A esmagadora maioria dos jogos PS2 não era 240p, as excepções são alguns shmups eruditos, algumas compilações de jogos antigos (a maior parte das compilações não fazia output 240p, infelizmente).
O caso mais conhecido de 240p é mesmo o ICO e alguns jogos de lançamento.
Já resoluções estrombólicas abaixo de 640x480 eram a ordem do dia, a maior parte dos jogos PS2 não usavam full buffers por isso corriam a 512x448 ou por aí, mas isso na prática é 480i na mesma, como dizer que a maior parte dos jogos 240p eram 224p, há uma percentagem de linhas que se pode omitir e tal não ser notório no resultado final.
Jogos PS1, 99% é efectivamente 240p ou no caso PAL, 240p com barras AKA 288p com um ou outro jogo a ter um modo hires, tipicamente tech demos glorificados (nos jogos de corridas, com menos veiculos em pista, ou sem veiculos sequer).
Sinceramente... Para a PS2 recomendo componentes, se é para jogar PSone e os poucos jogos com necessidades especiais metam um scaler ao barulho que ele trata do 240p por componentes (uma HDTV não vai tratar o 240p condignamente sem um scaler, vai achar que é 480i e tentar deinterlace, mesmo por Scart). Mais, há um beneficio duplo nisto, todos os jogos PS2 têm barras pretas/underscan, pelos já referidos não-full buffers, a questão é quanto; um exemplo:
Os aros dessa TV são cinza por isso é fácil precisar o tamanho das barras pretas face à àrea útil real.
Essas barras não são uma ocorrencia porreira, no Shadow of the Colossus e em muitos jogos vão-se sentir a ver o playthrough no youtube. A não ser que tenham algo que permita regular a geometria, e assim meter as barras pretas em offset e obter uma imagem em fullscreen.
Praticamente todos os scalers permitem regular a geometria, infelizmente não é por knobs de acesso directo (há máquinas só para isso, mas ainda ando a juntar carcanhol para as comprar - não são baratas) por isso tem de ser por menu e não tem presets.
A chatice é como é tecnica mista, varia de jogo para jogo, e de consola para consola (wii tende a usar 5% de overscan porque é da era em que já existiam bastantes LCD TV's; a xbox 1 recomendava 7.5% nos tech docs e a PS2 tipicamente usa 10%); por isso regular a geometria não faz sentido se andamos a mudar de jogos/consola aleatóriamente e usufruir 5 minutos de cada vez, mas se vamos passar um jogo do principio ao fim seriamos malucos em não a regular. Com andamento e a manter um papel com as regulações já ajustadas torna-se mais simples por, com base no que acabei de dizer essas afinações dão para 80/90% dos jogos em cada consola. Também são só 4 parametros. (Horizontal size, Vertical size, Horizontal position, Vertical position)
O resultado? Este:
Vale a pena, acho.
E dito isto, voltando atrás, no caso da PSone o melhor é ter uma PSone mesmo, há consolas onde a retrocompatibilidade é perfeita... Não é o caso da PS2 a correr PSone, raios
a PS2 chega a não ser compativel com ela mesma.
Estas coisas falavam-se muito menos na altura (tal como toda a gente ignorou o lag brutal do upscale de PS2 nas primeiras PS3), mas a verdade é que a Sony mudou ali comportamento das DMA's e isso criou muitos pequenos glitches... A maior parte das vezes os jogos não crashavam, mas podiam ter random slowdowns por isso. E nós a pensar ser do jogo.
Uma PS2 FAT é usável na maioria dos jogos (com as slims a coisa ainda piorou mais), mas uma PS1 é sempre melhor. A retrocompatibilidade Sony nunca é como a da Nintendo, perfeita por desenho dado que a nintendo chega a comprometer o próprio desenho da plataforma nova para assegurar isso, a Sony diz vaffunculo e faz ali uma revolução, mete a RAM aos ciclos de distancia que lhe apetece, chega a mudar velocidades de relógio (a própria PS2 ganhou 4 MHz e nas opções de jogos PSone, estou esquecido mas capaz de jurar que o texture smoothing era feito através de overclock do processador da PSone para os 37.5 MHz). Abordagens diferentes.
Retrocompatibilidade PSone na PS3 (e PS4) sendo obviamente muito, muito pior.