num dia muito longínquo para não ficar saturado da componente open-world do jogo.Um nível tão grande de falta de lei no interior dos estados unidos,eh. O cenário não encaixa,pura e simplesmente.
E as tropes do Far Cry 3 a voltar pela 3a vez consecutiva.
E a fórmula clássica,nah. Eles tentaram fazer este Far Cry tentar entrar na linha do AC pós Origins.
Isso e interior dos estados unidos como cenário é muito meh. Eles podiam variar com selva tropical,neve,deserto mas aquele cenário é bosta...
1 e 3 foram pontos alto. Problema foi que do 3 para a frente a Ubisoft pura e simplesmente começou a copiar os elementos de sucesso do 3. E só no 5 é que mexeram em coisas,mas para pior.
Felizmente o Far Cry 6 mudou as coisas um bocado. Deu um bocado um bocado mais de frescura.
Pelo contrário, o que referes já está mais que batido. Gostei bastante da abordagem e da localização, via com bons olhos um próximo jogo na Florida ou no deep south, com todas as superstições e misticismos locais.Isso e interior dos estados unidos como cenário é muito meh. Eles podiam variar com selva tropical,neve,deserto mas aquele cenário é bosta...
Game Pass PC - Far Cry 5 - 8/10.
Já não pegava nesta saga desde o 1º e fiquei positivamente surpreendido com o que encontrei.
Gostei da história e do facto de estarmos em redneck country a aviar cartuxo.
O facto de o ter jogado em co-op ajudou a inflacionar a nota final, já que as possibilidades para diversão aumentaram bastante.
Apesar de haver bastante para fazer achei o jogo um bocado curto (história principal), parecendo por vezes demasiado apressado.
Para isto contribuiu as fases de conquista de cada região, que nos empurram para o confronto com os bosses locais, não deixando que seja o jogador a impor o ritmo e a desfrutar de cada zona sem pressas.
Nesse aspecto, os "raptos" tornam-se previsíveis e sem grande sentido, "obrigando-nos" a escolher fazer as missões dos personagens secundários antes do combate com o boss, ou arriscamo-nos a deixar de ter acesso a essas missões depois de o derrotarmos.
Outro ponto negativo é o desaparecer completo de desafios/combates mal derrotamos o boss dessa região. Tudo bem que "a libertámos", mas passa a paraíso num instante, ao menos deixavam uns resistentes a armar confusão pelas estradas de vez em quando.
Estes pontos negativos não são suficientes para dar cabo da diversão e da experiência. Recomendo.
Pelo contrário, o que referes já está mais que batido. Gostei bastante da abordagem e da localização, via com bons olhos um próximo jogo na Florida ou no deep south, com todas as superstições e misticismos locais.